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Atividade Paranormal


jujuba
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concordo. mas acho irônico que todo o esforço em se fazer um filme o mais "real" possível (jogando pelo ralo tudo o que envolve o fator cinema' date=' o que me faz achar uma grande bosta) desemboque em críticas quanto a verossimilhança do roteiro.
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Post perfeito, especialmente no parenteses, que sintetiza tudo que eu penso do filme.10

 

 

 

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Acho que colocar peso excessivo nessa ideia de "porque eles permanecem na casa" é exagero DEMAIS

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concordo. mas acho irônico que todo o esforço em se fazer um filme o mais "real" possível (jogando pelo ralo tudo o que envolve o fator cinema, o que me faz achar uma grande bosta) desemboque em críticas quanto a verossimilhança do roteiro.

Discordo. Os eventos que acontecem em Cannibal Holocaust, se analisados friamente, dificilmente seriam filmados da forma que foram (bem como o da Bruxa de Blair, de REC ou de qualquer outro filme em primeira pessoa, mesmo com todo alarde).
O fato é: não existe filme desse gênero real. E não é função do cinema fazê-lo. Se você for procurar algo assim não vai encontrar.
E vale dizer que o fato de tentar fazer tudo o "mais real possível" não é ser real. E se esse estilo não te agrada, não creio que devesse ter ido ver o filme, mas que é cinema é, lógico.

 

discorda de que, cara-pálida? eu disse que acho ironico, mas nem faço a crítica que vc originalmente apontou como absurda. a crítica é perfeitamente cabível - já que a proposta do filme é se alinhar com a realidade - mas meu único problema com atividade paranormal é que, sendo verossímil ou não, acho cinematograficamente horroso.
Jonny Greenwood2009-12-13 21:25:13
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@ Scofa: Sim' date=' filmes necessitam de suspensão de descrença, mas não de inteligência. Qualquer coisa é aceitável em um filme DESDE QUE NÃO QUEBRE AS PRÓPRIAS REGRAS QUE CRIA. Isso é básico. E o filme se vende como um relato de fatos reais (que é claro sabemos que não são!) Outra coisa: fugir de uma casa onde fenômenos bizarros acontecem é instinto primitivo, não requer nem raciocínio lógico. O fato da entidade perseguir a Katie nunca em momento nenhum justificaria o fato de não procurar ajuda de familiares, de outro especialista, de amigos, da polícia montada, whatever. Não é porque é dada um desculpa a qual eu julgo mega esfarrapada, que vou desligar meu "senso de descrença" e dizer,"não fez sentido pra mim mas, ah, ok!".

 

 

 

Er...e é óbvio que é "um filme" em momento algum disse o contrário. Agora, para um roteiro que se vende como pseudo-documentário, eu acho que é um tanto quanto necessário que o espectador sinta empatia pelos personagens, para que torça por eles e tema por eles, instaurando assim um clima de tensão. Já pro final da projeção eu já estava torcendo pra entidade f**** com eles.   06.gif [/quote']

Pessoal demais. Se você não se envolveu com os protagonistas ou não criou empatia por eles, infelizmente você não adentrou o clima do filme. Eu senti, torci por eles e vivi com eles os momentos tensos.

O filme não quebrou as regras que ele próprio cria. Sabemos pouco dos personagens e suas vidas antes (até porque não interessa para a estória em si). Quanto a ideia de fugir de uma casa, já expliquei porque eles não fugiram...pode não gostar da resposta, mas é uma. O filme é coerente sim consigo mesmo. Se você já passou por 3 ou 4 casas onde aconteceram as mesmas coisas começa a pensar que a coisa vai te perseguir por todo lugar, não é melhor tentar alguma coisa que não envolva outra cansativa e degenerativa mudança?

E eles pediram ajuda sim. Na verdade, ela pediu ajuda, já que ele era descrente para aquele estudioso.

Enfim, cara, não dá para analisar os personagens com sua cabeça, tem que analisar com a deles, eles tem características próprias e peculiares.

 

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Acho que colocar peso excessivo nessa ideia de "porque eles permanecem na casa" é exagero DEMAIS

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concordo. mas acho irônico que todo o esforço em se fazer um filme o mais "real" possível (jogando pelo ralo tudo o que envolve o fator cinema, o que me faz achar uma grande bosta) desemboque em críticas quanto a verossimilhança do roteiro.

Discordo. Os eventos que acontecem em Cannibal Holocaust, se analisados friamente, dificilmente seriam filmados da forma que foram (bem como o da Bruxa de Blair, de REC ou de qualquer outro filme em primeira pessoa, mesmo com todo alarde).

O fato é: não existe filme desse gênero real. E não é função do cinema fazê-lo. Se você for procurar algo assim não vai encontrar.

E vale dizer que o fato de tentar fazer tudo o "mais real possível" não é ser real. E se esse estilo não te agrada, não creio que devesse ter ido ver o filme, mas que é cinema é, lógico.

 

vc discorda de que, cara-pálida? eu disse que acho ironico, mas nem faço a crítica que vc originalmente apontou como absurda. a crítica é perfeitamente cabível - já que a proposta do filme é se alinhar com a realidade - mas meu único problema com atividade paranormal é que, sendo verossímel ou não, acho cinematograficamente horroso.

Discordo que jogue-se pelo ralo tudo que envolve o fator cinema, cara-pálida.

 

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Acho que colocar peso excessivo nessa ideia de "porque eles permanecem na casa" é exagero DEMAIS

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concordo. mas acho irônico que todo o esforço em se fazer um filme o mais "real" possível (jogando pelo ralo tudo o que envolve o fator cinema, o que me faz achar uma grande bosta) desemboque em críticas quanto a verossimilhança do roteiro.

Discordo. Os eventos que acontecem em Cannibal Holocaust, se analisados friamente, dificilmente seriam filmados da forma que foram (bem como o da Bruxa de Blair, de REC ou de qualquer outro filme em primeira pessoa, mesmo com todo alarde).
O fato é: não existe filme desse gênero real. E não é função do cinema fazê-lo. Se você for procurar algo assim não vai encontrar.
E vale dizer que o fato de tentar fazer tudo o "mais real possível" não é ser real. E se esse estilo não te agrada, não creio que devesse ter ido ver o filme, mas que é cinema é, lógico.

 

vc discorda de que, cara-pálida? eu disse que acho ironico, mas nem faço a crítica que vc originalmente apontou como absurda. a crítica é perfeitamente cabível - já que a proposta do filme é se alinhar com a realidade - mas meu único problema com atividade paranormal é que, sendo verossímel ou não, acho cinematograficamente horroso.

Discordo que jogue-se pelo ralo tudo que envolve o fator cinema, cara-pálida.

 

 

essa obsessão pelo realismo, pra mim, se mostra cada vez mais nociva sentro do gênero - o que acho uma pena pois esse tipo de projeto quase sempre tem uma ótima premissa por trás. mas como isso é das questões mais subjetivas...
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essa obsessão pelo realismo' date=' pra mim, se mostra cada vez mais nociva sentro do gênero - o que acho uma pena pois esse tipo de projeto quase sempre tem uma ótima premissa por trás. mas como isso é das questões mais subjetivas...
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Mas Johnny, ela já acontece há muito tempo (Cannibal é de 1980 e Guinea Pig 2 de 1985), só que com a aura dos snuffs. Esse é um velho subgênero do terror que depois de ganhar essa capa nova de "exploração de fenômenos inexplicáveis como se você estivesse lá" voltou a aparecer demais, agora com visibilidade, especialmente no Brasil. Também me canso às vezes (e ESTOU cansado disso, só vejo que PA sei lá porque foi exceção). Me lembro da ocasião do lançamento de "Diário dos Mortos" que não aguentava mais essas temáticas. É uma coisa meio do que "está na moda".

Mr. Scofield2009-12-13 22:15:28

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essa obsessão pelo realismo' date=' pra mim, se mostra cada vez mais nociva sentro do gênero - o que acho uma pena pois esse tipo de projeto quase sempre tem uma ótima premissa por trás. mas como isso é das questões mais subjetivas...
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Mas Johnny, ela já acontece há muito tempo (Cannibal é de 1980 e Guinea Pig 2 de 1985), só que com a aura dos snuffs. Esse é um velho subgênero do terror que depois de ganhar essa capa nova de "exploração de fenômenos inexplicáveis como se você estivesse lá" voltou a aparecer demais, agora com visibilidade, especialmente no Brasil. Também me canso às vezes (e ESTOU cansado disso, só vejo que PA sei lá porque foi exceção). Me lembro da ocasião do lançamento de "Diário dos Mortos" que não aguentava mais essas temáticas. É uma coisa meio do que "está na moda".

 

 

o que me preocupa é que hoje não existe nenhuma barreira entre esses realizadores - antes destinados a ser cult - e o grande público e isso deve fazer com que os estúdios passem a dar prioridade a essa turma, afetando a demanda de outras produções que me atraem mais como cinema. espero que não chegue a esse ponto.
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concordo. mas acho irônico que todo o esforço em se fazer um filme o mais "real" possível (jogando pelo ralo tudo o que envolve o fator cinema' date=' o que me faz achar uma grande bosta) desemboque em críticas quanto a verossimilhança do roteiro.
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Post perfeito, especialmente no parenteses, que sintetiza tudo que eu penso do filme.10

 

 

 

Boa, Bruno.

 

Eu escrevi algo desse tipo na minha resenha, é bem o que eu penso. A essência de um filme assim é convencer a plateia de que aquela merda ali pode acontecer. Por isso, quando o roteiro apela para soluções "jogadas", isso pode até servir para criar algumas situações de tensão, mas é tensão de quem olha de longe, não é a mesma de quando a pessoa se vê lá dentro partilhando daquilo. Pelo menos pra mim, simplesmente não funcionou além do fim da sessão. Tanto que fiz questão de terminar a resenha dizendo que vim pra casa e dormi tranquilamente. Impacto zero.

 

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o que me preocupa é que hoje não existe nenhuma barreira entre esses realizadores - antes destinados a ser cult - e o grande público e isso deve fazer com que os estúdios passem a dar prioridade a essa turma' date=' afetando a demanda de outras produções que me atraem mais como cinema. espero que não chegue a esse ponto.
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Acho que sua preocupação pode ser aliviada. É mesmo uma onda. Daqui a pouco passa. Nenhum gênero sobrevive da mesmice.

O terror é um gênero que precisa se reinventar. Já falei aqui de filmes como Inside e Martyrs, provenientes da Europa, que são vistos com ótimos olhos pela crítica e não se baseiam nesse tipo. Quem sabe uma nova boa safra surge daí?

Não que sejam filmes tão diferentes assim do que você já viu, mas há um quê de, senão originalidade, de algo incomum.

Acho que vale também a discusão de que o terror psicológico enfrenta um problema dramático: as pessoas simplesmente não se assustam mais como antes, há um certo conformismo com a violência. Com o passar dos anos, crianças passaram a ver filmes de horror que eram destinados estritamente a adultos e nem se preocuparem com isso. Assim, fica mais difícil desenvolver um filme por essa corrente e, pelo contrário, a violência excessiva em cargas que há poucos anos não existiam com frequência passa a ser a bandeira do gênero.

 

 

 

A essência de um filme assim é convencer a plateia de que aquela merda ali pode acontecer.

 

Essa sim é a frase que explica tudo que disseram até agora. Justamente por não ver o filme de tal maneira (para mim o convencimento se dá é de que aquilo está acontecendo com os personagens da estória) é que adorei o filme. Há ainda o fato de que eu me envolvi totalmente com eles, claro. Para melhor entender: não havia mundo exterior, eu estava ali, junto com eles na casa.

Mr. Scofield2009-12-13 22:45:28

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essa obsessão pelo realismo' date=' pra mim, se mostra cada vez mais nociva sentro do gênero - o que acho uma pena pois esse tipo de projeto quase sempre tem uma ótima premissa por trás. mas como isso é das questões mais subjetivas...
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Mas Johnny, ela já acontece há muito tempo (Cannibal é de 1980 e Guinea Pig 2 de 1985), só que com a aura dos snuffs. Esse é um velho subgênero do terror que depois de ganhar essa capa nova de "exploração de fenômenos inexplicáveis como se você estivesse lá" voltou a aparecer demais, agora com visibilidade, especialmente no Brasil. Também me canso às vezes (e ESTOU cansado disso, só vejo que PA sei lá porque foi exceção). Me lembro da ocasião do lançamento de "Diário dos Mortos" que não aguentava mais essas temáticas. É uma coisa meio do que "está na moda".

 

 

o que me preocupa é que hoje não existe nenhuma barreira entre esses realizadores - antes destinados a ser cult - e o grande público e isso deve fazer com que os estúdios passem a dar prioridade a essa turma, afetando a demanda de outras produções que me atraem mais como cinema. espero que não chegue a esse ponto.

 

Exatamente o que eu penso.

 

Tudo bem em certos momentos a fronteira entre público e produtores/diretores se estreitar, mas, se esse avanco continuar dessa maneira, temo que o espaço para os "verdadeiros realizadores" do cinema fique cada vez menor. Por mais que essa aproximação seja á princípio rentável, não se pode simplesmente ignorar os avanços técnicos desses mais de 100 anos de cinema em detrimento a um "tipo de cinema mais real"...

 

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essa obsessão pelo realismo' date=' pra mim, se mostra cada vez mais nociva sentro do gênero - o que acho uma pena pois esse tipo de projeto quase sempre tem uma ótima premissa por trás. mas como isso é das questões mais subjetivas...
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Mas Johnny, ela já acontece há muito tempo (Cannibal é de 1980 e Guinea Pig 2 de 1985), só que com a aura dos snuffs. Esse é um velho subgênero do terror que depois de ganhar essa capa nova de "exploração de fenômenos inexplicáveis como se você estivesse lá" voltou a aparecer demais, agora com visibilidade, especialmente no Brasil. Também me canso às vezes (e ESTOU cansado disso, só vejo que PA sei lá porque foi exceção). Me lembro da ocasião do lançamento de "Diário dos Mortos" que não aguentava mais essas temáticas. É uma coisa meio do que "está na moda".

 

 

o que me preocupa é que hoje não existe nenhuma barreira entre esses realizadores - antes destinados a ser cult - e o grande público e isso deve fazer com que os estúdios passem a dar prioridade a essa turma, afetando a demanda de outras produções que me atraem mais como cinema. espero que não chegue a esse ponto.

 

Exatamente o que eu penso.

 

Tudo bem em certos momentos a fronteira entre público e produtores/diretores se estreitar, mas, se esse avanco continuar dessa maneira, temo que o espaço para os "verdadeiros realizadores" do cinema fique cada vez menor. Por mais que essa aproximação seja á princípio rentável, não se pode simplesmente ignorar os avanços técnicos desses mais de 100 anos de cinema em detrimento a um "tipo de cinema mais real"...

Mas, Silva, você não acha isso exagerado não? São produzidos um sem número de filmes por ano no mundo inteiro. Uma porcentagem deles é de horror. Não é difícil procurar e encontrar algo que satisfaça todo tipo de gosto. Talvez seja a hora de se desviar um pouco do que a mídia propõe em exibição nos cinemas e ir atrás de outros materiais. Eles existem, pode ter certeza. E com o advento da informação, é relativamente fácil encontrá-los. Procure pelos filmes europeus, asiáticos ou mesmo do circuito mais dark norte americano ou canadense.

Me preocupa que os efeitos de uma pequena vertente que ganhou visibilidade atualmente (mas que é mínima perante o número de obras produzidas...e mesmo que fosse, ainda assim seria uma fase, como os slashers foram) cause esse impacto. Simplesmente não há esse poder todo.

Mr. Scofield2009-12-13 22:51:29

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confundir sofisticação com falta de talento cinematográfico é bem estranho.

 

colocar uma câmera parada filmando uma cama com um casal passando suas "aterrorizantes" noites, sequer precisa de diretor. isso não é falta de sofisticação, mas de talento mesmo.

 

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Realismo?

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Parece uma grande contradição que de tempos em tempos o cinema de horror/fantástico procure se aproximar de uma estética que poderíamos chamar de... realista. Lá nos idos anos setenta, filmes polêmicos como Aniversário Macabro (do diretor Wes Craven), Amargo Pesadelo (1972) e A Vingança de Jennifer (1978) eram fundamentados na exposição direta da violência. Não bastavam estupros, castrações ou mutilações para chocar o espectador; a estratégia exigia que a violência mostrada fosse visualmente verossímil, sem estilização e de preferência on-screen.

Alguns abusos e exageros, que beiravam o grotesco, resultaram no longametragem que tornou-se a marca do extremo desta estética hiper-realista: o sempre comentado
Cannibal Holocaust (1979), dirigido pelo cineasta Ruggero Deodato.
O controverso filme, o primeiro que se encaixaria no que chamamos hoje de mockumentary (um falso documentário ou uma ficção que finge ser real), seria editado a partir de algumas fitas que mostravam um grupo de jovens cineastas americanos que acabaram virando picadinho nas mãos de uma tribo de índios canibais, enquanto rodavam um documentário sensacionalista na Floresta Amazônica. A violência nesta produção italiana é exagerada, mesmo quando comparada aos filmes anteriores. Sequências explícitas, que incluem entre outras atrocidades canibalismo e empalamento, fizeram com que o filme fosse proibido em diversos países. Mas a grande inovação de Cannibal Holocaust ultrapassava os limites do cinematográfico: a estratégia de publicidade espalhava aos quatro cantos que as imagens apresentadas no filme seriam verdadeiras. E por mais improvável que pareça, muitos acreditaram. Processos, censuras, cortes, proibições, críticas e acusações fizeram com que Cannibal Holocaust recebesse merecidamente o honroso título de maldito; enquanto isso seus produtores o anunciavam, orgulhosos, como o filme de horror definitivo.

Curiosidade: sabe qual foi o primeiro mockumentary do qual temos notícia? Na verdade não foi um filme, mas sim um programa de rádio. Nos anos 40, o cineasta Orson Welles transmitiu via rádio uma adaptação da obra Guerra dos Mundos, do escritor H. G. Wells. O problema é que Welles narrou uma invasão marciana ao planeta Terra em forma de noticiário, como se tudo realmente estivesse acontecendo. O resultado? Em Nova York, os postos dos bombeiros, da polícia, os jornais e os hospitais foram invadidos por uma multidão. Em Newark, 50 mil pessoas fugiram enquanto outras dezenas se suicidaram. Mentira? Exagero? O certo é que o futuro diretor de Cidadão Kane já dava pequenas amostras de sua genialidade, ainda que de uma maneira uma tanto irresponsável.

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Exatamente duas décadas depois de Cannibal Holocaust, os amigos Daniel Myrick e Eduardo Sanchez repaginariam a estratégia falso documentário, com o auxílio de uma ferramenta então revolucionária: a internet. Para promover A Bruxa de Blair (1999) – que rapidamente ficaria conhecido como um dos maiores fenômenos de bilheteria e de marketing - os jovens diretores disseminaram pelo mundo virtual informações sobre um curioso filme editado a partir de... adivinhem... fitas de vídeo, desta vez encontradas em uma floresta de Maryland. Nelas estaria gravado o trágico destino de três estudantes de cinema que desapareceram enquanto rodavam um documentário sobre a bruxa do título. A estratégia mãe de todos os virais foi um enorme sucesso e, novamente, milhares de espectadores incautos fizeram filas nas portas dos cinemas, acreditando que o filme mostrava imagens reais. Ainda que o enredo de A Bruxa de Blair enfoque o sobrenatural e ignore a violência tão explorada em Cannibal Hollocaust, o realismo está presente de um modo melhor explorado que neste último: a chamada câmera em primeira pessoa, tremida, por vezes fora de foco, imitando um vídeo amador.

Mais recentemente outras produções experimentaram desta mesma estética documental. A melhor sucedida dentre elas é o espanhol
[REC], de 2007. Na película dirigida por Jaume Balagueró e Paco Plaza, vemos o que seriam as imagens captadas por uma equipe de televisão que teria flagrado o desespero dos moradores de um edifício contaminado por um vírus que enlouquece suas vítimas. Os elogios da crítica e do público atraíram a atenção dos mega-produtores americanos. Sem perder tempo compraram os direitos de refilmagem e em menos de um ano lançaram no mercado internacional Quarentena (2008), versão remake-fast-food de [REC]. Outra produção nos mesmos moldes lançada também em 2008 foi o literalmente arrasa-quarteirões Cloverfield. Na produção de J. J. Abrams (criador da série Lost), o pânico dos habitantes de uma Nova York arrasada por um monstro gigantesco é registrado pela câmera de um dos sobreviventes.

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Chegamos então ao objeto deste artigo, Atividade Paranormal, uma das produções mais lucrativas e comentadas de 2009. Sensação entre os fãs do gênero, o longametragem explora todo o conjunto de conceitos discutido até aqui, que mesmo não sendo mais uma grande inovação, garante muitos comentários, sejam contra ou a favor.

Acredite quem quiser: muito marketing, algumas verdades e sucesso garantido.


Enquanto os blockbusters fazem questão de ostentar orçamentos milionários, outras produções pecam pela falsa modéstia. Segundo os dados oficiais divulgados pelos distribuidores,
Atividade Paranormal teria custado a bagatela (um tanto suspeita) de US$ 15 mil (menos de R$ 40 mil). O porquê da desconfiança? Pensemos. O já citado – várias vezes, diga-se de passagem - A Bruxa de Blair (a produção mais rentável da história do cinema), custou quatro vezes mais, cerca de US$ 60 mil (e arrecadou US$ 250 milhões). Portanto, assim como é inevitável a comparação entre estes dois filmes, é também inevitável a campanha para que Atividade Paranormal supere A Bruxa de Blair. No entanto, é indiscutível o fato de que até o momento em que este artigo é escrito, Atividade Paranormal mantém-se firme entre as produções mais vistas em solo americano (há pelo menos 6 semanas), ultrapassando os US$ 100 milhões em bilheteria e deixando para trás concorrentes de peso como Jogos Mortais 6 (2009). Tudo indica que Atividade Paranormal se tornará o novo filme mais lucrativo da história, roubando o título orgulhosamente exibido há mais de uma década por A Bruxa de Blair.

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Atividade Paranormal só foi distribuído comercial e internacionalmente depois de dois anos de exaustivas exibições em pequenos festivais ao redor do mundo. O percurso entre revelação do cinema independente em mostras dedicadas ao gênero (entre elas o Screamfest, Slandance e Telluride) até fenômeno distribuído por um grande estúdio – a Paramount – é recheado de histórias que, verdadeiras ou falsas, não deixam de ser bizarras.

O estreante Oren Peli – nascido em Israel, ex-desenvolvedor de jogos eletrônicos - afirma ter escrito o roteiro de
Atividade Paranormal inspirado em acontecimentos não apenas reais, mas por ele mesmo vivenciados. Ao mudar-se para um novo imóvel, ruídos sem explicação natural deixaram o cineasta israelense intrigado. Foi então que teve a ideia de instalar câmeras e registrar em imagens seja lá o que fosse o causador dos barulhos. Obviamente ele não instalou câmera nenhuma, nem registrou fantasma algum. Mas tomou a decisão acertada que lhe garantiria muito dinheiro e algumas portas abertas em Hollywood. Depois de realizar pesquisas exaustivas sobre assombrações, fenômenos sobrenaturais e demonologia, escreveu um roteiro, economizou alguns dólares e resolveu rodar um filme. Para não estourar o orçamento, Peli usou um imóvel velho de sua propriedade como cenário, escolheu dois atores ainda desconhecidos e filmou – em apenas uma semana, é bom lembrar - Atividade Paranormal.

Oren Peli revela também que a concepção dos diálogos entre o casal protagonista foi o mais natural possível, e que ele teria usado uma técnica chamada retroscripting, onde os atores improvisam o diálogo na hora, vivenciando os acontecimentos como se fossem reais (procedimento similar ao que já havia sido usado em
A Bruxa de Blair).

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Do nada ao topo

A trajetória de
Atividade Paranormal teve início em pequenos festivais e mostras dedicadas ao gênero, onde Peli entregava cópias do filme à potenciais distribuidores. Foi numa destas situações que a cópia acabou nas mãos do então figurão da Miramax, Jason Blum, que ironicamente havia rejeitado o projeto Bruxa de Blair, dez anos antes. Com medo de repetir a mesma burrada, correu desesperadamente atrás de apoio para distribuição para o filme.

Blum entregou um DVD com uma cópia do filme para outro grande executivo da indústria do cinema, o nosso amigo Steven Spielberg. Passado alguns dias, demonstrando a sensibilidade artística que lhe é característica, o criador de Indiana Jones devolveu o filme dentro de um saco de lixo.

Diz a lenda que, semelhante ao que acontece no roteiro de
Atividade Paranormal, a porta do quarto onde Spielberg dormia fechou e travou misteriosamente. Foi necessário chamar um marceneiro para destravar a porta e liberar o cineasta, que imediatamente mudou de ideia, autorizando a compra dos direitos para uma refilmagem, que seria produzida por Bloom e dirigida pelo próprio Oren Peli.

O tempo passa, crise mundial vem, crise vai, os direitos da refilmagem vão para a Paramount, que rompe com a Dreamworks do Spielberg. Entre tantos percalços, abandonam a ideia do remake e resolvem lançar o original, para sorte de todos (inclusive a nossa).

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E os boatos continuam se misturando a realidade. Durante a exibição de teste, diversas pessoas teriam saído durante a sessão, não suportando a atmosfera de medo e horror criada pelo filme. Pelo menos esta informação tem pouco cabimento, já que as cenas mais pesadas só vão acontecer próximas ao final do filme.

Passada a fase de mostras e festivais, a estratégia de distribuição adotada pela Paramount procurou fugir dos padrões hollywoodianos. As treze primeiras sessões aconteceram em cinemas localizados em regiões universitárias, sempre à meia noite. A intenção dos produtores era criar uma atmosfera de mistério em torno do filme.

Outra inovação - que também vai em oposição ao modo como os estúdios norte-americanos distribuem seus filmes - foi evitar a estreia numa única data. Apostando do potencial do produto, a Paramount resolveu lançar
Atividade Paranormal de forma segmentada, deixando o filme escasso a princípio, estimulando a curiosidade dos espectadores e garantindo uma “procura maior do que a oferta”. Para efetivar a distribuição, o estúdio utilizou uma ferramenta virtual chamada Eventful.com. A ideia deste site é simples, mas eficiente: um grupo de pessoas que tem interesse que um espetáculo cultural inédito seja apresentado em sua cidade cria um evento (uma espécie de abaixo-assinado) e compartilha com os amigos. Que compartilham com os amigos deles. E assim por diante. Este mapeamento foi utilizado para escolher as cidades onde Atividade Paranormal seria apresentado primeiro, convocando os internautas interessados a se manifestarem.

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Enfim, graças a todo este marketing estratégico de distribuição, que custou mais de US$ 10 milhões a Paramount, a bilheteria de Atividade Paranormal seguiu um caminho exatamente inverso ao da maioria das produções lançadas no mercado americano: em vez de cair com o passar do tempo, aumentou semana após semana. O longametragem estreou em apenas 12 salas na quadragésima oitava posição no ranking dos mais vistos; depois de cinco semanas alcançou o topo das bilheterias, com mais de duas mil cópias distribuídas.

O espectador mais atento vai notar ainda uma grande semelhança (proposital, lógico) entre o trailer de
Atividade Paranormal e o da produção espanhola [REC]. Ambos intercalam cenas do filme com reações de medo e nervosismo da plateia.

Enfim, o filme. Uma releitura, mas com muitos méritos.

Um dos grandes méritos de Atividade Paranormal é a simplicidade, tão irresistível quanto funcional, do roteiro escrito por Oren Peli. No entanto, engana-se quem pensa o longa é apenas mais um filme de casa mal-assombrada. A trama narra o caso de Katie Featherstone, uma jovem que acredita ser perseguida por uma entidade sobrenatural desde criança. Nada muito perigoso, apenas ruídos durante a noite e alguns pesadelos. A situação se complica quando o marido, Micah Sloat, resolve instalar uma câmera dentro do quarto. Inicialmente cético, ele acaba obcecado em flagrar em vídeo a evidência de uma “atividade paranormal”. Esta compulsão irracional parece potencializar as pequenas e inexplicáveis ocorrências, que pouco a pouco fogem do controle. A engenhosidade do roteiro consiste exatamente na sobriedade; não há sangue, nem efeitos mirabolantes (até porque o orçamento não suportava), ou muito menos as hoje costumeiras - e muitas vezes artificiais - reviravoltas de enredo (o famoso final “surpresa”).

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Atividade Paranormal segue a risca a eficaz cartilha sobre a construção do suspense em forma crescente. Portanto, alguns podem se incomodar com falta de ação no começo do filme. E até mesmo os mais entusiastas têm que admitir, aparentemente nada acontece durante os primeiros quarenta minutos de filme. Mas é este nada a preparação, lenta e quase imperceptível, para os tensos minutos finais. O horror é gradativo: ruídos, luzes que se apagam, lustres que balançam, vozes que sussurram, até o inevitável desfecho: (obviamente ainda não entregaremos o final de Atividade Paranormal). Outra grande sacada do roteiro é explorar o momento em que nos mostramos mais vulneráveis, ou seja, a hora em que estamos dormindo (você faz ideia do que acontece em sua casa enquanto você dorme?).

O elenco é reduzido ao casal protagonista, interpretado com muito empenho pelos novatos Micah Sloat e Katie Featherston. Desnecessário lembrar que a estratégia de usar nos personagens os mesmos nomes dos atores não é nenhuma novidade. Só para exemplificar, a mesma técnica também já havia sido usada em
A Bruxa de Blair.

o filme dentro do filme

(nível de SPOILERS: médio)

Uma surpresa interessante, que não implica necessariamente numa grande reviravolta, mas que sem dúvida amplifica o efeito “medo” no espectador, é a revelação da fonte dos eventos sobrenaturais. Em vez das esperadas assombrações, o grande vilão da história é um demônio, que como é revelado durante a trama, se alimenta de energia negativa e acompanha Katie desde a sua infância.

Intrigado, Micah pesquisa na internet supostos casos de possessão demoníaca. O resultado é bem mais assustador que o pesadelo vivenciado pelo casal (pelo menos até aquele momento): um vídeo mostra o exorcismo de uma jovem possuída que literalmente devora os braços, numa cena um tanto perturbadora.

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as três Atividades
(nível de SPOILERS: MÁXIMO)

A primeira versão de
Atividade Paranormal, que foi enviada por Oren Peli aos possíveis distribuidores comerciais do filme - e que acabou vazando na internet - é um pouco diferente do corte que está sendo exibido nos cinemas. Dos 97 minutos originais sobraram apenas 86. Dentre as várias cenas que foram cortadas, destaca-se na versão teatral a ausência da sequência em que Micah encontra num site o vídeo da menina possuída que mastiga os próprios braços. Outra diferença capital é o desfecho totalmente “comercializado” utilizado na versão final.

Desfecho 1.0: o corte original.
No vigésimo primeiro dia após o início dos eventos sobrenaturais, Katie acorda no meio da noite, levanta-se, por alguns momentos encara o marido que dorme profundamente. Como uma sonâmbula, desce até andar inferior. Pouco depois, Micah salta da cama ao ouvir os gritos da esposa. Tudo o que vemos são as imagens fixas da câmera instalada no quarto. O marido deixa o quarto desesperado atrás de Katie. Em off, ouvimos novos gritos que denunciam uma briga ou algo parecido. Silêncio. Minutos depois, Katie retorna ao quarto, ensanguentada e carregando uma faca. Ela senta-se ao lado da cama, e ali permanece, em estado catatônico, durante mais de um dia (vemos pelo tempo marcado na câmera). Ouvimos então Amber, amiga do casal, batendo a porta, depois a polícia invadindo a casa e os comentários quando encontram o corpo de Micah. Os policiais sobem até o quarto e encontram Katie ainda em transe. Em estado de choque ela resiste em largar a faca e acaba baleada pelos políciais. Sobe então os créditos e ouvimos o áudio dos rádios da polícia comentando que descobriram as imagens que foram gravadas no local do crime.

Desfecho 2.0: o corte teatral.

Enquanto no original chegamos a uma conclusão natural do acontecido, o desfecho que foi para os cinemas desnecessariamente explica melhor as coisas. Após retornar ao quarto depois de matar o marido, Katie arremessa algo em direção a câmera, que cai (a partir deste momento vemos as imagens inclinadas). Ela rasteja - numa sequência a la Sadako – dá um sorriso, e então, numa tentativa de assustar o espectador, ataca a câmera. Um texto explica então o que acontece a seguir: o corpo de Micah foi encontrado pela polícia dia 11 de outubro de 2006. O paradeiro de Katie continua desconhecido.

Fica claro que alteraram o final do filme apenas para criar um gancho para uma continuação (que já foi anunciada para 2012). Previsível, não?

Desfecho 3.0: o final que ninguém viu.

Segundo o diretor Oren Peli, existiria ainda outra versão, que teve apenas uma exibição pública. Neste suposto corte, Katie, quando retorna ao quarto, caminha em também em direção a câmera e acaba cortando a própria garganta.

Qual desfecho seria o melhor? O oficial parece americano demais, muito explicado e com um “susto” extremamente forçado, que destoa da abordagem realista apresentada no restante do filme. A segunda versão disponível na internet (ilegalmente, mas disponível) é mais interessante e mais natural. Já a terceira versão chama atenção por apresentar um desfecho mais violento e explícito. Enfim, o que esperamos é que, depois do sucesso comprovado nos cinemas, o lançamento em DVD/BD traga entre o material extra todas as três opções.

os ecos de Atividade Paranormal


Ainda que seja um exagero as críticas espalhadas em sites gringos especializados no gênero, como “o filme mais assustador de todos os tempos" ou "inacreditável”, o que é incontestável é que Atividade Paranormal arrastou uma multidão de americanos aos cinemas. O resultado, além da continução anunciada, foi um up na carreira do estreante Oren Peli. O cinesta assume a direção de Área 51. A produção, de U$ 5 milhões, utiliza a mesma estética que assegurou parte do êxito de Atividade Paranormal. Desta vez são encontradas gravações “reais” que mostram as imagens de um grupo de jovens que localizaram e invadiram uma base militar secreta onde estaria escondido um OVNI.

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O sucesso de Atividade Paranormal refletiu também nas decisões dos produtores da Showcase Entertainment, que alterou o nome do terror Walking Distance para Experiment Activity (Atividade Experimental, em sua tradução literal). O marketing não foi assim tão gratuito, já que a atriz Katie Fatherston (de Atividade Paranormal) também está no elenco da produção.

Finalmente, mesmo não sendo revolucionário,
Atividade Paranormal é uma produção no minímo intrigante, cercada de histórias extra-cinematográficas, e com uma execução extremamente competente.

Uma boa dica, caso não aproveite a oportunidade de asssistir nos cinemas - sou adepto da ideologia no cinema é sempre mais gostoso - é assistir sozinho, de madrugada e com as luzes apagadas. Mas isso só se tiver muita coragem.

João Pires Neto
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Quando ela aremessa algo em direção às câmeras dá p/ ver que é um corpo.

 

[quote] ...A segunda versão disponível na internet (ilegalmente, mas disponível) é mais interessante e mais natural...

 

eu duvido muito que esta versão tenha ido parar na net "ilegalmente".

Os internautas  ajudaram demais na divulgação desse filme e com certeza alguém deve ter deixado vazar "sem querer", como vem acontecendo  ultimamente (Deja vu "Wolverine") 3d37.gif.

 Tenho mó curiosidade em ver Oren dirigir outra produção...timo tira-teima!
MariaShy2009-12-16 18:24:48
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Alguém postou aqui algo que define bem P.A. e que se tu pensar dessa maneira vai achar o filme (quase) genial: P.A. é tipo uma dramatização daqueles causos de assombração, tipo uma história que se conta em acampamento p/ medrar os amigos.

I like it! 05

 

By the way, sobre esse terceiro final eu estou duvidando que ele exista.

Esse filme foi tão devassado pelos internautas que qquer coisa já teria sido divulgada, assim como forma os outros dois finais... "ilegalmente" 03
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By the way' date=' sobre esse terceiro final eu estou duvidando que ele exista.

Esse filme foi tão devassado pelos internautas que qquer coisa já teria sido divulgada, assim como forma os outros dois finais... "ilegalmente" 03
[/quote']

 

Foi o próprio diretor que teria dito em uma entrevista que esse final foi exibido em apenas um screening test. Há rumores de que ele estará no DVD como extra.

 

Ah, sobre a primeira parte, não adiantou. Olhando por esse lado, continua ruim, na minha opinião, hehehe.

Jack Ryan2009-12-16 23:02:31

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Herege!

Tu diz isso pq nunca deve ter vivenciado um lance estranho, inexplicável, paranormal mesmo.

 

Sobre esse terceiro final, estranho mesmo, pq se conseguiram exibir segundo final "ilegalmente" pq raios não conseguiram o terceiro?!

 

Anyway, alguma coisa de inédito teria que vir com o DVD, já que tudo o mais foi devassado!
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