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Forum Cinema em Cena

Gravidade (Gravity, Dir, Alfonso Cuarón)


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  • Administrators

Adoro o espaço então esse filme pra mim foi um deleite, fazia tempo que não saia do cinema me sentindo bem por ter visto um grande filme. Visto em IMAX, nas primeiras fileiras.

 

EDIT

 

Não aguentei e fui ver de novo. Outro ponto a destacar, a edição de som deste filme é fantástica. Por exemplo quando Ryan (Sandra Bullock) está trabalhando no espaço. Quando ela bate ou parafusa algoi, você escuta um som abafado,seco, como se estivesse na fundo do mar. Fora os efeitos sonoros, a trilha é 10.

 

Quem tem vertigens tome um remédio para náuseas antes...rsrsrs.

 

 

O filme fala sobre renascimento, não só na cena onde Bullock fica na posição fetal, quando entra na EEI, também quando ela decide viver após Clooney "reaparecer", onde ela tem uma éspécie de alucinação. No filme Ryan (Bullock) conta que ficava dirigindo a esmo, sem destino depois que perdeu a filha de 4 anos. No espeço ela fica a deriva sem destino e quando ela supera a morte da filha, ela decide dirigir pra casa onde temos cena do renascimento na água.

 

 

Soto, sim a Bullock está saradona, mas onde está a homenagem a Barbarella?

Edited by Big One
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Curti o filme! Efeitos especiais show de bola!!! Muito bem feito.... mas decepcionei um pouquinho com o final....

Pelo barulho todo Tava esperando um final nos moldes 2001, uma odisséia no espaço!

 

7,5/10

 

Graças que ele não tem o final do 2001 (que funciona, mas no 2001).  O filme tá redondo e acabou do jeito que tinha que acabar.

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  • 2 weeks later...
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Muito bom o filme, porém....

 

é um videoclip. E acaba com todo o potencial do filme porque justamente ser um video clip não apresenta toda a dimensão da experiência vivida pelos personagens,

 

E uma coisa que MATOU a imersão e fez-me perceber que estava assistindo uma imagem sobre uma história fantástica, foi o fato do filme 90% ter trilha sonora, onde a melhor trilha sonora em 90% do filme seria o silencio, só com a respiração e as falas via rádio dos personagens.

 

E as tomadas eram muuuuito curtas. Não deu o conflito de sentimentos entre ter angústia claustrofóbica de estar preso, confinado, em uma imensidão, não deu a angústia (o contrário  de claustrofóbica) de estar no meio de uma imensidão, e, consequentemente, não deu a contemplação de estar em um infinito, de um paraíso e inferno, como se tivesse dentro dos olhos de deus. Ou seja, parece que foi uma história contada só pelos fatos, sem dar a dimensão, emocional e causal, do que foi aquela experiência. 

 

Eu não vislumbrei e nem contemplei e nem me angustiei e nem me enjoei com essa experiência como essa experiência proporciona. É tudo muito rápido e com tomadas em um filme que EXIGE tomadas longas, planos silenciosos e prolongados, que remetesse a quase um eterno momentum. Por exemplo, na primeira vez que a atris se perdeu no espaço, foi um período, muito, muito curto até ser resgatada pelo Matt.

 

E o problema do som, pqp, não me permitiu nunca imergir na situação, mesmo que as tomadas fossem rápidas para o que pedia o filme, ainda sim o silencio exporia o drama da experiência. Parecia que eu estava vendo imagens do youtube.

 

Ou seja, para mim esse é o tipico caso em que a história é formidável e por isso te interessa e te ganha, mas o contador é horrível, que não expõe toda a dimensão dessa história. 

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A questão do som no filme já foi explicada pelo Cuarón. Para mim, apesar das referências, o filme não pretende ser uma reedição de 2001 do Kubrick o que por si só já explicaria o som, mas segundo o diretor, com o silêncio absoluto o filme não teria o efeito narrativo pretendido por ele.

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A questão do som no filme já foi explicada pelo Cuarón. Para mim, apesar das referências, o filme não pretende ser uma reedição de 2001 do Kubrick o que por si só já explicaria o som, mas segundo o diretor, com o silêncio absoluto o filme não teria o efeito narrativo pretendido por ele.

 

Mas desde quando um filme sem som e com tomadas mais longas seria uma reedição de 2001 de Kubrick?

 

Por exemplo, a metáfora com o Aborto, como bem lembrou o Big, seria realmente uma grande metáfora se a parte em que a atriz vagasse perdida no espaço a esmo, a parte em que o Matt sabe onde ela está e vai em direção dela, e  a parte em que ele pega ela e vai em direção a outra estação, na parte que ela desliga a liberação de oxigenio e aceita a morte porque a cápsula tá sem combustível, tivessem realmente uma graaande duração, justamente para dar o sentimento de esmo, de "morte" ou de não-vida. Para justamente dar o que realmente é ficar só dirigindo anos e anos a esmo, é ficar vagando tempos e tempos no espaço, é ficar meses e meses (9 meses) no útero (sendo que aqui eu acho uma correlação errada, o útero não é um vazio com infinitas coisas, MUUUUUUUITO pelo contrário, o útero é um ambiente rico de experiências...)

 

A sensação que deu é que ao invés do vazio, foi uma experiência de preenchimento total de acontecimentos, experiências...

 

Sinceramente, acho que o diretor falhou nesse ponto, ele fez uma bela metáfora, de fato, mas não soube dar a dimensão da experiência de estar a esmo. 

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Gravidade - 4,0/5,0 (nota revista depois de conferir "Europa Report")

 

É um filme que pega o conceito primordial do que é CINEMA e o leva quase a beira do paroxismo da perfeição. O filme é tecnicamente irrepreensível, a história é boa mas... estranho. Mesmo tendo ficado boquiaberto com os planos sequências e pensando toda hora "como esse cara fez isso?", não me senti arrebatado. Isso sem falar que à despeito do que se disse sobre ser realista, ele tem furos de física, sim, um inclusive é "esquecido de propósito" uma vez que se não o fizessem teriam que bolar outra "sequência" de ações ou o destino de um personagem seria COMPLETAMENTE diferente e teríamos um outro filme a ser mostrado. Enfim...

 

Detalhe que me incomodou muito: Clooney interpretando...Clooney (?!!  :mellow:)?? Ahhh, neeeemmm... Ficou chato e forçado, fake, fora do tom pela situação vivida pelos personagens.

 

Duas cenas lindas: Ryan flutuando como um bebê dentro da nave e a "derradeira cena" fazendo alusão à (re)nascimento e à própria Criação/Evolução.

 

Muito, muito bom filme, mas não tomou o lugar de "Frances Ha"...     

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 O filme do Cuarón foi comparado a 2001 por diversos críticos. Não achei que o diretor tenha falhado, pelo contrário.

 

Não que tenha falhado, mas ele acabou perdendo muito ao invés de imergir nos efeitos que essa experiência daria. 

 

Mais uma vez, o filme me deu a impressão de estar atarefado de acontecimentos em muito pouco tempo, quando que a experiência vivida pela experiência é outra, Ou seja, é uma bela estória, tecnicamente bem contada, porém faltou o crucial para se tornar uma grande obra: a profundidade da experiência do espaço, do vazio, do esmo, da imensidão do belo, do tudo.

 

Faltou a emoção, pareceu-me um cara contando rapidamente os acontecimentos, sem contar o drama de ter vivenciado esses acontecimentos, sem ter dado a dimensão de vivencia-los. 

 

Mas o final, achei formidável, a personagem se levantando no chão, após uma experiência explêndida e inacreditável (a um tempo atrás estava no céu, agora na terra).

 

Porém, até esse final ficou comprometido, porque ali ela parecia mais extenuada fisicamente, orgulhosa por ter superado uma catástrofe que a esgotou pelas urgências dos acontecimentos rápidos e sequenciados.

 

Sendo que a história foi uma viagem longa e que exigiu do seu psicológico, uma experiência sem fim, era para ela estar nas ultimas, porque até um tempo atrás ela estava lá no espaço, vagando ad eternum, depois de uma longa, longa, muuito longa (até para o espectador que estava assistindo o filme) e psicologicamente exaustante viagem, ela afunda no mar, no doce mar (é doooce morrer no mar) e ai seria o pior morrer no fundo, e não no céu. Mas o que ocorreu foi o contrário, a um tempinho atrás ela estava no céu, agora ela tá na terra.

 

Por isso que acho que esse tom rápido do filme, de tomadas mais curtas do que deveria, comprometeu qualquer mensagem ali contida, porque comprometeu justamente o significado do espaço, do tudo, da experiência ali vivida. 

E o som foi outro fator. Não que a trilha sonora foi ruim, apenas que aquele filme não era para ter trilha sonora. 

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Visto em Imax.Filme foda pra caralho.

 

Clooney estava bem. Era um Astronauta experiente apaixonado pelo espaço fazendo sua ultima viagem. Ele estava curtindo, fazendo uma despedida. Não achei nada deslocado.

 

E Sandra Bullock foi perfeita. Pelo que li, o modo como emularam a gravidade zero (usando robos como os que fazem carros nas linhas de montagem das industrias) e ela consegue atuar sem deixar isso transparecer.

 

E como o Big disse, tem momentos que da nausea mesmo, sem contar os pulos que damos quando destroços do satelite pulavam fora de tela. 3D bem utilizado é outra coisa.

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Caramba adler. Você é muito chato, meu caneco.

Hahaha.

 

Filme muito Bom. Acredito que eu escrever com detalhes o que pensei, seria repetir inúmeros posts da galera.

8,5/10 fácil fácil.

 

Não é chato, é apenas exigir o máximo a proposta que alguém me fez.

 

O FIlme é muito bom, eu diria excelente, mas por exemplo, a música que intensificava a cena de ação, foi meio ridículo, porque não era para ter som, justamente porque as experiências intensas demasiadas intensas no silencio, no eterno silencio, era justamente o esmo, andar a esmo...

 

O Espaço não tem som, e a proposta do filme perdeu em explorar o não som do espaço.

 

E também em não explorar o esmo ad eternum do espaço.

 

Mas não estou dizendo que o filme não me agradou, muito pelo contrário, só estou lamentando pelo que ele poderia ter sido se não tivesse com certa ansiedade de tornar a experiência "empolgante" (foi essa a sensação que deu o fato do diretor ter posto uma música e tomadas mais curtas do que pedia a história). 

 

Já há filmes que conseguem obter o máximo do seu proposto, mas o filme é uma droga hehehe.

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Eu sou muito mais chato que o Adler. Acho o filme muito mediano de um lado, mas dirigido magnificamente de outro. A discrepância é tão grande que parece que Cuaron partiu da câmera para a estória. Nenhum dos elementos não-específicos (estória, personagens ou mesmo atuações) tem nada de demais - e em alguns momentos me irritam tamanhas as bobagens, mas são o suficiente para dar corpo aos elementos técnicos brilhantes. É claro que Gravity não precisa ter uma estória cheia de firulas para divertir, mas nesse quesito, existem 200.000 outros filmes que me divertem mais, o que o torna bastante mediano.

De resto, algumas referências legais, dentre as quais um pequeno diálogo intertextual com 2001 que só me serviu para lembrar o quanto o filme de Kubrick é brutalmente superior e muito mais ousado e profundo. :P

Ah, se Bullock concorresse e ganhasse um Oscar, de fato, eu me mataria.

Em tempo: não li muito dos posts anteriores REALMENTE, e provavelmente o nível da discussão é bem detalhado e talz, mas minha impressão do filme é bem basicona mesmo porque não me atraiu o bastante para ficar pensando muito.

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  • 2 weeks later...
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Conheçam Aningaaq..um curta dirigido por Jonas Cuaron que mostra o outro lado da ligação de Stone no filme Gravidade, Este curta foi selecionado pela Warner para concorrer a uma indicação ao Oscar.

 

http://www.hollywoodreporter.com/news/gravity-spinoff-watch-side-sandra-657919

 

http://www.hollywoodreporter.com/news/gravity-spinoff-watch-side-sandra-657919

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  • 2 months later...
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Eu achei apenas um bom filme. Mas sério não é nem de longe para mim nenhuma obra prima como 2001 e a Árvore da Vida que esse sim do Terrence Malick foi de fato muito mais obra prima e foi muito menos reconhecido nos enlatados de Hollywood do Oscar, Globos de Ouro da vida. Porém em Cannes que é muito mais festival de cinema lhe fez justiça. Esse sim tinha metáforas e não vi nada disso como alguns que já vi na net dizendo que tem até significados em cenas X. Olha eu não percebi nenhum significado em cena alguma.

 

A única coisa que se aproxima de uma "metáfora" foi uma visão de delírio. O que para mim por exemplo não contam como metáforas, pois elas existem em centenas de filmes muitas deles não tem nada de mais ou oculto ali.  Esse filme faltou algo a mais para conseguir minha admiração como os filmes do Malick e Kubrick por exemplo.

 

O bom no filme se reside no fato de ser um bom suspense, com boas atuações e só. O 2001, A Árvore da Vida e outros filmes do Malick e Kubrick as metáforas  são muito mais evidentes e se de fato tinha algum significado em partes x do filme na minha opinião fracassou não peguei nada. E sério que acharam divertido esse filme eles são um tédio. Mesmo o grande  2001 é um tédio, uma obra prima, um filme foda com vários significados. Todavia é um tédio. Olha filme no espaço para mim como Apolo 13, Missão Marte não são divertidos e não tem como ser divertido e esse não é diferente.

 

 

 

Sou muito mais esses filmes que são obras primas em minha opinião:

 

 

 

 

 

http://mais.uol.com.br/view/1hjuf7gjt6ko/a-sugestao-do-critico-alem-da-linha-vermelha-04024D193666C4A12326?types=A

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  • 4 months later...
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Partindo de uma premissa muito simples, Alfonso Cuarón nos presenteia com uma Odisseia existencial que se utiliza dos perigos do espaço para dar forma à superação e paradoxalmente à submissão humana àquilo que de maneira perturbadora lhe domina: a Física.

 

(...)

 

Respeitando a Física num dos pontos mais fundamentais, e que muitos filmes passam por cima, a ausência de som no espaço, preenchida por sons diegéticos e pela respiração dos astronautas, só é substituída nos momentos de tensão pela trilha sonora, que carrega em si acordes que remetem de maneira pontual ao suspense, tensão e cria um bom substituto ao som do impacto dos destroços, inexistente no vácuo do espaço.

 

(...)

 

Num filme de 90 minutos que se passa unicamente no espaço, Cuarón constantemente prende a nossa atenção, ao mesmo tempo em que nos concede planos longos e alguns contemplativos, numa das maiores lutas pela sobrevivência já vistas no cinema.

 

Crítica completa em: http://cultcomentario.wordpress.com/2014/02/17/gravidade/

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