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Forum Cinema em Cena

Melancolia , de Lars Von Trier


Nacka
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  • 2 months later...
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Eu não tenho problemas com simbolismos, mas nos últimos 2 filmes do Trier, isso me incomodou muito. Ele diluí a experiência em metáforas visuais que não sustentam o filme (e sucumbem ainda mais com o tempo).

 

Achei ótimo como ele mostrou os movimentos de uma alma deprimida, mas o que irrita é quando a Justine, num certo momento, começa a agir como o mestre dos magos na situação... A histórinha do feijão foi lamentável. Pior ainda foi mostrar a Charlotte Rampling fazendo ioga... São momentos em que o Trier incorpora a imbecilidade esubstitui símbolos por rótulos.

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Fiquei em tanto decepcionado com o filme como um todo porque eu esperei demais dele. Li duas críticas (Estado e Veja) que disseram se tratar de uma OP e fui esperando isso mesmo. Embora tenha um visual lindo de morrer, uma montagem que mantém o dinamismo e o suspense (você quer saber como ele vai mostrar o que vc já sabe que vai acontecer) e conte com um elenco primoroso (do qual destaco Dunst - na atuação da carreira até agora - e, principalmente, Gainsbourg que pra mim é a melhor atriz de sua geração), me incomodou o modo burocrático com que Von Trier explora os sentimentos complexos de sua protagonista e a falta de justificativas mais plausíveis e fundamentadas para as ações da própria Justine e de seus personagens secundários. Cenas como a transa de Justine com o rapazinho, a ioga de Gaby, o acesso de raiva de John, a insistência do sobrinho de Justine em chamá-la de tia quebra-aço eram completamente dispensáveis e não se encaixaram em nenhum aspecto dos que foram retratados. De qualquer forma, o filme é bom quando fala sobre a sensação de deslocamento do ser humano, suas inadequações, a consciência da finitude e o medo do desaparecimento. Há várias outras perspectivas mas essas foram as mais bem exploradas pra mim. 7,5/10

 

 

 

Ah, o prológo é brilhante e o final apoteótico, assim como já tinham sido em Anticristo (que eu amo, por sinal).

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  • 1 month later...
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Assisti e honestamente fiquei desapontado, especialmente pelo segundo ato que se deixa levar pelos seus simbolismos, funcionando apenas como uma óbvia, frágil, previsível, rasa e massante preparação para seu clímax. O 1º ato, no entanto, releva-se cercada de predicados, especilamente por funcionar como antí-climax, apresentando Justine (Dunst, na melhor atuação da sua carreira que é um elogio e também não é) como uma personagem que aparentemente feliz, gradativamente vai se deixando levar pelas dúvidas e anseios já que ela não consegue se sentir plenamente satisfeita diante daquilo que os outros tendem a julgar como a receita da felicidade. E ao explorar a cerimônia do casamento, algo instituído e socializado como um ritual de felicidade, Lars Von Trier explora com crueldade e cinismo certas convenções familiares, inclusive com os personagens que orbitam ao redor de Justine: seu pai incapaz de valorizar a figura feminina, a mãe contrária a instituição do casamento, a irmã (Gainsbourg, em boa atuação) extremamente controladora, o cunhado (Sutherland, bem também) que parece mais preocupado com o dinheiro investido no casamento, enfim, um retrato complexto que não se costuma ver nas novelas da vida. Agora, o 2º ato se perde em seus simbolismos aliado à narrativa que se prende a conceitos astrológicos que remetem ao fim do mundo numa clara pretensão de explorar que a tristeza, a melancolia e a depressão, quando não bem assimiladas, podem fazer com que a pessoa seja engulida pelo "mundo" e aqui Trier investe pesadamente no suspense e na expectativa do que pode vir a acontecer fisicamente apenas pra sustentar uma idéia que por tudo o que foi visto não precisava de tamanha atenção e dedicação, ainda mais que os eventos são desinteressantes, apesar dos simbolismos. E de simbolismo em simbolismo, Trier cava sua própria sepultura e se deixa engolir não apenas pela melancolia, mas pela sua própria arrongancia e presunção. 6/10 Thiago Lucio2011-10-09 14:53:32
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  • 2 months later...
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melancholia-movie-photo-kristen-dunst-550x234.jpg

 

Críticos

escreveram que este é um drama no qual o elemento de ficção científica

ocupa um plano secundário ante o estudo autobiográfico de Von Trier

sobre a depressão, bem como o olhar sobre uma família desmoronada. Se a

meta do diretor e de Kirsten Dunst era preencher a tela com a

representação de um estado de espírito - qual seja, de profunda,

incapacitante tristeza -, eles foram bensucedidos.

 

Contando com uma abordagem distanciada das catarses e das tragédias externalizadas dos marcantes Ondas do Destino e Dançando no Escuro,

Trier consegue fundir imagens pictoricamente belíssimas com sentimentos

negativos (rancores profundos escavados numa festa de casamento) ou

desesperançosos (a convicção da protagonista de que a Terra é um lugar

mau e de que estamos sós no universo): a sensação incitada no espectador

é de distanciamento, pois é isso que o contraste sugere entre a forma e

o conteúdo. Melancolia não tem a pretensão de arrancar fortes emoções

(e, se tiver, falha), mas sim de registrar a vida estéril e patética de

pessoas infelizes.

 

B

 

 

Cremildo2011-12-21 22:14:43

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