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Chico Xavier: O Filme


Jorge Soto
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Ah tá bom Renatão... fica assim então... vcs espíritas crêem que o tal Emanuel era onisciente pq teria previsto que Xavier morreria apenas no dia em que "o povo brasileiro estivesse muito feliz" (profecia muito vaga por sinal... muitos do povo não tiveram condições de comemorar a copa de 2002 porque estavam atolados em seus próprios problemas, logo não era "todo o povo" que estava feliz) e nós do outro lado mantemos a nossa posição sobre a natureza destes eventos... 

 

Não sei se verei o filme. Estou sem tempo até para ver o que quero, que dirá aquilo que tenho apenas curiosidade (mórbida)...  

 

Dr. Calvin2010-04-10 14:16:22
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Chico

Xavier - 5.8/10

Considero extremamente difícil

falar de filmes biográficos de

personalidades reconhecidas. Ao ir ao cinema assistir a Chico Xavier,

tive que me despir de várias de minhas personas em prol do objetivo do

filme: sou agnóstico mas de mãe com tendências fortemente católicas (e

querendo ou não, a força cultural, religiosa e moral que advém de nossos

ascendentes é determinante na formação de nossa personalidade), sou

cético e gosto de sutilezas, sou absolutamente apaixonado por

personagens e admiro em demasia a tridimensionalidade em suas

concepções, por achar um trabalho muito complexo.

Pois bem, o filme desconstrói e ataca todas estas

características

pessoais, e, portanto, reforço que se torna muito difícil comentá-lo.

Gostaria de ressaltar que é imperativo que o filme é uma homenagem, uma

dedicatória explícita a Chico como tudo que representou na vida das

milhares de pessoas as quais influenciou. Até mesmo no início, na

primeira tela, o diretor afirma que não é objetivo da obra relatar a

vida inteira de uma pessoa, é como se isso fosse demasiadamente

pretensioso (e é verdade, claro).

Dito isto, o filme parte de uma premissa muito boa, onde

Chico

Xavier, mais maduro e experiente discursa em uma entrevista de um

programa de nome Pinga Fogo sobre diversas perguntas polêmicas sobre a

veracidade de seus atos, sua convivência com a adoração, fama em

contraponto com o ódio e a incompreensão, dentre outras. A partir daí,

podemos contemplar Chico nas diversas fases de sua vida, iniciando na

infância, passando pela adolescência e os fatos marcantes da vida

adulta.

Quando falo nos contrapontos devo deixar claro que, a

partir de certa

análise subjetiva, são críticas sempre ao filme e jamais ao homem

Chico, a qual não tenho conhecimento de causa para discursar e sou

mínimo para falar de quaisquer de suas vivências.

Em princípio, o filme apresenta uma falha crucial: a

necessidade de

mostrar a manipulação da mídia sobre o foco das câmeras e tornar tudo um

espetáculo como se fosse uma guerra por audiência (constituindo,

naturalmente, a visão de um dos diretores e sua forma de conceber um

programa televisivo) é altamente válida, mas prejudica o ponto mais

interessante da estória. Muitas vezes vemos Chico falar sobre eventos

interessantíssimos, repletos de conhecimento, cortados bruscamente pela

voz de Tony Ramos sobre o enfoque da câmera ou para o drama pessoal da

personagem de Cristiane Torloni (sua esposa).

Outra característica que não me atrai é a

unidimensionalidade da

retratação da Igreja Católica, que conta com um padre altamente caricato

que não dá explicações sérias e plausíveis ao garoto e tampouco ao

jovem Xavier de acordo com sua visão. Ele funciona muito mais como um

alívio cômico e figura fechada que como um profundo conhecedor da

palavra perpetuada em sua igreja. O Padre representado por Cássio é

ainda mais limitado pelos entraves. Naturalmente que todos sabemos de

como era a influência do catolicismo em todas as instâncias e o quanto

uma figura “ameaçadora” como a de Chico seria recebida por ela, mas acho

que não se justifica essa visão unilateral que acaba por enfatizar uma

dicotomia bem x mal (Chico x Igreja), uma vez que o personagem

representado e homenageado não apresenta facetas humanas, aparentemente.

O fato é que Chico é bom DEMAIS para ser humano, ele não apresenta

falhas, defeitos, é todo virtude em todas as fases da vida.

Essas personificações do bem x mal parecem impróprias e

desnecessárias, ao meu ver, uma vez que Chico fala por si, por suas

obras e as pessoas que ajudou. Estaria se confundindo uma personalidade

notória com um panfleto pró-espírita? Ora, se o filme trata o ponto de

vista de Chico (inclusive dando plena credibilidade ao que faz, não

deixando dúvidas sobre insanidade ou irrealidade, conforme anunciado por

todos os cantos, em trailers e teasers do filme) se torna ainda mais

poderosa esta arma inconsciente (?) dualística, o que para mim,

prejudica enormemente o padrão da homenagem.

Enfim, aprecio a abordagem sutil, os personagens

complexificados, a

atmosfera envolvente. Não encontrei isto no filme de Daniel Filho, mas

admito que deverá ser uma surpresa agradabilíssima aos fãs

incondicionais do médium.

 

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Acabei de assistir.

 

O filme em si não é isso tudo, parece um especial da Globo etc, mas a história do Chico é muito bonita. Eu não sigo nenhuma religião, mas se seguisse, seria o espiritismo, então contribuiu para que eu gostasse mais um pouquinho do filme.

 

Kate B.2010-04-11 22:39:37

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Visto.

Alguns disseram que os espíritas gostariam mais, já acho que não, pq estão lá retratadas a história já tãooo velha conhecida nossa.

Talvez interesse mais aos outros, pois Chico sempre despertou curiosidade se era “bom ou charlatão ou lunático...

Sendo o tema religião,o diretor ser ateu ajudou sim a dar uma visão mais imparcial.

Não há muitos senãos no filme, o elenco é bom, tema interessante,  humor bem dosado (pay attention p/ a cena <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" /><?:NAMESPACE PREFIX = ST1 />em que Chico coloca todo o prostibulo p/ rezar), fotografia até que bonita... Então o que faz ser fraca a cinebiografia de um homem que viveu sua mediunidade escancaradamente durante quase um século?  Sendo herege, acho que bem pode ser fé, a tal que inflama, que dá paixão a tudo num tema como esse !

Emmanuel era o cara! Ensinar e ao mesmo tempo tirar uma com a cara do Chico era sua especialidade... aff! (“Chico, então cala a boca e morra com educação”/ “Olhe pelo lado bom, Chico: Jesus foi p/ a cruz, você foi só p/ a revista Cruzeiro”) 060606.


 

Achei Muito doido isso (spoiler):

Numa decisão inédita da Justiça o morto absolve o acusado do seu pprio assassinato”<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

MariaShy2010-04-12 19:17:37
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