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Política/Eleições 2010


ltrhpsm
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Não é bem assim que funciona. Se fosse' date=' estaríamos como era as épocas douradas da inflação.

Somente gera inflação se a casa da moeda tiver que fazer "papel novo".

Eu não sou um entendido A FUNDO do assunto, mas acaba tendo efeito semelhante, pq é mais dinheiro que entra em circulação e sai das reservas. Falando tecnicamente, são mais meios de pagamentos disponíveis pra população (mais demanda) desacompanhados da parte produtiva (menos oferta).
[/quote']

 

Fica tranquilo que não irá gerar inflação.
Comunista2010-10-06 06:02:44
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E só pra enriquecer a discussão e agregar conhecimento' date=' pessoal, esclareço que não é a Casa da Moeda quem emite dinheiro, e sim a União, por meio do Banco Central do Brasil.

A Casa da Moeda é apenas responsável pela produção física das cédulas e moedas que representam o dinheiro, o que equivale a apenas 10% de toda a riqueza em circulação no país (em outras palavras, 90% do dinheiro que circula no Brasil é moeda escritural, ou seja, existe apenas como um registro contábil, não chegando a ser expresso por meio de papel-moeda).

[/quote']

 

Valeu pela contribuição.

E vamos juntos na defesa do social.
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Mas entendo perfeitamente quem votou no Tiririca.

Como a flower falou' date=' muita gente deve tá cansada das mesmas caras dando as cartas do jogo e não fazendo nada. Gente que já cumpriu 1, 2, 3 mandatos e neca!! Nessa linha de pensamento... as pessoas consideram: ruim por ruim, corrupto por corrupto, melhor deixar aquela meia dúzia de sempre de fora da "festa" e de alguma forma evitar que eles se perpetuem no poder.

 

 [/quote']

Definitivamente vou me candidatar na próxima eleição.

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Mas entendo perfeitamente quem votou no Tiririca.

Como a flower falou' date=' muita gente deve tá cansada das mesmas caras dando as cartas do jogo e não fazendo nada. Gente que já cumpriu 1, 2, 3 mandatos e neca!! Nessa linha de pensamento... as pessoas consideram: ruim por ruim, corrupto por corrupto, melhor deixar aquela meia dúzia de sempre de fora da "festa" e de alguma forma evitar que eles se perpetuem no poder.

 

 [/quote']

Definitivamente vou me candidatar na próxima eleição.

 

Mas esse povo se esquece do sistema de legendas que temos nas eleições. Isso que as pessoas tem que se informar.

 

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Já que tocaram no assunto da opinião da Dilma sobre aborto...

 

DILMA E O ABORTO

 

 

 

    Ou: O que Acontece Quando se Mistura Política e Messianismo?

 

 

 

Eu sou favorável à descriminalização do aborto ou, para evitar bobagens

eufemísticas, defendo abertamente sua legalização. Não quer dizer que

aplauda ou ache o máximo, mas é uma questão que, para mim, transcende a

moral religiosa. Tenho certeza, portanto, que se fosse candidato à

Presidência da República num país de maioria conservadora, como o

Brasil, seguramente não me daria bem nas eleições.

 

 

 

Nosso povo tem suas características: ele gosta de assistencialismo,

adora futebol e telenovelas, é extremamente religioso e às vezes vota

maciçamente numa candidata porque um "messias" assim pediu. Desse modo,

o PT precisa aprender a respeitar e compreender esse caráter

multifacetado, em vez de fomentar alguns atributos, sem aceitar os

outros.

 

 

 

Sim, Dilma é favorável à legalização do aborto. Ou era, e de forma

inequívoca, até o dia quatro de outubro de 2007, já exercendo o cargo

de Ministra Chefe da Casa Civil e já cotada para a sucessão

presidencial. Ela não manifestou essa opinião em momento privado ou

circunstância de foro íntimo, mas em sabatina pública.

 

 

 

Em três anos da declaração peremptória até hoje, podemos supor que se

muda menos uma opinião convicta de uma mulher adulta que as

circunstâncias políticas envonvendo eleitores religiosos. Anteontem,

sem ser perguntada sobre o tema, declarou-se "em favor da vida", numa

situação bisonha (só faltava ser favorável à morte...). O que é isso

senão trazer a religião à política?

 

 

 

Os mais variados grupos surgem em época eleitoral: sem-terras e

produtores, bancários e banqueiros, metalúrgicos e montadoras, enfim,

são segmentos legítimos de uma sociedade. E os religiosos são, sim, uma

parcela legítima que têm todo direito de saber qual a opinião dos

candidatos sobre temas de seu interesse.

 

 

 

Aliás, é curiosa a ambigüidade dos discursos dilmistas com diversos

grupos. Ela pode aparecer com o boné do MST e ser contra as invasões

numa mesma semana; pode ter uma conversa animada com banqueiros e ser

aplaudida num sindicato. E isso tudo - ao contrário do que possa

parecer numa leitura rápida -, não significa pacto social. É o total

inverso.

 

 

 

Quanto aos religiosos, para eles é importante saber o que os candidatos

pensam sobre diversos assuntos, entre eles o aborto. Eu, como ateu, não

ligo para isso, ou melhor, quero saber o que os LEGISLADORES pensam

sobre o tema. E há tópicos relevantes para mim que, na ótica dos

religiosos, provavelmente não tenham a menor importância. É assim que

funcionam as coisas no mundo democrático: grupos vão atrás de seus

interesses. E isso vale para sindicalistas, empresários etc.

 

 

 

E o que fez o PT em relação ao caso recente do aborto? O que sabe

fazer. Seu secretário de comunicação, Andre Vargas, mentiu

descaradamente e, em seguida, lançou mão de estratégia politicamente

estapafúrdia. Vejam trecho de reportagem publicada hoje na FSP:

 

 

    "O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do

PT, André Vargas.
"O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem

introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de

abortos: Serra", disse em seu Twitter. A pílula do dia seguinte é um

dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída

pelo Ministério de Saúde.
Diferentemente do que Vargas sugere, sua

adoção foi decidida antes de o tucano José Serra, rival de Dilma no

segundo turno, ser titular da pasta. O secretário de Comunicação do PT

defende ainda o isolamento da ala do partido pró-legalização.
"Agora é

hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado

internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra"..."

(grifos nossos)

 

 

Não é CULPA de José Serra que Dilma seja favorável ao aborto. Não

adianta empurrar essa bucha para o adversário, muito menos falando

mentira. E a pílula do dia seguinte foi instituída ANTES dele chegar ao

Ministério. Depois dessa lorota suja (e eles gostam de dizer que

baixaria é a praia alheia...), Vargas DESCE A MARRETA NAS FEMINISTAS.

 

 

 

As verdadeiras e legítimas, efetivamente comprometidas com as causas

das MULHERES, obviamente não aceitarão isso. Mas aquelas não exatamente

ligadas a isso, mais defensoras do PT que das companheiras, entenderão

o cinismo e a "necessidade política". Baixarão a cabeça pro

patriarcado, podem apostar, lavando essa louça partidária, em

obediência à ordem do chefe da família política. E caladas.

 

 

 

Como se vê, portanto, não é a religião que invade a política, mas os

políticos menos privilegiados pelo raciocínio que inventam de invadir a

religião. Querem os votos dos cristãos, vão a suas igrejas, fazem

orações, ajoelham etc. etc. etc. Daí, quando surge algum fato

DEMONSTRANDO que são totalmente contrários a algum dogma, não querem

que isso seja divulgado porque seria "baixo" e, para neutralizar o que

falsamente chamam de "baixaria", inventam mentira.

 

 

 

Ou melhor: mais mentira.

 

 

 

Ora! Invadir a igreja alheia sem ter fé bastante? Convocar reunião com

líderes religiosos na base da "contenção de crise"? Isso tudo é a

verdadeira baixaria, isso tudo é apelar à religiosidade do povo de

forma sórdida! E, no auge do desespero, desqualificam setores

historicamente ligados ao partido para fazer de conta que são e sempre

foram "carolas"? Façavor...

 

 

 

Não, não dá certo. Os religiosos não caem nessa e as pessoas

efetivamente comprometidas com a causa da legalização do aborto (não as

que obedecem ao patriarcado partidário), agora, também não aceitarão

isso. Burrice dupla.

 

 

 

Mas volto àquilo de antes: é incrível como, para alguns militantes, o

"povo" pode ser louvado em algumas de suas peculiaridades, como a pouca

atenção a escândalos políticos, ou ainda verdadeiramente aplaudido como

uma entidade CONSCIENTE quando de suas escolhas eleitorais (ninguém

pode se atrever a falar em contrapartida eleitoral a programas de

assistência, pois seria menosprezar garantias constitucionais).

 

 

 

Ok, mas quando ESSE MESMO POVO resolve levar em conta também suas

convicções religiosas, daí ele é atrasado, burro etc. Então fica assim:

se votam em quem "o cara manda", tá certo, mas se não votam em quem

defende a legalização do aborto, tá errado?

 

 

 

Eis a ironia de terem transformado política em messianismo.

 

Fonte

 

 

 

 

Nostromo2010-10-06 15:27:56

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Incrível... e eu que achava que era só desculpa esfarrapada do PT por não ter levado no primeiro...

 

e eu também 06

 

Essa Bagunça não é uma democracia??? Então' date=' a situação

do aborto só vai se resolver como no caso das armas, tascando um

referendo!!!

 

Decide isso nas urnas pronto e acabou.
[/quote']

 

isso que deveria ocorrer em todos os projetos de lei.

 

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Acho que o referendo não é o caminho para o Aborto.

 

Não tenho uma opinião formada sobre isso a ando pensando muito nessa questão por se estar falando tanto nela.

 

Ano passado houve audiência pra decidir a legalização do aborto em caso de anencefalia fetal, o que é nada mais que justo, afinal, sem cérebro não há como sustentar a vida e o bebê nasce e morre. Mas ainda sim não foi nada decidido.

 

Li também sobre o conceito constitucional de vida, que diz que quano ocorre morte cerebral não existe mais vida, podendo assim desligar o aparelhos de uma pessoal que perdeu sua atividade cerebral e encerrando por completo sua vida. E nisso, se encaixaria a questão do aborto até a 12ª semana [3 meses], pois até o terceiro mês o feto não tem um sistema neural, portanto, ainda não haveria vida ali.

 

Enfim, é uma questão complexa. Mas não é só uma questão de escolha, ou se a mulher quer ou não ter filhos, ou foi estuprada, bla bla bla. É uma questão também de saúde pública. Pelo menos 250 mil mulheres são internadas por ano por tentativas de aborto seja em médicos clandestinos ou remédios e receitas caseiras, muitas morrem e outras tantas sofrem uma série de consequencias e esse número tende a aumentar.

 

Eu realmnente penso muito nessq uestão e não consigo achar um caminho ainda.

 

É preciso retirar da situação toda a questão religiosa.

 

Fran Pierri2010-10-06 17:34:31

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Fran' date=' não é uma questão de

atividade cerebral, é uma questão de alma. Deus coloca metade da alma

no espermatozóide e metade no óvulo. Ou introduz a alma inteira no

momento da fecundação. Por isso o aborto é errado.

[/quote']

 

 

 

Isso só tem valor para quem acredita. Para legalizar algo não podemos

nos basear em crenças sem fundamento. Então não, não é "uma questão de

alma".

 

 

 

Devemos lembrar que há boa parte da população que não tem essa crença.

E proibir que essas pessoas possam fazer um aborto baseado na sua

crença, ou em qualquer outra, é discriminação. É impor a sua historinha

bonita sobre almas e deus aos demais cidadãos.

 

 

 

Sua fala é um dos motivos pelos quais não acho um referendo adequado. Muita gente não consegue separar religião e política. E isso é essencial para se determinar o que é legal ou não sem discriminar.

 

 

 

PS.: O Estado é LAICO. Só para lembrar...

 

Nostromo2010-10-06 18:42:14

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Fran' date=' não é uma questão de

atividade cerebral, é uma questão de alma. Deus coloca metade da alma

no espermatozóide e metade no óvulo. Ou introduz a alma inteira no

momento da fecundação. Por isso o aborto é errado.

[/quote']

 

 

 

Isso só tem valor para quem acredita. Para legalizar algo não podemos

nos basear em crenças sem fundamento. Então não, não é "uma questão de

alma".

 

 

 

Devemos lembrar que há boa parte da população que não tem essa crença.

E proibir que essas pessoas possam fazer um aborto baseado na sua

crença, ou em qualquer outra, é discriminação. É impor a sua historinha

bonita sobre almas e deus aos demais cidadãos.

 

 

 

Sua fala é um dos motivos pelos quais não acho um referendo adequado. Muita gente não consegue separar religião e política. E isso é essencial para se determinar o que é legal ou não sem discriminar.

Eu estava debochando.

 

Meia-alma X no óvulo e meia-alma X ou Y no espermatozóide. WTF? 06

Lucy in the Sky2010-10-06 18:43:15

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Como foram comentários diversos, não quotarei e apenas citarei três tópicos para fechar o que tenho a dizer por enquanto:

 

 

 

Aborto

 

 

 

Eu sou contra, tanto religiosamente quanto politicamente. Até há pouco tempo, eu achava que essa opção deveria ser válida para pessoas que tenham poucas condições. Todavia, em primeiro lugar, vamos legalizar apenas por uma questão de "igualdade social"? Quer dizer, só porque as ricas têm condições de fazê-lo as pobres também? É um pensamento errôneo nesse aspecto, a meu ver, pois pretende-se compensar a não aplicação da lei para os ricos liberando para os pobres (fora que é uma visão extremamente simplista e problemática, pois seria mais um serviço que o Estado teria de oferecer à população).

 

 

 

Por outro lado, os abortos mal-feitos geram problemas de saúde. Falando nesses termos, acredito que o princípio seja o mesmo que a não descriminalização das drogas. O dever do Governo seria fiscalizar tal tipo de atitude e não permitir que ela ocorra, esclarecendo a população e preparando uma política de prevenção à sociedade. Desta forma, claro que nunca serei contra o uso de preservavitos, pois se religiosamente o sexo deve ser feito apenas com a pessoa do casamento, não creio que a Constituição deva buscar limitar o cidadão em tal aspecto. Com o avançar da divulgação e da propagação do dito sexo seguro, certamente a necessidade do aborto diminuirá. Deve-se buscar um tratamento público a quem já cometeu tal ato e aos viciados, porém restringindo os meios de novas pessoas seguirem este rumo. Não pode haver uma política "quem não tem, caça com gato" nestas duas áreas, pelo menos.

 

 

 

Finalmente há a questão das mulheres estupradas, que deve incluir a temática de segurança. Neste caso, creio que também cabe ao Estado auxiliar a mulher a cuidar deste filho, desde que provada a agressão sexual - do contrário, diriam nossos nobres colegas, "vários vagabundos iriam supostamente atacar esposas para ganhar Bolsa-Pastel" -, orientando-as também psicologicamente. Apenas o aborto não retirará da mulher todo o drama emocional vivenciado; muito pelo contrário, pode agravá-lo.

 

 

 

De todo modo, nada de referendo. Cabe ao Congresso decidir isso, os caras recebem para que possam pensar e levar os interesses das diversas camadas da população.

 

 

 

Religião e representação feminina

 

 

 

A respeito do uso da temática abortista, petistas em geral vieram com o velho bordão: "oras, mas o Estado não é laico?" e começaram a atacar os religiosos. É bem verdade que há um fundamentalismo exagerado que faz com que as pessoas sejam desviadas a votar em bispos com o único intuito de aproveitarem-se de seus fiéis.

 

 

 

Porém, a questão é muito mais complexa do que uma mera manipulação. Eu não vejo qualquer problema - muito pelo contrário, acho fundamental - em se discutir a visão religiosa em algumas decisões políticas. Afinal, a religião também repercute questões de moral/ética, desapego ao poder e ao dinheiro. Deste modo, é natural que as pessoas usem, dentre outros, temas religiosos na hora de votar; afinal, faz parte de sua vida. Se você acredita no poder de transformação da sociedade por preceitos religiosos, é óbvio que espera que os representantes da sociedade sigam tais preceitos (e justamente por isso que não deve haver referendo sobre o tema). O que não pode haver é uma forma preconceituosa e aproveitadora, sem de fato discutir a questão - como ocorreu no caso Dilma, com fanáticos enviando e-mails e acusando o PT de ser o demônio na Terra.

 

 

 

Penso o mesmo sobre o fato de alguém considerar o sexo na hora de votar. Se há tantos estudos sociais para mostrar o poder de mulher na administração e todo o blá-blá-blá que vemos em "pesquisas ridículas", por que desconsiderá-lo na hora do voto? Novamente, o erro é ver a componente como única ou majoritária na hora da escolha.

 

 

 

Afinal, cada um vota nos seus interesses. Eu já disse aqui e no Twitter, voto na Dilma por razões particulares mesmo, não vou ficar indo nessa de imprensa golpista etc em que os militantes tanto falam. E essa razão é para os próximos quatro anos em especial, talvez fosse até anular. Claro que temos de considerar o interesse nacional e projetar o futuro, mas o que mais me apetece é o que levo em conta, claro. Por exemplo, a questão externa: nunca que o Brasil vai entrar em guerra, então, apesar de achar tosca a participação de Celso Amorim e Lula no cenário nacional, isso não me influencia de forma alguma na hora de votar.

 

 

 

Tiririca

 

 

 

Eu ia até responder à Abelha, mas em se tratanto de Abelha, deixa quieto. Só fica um recado para ela: o PR investiu R$3,5 milhões na campanha dele? Será que ele é tão inocente assim? E a cambada que ele leva junto, inclusive o Valdemar da Costa? Se depender desse tipo de raciocínio limitado, em 2014 ele concorre ao governo de São Paulo ou até à Presidência.

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Abortar não apaga a lembrança do estupro, mas ter que carregar o filho do agressor certamente piora a situação, e entre o péssimo e o mais péssimo a escolha é óbvia. E se a aborto é mais danoso para a mulher do que ir até o fim na gestação deve caber a ela decidir, e não ao Estado.

 

Misturar superstições com política é claramente errado porque gera leis que se baseiam em religião e, consequentemente, impõem crenças religiosas a quem não segue a religião. Mas infelizmente as pessoas não conseguem deixar sua religião de lado em prol de uma postura racional, de modo que a laicidade de um Estado, mesmo que determinada em lei, fica dependente do nível de religiosidade que existe em sua população.

 

 

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Porém' date=' a questão é muito mais complexa do que uma mera manipulação. Eu não vejo qualquer problema - muito pelo contrário, acho fundamental - em se discutir a visão religiosa em algumas decisões políticas. Afinal, a religião também repercute questões de moral/ética, desapego ao poder e ao dinheiro. Deste modo, é natural que as pessoas usem, dentre outros, temas religiosos na hora de votar; afinal, faz parte de sua vida. Se você acredita no poder de transformação da sociedade por preceitos religiosos, é óbvio que espera que os representantes da sociedade sigam tais preceitos (e justamente por isso que não deve haver referendo sobre o tema). O que não pode haver é uma forma preconceituosa e aproveitadora, sem de fato discutir a questão - como ocorreu no caso Dilma, com fanáticos enviando e-mails e acusando o PT de ser o demônio na Terra.[/quote']

 

Eu acho que a ética e a moral independe de religião. Acho que as

religiões são doutrinas que criaram seu próprio código ético e moral, de

isso pode e isso não pode. Como sexo antes do casamento, por exemplo.

 

É um exemplo tosco, mas na sociedade de hoje em sua maioria isso já caiu por terra, não?! E era algo totalmente imoral.

 

Estamos caminhando para uma aprovação da união civil de homossexuais, sua união estável declarada já é permitida e concede alguns benefícios, temos até alguns casos de adoção por homossexuais no Brasil. Fora em outros lugares do mundo onde a união é reconhecida e o casal tem plenos direitos como um casal heterossexual.

 

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Ótimo post' date=' apesar de eu discordar em tudo no que diz respeito a sua visão sobre aborto.

 

 

 

Mas esqueceu de considerar a gravidez de risco. Na sua opinião, deixamos a mãe correr risco de morte ou permitimos que ela aborte?

 

[/quote']

 

Como no caso da menina de 9 anos que engravidou do pai, que o padre da comunidade insistia que não deveria ser abortado, sendo que o estado já havia concedido o aborto e a menina corria sérios riscos com a gravidez.

 

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Abortar não apaga a lembrança do estupro' date=' mas ter que carregar o filho do agressor certamente piora a situação, e entre o péssimo e o mais péssimo a escolha é óbvia. E se a aborto é mais danoso para a mulher do que ir até o fim na gestação deve caber a ela decidir, e não ao Estado.

 

[/quote']

 

Eu concordo com isso, acho que o aborto deve gerar um trauma, mas em uma situação péssima talvez ele seja o menos pior.

 

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Quanto à situação psicológica (trauma com ou sem o filho), entramos na base dos achismos. Não há discussão fundamentada sobre a temática, mas acredito que pesquisas na área pudessem ser feitas a respeito. De todo modo, mantenho a minha posição de que o Estado deve dar suporte à pessoa na sua capacidade de cuidar do filho, bem como da sua condição psicológica; isso sim é o "menos pior".

 

 

 

A respeito da gravidez de risco, confesso não ter opinião formada. Nos casos em que a mulher tem a opção de gerar o filho, creio que seja dever dela fazê-lo e do Estado em ajudá-la a gerar. Mas no caso em que isso é cientificamente impossível, não sei. Creio que o tratamento dado aos dois seres deva ser igual, porém me faltam conhecimentos de casos e técnicos sobre a melhor forma de lidar com o caso.

 

 

 

Finalmente, Fran, eu disse que a religião também repercute a questão da ética. Por mais que o conceito esteja arraigado fora dela, ela pode ser propagadora desses valores, já que as noções de cidania e moral andam um tanto quanto distorcidas em nossa sociedade. Deste modo, as religiões que pregam o desapego ao poder pelo poder, a caridade consciente e o anúncio das injustiças contribuem em muito na formação de opiniões, na ausência de pessoas ligadas ao Estado com capacidade de defender - por falta de vontade ou por não servirem de exemplo - ou mesmo levarem adiante esse discurso.

 

 

 

Quanto à laicidade, acho tolice colocar uma atitude religiosa sempre como "não-racional" (aí vamos entrar na discussão do outro tópico, do qual eu quero distância). O importante nessa questão, e o quê a Constituição deva buscar (novamente, confesso desconhecer o que está na Lei - aliás, taí uma proposta que eu queria ver político defender: ensino obrigatório do básico da Constituição Brasileira e de Economia no ensino médio, já que Sociologia e Filosofia também o são), para mim, é não deixar a Igreja interferir na ação do Estado. Daí a querer um Estado agnóstico/ateu, é impossível, simplesemnte porque ele é formado por pessoas que, além de ideais políticos, tem também os religiosos. Além disso, no Estado Laico há um respeito às diferentes religiões, de modo que seus representantes de fato estejam inseridos na formação da sociedade, inclusive com membros defendendo as ideias da religião na política, desde que estas não digam respeito à interferência direta da política com a religião (e vice-versa, como vemos nos casos Garotinho, Crivella e cia.).

 

 

 

Naturalmente, o avanço da sociedade também repercute nas religiões e as próprias atitutes destas podem ser alteradas, conforme se observa que tal postura é realmente mais adequada (se o interesse é atrair fiéis).

 

 

 

Quanto à união dos homossexuais, eu sou plenamente a favor no civil, desde que não vire bagunça (sei lá, daqui a pouco vão querer que um trio seja tratado como "família" também etc). Sobre adoção de crianças, a princípio sou contra, mas não tenho postura certa sobre o tema.ltrhpsm2010-10-07 05:18:52

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Sou contra o aborto  e nem é por razões religiosas, mas entendo que a pessoa que decidir faze-lo, o fará ele sendo legalizado ou não.

A lei apenas lhe garantirá um aborto mais seguro, suponho.

 

Sou a favor da união homo.

Tipo o caso da Cássia Eller,  me pareceu tão certo que o filho dela ficasse com sua parceira depois de sua morte...
MariaShy2010-10-07 06:16:37
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Quanto à situação psicológica (trauma com ou sem o

filho)' date=' entramos na base dos achismos. Não há discussão fundamentada

sobre a temática, mas acredito que pesquisas na área pudessem ser feitas

a respeito. De todo modo, mantenho a minha posição de que o Estado deve

dar suporte à pessoa na sua capacidade de cuidar do filho, bem como da

sua condição psicológica; isso sim é o "menos pior".[/quote']

 

Ah cara , nem precisa de pesquisas pra saber que isso vai gerar um trauma....isso é uma certeza.......mas além disso.....proibir o aborto nos casos de estupros.....seria impor uma gravidez que a mãe nunca quiz.....principalmente de um pai que é um criminoso........

O aborto nesses casos é totalmente aceitável......

 

Finalmente há a questão das mulheres estupradas' date=' que deve incluir a

temática de segurança. Neste caso, creio que também cabe ao Estado

auxiliar a mulher a cuidar deste filho, desde que provada a agressão

sexual - do contrário, diriam nossos nobres colegas, "vários vagabundos

iriam supostamente atacar esposas para ganhar Bolsa-Pastel" -,

orientando-as também psicologicamente. Apenas o aborto não retirará da

mulher todo o drama emocional vivenciado; muito pelo contrário, pode

agravá-lo.

[/quote']

 

eu concordo que apenas o aborto não retirará da mulher o drama emocional vivenciado, mas que pode agravá-lo ae tu ja entrou na base dos achismos......pode atenuar também.....por isso que o aborto nesses casos é facultativo.....

 

tem mulher que poderia encarar a gravidez como uma coisa boa ....que vem depois de algo ruim......dependendo da situação em que ela se encontra........já outras não....psicologicamente abaladas.....isso poderia afetar diretamente na criação da criança.....

 

 

 

 

 

 

Tulkas2010-10-07 06:44:26

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  • Administrators

 

Pessoal..olha o off topic aí...daqui a pouco isso vai virar um tópico sobre união civil entre homossexuais, aborto e vai virar uma discussão sem fim que já sabemos onde acabar. Vamos debater sobre as Eleições 2010.

Big One2010-10-07 11:39:52

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Mas esqueceu de considerar a gravidez de risco. Na sua opinião' date=' deixamos a mãe correr risco de morte ou permitimos que ela aborte?

 

[/quote']

 

Neste caso o aborto já é permitido pela nossa legislação.

 

(post só pra esclarecer a questão legal do assunto)

Dook2010-10-07 10:22:41

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Neste caso o aborto já é permitido pela nossa legislação.

 

(post só pra esclarecer a questão legal do assunto)

 

Eu considero isso uma contradição bizarra...

 

Mas... deixa para lá. Como o Big One já disse, o topico já está saindo demais do assunto original.

 

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