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Forum Cinema em Cena

Guerra ao Terror (The Hurt Locker)


MacGruber
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Se eu tivesse visto um filme político' date=' posicionado, tendencioso e datado que falasse sobre a Guerra do Iraque eu não iria gostar, realmente.

 

Ainda bem que vi outro filme.

 

[/quote']

 

Então, acho q isso é q incomoda geral... O filme não é tendencioso... Ele mostra a realidade do combate, vista pelo ângulo do esquadrão anti-bombas... E nada mais além disso... Não assume posto de "a favor" ou "contra"... Deixa pro espectador julgar, a bem da verdade é essa...

 

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Era pra esse post ser relativamente pequeno... Foi mal. 08

----------------------------------------------------------------------------------------------

Vou explicar meu “desgosto parcial” para com THL. Minha visão é que se trata de um filme niilista uma vez que mostra episódios de uma guerra estúpida e sem sentido (do ponto de vista dos soldados americanos' date=' haja vista que o Governo notadamente sabe muito bem porque tá ali...).

Os caras são bons no que fazem (são especialistas), mas... so what? Que merda eles tão fazendo ali? Pra quê?! Terra estranha, com gente esquisita... Para piorar não há comunicação: eles a priori tão ali pra “ajudar” o povo, mas transitam de trabuco na mão, tensos, quase sempre de óculos escuros e não falam a língua nativa. Não há possibilidade de conexão, de pontes, mas de abismos.

Na verdade, simplesmente estão ali. São pagos pra isso, são executores hábeis e isso “deveria” bastar. Mas, não basta. Ou pelo menos pra alguns, não. Daí vemos os efeitos, os transtornos, o caos e o niilismo da guerra (qualquer guerra).  

O “problema” pra mim é que numa guerra sempre há “mocinhos e bandidos”, sim. O detalhe é que eles estão DOS 2 LADOS do confronto. Mostrar (?) insurgentes iraquianos (nem sabemos se o são...) sem rosto e sem nenhum desenvolvimento atirando ou enfiando bombas dentro de corpos de crianças ou usando um cidadão inocente e pai de família como bomba móvel não é o bastante. É pueril. É fraco. É cômodo.

Onde os “fracos” do outro lado? Onde o heroismo iraquiano? Onde os addicted war retratados sem concessões travestidas de licenças poéticas e falso heroísmo? Mesmo que perdidos, cadê o vilão (ou vilões) e o herói (ou heróis) do lado americano?! Mesmo que fanáticos, cadê os motivos dos insurgentes? 

Tudo bem a Bigelow deixar lacunas e perguntas, não nos dando respostas prontas (antes isso do que ser didática e expositiva), mas não tomar uma posição mais CRÍTICA acerca do conflito e dos conflitos dos envolvidos (soldados, insurgentes e o povo iraquiano) faz o filme ficar menor do que aquilo que poderia (e o material é farto) ser.

Há pistas de uma postura crítica (a cena do motorista que fura um bloqueio e fala do Will a seguir, o revelador e emblemático discurso de James sobre os “motivos” de ser do jeito que é quase no final do filme), mas não fica claro e eu não gostei disso.

Talvez até esteja lá (o filme vale uma segunda conferida) e eu não vi. Afinal, como disse o Nacka, “...nem se quisesse esse filme seria apolítico”... Talvez ela realmente tenha filmado com  um quê “estupefato” ou tenha deixado velada nalguma cena discreta ou que nem imaginamos.

Quem sabe deixa sua opinião ao mostrar o destino tragicômico do coronel Cambridge que chega a dizer infantilmente e sem nenhum senso de realidade pro sargento Eldridge  “relaxar... Quem sabe pode até ser um bom lugar para se estar... Pra ele aproveitar e quem sabe até se divertir naquela situação...”... Talvez tenha quisto dizer “Não é nada engraçado, não é divertido. É irracional e sem sentido, mas estamos matando e morrendo por isso”.

Será que quis dizer isso? Particularmente, não vi isso da forma contundente como EU gostaria que fosse. Tão contundente quanto a cena da descoberta do esconderijo de bombas e o cadáver recheado...

Entretanto, considerando seu discurso ao receber o Oscar de Melhor Direção, NÃO.

[/quote']

Sinceramente, para mim, essas são as qualidades do filme... E olha q nem sou tão fã assim do filme, e acho q Avatar e Cameron mereciam mais o prêmio do que THL e Biglow...

 

ou TDK, ne? 06 So nao consigo engolir Avatar, um filme q se vale de tds os clichês do seculo 20, ser indicado pra melhor filme...pelamor!14
Jorge Soto2010-03-09 16:26:33
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Engraçado... já repararam que todos que metem o pau no filme de todas as formas são aqueles qe adoraram Avatar??

 

 

 

Pois é' date=' hilário... Já reparou que o inverso também se aplica? 06.gif Mas não sou de generalizar, acho que alguns iluminados não cairam nessa.

 

 

 

Que guerrinha besta essa. Até os amantes de Bastardos que o reconhecem como OP e tal não desmerece o filme e acha de certa forma justo.

 

 

 

Também sou fã de Bastardos Inglórios, dei nota 10 inclusive, e não acho que Guerra ao Terror seja OP de PN. E não quero desmerecer nada, só quero dar minha opinião. Se eu quisesse desmerecer, munição (pesada) é o que não me falta.

 

 

 

Não entendi esse trecho: "... acha de certa forma justo". Como assim? Está falando do Oscar? Quem dá importância pra isso é você, não eu. O chato é que agora, sempre que alguém estiver fazendo uma crítica ao Guerra ao Terror, vai vir alguém esfregar o Oscar na cara do outro como se fosse o próprio ISO 9001. Essa é justamente uma das minhas implicâncias com a visão de algumas pessoas sobre esse prêmio: quando não premiam o filme que a pessoa gostou, o Oscar "é uma coisa injusta, os velhotes da academia não manjam bosta nenhuma, blá blá blá"; agora, quando premiam algo que a pessoa gostou, automaticamente se transforma em um inquestionável atestado de qualidade! 06.gif Felizmente, não são todos que pensam assim.

 

 

 

Olha, nunca quis participar de nenhuma guerrinha, apenas fiz algumas críticas que achei válidas. Eu queria ter amado o filme, mas não aconteceu. Fazer o quê? Tenho que fingir que achei maravilhoso e perfeito? Pelo visto, eu precisaria dar uma nota 11 de 10, e nunca apontar o que achei defeito. Assim deixaria bem claro que achei legal, e escaparia de ser alistado (à revelia) para um dos lados da "guerrinha". Mas não perco o sono por causa disso.

 

 

 

Avatar ganhou o que tinha de ganhar. A bilheteria. Esse foi o "Oscar" do filme. Ele foi feito pra isso. Nada mais.

 

 

 

Concordo. 03.gif E ao contrário dos intelectualóides, não acho isso um defeito.

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sou um et então... adoro Avatar' date=' mas adoro mais ainda Hurt Locker, sem contar Basterds que é obra-prima. [/quote']

 

 Sou mais ET ainda: gostei mais de Avatar que de Basterds e mais de Basterds que THL. E não acho nenhum deles OP!! 06 06

 

 PS: pra mim faltou um tiquinho assim pra Basterds ser OP, mas o Tarantino não se conteve e fez aquele final... 11   
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Eu vi The Hurt Locker 3 vezes. Na primeira achei bacana mas superestimado - em função de ter visto no fim de um dia cansativo demais. Depois de ver de forma mais apropriada, o filme cresceu incrivelmente pra mim, a ponto d'eu ir no cinema conferir uma 3ª vez. Mas logo de prima, mesmo não tendo achado muito o que justificasse a aclamação extraordinária que o filme tem, o que me chamou mais a atenção foi exatamente a falta de propaganda política, de um lado a outro. É um filme, pra mim claramente, tão desinteressado em expor seu entendimento e sua postura sobre o conflito, que considero essas acusações de panfletarismo algo entre o bizarro e a vontade de encontrar problemas na obra. A Bigelow eventualmente faz alguns comentários sobre o conflito (e não são nada favoráveis - como disseram aqui, isso é até mastigadinho na cenas americanas). Só que daí o filme se focar nisso já são outros 500. O Sam Mendes não dirigiu esse filme. Se The Hurt Locker é sobre guerra, Caçadores de Emoção é sobre surf.

A outra discussão que o filme vem gerando, a da falta densidade dramática, essa me interessa. De uma maneira geral, acaba se relacionando com o desinteresse político. Ao que me parece, o fato do filme ter como cenário o conflito, estimula as pessoas a esperar, além da ênfase na mensagem política, uma reflexão mais mais contundente no campo ideológico. Aí quando alguém se recusa a seguir esse caminho e prefere caminhar pra outro, ou seja faz uma opção narrativa, vem a cobrança em cima de algo que nem foi proposto em primeiro lugar. A meu ver, o cinema da Bigelow é a ação pela ação. E, de novo a meu ver, não existe nada de errado nisso, nada que o diminua. Em The Hurt Locker, o grande interesse dela não é pelos desdobramentos dramáticos que a afetação da estadia provoca naqueles homens, mas sim em quê elas podem contribuir pro estabelecimento de tensão. Como as informações  que ela nos dá sobre esses caras podem amplificar a excitação quando chega a hora de estourar a ação, a musa da Bigelow, da qual essa diretora não consegue tirar os lhos. Os conflitos psicológico dos personagens existem em função da ação, e não o contrário. Filmaço, não tenho dúvidas.
Zanile2010-03-09 17:57:53
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Acho que você vai continuar não curtindo tanto Gago. Ele é realmente superficial' date=' como o Deadman disse. É que eu e outros, diferente de você e dele (sem críticas aqui, são só formas diferentes de encarar a coisa) não deixamos necessariamente de gostar do filme por essa falta de aprofundamento.

 

Essa devastação psicológica que você gostaria que houvesse nem sempre é sinal de maior qualidade, ao menos para mim e outros.

 

E pra falar a verdade, nem ligo tanto para o que o filme quer dizer neste caso. Acho que a manutenção constante do clima de tensão é mais do que suficiente para mim aqui.[/quote']

 

Será? O efeito que esse filme tem produzido em mim é semelhante ao de uma gangorra, subindo e descendo conforme mudo meu humor. Penso nele com mais carinho, de quando em quando. Daí minha esperança de apreciá-lo mais numa revisão. Ou não, né? Vai saber.

 

Mas eu não o considero superficial, apenas um pouco rotineiro em sua abordagem. O mote é bom, mas basicamente o mesmo já visto anteriormente, com a diferença que o cenário é outro. Gosto do filme assim, e também como peça de gênero, embora não intensamente como vocês.

 

E por favor, não entendam errado, pensando que meu porém se dá porque a Bigelow não retrata o tema de maneira revolucionária e/ou cheia de novidades. É apenas uma conversa. O negócio é que gostei na mesma medida em que ele me cativou, algo que, neste caso, foi como relatei.

 

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Eu vi The Hurt Locker 3 vezes. Na primeira achei bacana mas superestimado - em função de ter visto no fim de um dia cansativo demais. Depois de ver de forma mais apropriada' date=' o filme cresceu incrivelmente pra mim, a ponto d'eu ir no cinema conferir uma 3ª vez. Mas logo de prima, mesmo não tendo achado muito o que justificasse a aclamação extraordinária que o filme tem, o que me chamou mais a atenção foi exatamente a falta de propaganda política, de um lado a outro. É um filme, pra mim claramente, tão desinteressado em expor seu entendimento e sua postura sobre o conflito, que considero essas acusações de panfletarismo algo entre o bizarro e a vontade de encontrar problemas na obra. A Bigelow eventualmente faz alguns comentários sobre o conflito (e não são nada favoráveis - como disseram aqui, isso é até mastigadinho na cenas americanas). Só que daí o filme se focar nisso já são outros 500. O Sam Mendes não dirigiu esse filme. Se The Hurt Locker é sobre guerra, Caçadores de Emoção é sobre surf.

A outra discussão que o filme vem gerando, a da falta densidade dramática, essa me interessa. De uma maneira geral, acaba se relacionando com o desinteresse político. Ao que me parece, o fato do filme ter como cenário o conflito, estimula as pessoas a esperar, além da ênfase na mensagem política, uma reflexão mais mais contundente no campo ideológico. Aí quando alguém se recusa a seguir esse caminho e prefere caminhar pra outro, ou seja faz uma opção narrativa, vem a cobrança em cima de algo que nem foi proposto em primeiro lugar. A meu ver, o cinema da Bigelow é a ação pela ação. E, de novo a meu ver, não existe nada de errado nisso, nada que o diminua. Em The Hurt Locker, o grande interesse dela não é pelos desdobramentos dramáticos que a afetação da estadia provoca naqueles homens, mas sim em quê elas podem contribuir pro estabelecimento de tensão. Como as informações  que ela nos dá sobre esses caras podem amplificar a excitação quando chega a hora de estourar a ação, a musa da Bigelow, da qual essa diretora não consegue tirar os lhos. Os conflitos psicológico dos personagens existem em função da ação, e não o contrário. Filmaço, não tenho dúvidas.
[/quote']

 

 Excelente olhar e comentários!!! Concordo ipsis literis com os aspectos observados, Zanille! Você resumiu numa frase o "engano" de abordagem ao filme da Bigelow: Se The Hurt Locker é sobre guerra, Caçadores de Emoção é sobre surf.  

 Perfeito. A opção dela foi localizar o filme, não contextualizar. Sem problemas. Só que eu esperava a segunda opção por acreditar que a obra teria muito, muito a ganhar se assim o fizesse... Acho que ela tinha tudo pra tirar um 10, mas mesmo sabendo a resposta, preferiu tirar 8,5.   

   
Deadman2010-03-09 18:14:08
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Era pra esse post ser relativamente pequeno... Foi mal. 08

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Vou explicar meu “desgosto parcial” para com THL. Minha visão é que se trata de um filme niilista uma vez que mostra episódios de uma guerra estúpida e sem sentido (do ponto de vista dos soldados americanos' date=' haja vista que o Governo notadamente sabe muito bem porque tá ali...).

Os caras são bons no que fazem (são especialistas), mas... so what? Que merda eles tão fazendo ali? Pra quê?! Terra estranha, com gente esquisita... Para piorar não há comunicação: eles a priori tão ali pra “ajudar” o povo, mas transitam de trabuco na mão, tensos, quase sempre de óculos escuros e não falam a língua nativa. Não há possibilidade de conexão, de pontes, mas de abismos.

Na verdade, simplesmente estão ali. São pagos pra isso, são executores hábeis e isso “deveria” bastar. Mas, não basta. Ou pelo menos pra alguns, não. Daí vemos os efeitos, os transtornos, o caos e o niilismo da guerra (qualquer guerra).  

O “problema” pra mim é que numa guerra sempre há “mocinhos e bandidos”, sim. O detalhe é que eles estão DOS 2 LADOS do confronto. Mostrar (?) insurgentes iraquianos (nem sabemos se o são...) sem rosto e sem nenhum desenvolvimento atirando ou enfiando bombas dentro de corpos de crianças ou usando um cidadão inocente e pai de família como bomba móvel não é o bastante. É pueril. É fraco. É cômodo.

Onde os “fracos” do outro lado? Onde o heroismo iraquiano? Onde os addicted war retratados sem concessões travestidas de licenças poéticas e falso heroísmo? Mesmo que perdidos, cadê o vilão (ou vilões) e o herói (ou heróis) do lado americano?! Mesmo que fanáticos, cadê os motivos dos insurgentes? 

Tudo bem a Bigelow deixar lacunas e perguntas, não nos dando respostas prontas (antes isso do que ser didática e expositiva), mas não tomar uma posição mais CRÍTICA acerca do conflito e dos conflitos dos envolvidos (soldados, insurgentes e o povo iraquiano) faz o filme ficar menor do que aquilo que poderia (e o material é farto) ser.

Há pistas de uma postura crítica (a cena do motorista que fura um bloqueio e fala do Will a seguir, o revelador e emblemático discurso de James sobre os “motivos” de ser do jeito que é quase no final do filme), mas não fica claro e eu não gostei disso.

Talvez até esteja lá (o filme vale uma segunda conferida) e eu não vi. Afinal, como disse o Nacka, “...nem se quisesse esse filme seria apolítico”... Talvez ela realmente tenha filmado com  um quê “estupefato” ou tenha deixado velada nalguma cena discreta ou que nem imaginamos.

Quem sabe deixa sua opinião ao mostrar o destino tragicômico do coronel Cambridge que chega a dizer infantilmente e sem nenhum senso de realidade pro sargento Eldridge  “relaxar... Quem sabe pode até ser um bom lugar para se estar... Pra ele aproveitar e quem sabe até se divertir naquela situação...”... Talvez tenha quisto dizer “Não é nada engraçado, não é divertido. É irracional e sem sentido, mas estamos matando e morrendo por isso”.

Será que quis dizer isso? Particularmente, não vi isso da forma contundente como EU gostaria que fosse. Tão contundente quanto a cena da descoberta do esconderijo de bombas e o cadáver recheado...

Entretanto, considerando seu discurso ao receber o Oscar de Melhor Direção, NÃO.

[/quote']

 

Sinceramente, para mim, essas são as qualidades do filme... E olha q nem sou tão fã assim do filme, e acho q Avatar e Cameron mereciam mais o prêmio do que THL e Biglow...

 

ou TDK, ne? 06 So nao consigo engolir Avatar, um filme q se vale de tds os clichês do seculo 20, ser indicado pra melhor filme...pelamor!14

 

Bom, o ano de TDK já passou né?

 

E, quanto a Avatar se valer de todos os clichês... Isso tira os méritos dele? Sinceramente, não creio...

 

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sou um et então... adoro Avatar' date=' mas adoro mais ainda Hurt Locker, sem contar Basterds que é obra-prima. [/quote']

 

 Sou mais ET ainda: gostei mais de Avatar que de Basterds e mais de Basterds que THL. E não acho nenhum deles OP!! 06 06

 

 

Concordo...

 

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Será? O efeito que esse filme tem produzido em mim é semelhante ao de uma gangorra' date=' subindo e descendo conforme mudo meu humor. Penso nele com mais carinho, de quando em quando. Daí minha esperança de apreciá-lo mais numa revisão. Ou não, né? Vai saber.

 

Mas eu não o considero superficial, apenas um pouco rotineiro em sua abordagem. O mote é bom, mas basicamente o mesmo já visto anteriormente, com a diferença que o cenário é outro. Gosto do filme assim, e também como peça de gênero, embora não intensamente como vocês.

 

E por favor, não entendam errado, pensando que meu porém se dá porque a Bigelow não retrata o tema de maneira revolucionária e/ou cheia de novidades. É apenas uma conversa. O negócio é que gostei na mesma medida em que ele me cativou, algo que, neste caso, foi como relatei.

[/quote']

 

Ótimo post. Entendi seu ponto de vista e não deixo de concordar até com o segundo parágrafo. E como você falou, considero o filme "apenas" um exercício de gênero, que não te agradou tanto como à mim ou ao Bat. De qualquer forma, acho que vale registrar que também não era meu favorito entre os que concorriam. Dos filmes que vi do ano (excedendo a lista dos dez concorrentes), acho que seria o terceiro ou quarto...

 

 

 

 

 

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Deadman, acho que entendi o que vc quis dizer.

Vc acha que a Bigelow tinha uma grande material em mãos pra ir além de apenas contar uma história, mostrando sua opinião sobre aquilo tudo.

 

Mas aí é que tá: esse é um dos grandes diferenciais do filme. Se ele se posicionasse (pra um lado ou outro), seria só mais um no meio de tantos. Ao se concentrar apenas na história, o filme deixa o espectador interpretar à sua maneira.

 

Sobre o tal "desenvolvimento dos personagens"... ora, vemos o desenvolvimento deles ao longo das situações, cada um com sua personalidade e com seu conflito pessoal. Só que esse desenvolvimento se dá através da ação de cada um e não por diálogos e conversas intermináveis...

Como dizem por aí: "Palavras iludem, atitudes provam."06

 

Minha modesta opinião.

 

 
Sall2010-03-09 21:48:37
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Raziel,

 

creio que pra todos aqui no fórum, Oscar não quer dizer NADA. E não quer dizer mesmo.

 

Mas todo mundo deseja que seu filme preferido fique em EVIDÊNCIA e seja assistido (e vencer Oscar é ficar em evidência).

 

Nesse ano eu não tinha REALMENTE um preferido (como em 2008 que torci mesmo pra No Country). Mas dos 10 indicados, os únicos que gostei muito foi THL e Bastardos. Apesar de saber que ele não tinha chance alguma, queria ver o roteiro de Tarantino premiado e gostei de ver THL rapando tudo, pois é muito bem feito.

 

PS: cara, não sou fanboy feito muitos aí. Assisti Avatar antes do natal de 2009 e achei apenas bom: essa sua tentativa de dizer que tô de birra com o filme pq ele poderia tirar o Oscar de THL não cola.06 Em dezembro nem se falava em Oscar...

 

 
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Eu já vi duas de muitas, devo comprar o BD assim que encontrar uma promo legal.

 

Vejo gente reclamar que ele ganhou nas categorias de som, mas é um trabalho simplesmente fenomenal. Ainda não vi Avatar propriamente (no meu HT), então não posso tecer uma comparação mais balizada, mas o de THL é fodasso.

 

 

 

 

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Eu vi The Hurt Locker 3 vezes. Na primeira achei bacana mas superestimado - em função de ter visto no fim de um dia cansativo demais. Depois de ver de forma mais apropriada' date=' o filme cresceu incrivelmente pra mim, a ponto d'eu ir no cinema conferir uma 3ª vez. Mas logo de prima, mesmo não tendo achado muito o que justificasse a aclamação extraordinária que o filme tem, o que me chamou mais a atenção foi exatamente a falta de propaganda política, de um lado a outro. É um filme, pra mim claramente, tão desinteressado em expor seu entendimento e sua postura sobre o conflito, que considero essas acusações de panfletarismo algo entre o bizarro e a vontade de encontrar problemas na obra. A Bigelow eventualmente faz alguns comentários sobre o conflito (e não são nada favoráveis - como disseram aqui, isso é até mastigadinho na cenas americanas). Só que daí o filme se focar nisso já são outros 500. O Sam Mendes não dirigiu esse filme. Se The Hurt Locker é sobre guerra, Caçadores de Emoção é sobre surf.

A outra discussão que o filme vem gerando, a da falta densidade dramática, essa me interessa. De uma maneira geral, acaba se relacionando com o desinteresse político. Ao que me parece, o fato do filme ter como cenário o conflito, estimula as pessoas a esperar, além da ênfase na mensagem política, uma reflexão mais mais contundente no campo ideológico. Aí quando alguém se recusa a seguir esse caminho e prefere caminhar pra outro, ou seja faz uma opção narrativa, vem a cobrança em cima de algo que nem foi proposto em primeiro lugar. A meu ver, o cinema da Bigelow é a ação pela ação. E, de novo a meu ver, não existe nada de errado nisso, nada que o diminua. Em The Hurt Locker, o grande interesse dela não é pelos desdobramentos dramáticos que a afetação da estadia provoca naqueles homens, mas sim em quê elas podem contribuir pro estabelecimento de tensão. Como as informações  que ela nos dá sobre esses caras podem amplificar a excitação quando chega a hora de estourar a ação, a musa da Bigelow, da qual essa diretora não consegue tirar os lhos. Os conflitos psicológico dos personagens existem em função da ação, e não o contrário. Filmaço, não tenho dúvidas.
[/quote']

 

 Excelente olhar e comentários!!! Concordo ipsis literis com os aspectos observados, Zanille! Você resumiu numa frase o "engano" de abordagem ao filme da Bigelow: Se The Hurt Locker é sobre guerra, Caçadores de Emoção é sobre surf.  

 Perfeito. A opção dela foi localizar o filme, não contextualizar. Sem problemas. Só que eu esperava a segunda opção por acreditar que a obra teria muito, muito a ganhar se assim o fizesse... Acho que ela tinha tudo pra tirar um 10, mas mesmo sabendo a resposta, preferiu tirar 8,5.   

   

 

 

Beleza, aí fica a critério de cada um. Como disse, é uma discussão que acho válida.

 

O que não posso entender é essa teoria de que o filme é pró-conflito que alguns enxergaram. Honestamente, isso é absurdo.
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PS: cara' date=' não sou fanboy feito muitos aí. Assisti Avatar antes do natal de 2009 e achei apenas bom: essa sua tentativa de dizer que tô de birra com o filme pq ele poderia tirar o Oscar de THL não cola. Em dezembro nem se falava em Oscar...[/quote']

 

 

 

É, não cola mesmo... não cola pq não falei nada disso. 06.gif

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As duas vezes que vi aqui no meu HT foram à noite. Ai já viu né... Não deu pra explorar ao máximo o som da coisa rs

 

Mas vou ver uma terceira vez num domingo pela manhã e vou estrondar tudo... sem dó, com tudo que eu tenho direito 16

 
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Era pra esse post ser relativamente pequeno... Foi mal. 08

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Vou explicar meu “desgosto parcial” para com THL. Minha visão é que se trata de um filme niilista uma vez que mostra episódios de uma guerra estúpida e sem sentido (do ponto de vista dos soldados americanos' date=' haja vista que o Governo notadamente sabe muito bem porque tá ali...).

Os caras são bons no que fazem (são especialistas), mas... so what? Que merda eles tão fazendo ali? Pra quê?! Terra estranha, com gente esquisita... Para piorar não há comunicação: eles a priori tão ali pra “ajudar” o povo, mas transitam de trabuco na mão, tensos, quase sempre de óculos escuros e não falam a língua nativa. Não há possibilidade de conexão, de pontes, mas de abismos.

Na verdade, simplesmente estão ali. São pagos pra isso, são executores hábeis e isso “deveria” bastar. Mas, não basta. Ou pelo menos pra alguns, não. Daí vemos os efeitos, os transtornos, o caos e o niilismo da guerra (qualquer guerra).  

O “problema” pra mim é que numa guerra sempre há “mocinhos e bandidos”, sim. O detalhe é que eles estão DOS 2 LADOS do confronto. Mostrar (?) insurgentes iraquianos (nem sabemos se o são...) sem rosto e sem nenhum desenvolvimento atirando ou enfiando bombas dentro de corpos de crianças ou usando um cidadão inocente e pai de família como bomba móvel não é o bastante. É pueril. É fraco. É cômodo.

Onde os “fracos” do outro lado? Onde o heroismo iraquiano? Onde os addicted war retratados sem concessões travestidas de licenças poéticas e falso heroísmo? Mesmo que perdidos, cadê o vilão (ou vilões) e o herói (ou heróis) do lado americano?! Mesmo que fanáticos, cadê os motivos dos insurgentes? 

Tudo bem a Bigelow deixar lacunas e perguntas, não nos dando respostas prontas (antes isso do que ser didática e expositiva), mas não tomar uma posição mais CRÍTICA acerca do conflito e dos conflitos dos envolvidos (soldados, insurgentes e o povo iraquiano) faz o filme ficar menor do que aquilo que poderia (e o material é farto) ser.

Há pistas de uma postura crítica (a cena do motorista que fura um bloqueio e fala do Will a seguir, o revelador e emblemático discurso de James sobre os “motivos” de ser do jeito que é quase no final do filme), mas não fica claro e eu não gostei disso.

Talvez até esteja lá (o filme vale uma segunda conferida) e eu não vi. Afinal, como disse o Nacka, “...nem se quisesse esse filme seria apolítico”... Talvez ela realmente tenha filmado com  um quê “estupefato” ou tenha deixado velada nalguma cena discreta ou que nem imaginamos.

Quem sabe deixa sua opinião ao mostrar o destino tragicômico do coronel Cambridge que chega a dizer infantilmente e sem nenhum senso de realidade pro sargento Eldridge  “relaxar... Quem sabe pode até ser um bom lugar para se estar... Pra ele aproveitar e quem sabe até se divertir naquela situação...”... Talvez tenha quisto dizer “Não é nada engraçado, não é divertido. É irracional e sem sentido, mas estamos matando e morrendo por isso”.

Será que quis dizer isso? Particularmente, não vi isso da forma contundente como EU gostaria que fosse. Tão contundente quanto a cena da descoberta do esconderijo de bombas e o cadáver recheado...

Entretanto, considerando seu discurso ao receber o Oscar de Melhor Direção, NÃO.

[/quote']

Sinceramente, para mim, essas são as qualidades do filme... E olha q nem sou tão fã assim do filme, e acho q Avatar e Cameron mereciam mais o prêmio do que THL e Biglow...

 

ou TDK, ne? 06 So nao consigo engolir Avatar, um filme q se vale de tds os clichês do seculo 20, ser indicado pra melhor filme...pelamor!14


E, quanto a Avatar se valer de todos os clichês... Isso tira os méritos dele? Sinceramente, não creio...

 

em relacao aos demais concorrentes, sim..03
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