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Guerra ao Terror (The Hurt Locker)


MacGruber
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thehurtlocker_14-2.jpg

 

Sinopse: Para um grupo de soldados americanos, alguns dias os separam do retorno para casa. Um período relativamente curto, se não fosse por tantas ocorrências que transformassem esse fim de jornada em um verdadeiro inferno. As forças armadas precisam de especialistas não só nos campos de combate mas também no dia a dia, na proteção do grupo contra insurgentes que promovem atentados, matando milhares de cidadãos.

Título original: The Hurt Locker

Diretor: Kathryn Bigelow

Elenco: Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse, Evangeline Lilly

Gênero: Guerra

Duração: 131 min

Ano: 2008

Site Oficial: http://thehurtlocker-movie.com/

Cor: Colorido

Classificação: Não disponível

País: EUA
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O pior é que ainda puseram o título de Guerra ao Terror...

Foi o filme mais aclamado pelos críticos nos EUA esse ano e talvez por isso eu tenha me decepcionado um pouco na primeira vez que eu vi. Mas na revisão subiu muito no meu conceito. O primeiro relato maduro sobre as novas invasões americanas. Ao contrário de palhaçadas como Leões e Cordeiros e Soldado Anônimo, é cinema e não propaganda política - apesar de ser uma paulada nesse sentido. O visual completamente desafetado reflete o próprio conteúdo. Fugindo de perguntas e respostas fáceis a Bigelow dá uma banana para o Haggis e sua bandeirinha americana virada de cabeça pra baixo. E ainda tem o Jeremy Renner. Puta atuação.
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  • 3 months later...
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Eu assisti "Guerra ao Terror" e gostei do filme, especialmente da direção da Kathryn Bigelow que dá um clima de adrenalina e tensão às sequências sem fazer com que as cenas se tornem episódios de ação. O elenco como um todo está tudo bem, o Jeremy é o melhor, mas ainda assim considero todos em mesmo nível, nada fora do normal, mas extremamente eficientes. Fotografia belíssima, eficiente também. Acho que o filme trata alguns dos aspectos dos personagens muito na superfície, durante boa parte do filme se mostra uma série de "esquetes" que mostra a equipe em ação e o explorar dos personagens toma conta de alguns segundos do filme. O desfecho aliás é irregular justamente por isso, apostando no retorno do combatente, à vida normal, achando tudo entediante, demonstrando que aquele não é seu lugar. Pra mim não é um filme completo, apesar de ainda ser muito bom, graças a Bigelow e ao elenco. 8/10
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SA está para as guerras do Oriente Médio quase como MASH estava para o Vietnã.

 

É uma pancada sardônica na política externa estadunidense e no espetáculo do militarismo. Claramente se encaixa na situação atual a reinar no Oriente Médio, apesar de tratar da guerra do Golfo no início da década passada.

 

Jovens que sequer conhecem o inimigo ou sabem onde ele está, ficam à toa por centenas de dias no deserto mergulhados em tédio, não chegam a atirar seus rifles, são colocados para proteger campos de petróleo. Quando podem agir, finalmente, os superiores mandam artilharia aérea no lugar.

 

O filme é claramente uma comédia de tom abertamente crítico.

 

 

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O filme tem qualidades mas não vi tudo o que viram não. É um retrato fiel da guerra mas para mim, fica no mesmo nível de outros filmes do gênero.

 

A atuação do Jeremy Renner sobressai do conjunto.

 

[/quote']

 

Acho que o frescor de "Guerra ao Terror" está nas mãos da Bigelow e do elenco. Estes são os principais triunfos do filme em comparação aos demais do gênero, mas honestamente também acho que o filme não justifica todo esse auê. Gosto do Jeremy Renner, ele se sai bem, mas a questão é que gostei de todos os rostos desconhecidos do elenco. Ele se sobressai pq o personagem é destacável pela sua personalidade e tal, mas acho uma atuação apenas eficiente, nada fora do normal, nem acima da média.
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Eu assisti "Guerra ao Terror" e gostei do filme' date=' especialmente da direção da Kathryn Bigelow que dá um clima de adrenalina e tensão às sequências sem fazer com que as cenas se tornem episódios de ação. O elenco como um todo está tudo bem, o Jeremy é o melhor, mas ainda assim considero todos em mesmo nível, nada fora do normal, mas extremamente eficientes. Fotografia belíssima, eficiente também. Acho que o filme trata alguns dos aspectos dos personagens muito na superfície, durante boa parte do filme se mostra uma série de "esquetes" que mostra a equipe em ação e o explorar dos personagens toma conta de alguns segundos do filme. O desfecho aliás é irregular justamente por isso, apostando no retorno do combatente, à vida normal, achando tudo entediante, demonstrando que aquele não é seu lugar. Pra mim não é um filme completo, apesar de ainda ser muito bom, graças a Bigelow e ao elenco. 8/10 [/quote']

 

Ainda bem que o filme não perde muito tempo em "explorar esses personagens". Era a última coisa que a narrativa precisava, imo.  The Hurt Locker tem muito haver com a atmosfera, e optar por esse lado já tão exaustivamente demonstrado em outros filmes do genero teria sido bem sem graça, não ia mesmo acrescentar nada, ia ser mais uma distração do que qualquer outra coisa. Acredito que caso a Bigelow tivesse seguido por essa direção o filme ia perder muito a força da qual ele se sustenta.

 

O final é bem direto e contundente com o resto da narrativa. Gosto muito, sendo uma saída fácil ou não.

 

No mais, concordo com o post do Peruca ali em cima.
Beckin2009-12-27 11:37:54
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O filme tem qualidades mas não vi tudo o que viram não. É um retrato fiel da guerra mas para mim, fica no mesmo nível de outros filmes do gênero.

 

A atuação do Jeremy Renner sobressai do conjunto.

 

 
[/quote']

 

Quais filmes do gênero, Nacka ? Era bom ver alguns exemplos...

 

E esse filme do Sam Mendes citado por aí é medíocre até o talo. Não gosto mesmo 12. Aliás, o Mendes é um cara que tem problemas sérios pra estabelecer uma simples narrativa.
Beckin2009-12-27 11:37:04
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Eu assisti "Guerra ao Terror" e gostei do filme' date=' especialmente da direção da Kathryn Bigelow que dá um clima de adrenalina e tensão às sequências sem fazer com que as cenas se tornem episódios de ação. O elenco como um todo está tudo bem, o Jeremy é o melhor, mas ainda assim considero todos em mesmo nível, nada fora do normal, mas extremamente eficientes. Fotografia belíssima, eficiente também. Acho que o filme trata alguns dos aspectos dos personagens muito na superfície, durante boa parte do filme se mostra uma série de "esquetes" que mostra a equipe em ação e o explorar dos personagens toma conta de alguns segundos do filme. O desfecho aliás é irregular justamente por isso, apostando no retorno do combatente, à vida normal, achando tudo entediante, demonstrando que aquele não é seu lugar. Pra mim não é um filme completo, apesar de ainda ser muito bom, graças a Bigelow e ao elenco. 8/10 [/quote']

 

Ainda bem que o filme não perde muito tempo em "explorar esses personagens". Era a última coisa que a narrativa precisava, imo.  The Hurt Locker tem muito haver com a atmosfera, e optar por esse lado já tão exaustivamente demonstrado em outros filmes do genero teria sido bem sem graça, não ia mesmo acrescentar nada, ia ser mais uma distração do que qualquer outra coisa. Acredito que caso a Bigelow tivesse seguido por essa direção o filme ia perder muito a força da qual ele se sustenta.

 

O final é bem direto e contundente com o resto da narrativa. Gosto muito, sendo uma saída fácil ou não.

 

No mais, concordo com o post do Peruca ali em cima.

 

Mas aí que tá Beckin.... o roteiro investe uma cena pra falar de um dos oficiais que a namorada quer ter filhos... pra lá no final mostrar esse cara chorando arrependido de não ser pai... isso é de uma artificialidade tremenda... fora a subtrama sentimentalóide envolvendo o Beckham na tentativa frustrada de humanizar James... algo que se consegue com muito mais naturalidade numa cena durante uma missão onde ele demonstra cuidados com os companheiros de combate... um pouco mais de atenção aquele jovem com comportamento agressivo seria bem-vindo também... Não curti do final, justamente por não ser direto.... e sim por ter enrolado alguns segundo pra apostar na saída mais fácill...

 

A atmosfera de "Guerra ao Terror" é muito boa mesmo, méritos principalmente do trabalho da Bigelow. Gostei muito dela nesse filme.
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O filme tem qualidades mas não vi tudo o que viram não. É um retrato fiel da guerra mas para mim, fica no mesmo nível de outros filmes do gênero.

 

A atuação do Jeremy Renner sobressai do conjunto.

 

 
[/quote']

 

Quais filmes do gênero, Nacka ? Era bom ver alguns exemplos...

 

E esse filme do Sam Mendes citado por aí é medíocre até o talo. Não gosto mesmo 12. Aliás, o Mendes é um cara que tem problemas sérios pra estabelecer uma simples narrativa.

 

Um dos exemplos é exatamente esse que você não gosta: Eu já aprecio (e muito) a atmosfera de Jarhead e o que penso do filme é mais ou menos aquilo que o Cremis disse no post dele.

 

Filmes sobre guerra, qualquer um, tendem a ser semelhantes... pegue Full Metal Jacket, Saving Private Ryan ou a minissérie Band of Brothers e verá semelhanças bem nítidas, da fotografia à condução dos atores. O tema já foi explorado à exaustão. Não é que filmes sobre o assunto sejam medíocres ou tecnicamente imperfeitos, só não consigo ver nenhum frescor na abordagem atual.

 

Este aqui merece uma revisada (quem sabe se for para os cinemas).

 

 

 

 
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Eu assisti "Guerra ao Terror" e gostei do filme' date=' especialmente da direção da Kathryn Bigelow que dá um clima de adrenalina e tensão às sequências sem fazer com que as cenas se tornem episódios de ação. O elenco como um todo está tudo bem, o Jeremy é o melhor, mas ainda assim considero todos em mesmo nível, nada fora do normal, mas extremamente eficientes. Fotografia belíssima, eficiente também. Acho que o filme trata alguns dos aspectos dos personagens muito na superfície, durante boa parte do filme se mostra uma série de "esquetes" que mostra a equipe em ação e o explorar dos personagens toma conta de alguns segundos do filme. O desfecho aliás é irregular justamente por isso, apostando no retorno do combatente, à vida normal, achando tudo entediante, demonstrando que aquele não é seu lugar. Pra mim não é um filme completo, apesar de ainda ser muito bom, graças a Bigelow e ao elenco. 8/10 [/quote']

 

Ainda bem que o filme não perde muito tempo em "explorar esses personagens". Era a última coisa que a narrativa precisava, imo.  The Hurt Locker tem muito haver com a atmosfera, e optar por esse lado já tão exaustivamente demonstrado em outros filmes do genero teria sido bem sem graça, não ia mesmo acrescentar nada, ia ser mais uma distração do que qualquer outra coisa. Acredito que caso a Bigelow tivesse seguido por essa direção o filme ia perder muito a força da qual ele se sustenta.

 

O final é bem direto e contundente com o resto da narrativa. Gosto muito, sendo uma saída fácil ou não.

 

No mais, concordo com o post do Peruca ali em cima.

 

Mas aí que tá Beckin.... o roteiro investe uma cena pra falar de um dos oficiais que a namorada quer ter filhos... pra lá no final mostrar esse cara chorando arrependido de não ser pai... isso é de uma artificialidade tremenda... fora a subtrama sentimentalóide envolvendo o Beckham na tentativa frustrada de humanizar James... algo que se consegue com muito mais naturalidade numa cena durante uma missão onde ele demonstra cuidados com os companheiros de combate... um pouco mais de atenção aquele jovem com comportamento agressivo seria bem-vindo também... Não curti do final, justamente por não ser direto.... e sim por ter enrolado alguns segundo pra apostar na saída mais fácill...

 

A atmosfera de "Guerra ao Terror" é muito boa mesmo, méritos principalmente do trabalho da Bigelow. Gostei muito dela nesse filme.

 

Nem lembrava direito dessa passagem do oficial cuja namorada quer ter filhos, não é lá memorável mesmo. Mas esse é justamente um dos motivos pelos quais eu acredito que tenha sido melhor não se focar nestas características mais pessoais dos personagens, nestes dramas... até porque é difícil fugir deste tipo de artificialidade, sem contar que essa espécie de "desenvolvimento de personagem" ia mais atrapalhar o foco real da narrativa e a atmosfera a qual a Bigelow pretendia alcançar do que qualquer outra coisa. Imagina se resolvessem quebrar a tensão das cenas ou dos intervalos entre as mesmas colocando mais alguns flashbacks ou coisas do tipo, por isso que achei melhor a tal da "enrolação" com o background do James ter acontecido mais pro fim. Ponto pra edição, muito bem estruturada

 

Já com relação a parte do Beckham não vi problemas, nem achei sentimentalóide a ponto de ser constrangedor, ao menos.
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O filme tem qualidades mas não vi tudo o que viram não. É um retrato fiel da guerra mas para mim, fica no mesmo nível de outros filmes do gênero.

 

A atuação do Jeremy Renner sobressai do conjunto.

 

 
[/quote']

 

Quais filmes do gênero, Nacka ? Era bom ver alguns exemplos...

 

E esse filme do Sam Mendes citado por aí é medíocre até o talo. Não gosto mesmo 12. Aliás, o Mendes é um cara que tem problemas sérios pra estabelecer uma simples narrativa.

 

Um dos exemplos é exatamente esse que você não gosta: Eu já aprecio (e muito) a atmosfera de Jarhead e o que penso do filme é mais ou menos aquilo que o Cremis disse no post dele.

 

Filmes sobre guerra, qualquer um, tendem a ser semelhantes... pegue Full Metal Jacket, Saving Private Ryan ou a minissérie Band of Brothers e verá semelhanças bem nítidas, da fotografia à condução dos atores. O tema já foi explorado à exaustão. Não é que filmes sobre o assunto sejam medíocres ou tecnicamente imperfeitos, só não consigo ver nenhum frescor na abordagem atual.

 

Este aqui merece uma revisada (quem sabe se for para os cinemas).

 

 

 

 

 

Mas aí tu tá misturando tudo na mesma tigela... agrupando tudo por causa da ambientação/do gênero . Pega os dois filmes do Eastwood recentes sobre a guerra, por exemplo. Ok, os dois são contados sobre dois pontos de vista desiguais, mas não é só isso que faz Iwo Jimma e Conquista da Honra serem diferentes um do outro, apesar de tratarem sobre a mesma batalha.

 

Possuir semelhanças é uma coisa, mas não sei se consigo agrupar estes filmes num "mesmo nível", o mesmo com relação aos 3 que tu citaste.

 

Eu não sei se esse filme é sobre a guerra. É sobre um cara viciado em guerra. A guerra não é o sujeito' date=' é o adjetivo... [/quote']

 

Ta aí outro motivo pelo qual acho meio difícil comparar este filme a outros do gênero...

 
Beckin2009-12-27 21:18:37
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Nem lembrava direito dessa passagem do oficial cuja namorada quer ter filhos' date=' não é lá memorável mesmo. Mas esse é justamente um dos motivos pelos quais eu acredito que tenha sido melhor não se focar nestas características mais pessoais dos personagens, nestes dramas... até porque é difícil fugir deste tipo de artificialidade, sem contar que essa espécie de "desenvolvimento de personagem" ia mais atrapalhar o foco real da narrativa e a atmosfera a qual a Bigelow pretendia alcançar do que qualquer outra coisa. Imagina se resolvessem quebrar a tensão das cenas ou dos intervalos entre as mesmas colocando mais alguns flashbacks ou coisas do tipo, por isso que achei melhor a tal da "enrolação" com o background do James ter acontecido mais pro fim. Ponto pra edição, muito bem estruturada

 

Já com relação a parte do Beckham não vi problemas, nem achei sentimentalóide a ponto de ser constrangedor, ao menos.
[/quote']

 

Você não lembrava, mas a cena existia e serve para estruturar o personagem, o que estava em jogo pra ele. Era possível fugir dessa artificialidade se houvesse um melhor desenvolvimento, um arco dramático mais coerente que poderia ser até previsível, mas que se desenvolvesse por si só. Do jeito que ficou, ficou artificial. Se toda a atmosfera colabora com a tensão, a tensão é valorizada a partir do momento em que sabemos que existe um "background" por trás daqueles soldados. E com relação ao James, o que ocorre entre ele e o Beckham e as sequências com a persongaem da Lily são descartáveis, só a ótima cena-clichê em que o soldado resolve ligar para a esposa, mas que resolve nem falar nada já é o suficiente pra ilustrar a obsessão do cara pela guerra, aliás, uma ótima maneira de subverter o clichê, de maneira simples e direta.

 

Como comentei, gostei do filme, especialmente pelo trabalho da diretora, o que ela faz neste filme é algo louvável, afinal ela consegue criar uma atmosfera, uma dimensão à tensão da guerra com um charme e um frescor incomparáveis. Mérito dela, da montagem, do elenco, da fotografia, não do roteiro.
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A atuação do Jeremy Renner sobressai do conjunto.

 

 
[/quote']

 

Quais filmes do gênero, Nacka ? Era bom ver alguns exemplos...

 

E esse filme do Sam Mendes citado por aí é medíocre até o talo. Não gosto mesmo 12. Aliás, o Mendes é um cara que tem problemas sérios pra estabelecer uma simples narrativa.

 

Um dos exemplos é exatamente esse que você não gosta: Eu já aprecio (e muito) a atmosfera de Jarhead e o que penso do filme é mais ou menos aquilo que o Cremis disse no post dele.

 

Filmes sobre guerra, qualquer um, tendem a ser semelhantes... pegue Full Metal Jacket, Saving Private Ryan ou a minissérie Band of Brothers e verá semelhanças bem nítidas, da fotografia à condução dos atores. O tema já foi explorado à exaustão. Não é que filmes sobre o assunto sejam medíocres ou tecnicamente imperfeitos, só não consigo ver nenhum frescor na abordagem atual.

 

Este aqui merece uma revisada (quem sabe se for para os cinemas).

 

 

 

 

 

Mas aí tu tá misturando tudo na mesma tigela... agrupando tudo por causa da ambientação/do gênero . Pega os dois filmes do Eastwood recentes sobre a guerra, por exemplo. Ok, os dois são contados sobre dois pontos de vista desiguais, mas não é só isso que faz Iwo Jimma e Conquista da Honra serem diferentes um do outro, apesar de tratarem sobre a mesma batalha.

 

Possuir semelhanças é uma coisa, mas não sei se consigo agrupar estes filmes num "mesmo nível", o mesmo com relação aos 3 que tu citaste.

 

Eu não sei se esse filme é sobre a guerra. É sobre um cara viciado em guerra. A guerra não é o sujeito' date=' é o adjetivo... [/quote']

 

Ta aí outro motivo pelo qual acho meio difícil comparar este filme a outros do gênero...

 

 

1 - Beckin, o assunto é o mesmo: Guerra. A maneira de contar pode diferir assim como o tratamento, por exemplo, algo que acho genial em Jarhead é tédio da guerra (algo que no imaginário comum quase ninguém cogita), quando todo mundo esperava tiros, explosões, tripas à mostra, membros decepados vem o  Sam Mendes mostra uma guerra sem graça, inútil. Os filmes do Clint são filmes de guerra visto por pontos de vista diferentes, talvez não seja só isso que os faz diferentes pra você, para mim é o ponto principal.

 

2 - Sobre The Hurt Locker não ser um filme de guerra, não concordo. A guerra é uma droga e quem a experimenta ou vicia de vez ou sai com sequelas. O que a diretora fez? Pegou uma parte da guerra, especialistas em desarmar bombas e contou o universo desses caras, Willian James (Jeremy Renner) é um porra louca do tipo que a guerra produz aos quilos mas no fundo nem ele mesmo entende a dimensão da merda na qual está metido. Quando se embrenha no bairro sozinho para saber da história do garoto que vendia dvds, por exemplo, viu que tinha mais coisas do que a diversão diária de desarmar bombas. 

 

A personalidade do James não é muito diferente da dos demais, são todos loucos, o tipo de loucura que quem está naquele meio experimenta é meio que necessária caso o sujeito queira voltar vivo,  quando se vive mais na guerra do que fora dela aí vem a descoberta que a vida do lado de cá pode ser tão sem graça ou sem sentido. Isso foi muito bem trabalhado no filme. O que eu quis dizer quando citei os outros é que com algumas nuances podemos ver o mesmo também nos filmes sobre o tema.

 

 
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Nem lembrava direito dessa passagem do oficial cuja namorada quer ter filhos' date=' não é lá memorável mesmo. Mas esse é justamente um dos motivos pelos quais eu acredito que tenha sido melhor não se focar nestas características mais pessoais dos personagens, nestes dramas... até porque é difícil fugir deste tipo de artificialidade, sem contar que essa espécie de "desenvolvimento de personagem" ia mais atrapalhar o foco real da narrativa e a atmosfera a qual a Bigelow pretendia alcançar do que qualquer outra coisa. Imagina se resolvessem quebrar a tensão das cenas ou dos intervalos entre as mesmas colocando mais alguns flashbacks ou coisas do tipo, por isso que achei melhor a tal da "enrolação" com o background do James ter acontecido mais pro fim. Ponto pra edição, muito bem estruturada

 

Já com relação a parte do Beckham não vi problemas, nem achei sentimentalóide a ponto de ser constrangedor, ao menos.
[/quote']

 

Você não lembrava, mas a cena existia e serve para estruturar o personagem, o que estava em jogo pra ele. Era possível fugir dessa artificialidade se houvesse um melhor desenvolvimento, um arco dramático mais coerente que poderia ser até previsível, mas que se desenvolvesse por si só. Do jeito que ficou, ficou artificial. Se toda a atmosfera colabora com a tensão, a tensão é valorizada a partir do momento em que sabemos que existe um "background" por trás daqueles soldados. E com relação ao James, o que ocorre entre ele e o Beckham e as sequências com a persongaem da Lily são descartáveis, só a ótima cena-clichê em que o soldado resolve ligar para a esposa, mas que resolve nem falar nada já é o suficiente pra ilustrar a obsessão do cara pela guerra, aliás, uma ótima maneira de subverter o clichê, de maneira simples e direta.

 

Como comentei, gostei do filme, especialmente pelo trabalho da diretora, o que ela faz neste filme é algo louvável, afinal ela consegue criar uma atmosfera, uma dimensão à tensão da guerra com um charme e um frescor incomparáveis. Mérito dela, da montagem, do elenco, da fotografia, não do roteiro.

 

Não há como deixar os conflitos familiares de fora de um filme assim. São eles que identificam os personagens. Ninguém chega na guerra virgem. Achei essa história do telefone uma coisa menor no filme. E Thiago o roteiro é muito feliz porque consegue equilibrar o conflito dos personagens de forma muito clara, a diretora tem seu mérito porque se apoia em algo firme.

 

 

 

 
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