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Abismo do Medo


Daft Archer
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É o novo (errr, nem tão novo assim) filme do diretor Neil Marshall, um nome que deve passar em branco pra maioria, mas é muito conhecido e bem-visto pelos fans de terror, ele foi o diretor de Cães de Caça (Dog Soldiers), um otimo filme de lobisomem com forte carga de humor negro.


Uma sinopse básica do The Descent? Um grupo de 6 amigas resolve fazer uma expedição a um complexo de grutas, nas montanhas dos Apalaches, nos EUA.
Dei uma sinopse bem vaga, porque eu acho que quanto menos vc tiver noção do filme melhor (não que tenha reviravoltas como muito filme de terror por ai, apenas é pra não estragar temas e fatos que acontecem na historia);

 

O filme está com data prevista pra estreiar no Brasil (nos cinemas) dia 28 de julho, com o titulo Abismo do Medo (não ficou ruim, mas A Descida seria mais simples e direto).

O filme teve o final modificado pros Estados Unidos, que gerou um pouco de polemica (eu vi o final europeu - sim, ja vi o filme, e comentarei aqui em baixo).

O filme está com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes (inclusive com um comentario do Pablo elogiando).

Poster e fotos do filme:

652438_DV_L_F.jpg

2t.jpg

t-The_Descent.jpg

descent1.jpg


Agora meu comentario sobre o filme que escrevi em outro forum:

Nossa, filme excelente. Muito bem construido, num tom serio, e com o pé no chão, alem de discutir uma ideias legais por detras de toda a historia (no que tange ao feminismo - basicamente so tem mulheres no filme, elas executam varias atividades de ambiente masculino, a propria relação entre elas, etc).





SPOILERS





Pra quem gosta de gore, tem o suficiente, fratura exposta, e uma piscina de sangue.

E o final te deixa varias interpretações - afinal, a sarah consguiu ou não sair da caverna? Ao mesmo tempo que a sequencia dela fugindo,escalando a montanha de ossos parece muito vaga, heroica, fora da realidade, a sequencia final dá a entender que ela acabou presa na caverna - não a caverna do filme, mas sua propria mente. A camera se distancia pra mostr-la numa camara sem saida, mostrando que ela alcançou um nivel maximo de loucura, devido ao stress da perda da familia, da exploração da caverna, da relação com a Juno, etc.


Bruno Carvalho2006-09-25 00:46:43
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 Estou doente de ansiedade pra ver este filme e "Shutter".

 Pelo menos Shutter verei neste final de semana (quem sabe até "de grátis!" Afinal, tô participando da Promoção do Cinema em Cena...).

 Agora, cá entre nós: alterar o final do filme?!! Não dá pra entender esses "yankes"... Espero que a versão que virá pra cá seja a europeia.

PS: "Dog Soldiers" é muito bacana. Além de respeitar com inteligência o mito dos lobisomens, tem um toque de humor negro que dá um charme especial ao filme. Com destaque pro ator que faz o papel do sargento.       

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Quero muito assistir esse filme! O trailer é ótimo, e como já falaram aí, Dog Soldiers é muito bom mesmo.

Pelo o que eu sei o final foi mudado nos EUA a pedido do próprio diretor que parece que queria ver como seria a reação dos americanos. Algo assim.

Movi pro Em Cartaz por enquanto então smiley17.gif

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Bom' date=' vocês me deixaram extremamente curioso para ver os dois filmes (Dog Soldiers e The Descent (nota 8,3 no Rotten Tomatoes, por enquanto, superior a de Evil Dead!!)e o farei em breve..depois posto minha opinião. smiley1.gif [/quote']

 

As notas estão muito boas... 7.5 no IMDB. É raro ver um filme de terror atigindo essas marcas.

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Gente' date=' eu assisti agora de noite e estou absolutamente extasiado..maravilhoso, um dos melhores filmes de horror das últimas décadas. smiley1.gif
Vou correndo atrás de Dog Soldiers e de qualquer coisa desse diretor..putz..[/quote']

 Observação pra não se decepcionar: "Dog Soldiers" é uma pequena pérola, mas com um clima (comentário do próprio diretor) bem mais "despojado", sem a claustrofobia e opressão de "The Descent", com certeza. É um filme "B" com uma direção segura e um humor negro bem inserido.

 Destaque pra trama bem bolada e a interpretação do ator que faz o papel do sargento durão.  

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Gente' date=' eu assisti agora de noite e estou absolutamente extasiado..maravilhoso, um dos melhores filmes de horror das últimas décadas. smiley1.gif Vou correndo atrás de Dog Soldiers e de qualquer coisa desse diretor..putz..[/quote']

 

Observação pra não se decepcionar: "Dog Soldiers" é uma pequena pérola, mas com um clima (comentário do próprio diretor) bem mais "despojado", sem a claustrofobia e opressão de "The Descent", com certeza. É um filme "B" com uma direção segura e um humor negro bem inserido.

 

Destaque pra trama bem bolada e a interpretação do ator que faz o papel do sargento durão.

 

Sim, the Deadman, eu sei que há inclusive alguns toques de humor negro em Dog Soldiers, né? Mesmo assim eu quero ver, mas já sei que devo esperar algo menos sério..isso não costuma ser uma boa mistura pra mim, mas eu vou ver do mesmo jeito, por minha própria "conta e risco". às vezes ele consegue o status que somente dois filmes conseguiram pra mim e que misturaram os dois gêneros: BrainDead (Fome Animal) e Shaun of the Dead.

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  • 2 months later...
  • 3 weeks later...
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Crítica do Bernardo Krivochien, do site www.zetafilmes.com.br :

 

ABISMO DO MEDO (THE DESCENT) de Neil Marshall - 25/10/05

Uma viagem sem volta para um terror impiedoso, claustrofóbico, sufocante e realmente assustador.

Bernardo Krivochein (RJ)

 

Na mesma medida em que “O Enigma do Outro Mundo” de John Carpenter contava com um elenco exclusivamente masculino e analisava como o sistema de confiança (ou “brodagem”) entre homens, dado como garantido, era uma falácia, o segundo filme de Neil Marshall, “The descent” conta com um elenco exclusivamente feminino (a única presença masculina em todo o filme é dispensada logo nos primeiros 5 minutos de exibição) e critica o feminismo, no momento em que as mulheres, ao exigirem os direitos dos homens, esquecem que com eles também adotarão os deveres. Os piores deveres. É um filme digno de polêmica: de todos os gêneros cinematográficos, o terror é o mais fascinante, pois o cinema é uma arte, por convenção, visual e um bom filme de terror faz de tudo para que o espectador não queira ver o que está na tela, um belíssimo paradoxo que casa perfeitamente com o que Marshall pretende fazer aqui: uma metáfora grotesca dos encargos que acompanham o papel desbravador, pioneiro, dominante do masculino, algo que as feministas, em busca de igualdade social propositalmente excluem de seus discursos acalorados, seja por não os desejarem ou mesmo desconhecerem. É um filme digno de atenção, por ser o filme de terror fundamental do ano.

 

Após um ótimo début com “Dog Soldiers”, que junto com “Possuída” injetou nova dose de oxigênio no subgênero de filmes de lobisomem (mesmo que, após “Amaldiçoados”, tenhamos que nos questionar se isso foi lá boa coisa), Marshall abriu uma produtora especializada em filmes de terror realizados em territórios britânico e escocês. Os primeiros títulos anunciados levaram muitos a acreditar que, assim como “Dog Soldiers”, as produções contariam com um bom humor e ironia que caracterizaram seu esforço inicial em longas-metragens. “The descent” é desprovido por completo de momentos leves, piadas e alívios cômicos; sem cerimônias, o filme nos deixa desconfortáveis logo no início, ao relatar numa cena arrepiante como a personagem principal perde marido e filha num acidente de carro, após uma idílica aventura com as amigas, fãs de esportes radicais (um atestado de sua independência feminina).

 

Numa tentativa de fazê-la se recuperar do trauma um ano depois, as amigas se mobilizam numa ousada expedição às Montanhas Cheyenne – nos EUA – para explorar as cavernas. Todos os momentos que antecedem a chegada às cavernas trazem consigo uma aura de “Sex and the city” misturado com “Amargo pesadelo”: nos chalés, as amigas conversam sobre assuntos íntimos, relembram o passado (ignorando ao máximo o trauma da amiga – novamente, a alusão ao discurso feminista), trocam confidências sexuais; se cinematograficamente, elas estão deslocadas, uma vez que o desbravamento do ambiente selvagem é imediatamente ligado ao “oh, tão masculino” (daí, quebrando um tabu simplesmente por serem mulheres), narrativamente, elas já estão fodidas na largada da corrida, simplesmente por serem seres urbanos no meio de um mato sem cachorro – Ned Beatty não é mulher e botaram o gordinho para guinchar feito um porco, imagina o escarcéu que não será feito com a vista do feminino. A violência do ambiente selvagem, no entanto, desconhece gêneros.

 

A visão da caverna, na realidade uma fenda nada convidativa no meio do solo (cujo formato até remete a uma vagina – ou um sorriso!), já lança um frio tremendo pela espinhela do espectador. Boa coisa não vai acontecer; e não acontece: daí em diante é ter um tanque de oxigênio do lado. Desse ponto em diante, é uma viagem sem volta para um terror impiedoso, claustrofóbico, sufocante e realmente assustador. Apesar de que o que acontece em seguida ser um tanto óbvio por associação – além de fazer parte da sinopse oficial do roteiro – é melhor que você descubra à medida que a história avança. É envolvente o modo como essas mulheres desbravam os vários túneis da caverna como “Os caçadores da arca perdida”, mas sem os salvamentos de última hora de Griffith e escapadas miraculosas de cinemão. A expedição é definitivamente regida pela lei de Murphy e, se por agora não está dando nada errado, esteja certo que o destino está guardando tudinho para o restante da história.

 

“The descent” encanta porque há muito tempo não via um filme em que TODOS os sustos – independente de serem baratos ou não – funcionassem, como é o caso aqui. Não só eu pulei da cadeira em todas as deixas do filme como acabei me encontrando roendo as unhas, coisa que nunca tive sequer o hábito de fazer. Mesmo em seu prólogo, Marshall estabelece uma aura sinistra que nos faz temer (ao invés de antecipar) o núcleo da história. Ele se dá o tempo de que o público conheça todas as personagens, que elas possam ser diferenciadas entre si. “The descent é sisudo, se leva a sério sim e não pede desculpas, o humor é praticamente inexistente e, quando surge, é de maneira atrapalhada, tentativas de quebrar o gelo que nunca funcionam. Há duas personagens ótimas, para as quais a presença das outras é apenas superficial, como se fossem personagens principais em seus próprios filmes. Todas parecem abraçar sua independência feminina confortavelmente, mas cabe a Juno (Natalie Jackson Mendoza) motivá-las a não se acomodar nisso, mas sim a superar – e por que não, substituir – os próprios homens, tomar-lhes os territórios.

 

O território em que as personagens sofrerão o seu calvário é o playground de Marshall que brinca com o chiaroescuro, com a percepção do espectador. Trabalhando com o não-visto e com o provavelmente-escutado-mas-irreconhecível, ele faz da caverna um trem-fantasma fora de controle, onde o espectador acaba, inclusive, temendo por si mesmo, uma vez que a saraivada de sustos já lançou o coração a mil, mas ainda não lhe deu uma pista sequer do que o aguarda (um dos defeitos de “Eclipse Mortal”, que continha os mesmos preceitos, é que o roteiro basicamente nos dava uma aula de anatomia das criaturas antes de colocá-las contra os humanos). Marshall sabe que temos medo é do desconhecido e ele abusa desse conhecimento o máximo que a história agüenta. Mas se engana quem acredita que os choques cessam uma vez que tomamos (algum) conhecimento da ameaça – na realidade, é quando o filme fica extremamente mais violento, mais cruel e mais socialmente relevante.

 

Mais além, é refrescante ver como Marshall cria um filme de terror onde os personagens tenham que lidar com as conseqüências de eventos anteriores, que estejam ainda sofrendo entre um corte e outro ao invés do ”roda a saia e levanta a poeira” que parece tanto assolar a dramaturgia desse gênero (a benção, Dario Argento, mas fazer uma personagem flertar com o motorista que acaba de salvá-la de um maníaco psicopata em “Terror na Ópera”, como se nada tivesse acontecido, me enlouquece até hoje). Todas as decisões tem seu peso, resultando em maior tensão quando as personagens precisam deixar a cautela de lado e agem irracionalmente. A questão aqui nem é estrutural, como em termos de roteiro Marshall trabalhou para ter o máximo de eficácia; o que temos é um diretor que respeita suas personagens ao máximo, compreende seus perfis e seus passados, permitindo que isso transpareça no texto fílmico.

 

Numa época assolada por (novamente) “Sex and the city”, “Desperate housewives” e tantas outras caixas de bombons transvestidas de avanços na igualdade social entre os sexos, muita gente pode chiar que “The descent” é um filme machista, retrógrado. Nada poderia estar mais longe da verdade. Muito além dos aspectos superficiais como o elenco e a disposição de tirar o feminino do ingrato papel de dama em perigo em filmes de gênero (que, numa análise mais profunda, perceberemos que de todos os gêneros cinematográficos, o terror foi o que mais cumpriu até hoje a função igualitária no que se refere a essa mesma questão: pense no enorme número de filmes de terror que, de todos do elenco, somente preserva a mocinha), o filme teme não o feminismo, mas a masculinização vigente do feminino, a homogeneização dos sexos regida pelas exigências do mercado de trabalho. O que move o pioneirismo de Juno senão um despeito vazio por motivos que lhe falta palavras para descrever? Tal teoria ganha dimensões maiores quando Marshall assina um final misterioso, assustador e extremamente deprimente.

 

Sufocante, apavorante, relevante, brilhante, este é um dos filmes que mais me orgulhei de ter descoberto na vida e se você tiver um mínimo de bom senso nessa sua cabeça, vai achar isso também. “The descent” é um filme impecavelmente concebido que revela a genialidade do diretor Marshall. Não é só um dos meus filmes favoritos do ano, é um dos melhores.

 

"The descent” Reino Unido, 2005. Direção: Neil Marshall. Estrelando: Saskia Mulder, Natalie Jackson Mendoza, Shauna Macdonald, Molly Kayll, Alex Reid, Nora-Jane Noone. Distribuidora: Celador/Pathé. Site oficial: www.thedescentthemovie.com.

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  • 3 weeks later...
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Abismo do medo: Assista ao trailer do terror

Por Marcelo Hessel
6/7/2006

envie_amigo.gif

descent.jpgHorror gore normalmente não combina com terror claustrofóbico. O primeiro recorre a espetáculos animalescos de sangue e vísceras, enquanto o segundo aposta mais no minimalismo de situações-limites. Mas o trailer de Abismo do medo (The descente) prova que é possível, sim, unir as duas coisas.

Com o perdão do trocadilho, a prévia é bem "descent". Confira:

Trailer nacional

Comercial de TV

Trailer completo

Na história, seis amigas se aventuram numa caverna, descendo com cordas e lanternas até a saída do outro lado do buraco, onde nasce um fio d´água. Acontece que o caminho vai afunilando, num labirinto de túneis sem fim. O ar começa a faltar e as luzes estão rareando... Ah, e tem também uns seres das profundezas famintos e bizarros para completar.

O filme escrito e dirigido pelo inglês Neil Marshall foi exibido no Sundance Festival de 2006 e desde então faz os espectadores ansiarem pela estréia, que ocorrerá no dia 4 de agosto por lá. No Brasil, veja só, o filme chega antes, dia 28 de julho.



Fonte: http://www.omelete.com.br/cinema/news/base_para_news.asp?art igo=18630
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Absolutamente fantástico o filme, e fico feliz que finalmente tenha chegado aos cinemas do Brasil, apesar de já pegar menos público, porque o DVD já saiu no exterior há um século... smiley2.gif

Uma pérola autêntica, e tem lá uma cena que me fez assustar como há muito tempo não me assustava... recomendo a todo mundo mesmo. Quanto ao Dog Soldiers, tem um estilo diferente, mas é muito bom também. Aliás, o cinema inglês tem feito cada filmaço nos últimos anos que não é brincadeira, no gênero do terror: 28 Days Later, Shawn of the Dead (tá, é comédia, mas não deixa de ter terror também... e a comédia inglesa é demais mesmo!), Dog Soldiers, The Descent... e outros que nem me lembro agora.

Aliás, fala-se de um segundo filme do Dog Soldiers, mas sem o Neil Marshall...

http://us.imdb.com/title/tt0435633/

 

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Assisti e tenho que concordar, o filme é muito bom.

Fazia tempo que não assistia a um filme de terror tão aterrorizante(parece redundância, mas ultimamente tem filme desse gênero que faz é a gente rir). Não levei susto, mas me mantive apreensivo o tempo todo.

E que final brilhante!!!

Agora, vou correndo alugar dog soldiers. Quais são os outros filmes desse diretor?

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Segundo o IMDB, ele está começando seu quarto filme (ou terceiro, já que o Combat tem apenas 8 minutos):

Director - filmography
(In Production) (2000s) (1990s)

Doomsday (2007) (pre-production)

The Descent (2005)

Dog Soldiers (2002)

Combat (1999)




O Neil Marshall é uma das grandes promessas do terror.
Daft Archer2006-7-11 9:40:34
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  • 2 weeks later...
  • 2 weeks later...
  • 4 weeks later...
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“The Descent” – 3,5\5,0

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Clautrofóbico e bem acima da média filme de terror com cavalares doses de suspense e gore. O time de atrizes é espetacular (tanto no talento como na beleza) com destaque para a dupla Shauna MacDonald (Sarah) e Nora-Jane Noone (Holly) – está última, debutou muito bem, mostrando a que veio no ótimo “Em Nome de Deus” que vi recentemente.

 

Neil Marshall faz um filme gráfico nas horas certas e não tem pressa alguma de criar todo o clima para o show de horror que vem à partir do 3º ato. Não sei se de propósito ou não, existem ao longo do filme várias citações à obras que vão de “Canibal Holocausto”, “Carrie, a Estranha”, “A Bruxa de Blair” e “Evil Dead” todas funcionando muito bem dentro do contexto narrativo.

 

Questões como vaidade, traição, lealdade e amizade são bem inseridas durante as desventuras vividas pelo grupo das 6 amigas que se vêem perdidas dentro de uma caverna desconhecida e, depois de determinado momento, passam a ser atacadas por seres que lá vivem; fora o contexto e crítica por trás do “mise em scène” em relação à auto-cobrança que as mulheres do mundo pós-moderno se vem vítimas e ao  mesmo tempo se impõem em relação à condições que são "normalmente" atribuidas aos homens (ações de grande exigência física, a necessidade de correr riscos, a independência de atos e a postura frente ao isolamento), seja por conta de se destacarem, seja por questões de sobrevivência. Aqui o diretor parece dizer a todo o momento, com mais destaque no desenrolar do 1º ato, que as mulheres são capazes dos mesmos atos, mas pelos motivos errados: ciúmes, inveja, orgulho, vaidade etc.

 

Por conta disso e por se levar muito à sério o filme não leva a nota máxima. Resumindo: é absurdamente machista e moralista (tô sem saber até agora se Marshall encerrou a participação de determinada personagem - quase no fim do longa - “de verdade” ou só de “sacanagem”, na mais safada e irônica brincadeira...). Isso sem falar numa mudança de personalidade de uma personagem chave que em alguns momentos fez a platéia da Sala 1 do Usina Unibanco de Cinema (Mostra Indie) dar gargalhadas e “bater palmas” frente às constrangedoras e engraçadas poses, "caras e bocas"... Hilário!! smiley36.gif Devo ressaltar também, que certas ações das criaturas são completamente inverossímeis frente a “certas características” que possuem, não se justificando frente à nenhuma análise ou abordagem. smiley11.gif 

 

Ainda assim, supera tranquilamente muita coisa realizada nesses dois últimos anos em matéria de horror, principalmente pela competência técnica (a fotografia, o design de cenários e a maquiagem são excelentes). Ainda estou esperando algo que supere "Dog Soldiers" (seu melhor até agora, com folga...), pois definitivamente, “The Descent” é que não é...   smiley2.gif

The Deadman2006-8-28 14:54:16
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