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O Mestre (The Master, 2012 P T Anderson)


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Paul Thomas Anderson fala sobre THE MASTER

01/09 - 12h52.

 

Novo filme de Paul Thomas Anderson (Sangue Negro), foi exibido na manhã deste sábado (1 de setembro) no Festival de Veneza. Após sua exibição, o cineasta se dirigiu à imprensa para comentar sua aguardada produção, a qual definiu como uma "história de amor" entre os dois protagonistas, Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman, o Mestre do título.

 

De acordo com o site Deadline, um dos primeiros assuntos abordados foi a controvérsia sobre a religião - o filme é livremente inspirado na Cientologia. Anderson disse que não trata-se de um "elefante na sala", pois o filme não suscita a polêmica que o público espera e confirmou que o personagem de Hoffman é parcialmente baseado em Lancaster Dodd, fundador da Cientologia, mesmo admitindo que "não entende muita coisa sobre a organização".

 

Anderson também confirmou que mostrou uma prévia de The Master para Tom Cruise, defensor ferrenho da Cientologia e que trabalhou com o cineasta em Magnolia. Segundo especulações, o ator não teria ficado satisfeito com a visão de Anderson sobre a organização. "Sim, eu mostrei o filme para ele. Nós ainda somos amigos e o resto é entre nós", disparou.

 

The Master será lançado no Brasil em 25 de janeiro de 2013.

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Veneza abre a corrida pelo Oscar, com aclamação a Phoenix e Hoffman.

 

Por Mike Collett-White e Silvia Aloisi

 

VENEZA, 3 Set (Reuters) - Veneza tradicionalmente dá o tiro inicial na longa temporada de premiações do cinema, e no momento em que o festival de filmes mais antigo do mundo chega à sua metade, três atores agitaram Hollywood com performances memoráveis.

 

Michael Shannon como um assassino, Philip Seymour Hoffman como um líder de seita inspirado no fundador da Cientologia, L. Ron Hubbard, e Joaquin Phoenix interpretando seu protegido, torturado e volátil, já estão bem cotados cerca de seis meses antes do Oscar.

 

O burburinho em torno de seus personagens ajudou a elevar o espírito em Veneza, comemorando seu 80o aniversário este ano.

 

O potencial das celebridades é quase tão importante para um festival de cinema quanto a qualidade dos filmes, uma vez que atrai a mídia mundial e lembra por que o notoriamente caro festival de Veneza ainda é importante em um calendário repleto de eventos rivais.

 

Como o festival de 11 dias na ilha de Lido chegando à sua metade nesta segunda-feira, o maior sucesso até o momento é "The Master".

 

Primeiro filme do diretor Paul Thomas Anderson desde o aclamado "Sangue Negro", de 2007, o filme combina controvérsia --concentrando-se no começo da Cientologia-- e atores de gabarito como Hoffman e Phoenix.

 

Todd McCarthy, do The Hollywood Reporter, chamou o longa de "um drama corajoso, desafiador e brilhantemente interpretado, que é uma obrigação para um público sério".

 

DOMINADOR E PERTURBADO

 

Nem todos os críticos gostaram, mas a maioria concordou que os dois atores centrais estavam no auge de seus poderes, com Hoffman como o dominador e explorador Lancaster Dodd e Phoenix como um assistente perturbado e beberrão.

 

Essencialmente uma história de amor tendo como pano de fundo a fundação da Igreja da Cientologia, de Hubbard, na década de 1950, poucos ficariam surpresos em vê-los nomeados para premiações.

 

O site GoldDerby, que antecipa premiações do showbusiness, colocou "The Master" como favorito para o Oscar de melhor filme, Anderson está bem cotado para melhor diretor e Hoffman e Phoenix estão entre os cinco melhores para o prêmio de melhor ator.

 

Ambos os atores estiveram em Veneza, onde o comportamento de Phoenix foi instável e ele mal articulou suas frases durante uma coletiva de imprensa.

 

Outro grande título, "To the Wonder", de Terrence Malick, foi lançado sem seu diretor recluso e suas estrelas mais proeminentes.

 

O retrato poético e impressionista de um casal apaixonado contado praticamente sem diálogo foi elogiado e criticado na mesma medida, mas com Ben Affleck, Javier Bardem e Rachel McAdams todos ausentes, a sua estreia mundial foi discreta.

 

Veneza conseguiu atrair estrelas em ascensão como o ex-ídolo teen da Disney Zac Efron, que apareceu na saga agrícola "At Any Price", e Selena Gomez, que é esperada no festival para promover "Spring Breakers", na quarta-feira.

 

Mas sem grandes nomes ou filmes que sacudiram o público na mesma maneira que os dramas de guerra "Guerra Sem Cortes" e "Guerra ao Terror" ou a história sobre vício em sexo "Shame" fizeram nos últimos anos, Veneza tropeçou.

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O Omelete viu o filme..segue o review...

 

 

Paul Thomas Anderson investiga as origens dos cultos em seus sexto filme

 

 

Paul Thomas Anderson nos deixou cinco anos esperando pelo seu próximo filme, mas The Master compensa cada minuto da angustiante expectativa.

 

Seu sexto longa-metragem se inspira nas origens da Cientologia - o famoso culto que encontrou em Hollywood o local ideal para seu enraizamento (e em Tom Cruise seu maior porta-voz). Diferente do filme-denúncia que muitos esperavam, porém, o drama é mais uma exploração das origens dos cultos e busca em L. Ron Hubbard, criador dessa igreja, apenas um ponto de partida.

 

Muito mais do que isso, The Master é um drama sobre a vida à margem da sociedade em dois níveis. Nos EUA pós-Segunda Guerra Mundial, em que soldados retornam para casa sem perspectiva e com anos de seu crescimento roubados pelo conflito, encontramos Freddie Quell (Joaquin Phoenix), sujeito que vai de emprego em emprego, abraçando a garrafa e criando problemas.

 

Com uma interpretação assombrosa, daquelas que definem carreiras (como se Phoenix precisasse de mais uma, mas aqui a tem), o ator se retorce dentro do corpo de Freddie, um homem cuja alquebrada forma exterior (totalmente criada a partir de atuação) reflete o que ele tem dentro de si: agonia e miséria. É um prazer assistir a ele no papel.

 

Durante uma fuga causada em função de uma bebedeira, Freddie acaba invadindo um barco de luxo prestes a zarpar. Algum tempo depois é encontrado pelos seu "anfitrião", Lancaster Dodd, o "Mestre" do título, vivido por Philip Seymor Hoffman. Fascinado pela simplicidade carismática de Freddie e vendo nele uma espécie de cobaia, o hipnótico líder do culto o inicia nos mistérios de sua teoria sobre seres interplanetários de milhões de anos, viagens da consciência através do tempo e outras ideias retiradas da ficção científica e colocadas em um contexto de auto-ajuda.

 

As sequências em que o Mestre submete Freddie aos primeiros passos do culto são poderosíssimas e aflitivas. Hoffman, com a competência que já demonstrou inúmeras vezes, repete aqui o tipo loquaz manipulador, de temperamento explosivo sob uma superfície calma, que sempre faz tão bem, com veias explodindo e rosto inchando de sangue. Com Phoenix inspiradíssimo do outro lado da mesa, os embates fluem durante longos minutos, quase em tempo real, fazendo o espectador (literalmente) não piscar.

 

Rodado em belíssimos 70mm, o filme está encontrando dificuldade de exibição no seu formato original, mas se você tiver a oportunidade, não deixe de assisti-lo assim. A qualidade da mídia, que evidencia a cinematografia de Mihai Malaimareh Jr. (que trabalhou nos últimos filmes de Coppola), nessas condições ideais, é a melhor que já tive o prazer de ver no cinema. O trabalho de foco, de estreitíssima profundidade de campo, faz saltar poros e texturas, dando uma proximidade quase incômoda aos retratados. Nos cenários, funciona como hiperrealismo, fazendo com que as locações e pessoas pareçam tão alienígenas e reais, quanto o Mestre insiste que são.

 

Há ainda a mágica trilha sonora de Jonny Greenwood (que já trabalhou com Anderson em Sangue Negro), que acompanha a ação dando mais uma camada de estranheza ao filme. A música tem um tempo particular, uma utilização nada convencional, ora dando suporte à ação, ora tirando sua legitimidade.

 

Etéreo em momentos, mas claro e fácil de seguir quando a trama avança, The Master é sofisticado em sua execução e maduro em suas intenções. Uma obra que desde já encontra seu espaço entre os grandes filmes contemporâneos, talvez da história da arte.

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The Master | Crítica

Paul Thomas Anderson investiga as origens dos cultos em seu sexto filme.

Paul Thomas Anderson nos deixou cinco anos esperando pelo seu próximo filme, mas The Master compensa cada minuto da angustiante expectativa.

 

Seu sexto longa-metragem se inspira nas origens da Cientologia - o famoso culto que encontrou em Hollywood o local ideal para seu enraizamento (e em Tom Cruise seu maior porta-voz). Diferente do filme-denúncia que muitos esperavam, porém, o drama é mais uma exploração das origens dos cultos e busca em L. Ron Hubbard, criador dessa igreja, apenas um ponto de partida.

 

Muito mais do que isso, The Master é um drama sobre a vida à margem da sociedade em dois níveis. Nos EUA pós-Segunda Guerra Mundial, em que soldados retornam para casa sem perspectiva e com anos de seu crescimento roubados pelo conflito, encontramos Freddie Quell (Joaquin Phoenix), sujeito que vai de emprego em emprego, abraçando a garrafa e criando problemas.

 

Com uma interpretação assombrosa, daquelas que definem carreiras (como se Phoenix precisasse de mais uma, mas aqui a tem), o ator se retorce dentro do corpo de Freddie, um homem cuja alquebrada forma exterior (totalmente criada a partir de atuação) reflete o que ele tem dentro de si: agonia e miséria. É um prazer assistir a ele no papel.

 

Durante uma fuga causada em função de uma bebedeira, Freddie acaba invadindo um barco de luxo prestes a zarpar. Algum tempo depois é encontrado pelos seu "anfitrião", Lancaster Dodd, o "Mestre" do título, vivido por Philip Seymor Hoffman. Fascinado pela simplicidade carismática de Freddie e vendo nele uma espécie de cobaia, o hipnótico líder do culto o inicia nos mistérios de sua teoria sobre seres interplanetários de milhões de anos, viagens da consciência através do tempo e outras ideias retiradas da ficção científica e colocadas em um contexto de auto-ajuda.

 

As sequências em que o Mestre submete Freddie aos primeiros passos do culto são poderosíssimas e aflitivas. Hoffman, com a competência que já demonstrou inúmeras vezes, repete aqui o tipo loquaz manipulador, de temperamento explosivo sob uma superfície calma, que sempre faz tão bem, com veias explodindo e rosto inchando de sangue. Com Phoenix inspiradíssimo do outro lado da mesa, os embates fluem durante longos minutos, quase em tempo real, fazendo o espectador (literalmente) não piscar.

 

Rodado em belíssimos 70mm, o filme está encontrando dificuldade de exibição no seu formato original, mas se você tiver a oportunidade, não deixe de assisti-lo assim. A qualidade da mídia, que evidencia a cinematografia de Mihai Malaimareh Jr. (que trabalhou nos últimos filmes de Coppola), nessas condições ideais, é a melhor que já tive o prazer de ver no cinema. O trabalho de foco, de estreitíssima profundidade de campo, faz saltar poros e texturas, dando uma proximidade quase incômoda aos retratados. Nos cenários, funciona como hiperrealismo, fazendo com que as locações e pessoas pareçam tão alienígenas e reais, quanto o Mestre insiste que são.

 

Há ainda a mágica trilha sonora de Jonny Greenwood (que já trabalhou com Anderson em Sangue Negro), que acompanha a ação dando mais uma camada de estranheza ao filme. A música tem um tempo particular, uma utilização nada convencional, ora dando suporte à ação, ora tirando sua legitimidade.

 

Etéreo em momentos, mas claro e fácil de seguir quando a trama avança, The Master é sofisticado em sua execução e maduro em suas intenções. Uma obra que desde já encontra seu espaço entre os grandes filmes contemporâneos, talvez da história da arte.

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PGA anuncia indicados e O MESTRE diminui chances no Oscar
02/01 - 22h21.


O sindicato dos produtores, PGA (Producers Guild of America), anunciou os indicados de sua premiação anual, tida como forte termômetro para a categoria principal do Oscar.
Dez títulos figuram na lista, a maioria deles correspondendo às apostas para as indicações da Academia. Mas uma ausência é bastante sentida: O Mestre, de Paul Thomas Anderson, não consta na relação, o que pode representar um risco à sua nomeação ao Oscar de Melhor Filme, já que os membros votantes da Academia coincidem com os do PGA.
O Mestre também não foi indicado a Melhor Filme no Globo de Ouro, outra importante premiação da temporada, mas conseguiu emplacar seus dois atores principais, Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman (como coadjuvante). Somente este último foi indicado ao prêmio do sindicato dos atores, o SAG Awards, e mantém forte a sua chance de ser lembrado no Oscar.

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Harvey Weinstein diz que perdeu dinheiro com O MESTRE
29/01 - 16h56.


De acordo com o site Deadline, o todo poderoso executivo Harvey Weinstein declarou que perdeu dinheiro com O Mestre, especialmente por conta de uma má campanha de divulgação do projeto mais recente de Paul Thomas Anderson.

O Mestre custou US$ 30 milhões e arrecadou apenas US$ 24 milhões. “Não acredito que conseguiremos algum lucro. Sinto muito pela Annapurna Pictures. O Mestre é um excelente filme, e Deus abençoe por eles trazerem esses filmes para o mundo”. Weinstein adicionou o comentário de que o marketing em torno do lançamento poderia ter sido melhor. Lembrando que o próprio diretor decidiu cortar parte dos materiais de divulgação para se manter fiel ao tom da obra.

Weinstein encerrou a entrevista se perguntando se deveria ter pressionado mais ao invés de simplesmente acatar as decisões do cineasta. “Sou melhor quando banco o advogado do diabo ao invés de uma líder de torcida, mas acredito que O Mestre terá uma vida longa”, concluiu lembrando que o filme será lançado em Blu-ray e DVD no dia 26 de fevereiro, nos Estados Unidos.
 

E uma pena que o Mestre não tenha dado retorno financeiro, e tem tanta porcaria que rende.

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