Members Gago Posted October 21, 2009 Members Report Share Posted October 21, 2009 Ouquéi. harrylg69, KarenENZYPE and tashafb1 3 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members bat Posted October 31, 2009 Members Report Share Posted October 31, 2009 Cão Branco, de Samuel Fuller (4/4) - REVISTO é, não adianta, esse é obra-prima forte mesmo. o Fuller mostra aqui que dá pra juntar tudo no pacote, clichês, sociologia, trilha sonora, ENQUADRAMENTOS DO CARALHO, polêmica, etc, sem perder a mão. a questão é que, ele pega tudo e faz da forma mais direta possível. trata do racismo sem nenhuma sutileza (e quem disse que sutileza é qualidade, necessariamente?), entra pela porta dando um bico, esfrega na cara do público médio americano (e do mundo, course) - muito bem representado pelo velhinho simpático e repugnante, dono do cão - a sua hipocrisia. um povo que está tão evoluído que, prescinde de um Star Wars (quem viu entenderá a raferência hehe) da vida, sequer soube lidar com uma questão tão... tão... simples? quanto o racismo. simples do ponto de vista de que é uma imbecilidade tão óbvia que, bom... enfim. e fora que ele filma o cão, dando indícios claros de que ele não é o verdadeiro culpado, não nos faz acusá-lo, mas também não nos faz aceitá-lo, o que é pior, já que a gente não sabe bem o que quer em relação a ele. fica aquela coisa de se autopodar. a sequência final é bem ilustrativa disso, ao passo que, ao que parece, o cão está, de fato, curado. a câmera vem flutuando, girando, mostra a feição dele, língua pra fora, simpático... gira, gira, quando fecha os 180º, bom... ali está: a outra face, a raiva estampada na cara do bicho, essa dualidade (sem contar que, ali a gente vê, que não só é um racista, mas um assassino nato e te pergunta: há ressocialização? nah, mete um tiro nessa praga). o Fuller conseguiu mostrar a dualidade através da imagem em questão de segundos, e com um giro de câmera excepcional. e nem vou citar as câmera lenta, esse cara, definitivamente, sabe usá-la (a cena acima que o diga). dá mais pena ainda daquele vômito que atende pelo nome de Crash. batgody2009-10-31 13:03:34 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted November 28, 2009 Members Report Share Posted November 28, 2009 As 3 Faces do Mal (The Washing Machine / Vortice Mortale - Ruggero Deodato, 1993) Tem um tom de thriller convencional que vai sendo frame-a-frame ‘estragado’ e sugado pra uma atmosfera erótico-hermético-onírico-wtf quase como uma representação do plot policial comum quando absorvido pelo horror (no caso, o italiano [no caso, o de Deodato **no caso, o do cara que fez Cannibal Holocaust**] – dois gêneros que se combinam pra parir uma aberração de muito mau gosto da ‘genética’ cinematográfica – ou qualquer merda nesse sentido). A estrutura copia o conceito do “Vortice Mortale” (título original), ou seja, segue em ciclos se perdendo e submergindo num espiral de acontecimentos e bizarrices, quando aquela linha espessa entre o sóbrio e o lunático vai se decompondo até que o nosso herói não passe de uma bola de vôlei jogada de um lado pro outro pelas tais “3 faces do mal” do título nacional, três das mulheres mais fantasticamente vagabundas-filhas-da-mãe já representadas num filme (uma delas literalmente o estupra, a outra mantém uma relação lésbico-pedófila com uma garota cega, e a outra quase dá pra ele em um museu diante de dezenas de deficientes visuais – isso pra ficar nos fatos mais notórios). Não que seja mais um italiano totalmente doido e desorientado, pelo contrário, a elegância da narração do Deodato e o ritmo todo habilidoso com que ele vai te cercando e te trazendo pra o que mentia ser um suspense ordinário e que na verdade é puro delírio são troços que, por mais que travistam o filme em uma aura de anarquia e porralouquice “e ok, derramei chá de coca no roteiro, vâmo filmar essa porra de qualquer jeito”, trazem lá dentro girando uma em torno da outra a mais absoluta loucura coexistindo com a mais transparente consciência, ou seja, sabia que o sabiá sabia assobiá. 4/4 screenshots: Se alguém entendeu alguma coisa de toda essa merda que eu vomitei aí, beleza, pra todos os outros, vejam The Washing Machine; vai ficar claro feito água: Forasteiro2009-11-28 18:29:36 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted December 18, 2009 Members Report Share Posted December 18, 2009 Judex (Georges Franju, 1963) - 4/4 Ah, essa raríssima habilidade pra compor o icônico… Fica claro de onde Michele Soavi tirou a idéia pro assassino de O Pássaro Sangrento. A força da imagem em Judex é um troço descomunal. Inesquecível. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Schonfelder Posted December 18, 2009 Members Report Share Posted December 18, 2009 Há um tempo já venho querendo comprar o dvd desse aí (que vem num pacote com Nuits Rouges), mas nunca tinha ouvido um depoimento sobre... Ele tem um outro que nego fala muito bem também, "Eyes Without a Face". Jea viu esse ? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted December 18, 2009 Members Report Share Posted December 18, 2009 Sim, é maravilhoso. São os únicos que eu vi do Franju, mas depois de Judex eu me obriguei a correr atrás de algumas coisas. Tô com Nuits Rouges e The Head Against the Wall aqui. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members superover Posted June 6, 2023 Members Report Share Posted June 6, 2023 On 9/23/2009 at 1:23 PM, Administrator said: Opa. Mas aí você já estaria predisposto a não apreciar o filme, claro. Certos filmes são obrigatórios. Entretanto, deve partir de nosso interesse assistir. Por exemplo.. Um dos meus maiores pecados cinematográficos é O Poderoso Chefão. Não assisti. Reconheço: é uma trilogia obrigatória. Todavia, não me desperta interesse, mesmo sabendo que é obrigatório. Um dia, quando a vontade bater, vou assistir. Mas será que esse interesse não já existe? A maior prova é que você disse "quando" ao invés de "se". Tipo assim, existem vários filmes que as pessoas têm relativo interesse em assistir, mas é tanto filme que a gente simplesmente não sabe por onde começar. Então o que a gente faz? Simples, a gente cria uma lista de filmes que tem interesse em assistir, e assiste somente os que estiverem nela. Somente quando ela acabar é que você cria uma nova lista, dessa vez com novos filmes. Então a pessoa se engana, achando que não tem interesse nesse filme, quando na verdade tem sim, só não tem interesse em assistir AGORA. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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