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Política/Eleições 2010


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A Maria Rita Kehl escreveu um artigo sobre o Bolsa Família que foi publicado no Estadão e, segundo ela própria, causou sua posterior demissão. Eis o texto:

 

Dois pesos...<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

02 de outubro de 2010 | 0h 00

Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Alexei2010-10-07 17:11:19
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Agora, a versão dela sobre o artigo e a demissão:

 

Maria Rita Kehl: "Fui demitida por um 'delito' de opinião"<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Bob Fernandes

A psicanalista Maria Rita Kehl foi demitida pelo Jornal O Estado de S. Paulo depois de ter escrito, no último sábado (2), artigo sobre a "desqualificação" dos votos dos pobres. O texto, intitulado "Dois pesos...", gerou grande repercussão na internet e mídias sociais nos últimos dias.

Nesta quinta-feira (7), ela falou a Terra Magazine sobre as consequências do seu artigo:
- Fui demitida pelo jornal o Estado de S. Paulo pelo que consideraram um "delito" de opinião (...) Como é que um jornal que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?

Veja trechos do artigo "Dois pesos".

Leia abaixo a entrevista.

Terra Magazine - Maria Rita, você escreveu um artigo no jornal O Estado de S.Paulo que levou a uma grande polêmica, em especial na internet, nas mídias sociais nos últimos dias. Em resumo, sobre a desqualificação dos votos dos pobres. Ao que se diz, o artigo teria provocado conseqüências para você...
Maria Rita Kehl -
E provocou, sim...

- Quais?
- Fui demitida pelo jornal O Estado de S.Paulo pelo que consideraram um "delito" de opinião.

- Quando?
- Fui comunicada ontem (quarta-feira, 6).

- E por qual motivo?
- O argumento é que eles estavam examinando o comportamento, as reações ao que escrevi e escrevia, e que, por causa da repercussão (na internet), a situação se tornou intolerável, insustentável, não me lembro bem que expressão usaram.

- Você chegou a argumentar algo?
- Eu disse que a repercussão mostrava, revelava que, se tinha quem não gostasse do que escrevo, tinha também quem goste. Se tem leitores que são desfavoráveis, tem leitores que são a favor, o que é bom, saudável...

- Que sentimento fica para você?
- É tudo tão absurdo... A imprensa que reclama, que alega ter o governo intenções de censura, de autoritarismo...

- Você concorda com essa tese?
- Não, acho que o presidente Lula e seus ministros cometem um erro estratégico quando criticam, quando se queixam da imprensa, da mídia, um erro porque isso, nesse ambiente eleitoral pode soar autoritário, mas eu não conheço nenhuma medida, nenhuma ação concreta, nunca ouvi falar de nenhuma ação concreta para cercear a imprensa. Não me refiro a debates, frases soltas, falo em ação concreta, concretizada. Não conheço nenhuma, e, por outro lado...

- ...Por outro lado...?
- Por outro lado a imprensa que tem seus interesses econômicos, partidários, demite alguém, demite a mim, pelo que considera um "delito" de opinião. Acho absurdo, não concordo, que o dono do Maranhão (senador José Sarney) consiga impor a medida que impôs ao jornal O Estado de S.Paulo, mas como pode esse mesmo jornal demitir alguém apenas porque expôs uma opinião? Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?

- Você imagina que isso tenha algo a ver com as eleições?
- Acho que sim. Isso se agravou com a eleição, pois, pelo que eles me alegaram agora, já havia descontentamento com minhas análises, minhas opiniões políticas.

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 Abaixo, versão do "Diretor de Conteúdo" (que porra de cargo é esse??!) do Estadão...

 

 

 

Quinta, 7 de outubro de 2010, 14h29 <?:namespace prefix = v ns = "urn:schemas-microsoft-com:vml" /><?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />Atualizada às 14h40

 

Diretor do Estadão: "Não houve censura a Maria Rita Kehl"

 

Bob Fernandes

O diretor de conteúdo do Grupo O Estado de S.Paulo, Ricardo Gandour, conversou com Terra Magazine sobre a demissão da colunista Maria Rita Kehl, psicanalista, que, no último sábado (2), publicou no jornal um artigo no qual tratava da "desqualificação do voto dos pobres". Gandour, para começo de conversa, diz que "não houve demissão":

- Não é demissão. Colunistas se revezam, cumprem ciclos.

Disse ainda o diretor de conteúdo do Grupo O Estado de S.Paulo:

- Havia uma discussão em torno de novos rumos para a coluna, essa conversa começou na última terça-feira pela manhã, (...) Horas depois, houve um vazamento na internet que precipitou a decisão. Não houve censura. Tanto que a coluna saiu integralmente.

A seguir, a conversa com Ricardo Gandour.

Terra Magazine - O que aconteceu entre o jornal o Estado de S.Paulo e a colunista Maria Rita Kehl?
Ricardo Gandour -
O projeto original no caderno C2 + Música é de de ter ali, aos sábados, um espaço em torno da psicanálise. Um divã para os leitores. Mas esse não era o enfoque que ela vinha praticando e frequentemente conversávamos sobre isso.

Com você?
Não comigo diretamente, mas com a editora do caderno. Assim iniciou-se com a autora uma discussão em torno de novos rumos para a coluna. Inclusive com o contrapropor da colunista.

Quando começou essa conversa?
Essa última conversa começou na última terça-feira, pela manhã. Ela chegou a contrapropor alguma coisa, tinha um diálogo rolando... Horas depois, houve um vazamento na internet que precipitou a decisão...

Mas vocês atribuem isso a ela?
Eu não sei, não posso afirmar. E estão dizendo na internet que houve censura...

...Na verdade, o que há na internet é uma entrevista com Maria Rita Kehl, onde ela diz: "Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?"
Não houve censura, a coluna saiu integralmente, sem mexer em uma vírgula.

Mas houve consequências...
Tinha uma conversa em torno dos rumos daquele espaço. Estão dizendo que foi a coluna de sábado que causou isso, mas não foi, não. Era o foco daquele espaço que era outro. Claro que a coluna de sábado foi uma coluna forte...

Forte...
Dentro da questão de que não era esse o foco.

Então, a demissão não se deu pela opinião da Maria Rita e por posterior censura à ela?
Não é demissão... colunistas se revezam, cumprem ciclos. A Chris Mello saiu do jornal em agosto, o Mark Margolis entrou em outra seção. O jornal tem 92 colunistas, e esse ano saíram três e entraram três ou quatro. O que estava havendo aí era a simples gestão de uma coluna específica.

Desde...
Tinha um diálogo rolando e esse diálogo vazou e eu lamento que esteja havendo uma leitura histérica disso.

Talvez porque é um momento...
O momento é delicado, crítico, de eleições, mas abriu-se um diálogo que vazou e nós mantivemos a linha. O fenômeno da rede social é que uma conversa entre três pessoas passou a acontecer entre 3 mil pessoas, mas a verdade sobre esse fato é esta.

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 Faz sentido... Ela não foi censurada. Foi demitida.

 

 São coisas beem diferentes. Como "contratada" e seguindo a lógica do empregador (deveria haver uma "afinidade de discurso") ela só teve de arcar com sua postura.

 

 Nada demais. Isso é corrente em empresas de quaisquer outros setores e nem por isso é taxado de censura. É simplesmente uma das regras do jogo.

   
Deadman2010-10-07 17:07:37
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Eu discordo em partes, Dead. As atividades dos meios de comunicação são de interesse público e, por isso mesmo, estão sujeitas a regras específicas. Tanto é assim que o art. 224 da Constituição prevê a criação de um Conselho de Comunicação Social para investigar e coibir ameaças à independência técnica dos jornalistas.

 

Agora, que o jornal tem todo o direito de demitir a jornalista, não tenho dúvida, você está absolutamente certo. Ele também poderia ter esclarecido que a opinião da articulista não é a do jornal, o que seria ainda mais legítimo, inclusive sob a perspectiva do ofício da imprensa. Mas, como estamos em época de eleição...

 

Por isso é que a versão dela, de que houve, de fato, uma censura, tem um bom fundo de verdade.

 

Independentemente disso, na minha opinião, o texto "Dois pesos" é bom pra cacete. Vai ver, aí está o problema, visto ter sido publicado onde foi.

 
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Pra finalizar minha opinião sobre esse assunto: é bom quando um jornal, uma revista, declara abertamente que apóia este ou aquele candidato, como o Estadão fez. Isso existe em muitas democracias e aqui não deveria ser diferente.

 

Ruim é quando esse mesmo apoio vem mascarado de isenção, de "cobertura de imprensa", como o Estadão (e outros, tanto para um lado, quanto para o outro) também o fizeram. O problema, nesse caso, é que se o apoio é declarado, a credibilidade cai. e isso é o que os jornais e revistas com posição política menos querem.

 
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 Alexei, eu entendi "o ponto". Mas, note: a matéria saiu na íntegra e na internet está disponível, normalmente para quem quiser ler e, inclusive, comentar ou detonar a atitude do jornal (ou da tal psicanalista). Logo, com isenção ou não, o fato é que NÃO HOUVE CENSURA! 

 

 Entretanto, uma vez que o Estadão explicitou seu apoio ao Serra, o hasteamento da bandeira do "inimigo"por uma contratada com toques de ironia ao posicionamento direitista da classe abastada (que supostamente o Estadão endossa), a situação dela lá se tornou insustentável. Logo, é lícito que o "jornal", não tendo gostado desse posicionamento, a dispensasse.

 

 Na minha humilde opinião ela usou o termo errado (censura) para se referir ao episódio. Arbitrariedade, facismo, cinismo, truculência, rigidez, burrice... Ok. Censura? I don't think so.

 

 Todos temos que arcar com nossas escolhas e atitudes. Nem sempre as consequências são boas e esperadas, mas...Quem sai na chuva, tem que saber que vai se molhar.  

 

 PS: Não acredito em nenhuma mídia isenta. TODAS, sempre, tomam partido. Só os romanticos acreditam no contrário.

 

  
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Eu provavelmente não deixaria de votar em um candidato ou um partido por causa de um ou outro tema isolado. O que eu espero é que partidos e candidatos sejam capazes de se posicionar claramente sobre temas importantes e que defendam suas opiniões com sinceridade. O aborto é uma bandeira histórica do PT e da esquerda em geral. Dilma já defendeu a descriminalização do aborto em entrevista dada à folha. As imagens estão no youtube para qualquer um que quiser conferir. Ao se deparar com o tema na campanha eleitoral o PT poderia ter ido pelo caminho do debate e da confrontação de idéias, mas preferiu o caminho mais fácil: mentir compulsivamente.  Acho que isso revela muito mais sobre o caráter do partido do que sua posição pelo aborto.

 

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[...]O aborto é uma bandeira histórica do PT e da esquerda em geral. Dilma já defendeu a descriminalização do aborto em entrevista dada à folha. As imagens estão no youtube para qualquer um que quiser conferir. Ao se deparar com o tema na campanha eleitoral o PT poderia ter ido pelo caminho do debate e da confrontação de idéias' date=' mas preferiu o caminho mais fácil: mentir compulsivamente.  Acho que isso revela muito mais sobre o caráter do partido do que sua posição pelo aborto.

[/quote']

 

O PT age assim faz tempo. Defendem uma coisa e quando são confrontados mentem na cara-de-pau.

 

Eu acho impressionante como ainda tem gente que defende a Dilmentira.

 

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Essa questão do aborto é um divisor na campanha do PT. Os sonhos de Lula perigam descer pelo ralo por causa de uma mentira. Outro erro, subestimar uma adversária do porte de Marina Silva, provando que não existe mesmo uma agenda centrada no meio ambiente e agora, de pires na mão correndo atrás do prejuízo. É patético.

 

 
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 Nem sei se é divisor de águas ou não, mas a nova campanha petista no rádio hoje me deu engulhos... Tem uma hora que aparece uma conversa de dois nortistas (aquele troço forçado, mal interpretado) onde um fala pro outro que a Dilma foi a canditada com maior número de votos no 1ª turno e agora "com os votos da Marina ela vai ser eleita com mais de 60% da preferência dos eleitores..."

 Assim, na cara dura! Numa frase maldosamente elaborada dá a entender, pra um ouvinte menos atento, que a Marina apoia a sua candidatura no 2º turno!! Pilantragem do mais alto nível.        
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Ambos estão agora a mil elogios à Marina (e não se enganem, dos DOIS lados mesmo). Um absurdo dadas as circunstâncias. Uma politicagem que dá nojo. O problema é que não sei quem dá mais nojo, se o PT ou o PSDB.

Quanto ao aborto, sou radicalmente a favor, mas e...?

Vale dizer: que belos textos postados pelo Alexei e pelo Deadman, independentemente de minha opinião pessoal sobre o assunto.

 

Mr. Scofield2010-10-08 09:40:35

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A questão em sí não é ser contra ou a favor do aborto..o que pega é o que assunto está desgastando a campanha do PT...existe um vídeo onde a Dilma fala a favor da discriminilização...até aí ainda tudo bem..o que muda é o silêncio damesma com relação a mudança de postura como se tal vídeo não existisse. Evangélicos e católicos não estão deixando passare o assunto grudou no PT. Vejo trechoi da entrevista do Bispo de Guarulhos:

 

Folha - O PT anunciou que

estuda retirar do programa partidário a defesa da descriminalização do

aborto. Isso pode alterar seu posicionamento em relação a Dilma?

D. Luiz Gonzaga Bergonzini -

Da minha parte, não muda absolutamente nada. Ela tem declarações

claríssimas a respeito do aborto. Ou ela não falava com sinceridade

naquela época, ou não está falando agora. Outra coisa: o partido, não é

de hoje que eles têm essa questão fechada. Em dois congressos que o PT

fez, eles aprovaram o aborto como plano de governo. Como é que se

explica agora que ela venha falar isso? O fato de mudar agora é de

interesse meramente político. Ela está levando a questão conforme as

circunstâncias. Ela vai para o lado que o vento sopra. A minha posição é

a mesma.

 

 

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Abortar não apaga a lembrança do estupro' date=' mas ter

que carregar o filho do agressor certamente piora a situação, e entre o

péssimo e o mais péssimo a escolha é óbvia. E se a aborto é mais danoso

para a mulher do que ir até o fim na gestação deve caber a ela decidir,

e não ao Estado.

 

Misturar superstições com política é claramente

errado porque gera leis que se baseiam em religião e, consequentemente,

impõem crenças religiosas a quem não segue a religião. Mas infelizmente

as pessoas não conseguem deixar sua religião de lado em prol de uma

postura racional, de modo que a laicidade de um Estado, mesmo que

determinada em lei, fica dependente do nível de religiosidade que

existe em sua população.

 

[/quote']

 

10

 

o jogo é duro.

Se

o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos

do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse

contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos.

O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da

continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de

governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão

consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que

parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma

dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos

destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor,

residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos

trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que

ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os

candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o

dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se

fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os

verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes

de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria?

Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário

oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela

Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões,

preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse

inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor

máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem

tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.[/quote']

EXCEPCIONAL comentário.

E a fulaninha filhinha de papai da

internet que reclama que não tem ninguém mais pra ganhar uma mixaria

pra ser porteiro, por que não vai ela mesma ser porteira? Ou ela quer

que algum escravo desqualificado vá ser porteiro por ela? 03

 

 

 Faz sentido... Ela não foi censurada. Foi demitida.

 

 

 São coisas beem diferentes. Como "contratada" e seguindo a lógica

do empregador (deveria haver uma "afinidade de discurso") ela só teve

de arcar com sua postura.

 

 Nada demais. Isso é corrente em empresas de quaisquer outros

setores e nem por isso é taxado de censura. É simplesmente uma das

regras do jogo.

   

 

nã nã nã DeadMan. O que o jornal expressa é um comentário público' date=' uma imprensa que não pública o que discorda é uma imprensa corrupta, não necessariamente envolvendo dinheiro.

 

A imprensa é pra trazer os fatos e as discussões dos fatos a tona de toda a nação, uma imprensa que só emite um lado dos fatos, ou um lado das discussões está desvirtuando do seu princípio.

 

Mas concordo com você que não houve censura DIRETA, apenas o que houve fora "retalhamento", eles tem uma linha, queriam essa linha, a psicóloga emitiu uma opinião de outra linha, que coincidentemente era contrária a opinião da empresa, e assim pos-na no banco de reservas. Ora, claramente a empresa quis controlar os fatos, impedir que seja emitido um aspecto de algum fato é controlar os fatos, e controlar os fatos é politica. Até uma Sciênce da vida cai nesse erro.

 

Oportunismo essa eh a palavra..o mesmo oportunismo que

semanas atras estava estampado na capa do blog da Dilma chamando a

Marina da Traía..nessa palavras mesmo e agora pede apoio...

esse excrotismo ocorre em qualquer partido 07

 

Notícia contada pela Globo e a mesma notícia mostrada pela Record' date=' vejam a "sutil" diferença: 06.gif

 

Protesto contra serra na Globo?

http://www.youtube.com/watch?v=tS1zLgeQnEY

 

Protesto na Record

http://www.youtube.com/watch?v=Pug_mWvqq_k

 

RÁ!

 

[/quote']

 

sintomático. Isso que é corrupção de princípios.

 

 

 

 

 

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 Comentário do Maurício Stycer (colunista do UOL) sobre a postura/discurso dos 2 candidatos à presidência nesse 2º turno:

 

 "Um desastre. Num Estado laico e democrático, é assustador ouvir os candidatos à Presidência da República recorrerem a Deus para conseguir votos."

 

 PS: Vi hoje a propaganda da Dilma... Nojenta.

 

  Além disso, eu tô louco ou ela acha mesmo que esse papo de ser mulher é um "plus", que essa característica a coloca num ponto mais elevado e distinto, vindo a credenciá-la a ser melhor presidente que um homem, por exemplo??!! E que papo é esse dizendo que as urnas mostraram que 67% do povo quer uma mulher na presidência??!!

 Surtada é pouco. O pior é que o povão compra esse discurso facim, facim... 
Deadman2010-10-08 15:25:15
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Bom mesmo é votar na coligação que tem o DEM, isto vai salvar o Brasil 14

 

Anos e anos de corrupção são facilmente jogados em baixo do tapete. Sinceramente, quem tem memória consegue ver qual é a real diferença entre estes dois projetos de centro. Em qual deles o Brasil cresceu mais? Discutir a figura de um presidente é a mesma coisa que escolher o fantoche mais bonito.

 

 
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Oportunismo essa eh a palavra..o mesmo oportunismo que semanas atras estava estampado na capa do blog da Dilma chamando a Marina da Traía..nessa palavras mesmo e agora pede apoio...

 

Mas oportunismo é uma marca política! Não é exclusividade de A ou B. Sempre foi assim (infelizmente). O que é errado é defender A ou B pensando que isto não irá acontecer.

Veja o caso da Dilma, veja o caso do Serra. Ambos fazem e farão na cara dura.
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