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Mr. Scofield
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Sei lá' date=' não creio que discussões sejam necessariamente batalhas. Nossa última sobre Two Lovers é exemplo disso, creio. Por outro lado, o Dook tem esse jeito meio advogado de defender teses, o que é meio chato.[/quote']

 

Um ponto de vista é, de certa forma, uma tese. É algo em que você acredita e defende. Não vejo nada de mal nisso.

 

Enfim... segue o enterro [/Nacka]
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Caceta, tem um post do dook na página seguinte (6) que tem nada mais nada menos que 17 quotes. DEZESSETE !

 

Quanto a esse barraquinho, eu não consigo entender como tem tanta gente (não só aqui, como na internet em geral) que leva uma discordância pro lado pessoal, transformando o que deveria ser uma argumentação em algo do tipo "questão de honra". E aí fica esse ping-pong eterno, e acaba que todos perdem a razão, não existindo mais ponto de vista certo e errado.

Não sei se isso é só um fenômeno de internet, ou se as pessoas realmente estão desaprendendo a viver em comunidade.
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E sobre A Vila, é meio idiota, mas o que eu mais gosto no filme é a mudança de protagonista. Eu acho esse um recurso fodasso quando bem aplicado. Claro que aqui não é tão radical nem tão foda quanto em Psicose. Em Psicose o segundo protagonista mal tinha aparecido antes. Em A Vila, a ceguita já aparecia bastante.

 

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Um ponto de vista é' date=' de certa forma, uma tese. É algo em que você acredita e defende. Não vejo nada de mal nisso.

 

Enfim... segue o enterro [/Nacka']


O problema é que você parece que está em um jogo de tênis, quando cinema na verdade é futebol.


 

Bom, a considerar apenas este tópico e a discussão sobre obrigatoriedade de filmes, não sou só eu que pareço estar em um jogo de tênis...
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Que discussão horrível. Li alguns de meus posts e nem eu mesmo entendi porque escrevi algumas coisas ali. 07

Acho que meu respeito pelas opiniões do Dook e a compreensão da forma dele de se expressar também cresceram bastante desde aquela época.

Cara, muito esquisito aquilo, parece que debatíamos algo que ultrapassava completamente o filme. Talvez rusgas que hoje não fazem nenhum sentido para mim.

Droga, eu deveria ter ido ao psicólogo naquela época, talvez não tivesse me tornado esse chato que sou hoje. 06

 

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Essa última parte do tópico tá parecendo com aquele filmaço do João Moreira Salles, Santiago, um exercício sobre o processo e a contrução de um produto e, acima de tudo, uma reflexão sobre a criação - e o criador. Aqui, todos nós somos hoje mais do que fomos ontem e podemos criticar nossas posturas com uma espécie de "distanciamento virtual". E criticamos o outro com a mesma propriedade aparente, só que em tempo real, com superioridade. A única coisa que eu posso falar sobre essa postura de nós todos é que não podemos acreditar no que somos, muito menos baseados no que fomos ou no que julgamos não ser. Compliquei, eu acho, mas a chave pra resposta tá no Santiago! Ao menos vale para verem o filme (quem não tiver visto). Thico2009-10-03 02:03:39

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Não sei se isso é só um fenômeno de internet' date=' ou se as pessoas realmente estão desaprendendo a viver em comunidade.[/quote']

Viver em comunidade.emorike

 

So dei uma olhada nessa primeira pagina e o que eu falei de merda nao ta no mapa. Esses tempos eu e o noonan brincamos disso, ficamos catando posts antigos pra dar risada. Rola uma auto-vergonha-alheia [/wtf] no inicio, mas depois fica bem divertido haha.
Forasteiro2009-10-03 02:16:17
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Que discussão horrível. Li alguns de meus posts e nem eu mesmo entendi porque escrevi algumas coisas ali. 07
Acho que meu respeito pelas opiniões do Dook e a compreensão da forma dele de se expressar também cresceram bastante desde aquela época.

Cara, muito esquisito aquilo, parece que debatíamos algo que ultrapassava completamente o filme. Talvez rusgas que hoje não fazem nenhum sentido para mim.
Droga, eu deveria ter ido ao psicólogo naquela época, talvez não tivesse me tornado esse chato que sou hoje
. 06
[/quote']

 

Eu me arrisquei a tentar reler alguns de meus posts ali... não consegui...0606 muita perda de tempo... Ainda bem que a velhice traz um senso de revisão de prioridades...

 

060606
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Reli o tópico do 'filme', cortesia do Gago. O mais extraordinário de tudo é que, por mais que o Dook aporrinhe minha paciência, por mais que ele me chame de infantil e de descontrolado, e ele faz isso a torto e a direito, eu continuo gostando dele. Não é algo inacreditável?

Acho que eu tenho vocação pra mulher de malandro. Só pode.
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Nem ia rolar Silva... o Alex já é casado e as minhas bodas serão agora em novembro...

 

08

 

Amantes então?060606

 

Desculpe, não resisti...06

 

Mas voltando a discussão: Isso é uma coisa que algumas pessoas não entendem. Não é porquê você ás vezes você repreende certa pessoa em uma discussão que você não considera a opinião dela. Sendo repetitivo: Discussões são, de certa forma, defesas de uma opinião. E você pode defender sua opinião mesmo achando os argumentos de outra pessoa plausíveis e bem fundamentados...

 

 

silva2009-10-07 11:12:33

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Bem, agora que a poeira já baixou, posso publicar a minha primeira crítica:

barton-fink.jpg

 

Barton Fink - Delírios de Hollywood (Barton Fink) - 1991 - 10/10

 

O ser humano sempre se instigou por procurar respostas a coisas enigmáticas, sombrias, interessantes, enfim, a tudo. Mas, às vezes, ele esquece de explorar uma coisa: o próprio ser humano. O cinema sempre procurou responder a essa questão: afinal, o que é o ser humano? Talvez o melhor filme que tenta responder esta questão é "Barton Fink", de Joel e Ethan Coen. Afinal, não é um apenas um filme sobre um escritor com bloqueio criativo ou filme sobre a realidade de Hollywood, mas um filme em que os fatos que citei ajudam a criar o tal ser humano.

 

O ser humano principal deste filme é o tal Barton Fink do título (interpretado brilhantemente por John Turturro). Ele é um dramaturgo nova-iorquino do início da década de 40. Barton sempre costuma ressaltar: em sua obra, ele busca o "homem comum", coisa que nós também somos convidados a descobrir durante suas quase duas horas de duração. Após o sucesso de mais uma de suas peças, ele é convidado para escrever roteiros de filmes em Hollywood. A partir daí começa o seu pesadelo (ou seria o seu auto-descobrimento?).

 

Primeiro, pelo Hotel Earle, que é um personagem do filme. Os corredores, os tapetes, os papéis de parede e outras coisas fazem do hotel o lugar mais amedrontante desde "O Iluminado", de Stanley Kubrick. O quarto de Barton também é sombrio: janelas pequenas, um calor infernal, mosquitos, papéis de parede que vão descolando, tudo isso vai tomando conta de Barton, apesar de ter escolhido o hotel por ser "um lugar menos Hollywood", segundo ele.

 

Segundo, pela realidade de Hollywood, na qual ele não consegue escapar. Além das obrigações e prazos para apresentar idéias do roteiro impostas pelo magnata falante Jack Lipnick (Michael Lerner), ele descobre que um dos escritores que mais admira e que também virou roteirista, W.P. Mayhew (John Mahoney), virou um alcoólatra incontrolável e incurável, cuja secretária, Audrey Taylor (Judy Davis), parece lhe servir de babá.

 

Pronto, temos um bloqueio criativo. As únicas coisas que parecem lhe alegrar são o retrato pintado de uma mulher na praia, a única coisa "viva" no quarto dele, e a amizade que ele cria com Charile Walters (John Goodman), um vendedor de seguros e o outro habitante do hotel. Barton, aliás, vê em Charile o tal "homem comum" que sempre retrata em sua obra.

 

Mas como eu disse, vai muito além de ambientes sombrios, de escritores bêbados, de amizades etc. Através desses momentos mostrados em cenas cada vez mais espetaculares e surpreendentes, Barton vai descobrindo quem ele é, e descobre que sabe nada do tal "homem comum" que procurava. Na verdade, Barton é o "homem comum".

 

Mas os Coen apenas deixam passar essa impressão, afianl eles deixam a maioria das questões cruciais (que além do que eu citei, também envolve fascismo e religião) e simbologias (como o retrato da mulher na praia) em aberto, deixando estas questões para o público tentar resolver. Afinal, como eu disse, todo mundo está à procura de uma coisa que, talvez, nunca consiga responder, e os Coen mostram isso. Mas, acima de tudo, "Barton Fink" é um estudo interessante sobre quem somos nós: este ser tão enigmático como o ser humano.

 

----------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

Talvez esta minha crítica seja mais ou menos, porque foi escrita por mim, um iniciante. Mas queria comentar outra coisa: sobre os críticos de cinema.

 

Às vezes eles enchem o saco, não? Parecem querer nos obrigar a gostar de tal filme de tal diretor. É o caso dos Coen: se você perguntar a 100 críticos de cinema qual a obra-prima dos Coen, no mínimo 90 vão responder "Fargo". Não estou desmerecendo "Fargo" e quem gosta mais do filme, porque o filme é ótimo, mas acho que às vezes os críticos fogem de sua função, que é criticar e elogiar tal filme para servir de base para que o espectador pense sobre tal filme. Como podem ter percebido, a minha obra-prima dos Coen é "Barton Fink". Aliás, pra vocês, qual a obra-prima dos irmãos Coen?

 

Fica meu protesto sobre os críticos e a minha opinião sobre um dos melhores filmes dos anos 90.
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Sei que muitos vão me bater aqui, mas não acho "FArgo" essa coca-cola toda...

 

E para mim o melhor filme deles é Barton Fink, sem sombra de dúvidas...

 

E sobre os críticos: basta uma frase para encerrar o assunto. Uma crítica, por mais fundamentada e acrescida de termos técnicos, expressões cinematográficas e rebuscamento linguístico, é nada mais do que uma opinião, apesar de muitos críticos colocarem como verdade absoluta.

 

 

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fórmula, apesar de eu achar Fargo essa coca toda (aproveitando a expressão do Silvão) sim, prefiro  O Grande Lebowski e Onde Os Fracos Não Têm Vez a esse. e Barton Fink não é um filme esquecido, conheço uma galera que é fã dele, bem como eu.

 

sobre os críticos, é isso mesmo que o Silva disse, toda crítica é nada mais que apenas mais uma opinião dentre taaaaaantas outras.

 

aliás, um top dos Coen aproveitando o ensejo:

 

01. O Grande Lebowski- 4/4

02. Onde os Fracos Não Têm Vez - 4/4

03. Fargo - 4/4

04. Barton Fink - 4/4

05. Gosto de Sangue - 4/4

06. Queime Depois de Ler - 4/4

07. Eaí, Meu Irmão, Cadê Você? - 3/4

08. Arizona Nunca Mais - 3/4

09. Matadores de Velhinha - 2/4

10. O Amor Custa Caro - 2/4

 

batgody2009-10-12 16:49:43

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Na primeira vez que vi adorei Fargo, depois ele começou a cair, e então dei uma revisada um tempo atrás e voltei a adorar. Mas não tem jeito, os Coen fizeram muita coisa melhor. pra mim hoje ficaria assim

01. Queime Depois de Ler - 10
02. Barton Fink - 10
03. Onde os Fracos Não Têm Vez - 10
04. O Homem Que Não Estava Lá - 10
05. O Grande Lebowski - 10
06. Ajuste Final - 10
07. Gosto de Sangue - 10
08. Fargo - 10
09. Na Roda da Fortuna - 9
10. E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? - 9
11. Arizona Nunca Mais - 8
12. O Amor Custa Caro - 7
13. Matadores de Velhinha - 6

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Não quis dizer que "Barton Fink" é um filme esquecido, quis dizer que hoje não é tão reconhecido quanto antes, até porque os Coen fizeram outros filmaços nestes quase 20 anos. Mas como eu disse, essa é a minha primeira crítica, aos poucos vou pegando o jeito da coisa.

 

Aproveito para colocar o meu ranking atual dos filmes dos Coen:

 

1- Barton Fink - Delírios de Hollywood - 10/10

2- Fargo - 9/10

3- Onde os Fracos Não Têm Vez - 9/10

4- Na Roda da Fortuna - 9/10

5- Ajuste Final - 8,5/10

6- Queime Depois de Ler - 8/10

7- E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? - 8/10

8- Matadores de Velhinha - 5/10
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Nem ia rolar Silva... o Alex já é casado e as minhas bodas serão agora em novembro...

 

08

 

Puxa, essa é uma grande notícia. Parabéns! Sou muito feliz no meu casamento e desejo o mesmo a você.

 

Já que deixamos o 'filme' e passamos para os Coen, até hoje não me decidi se o filme que eu mais gosto deles é Gosto de Sangue ou Onde os Fracos Não Têm Vez. Acho a tônica bem parecida, embora Fracos tenha uma escala maior, nacional ou até mesmo global.

 

Nos dois a descrença está lá, gritando, impulsionada pelo que há de pior na espécie humana (o que não é pouco), e o espectador não sabe o que fazer com ela. Eu não sei até hoje.

 

Os dois filmes são brilhantes, mas tenho a impressão de que, se eu não racionalizasse absolutamente nada, citaria Gosto de Sangue como o meu preferido. Por pouco.
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