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Guerra ao Terror (The Hurt Locker)


MacGruber

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Filme acima da média, mas nada de extraordinário.

 

 

 

O maior diferencial é a tensão, muito mais acentuada do que na maioria dos filmes do gênero. Porém, na tentativa de provocar um suspense quase insuportável, algumas vezes a diretora passou da medida, estendendo mais do que o necessário, IMO. Mas não chegou a comprometer, já que ela acerta a mão na maior parte do tempo. O que compromete é esperar ver algo diferente (ou ao menos, uma nova visão sobre um tema antigo), já que o filme está chamando tanta atenção, e se deparar com os mesmos temas de sempre. Bem, foi erro meu, que criei certa expectativa. O filme parece ser uma releitura mais séria de "Caçadores de Emoção", sobre o vício na adrenalina (mas agora, em um contexto de filme de guerra). O protagonista (absolutamente desprovido de carisma) coloca todos à sua volta em perigo desnecessário, o que me provocava mais raiva do que qualquer outro sentimento (imagino que talvez fosse essa a intenção da diretora). E tenho minhas dúvidas se aquelas táticas de desarmamento de bombas são lá muito realistas, e também duvido que o exército permitiria a atuação de um "kamikaze" como aquele; se tiveram certas liberdades artísticas para aumentar o efeito no público, por outro lado isso soa um pouco estranho em um filme com clima tão "documental".

 

 

 

Mas o filme tem sim, suas cenas memoráveis, que o deixam acima da média. (SPOILERS A SEGUIR) A melhor cena de todas é quando os companheiros do protagonista consideram a possibilidade de matá-lo. Ah, sim, e a bronca que o soldado ferido na perna dá no protagonista também é impagável. Outro ponto positivo é que alguns clichês são subvertidos (como a amizade do protagonista com um garoto, que o leva a cometer um equívoco), mas é claro, de outros clichês é impossível escapar (o soldado se lamentando no final; o comandante que admira as loucuras do soldado, por isso é conivente com suas ações). Ah, a cena do banho para tirar o sangue também é muito boa. O fato do filme não ter uma "linha narrativa", no sentido tradicional, contribuiu para dar uma cara mais realista (o que, por sua vez, é prejudicado por fatores que citei lá em cima).

 

 

 

Infelizmente, os aspectos positivos não impedem o filme de ser um pouco cansativo, e lá pelas tantas, pensei "mas qual é a duração disso, umas três horas?". Felizmente, o final não estava longe. Achei o desfecho (englobando a volta para casa e o clímax) adequado. Já vi coisas parecidas muitas vezes antes (o prisioneiro libertado em Um Sonho de Liberdade que não consegue se acostumar com a rotina; Patrick Swayze nadando em direção da onda gigante no final do mencionado Caçadores de Emoção), mas foi o final mais adequado mesmo.

 

 

 

Embora o filme faça uma leitura um tanto crítica da guerra e da situação dos soldados naquela região, tenho minhas dúvidas se os americanos têm o mesmo entendimento... Talvez, a maior mensagem do filme para eles seja "veja como nossos garotos são FODÕES!". Mas enfim, cada um enxerga o que quer enxergar, e prefiro ver como uma crítica.

 

 

 

Resumindo, é um bom filme, mas acho que poderia ser bem melhor.

 

 

 

Nota - 7/10

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Jesus...onde vcs viram cliche em THL?06.gif Ele só dá uma choramingada desnecessária no final e olhe lá...

 

Quer ver uma virada fantástica? spoiler Aquela rusga do protagonista com o negão tinha tudo para cair no "branco malvado do sul X negro escravo bonzinho" e o filme chuta pra cima essa chinelagem e faz os caras se curtirem' date=' virarem buddies mesmo, ainda que um tenha até cogitado dar um fim no outro (num pandemônio daqueles quem descobriria se um soldado morreu em um ataque ou pelas mãos de um compatriota?)

 

O nível de realismo do filme é impressionante. Discordo de que lembre vários filmes de guerra. Pra mim, esse aqui é one of a kind. [/quote']

 

Pow, Platoon já foi, ops, tá falando de Guerra ao Terror, né?

 

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  • 2 weeks later...
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Eu achei um filme interessante mas eu não o colocaria no meu TOP 5. Ele não tem uma história, alias, sua "história" tem apenas situações da vida real, que é desarmar bombas. E o filme mostra um cara, nada carismático (embora ele não precisa ser carismático pois ele vive uma situação de guerra) que age como um "herói", um "Superman" da guerra. E o filme passa uma certa tensão ao teleespectador devido a essas situações. Tecnicamente falando, o filme é perfeito mas na minha opinião o filme falha por não ser um filme DE guerra, mas sim COM guerra e também por não deixar claro sobre o motivo do cara ser viciado em guerra. Também a própria tensão que o filme causa parece que é uma coisa meio forçada e não algo natural.

 

Agora faço uma pergunta: Se aqui fosse feito um filme sobre o cotidiano de policiais militares durante uma invasão em uma favela da mesma forma como foi feito o filme, será que esse filme seria tão bem elogiado assim como foi The Hurt Locker?

 

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Eis um filme que fez jus exatamente às expectativas que eu coloquei sobre ele - e as expectativas eram bastante altas. Trata-se de um filmaço, dirigido de forma impecável, e funcionou comigo de forma exemplar. Desde o início compartilhei das sensações mostradas: a solidão de estar "no olho do furacão", que só é exacerbada pela presença de tantos outros ao redor; a possibilidade elevada de que tudo vá pelos ares a qualquer momento; o vazio que seria a vida cotidiana para quem se acostuma com isso, e por aí vai. Tecnicamente, gostei de tudo no filme, da fotografia à mixagem de som. E o elenco é excelente. Um dos melhores do ano passado, certamente.

 

 

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Finalmente, pude conferir o favorito a ser O filme da noite do Oscar: The Hurt Locker (Guerra ao Terror).

Não, não me animei a conferi-lo no Cinema. Afinal, há tempos, já o tinha percebido na prateleira da locadora e não tive nenhuma vontade de vê-lo; mas o fiz em alto nível (TV de 42”, em HD e som 5.1).

Depois de 131min percebi os porquês que, eventualmente, o farão ser o filme mais premiado da noite: é um típico filme americano (militar fodão, “corajoso” – entenda-se, maluco – que salva o dia, colocando na reta o dele e dos seus budys) que, de modo velado, enfia metade do dedo na ferida aberta da guerra estúpida do Iraque (que segue adiante...). A Academia gosta desse tipo de filme, mesmo o mise-em-scène não sendo ufanista, tá tudo lá.

Detalhe: interessante ver aqui pessoas criticando o roteiro de Avatar e jogando o desse filme nas alturas já que a história de THL é da profundidade de um pires. O único grande mérito é ser enxuto e direto já que praticamente cola no personagem Will James, um sargento especialista egoísta, viciado, perturbado, masoquista e perdido. Baseado nas desventuras diárias do cara, o filme é quase um tratado niilista (sai do nada e não leva a lugar algum) e pessimista sobre o ser humano. E finaliza com uma mensagem clara: você pode ser um escroto filho da puta, não saber pra onde ir e o que quer da vida, mas se é bom em algo (mesmo que não faça sentido algum a serventia desse dom), pelo menos isso pode te manter vivo. Mesmo que sua vida seja uma grande bosta.

Dos três grandes concorrentes à Melhor Filme (Avatar, Bastardos Inglórios e Guerra ao Terror) é o mais fraco. Mãsss... como é bem filmado (fato indubitável) e traz uma história que mexe com fatos emocionalmente estreitos e pertinentes à nação yankee, deve levar o careca de Melhor Filme ou de Melhor Diretor. Particularmente acho que não leva os dois.

O filme é bom, bem atuado (Anthony Mackie está muito melhor que Jeremy Renner e nem indicado foi. Vai entender...), muito bem editado, tem cenas antológicas (beleza plástica da cena inicial, o confronto no deserto e a cena do “corredor de cereais”), uma fotografia e som fodas, mas o filme em si não é essa Brastemp, não.

Vejamos o que vai acontecer na noite do Oscar em relação à essa incensada obra da Kathryn Bigelow... Façam suas apostas.

PS 1: vamos combinar que essa mania de filmar a la Paul Greengrass já deu o que tinha que dar, né? Que saco esse negócio de enquadrar tudo com delirium tremens...   

PS 2: Ahh, não podia deixar de comentar: o filme é tenso pra cacete!! Outro grande mérito do longa.     

Deadman2010-03-05 10:45:38
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Depois de 131min percebi os porquês que' date=' eventualmente, o farão ser o filme mais premiado da noite: é um típico filme americano (militar fodão, “corajoso” – entenda-se, maluco – que salva o dia, colocando na reta o dele e dos seus budys) que, de modo velado, enfia metade do dedo na ferida aberta da guerra estúpida do Iraque (que segue adiante...). A Academia gosta desse tipo de filme, mesmo o mise-em-scène não sendo ufanista, tá tudo lá.

Detalhe: interessante ver aqui pessoas criticando o roteiro de Avatar e jogando o desse filme nas alturas já que a história de THL é da profundidade de um pires. O único grande mérito é ser enxuto e direto já que praticamente cola no personagem Will James, um sargento especialista egoísta, viciado, perturbado, masoquista e perdido. Baseado nas desventuras diárias do cara, o filme é quase um tratado niilista (sai do nada e não leva a lugar algum) e pessimista sobre o ser humano. E finaliza com uma mensagem clara: você pode ser um escroto filho da puta, não saber pra onde ir e o que quer da vida, mas se é bom em algo (mesmo que não faça sentido algum a serventia desse dom), pelo menos isso pode te manter vivo. Mesmo que sua vida seja uma grande bosta.

Dos três grandes concorrentes à Melhor Filme (Avatar, Bastardos Inglórios e Guerra ao Terror) é o mais fraco. Mãsss... como é bem filmado (fato indubitável) e traz uma história que mexe com fatos emocionalmente estreitos e pertinentes à nação yankee, deve levar o careca de Melhor Filme ou de Melhor Diretor. Particularmente acho que não leva os dois.

O filme é bom, bem atuado (Anthony Mackie está muito melhor que Jeremy Renner e nem indicado foi. Vai entender...), muito bem editado, tem cenas antológicas (beleza plástica da cena inicial, o confronto no deserto e a cena do “corredor de cereais”), uma fotografia e som fodas, mas o filme em si não é essa Brastemp, não.

[/quote']

 

Foi no ponto.

 

E Scarlert, um filme como esse nem querendo seria apolítico.

 

 

 

 

 
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Se esse filme ganhar o Oscar, a minha sensação de frustração seria semelhante a da vitória de "Crash". Ok, ok, eu exagerei... mas ficarei frustrado por mais tesão que eu tenha pelo trabalho da Bigelow e por mais que eu considere o filme que, como disseram, não é nenhuma Brastemp. Thiago Lucio2010-03-06 12:34:26
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Se esse filme ganhar o Oscar, a minha sensação de frustração seria semelhante a da vitória de "Crash". Ok, ok, eu exagerei... mas ficarei frustrado por mais tesão que eu tenha pelo trabalho da Bigelow e por mais que eu considere o filme que, como disseram, não é nenhuma Brastemp. [/quote']

 

 Pois é... Pra ser sincero, como é um filme muito competentemente filmado e produzido, não ficarei chateado se ganhar de Melhor Filme, não. Entenderei perfeitamente a escolha da Academia e seguirei resignado. Agora, se ganhar de Melhor Direção e os demais técnicos à que está concorrendo será o fim da picada pra mim!!

 Acho que já disse aqui, mas lá vai de novo: pra mim, Avatar DEVERIA ser o filme da noite. Vamos ver o que vai rolar...

 

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Pois eu acho que ela deveria sim levar o prêmio...

Manteve a mão firme, não abusou do sentimentalismo, filmou cena em slow-motion com uma sobriedade invejável (vê se aprende, Peter Jackson!). A questão é que o filme apresenta uma série de armadilhas que, nas mãos de um diretor menos focado, comprometeriam muito o resultado final. E ela conseguiu se sair mais do que meramente 'bem'.

 

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Se esse filme ganhar o Oscar, a minha sensação de frustração seria semelhante a da vitória de "Crash". Ok, ok, eu exagerei... mas ficarei frustrado por mais tesão que eu tenha pelo trabalho da Bigelow e por mais que eu considere o filme que, como disseram, não é nenhuma Brastemp. [/quote']

 Pois é... Pra ser sincero, como é um filme muito competentemente filmado e produzido, não ficarei chateado se ganhar de Melhor Filme, não. Entenderei perfeitamente a escolha da Academia e seguirei resignado. Agora, se ganhar de Melhor Direção e os demais técnicos à que está concorrendo será o fim da picada pra mim!!
 Acho que já disse aqui, mas lá vai de novo: pra mim, Avatar DEVERIA ser o filme da noite. Vamos ver o que vai rolar...

 

O curioso é que caso a Bigelow ganhe o prêmio de direção, acharei justíssimo. Ela merece. O que eu gosto de "Guerra ao Terror" está nas mãos dela, é por causa dela. Acho o filme bem filmado, tecnicamente é muito bom, mas melhor filme? Melhor filme não...
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Detalhe: interessante ver aqui pessoas criticando o roteiro de Avatar e jogando o desse filme nas alturas já que a história de THL é da profundidade de um pires. O único grande mérito é ser enxuto e direto já que praticamente cola no personagem Will James' date=' um sargento especialista egoísta, viciado, perturbado, masoquista e perdido. Baseado nas desventuras diárias do cara, o filme é quase um tratado niilista (sai do nada e não leva a lugar algum) e pessimista sobre o ser humano. E finaliza com uma mensagem clara: você pode ser um escroto filho da puta, não saber pra onde ir e o que quer da vida, mas se é bom em algo (mesmo que não faça sentido algum a serventia desse dom), pelo menos isso pode te manter vivo. Mesmo que sua vida seja uma grande bosta.

PS 2: Ahh, não podia deixar de comentar: o filme é tenso pra cacete!! Outro grande mérito do longa.     

[/quote']

Ia até dizer algo, mas já está tudo aqui, concordo de forma plena e absoluta. O melhor foi o sai do nada e leva a lugar nenhum, foi EXATAMENTE o que pensei quando saí do filme.

Gosto do filme pela tensão, mas JAMAIS para Oscar. De melhor filme então, pfff.

 

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Concordo. Acho que também tecnicamente é bem feito, lógica bem dirigido é até merecido o Oscar de direção. Mas melhor filme acho um exagero. E para piorar sua mensagem política é podre, parcial e em favor da manutenção daquela guerra no país. Tá ai o motivo de ser oscarizado. Não sei como não convidaram os republicanos para a cerimônia.

Plutão Orco2010-03-08 14:10:49
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Embora o filme faça uma leitura um tanto crítica da guerra e da situação dos soldados naquela região' date=' tenho minhas dúvidas se os americanos têm o mesmo entendimento... Talvez, a maior mensagem do filme para eles seja "veja como nossos garotos são FODÕES!". Mas enfim, cada um enxerga o que quer enxergar, e prefiro ver como uma crítica.

Resumindo, é um bom filme, mas acho que poderia ser bem melhor.

Nota - 7/10[/quote']

 

Exato eu quase vi isto aqui no filme. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 tiosam.jpg

E depois dizem que não é político, puramente parcial a favor do braço armado. É uma justificativa de que a guerra lá é necessária ao país sem ordem onde os iraquianos são inúteis e os únicos capazes de fazer o bem naquele país são os marines do esquadrão ati-bomba. 14

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