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Biutiful.Dir: Alejandro Gonzalez Iñárritu


CACO/CAMPOS
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Javier Bardem vai estrelar o próximo filme de Alejandro Gonzalez Iñárritu

Cineasta começa a rodar Biutiful semana que vem

Javier%20Bardem

O astro espanhol Javier Bardem vai estrelar o novo filme do cultuado diretor mexicano Alejandro Gonzalez Iñárritu, intitulado Biutiful.

Trata-se do primeiro roteiro escrito por Iñárritu desde seu rompimento com o roteirista de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, Guillermo Arriaga, que exigia crédito de co-autor pelos trabalhos. Falado em espanhol, Biutiful acompanha um homem metido em negociações arriscadas que encontra um amigo de infância, hoje policial.

As filmagens começam em Barcelona na semana que vem. A produção é da Cha Cha Cha, companhia que Iñárritu fundou com os conterrâneos Alfonso Cuaron e Guillermo del Toro.

 

Ator e diretor são bons e taí um filme que promete forte emocões  que já marca registrada do Inárritu.
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"Biutiful", com Javier Bardem, emociona plateia de Cannes

 

MIKE COLLETT-WHITE
da Reuters, em Cannes

A morte ronda os personagens de "Biutiful", um comovente retrato pintado pelo diretor mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu de um pai que corre para colocar sua vida caótica em ordem, antes que seja tarde demais.

O ator premiado com o Oscar Javier Bardem faz o papel principal nesse drama falado em espanhol e ambientado nas ruas pobres de Barcelona, onde trabalhadores imigrantes vivem na pobreza e lutam para sobreviver em um mundo onde são tratados como animais.

Uxbal, o personagem de Bardem, é parte criminoso e parte vidente que tem visões de pessoas que já morreram, mas é sobretudo um pai cujos dois filhos se dividem entre ele e a mãe, que sofre de depressão clínica e os negligencia.

O filme foi recebido com aplausos e muitas lágrimas na segunda-feira, na sessão para a imprensa do festival de Cannes, onde integra a competição principal, sugerindo que seja um dos primeiros favoritos aos prêmios, com Bardem tendo chances de ser premiado como melhor ator.

Indagado sobre o que achou da experiência de retratar um homem assombrado por fantasmas, com problemas de saúde e que enfrenta uma confusão em sua vida pessoal e profissional, Bardem respondeu:

"Você assistiu ao filme, não? É intenso. O processo foi intenso, mas muito recompensador, no sentido de me levar aos lugares para onde um ator precisa ir para amadurecer como profissional."

"É intenso, mas existe esperança em cada gesto dele (Uxbal) em direção aos seres humanos que o cercam, as crianças, os imigrantes, a esposa."

Primeiro filme desde "Babel"

"Biutiful" é o primeiro filme de Iñarritu desde "Babel", de quatro anos atrás, e a narrativa simples que transcorre em uma única cidade forma um contraste com as teias múltiplas e internacionais da outra história.

"Depois de percorrer o mundo todo, eu estava exausto e prometi a mim mesmo que eu faria um filme simples", disse o diretor a jornalistas em coletiva de imprensa.

"Decidi que eu queria um sujeito só, um ponto de vista, um bairro, e chega dessa história de falar marroquino, japonês, inglês. Eu queria minha própria língua. Mas não foi mais fácil. Acho que foi tão difícil quanto qualquer outro filme que já fiz."

Indicado ao Oscar por "Babel", o cineasta disse que a morte é um tema que ele explora em todos seus filmes.

"Como qualquer outra pessoa, ela me apavora. Quando você vai ficando mais velho, vai se questionando e se dando conta de quão perto está da morte."

Mas ele acrescentou que, apesar dos elementos sombrios de "Biutiful", o filme é "o mais esperançoso que fiz até hoje".

Iñarritu aproveitou para criticar o cinema feito para o grande público, que, segundo ele, não representa a realidade de maneira significativa.

"'Biutiful' é uma experiência verdadeiramente íntima. É tão íntima que as pessoas se sentem ameaçadas. O íntimo é o novo punk, aquilo que é ameaçador."

"A gente anda se afastando tanto uns dos outros que, quando você apresenta algo humano, que trata de emoções humanas, as pessoas dizem 'isso é deprimente', porque ninguém consegue reconhecer-se naquilo."

Iñarritu disse que as pessoas se recusam a encarar o envelhecimento e a morte.

"Estamos doentes, nossa sociedade está muito doente. Estamos andando na direção errada."

Ursa2010-05-18 13:33:52
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19/05/2010 19h33

CANNES 2010: Kitano, Iñarritu e Kiarostami dividem a crítica

Ana Martinelli, de Cannes

Autoreiji,%20Biutiful%20e%20Copie%20Conforme

Foto: Montagem
O que Autoreiji, de Takeshi Kitano, Biutiful, de Alejandro González Iñarritu e Copie Conforme, de Abbas Kiarostami têm em comum?

Os três títulos estão na competição pela Palma de Ouro desta edição do Festival de Cannes, são de diretores consagrados mundialmente e dividiram as opiniões da crítica entre amor e ódio. Uma boa mudança, principalmente porque são as obras de mais personalidade apresentadas até o momento e levantaram a competição que estava para lá de morna.

Dez anos depois de Brother - A Máfia Japonesa Yakuza em Los Angeles, Takeshi Kitano (Aquiles e a Tartaruga) volta à essência do gênero que o consagrou e radicaliza em Autoreiji. O novo longa-metragem do cineasta leva a violência ao limite e pode ser considerado o mais sanguinário de sua carreira. Boa notícia para quem adora litros e litros de sangue na tela.

A nova trama da máfia japonesa, a yakuza, é uma escalada ao poder, recheada de traições e intrigas que jogam uma família contra a outra. Sem conflitos morais, os bandidos são bandidos e, na verdade, não parecem humanos, mas máquinas de matar. E aí, quanto pior e melhor. E Kitano sabe deixar pior. A violência e crueldade na tela são tão explícitas que, às vezes, não dá nem para olhar.

Autoreiji dividiu a crítica especializada. Muitos exaltaram a radicalização da violência como um elemento ainda mais poderoso para a história do filme, outros sentiram falta de uma história com personagens humanos e consideraram que as várias sequências de ação “disfarçam” um filme menor da carreira do cineasta, cujo celebrado estilo e o grafismo estético são uma marca registrada e o transformaram em referência do gênero ação, tanto para quem gosta quanto para quem faz.

A controvérsia aqui no Festival de Cannes foi tanta que no ranking dos críticos que dão notas na edição especial feita diariamente da revista norte-america Screen, foi o único filme que levou três X, ou seja, ruim e está como lanterninha da competição à Palma de Ouro. O que não quer dizer muita coisa, mas segundo a mesma lista o favorito até agora seria Another Year, de Mike Leigh.

O que posso dizer é que não dá para parar de assistir e muito menos se pensa em desistir do filme, mas ao final de Autoreiji há o alívio de poder respirar novamente e estar vivo (risos) porque no longa não há misericórdia para ninguém.

Biutiful representa uma grande mudança no cinema de de Alejandro González Iñarritu (Babel) e é seu primeiro trabalho desde o rompimento com o roteirista Guillermo Arraiga. Comemorado por alguns como o melhor filme de sua carreira, opinião que eu corroboro, é fortíssimo candidato à Palma de Ouro e ao prêmio de Melhor Ator para a brilhante interpretção de Javier Bardem (Vicky Cristina Barcelona). Em compensação, os críticos que não gostaram foram bem duros do tipo: 'é o pior filme dele'.

Uxbal (Bardem)  é empresário do submundo, pai devotado e místico com sensibilidade mediunica. Sua vida é totalmente desestruturada e seu ambiente longe do ideal, mas ele faz de tudo para manter as coisas da melhor forma possível. Inclusive quando descobre que está com câncer terminal. Tudo o que quer é conseguir deixar tudo em ordem para ir em paz, mas não depende só dele.

Deixando para trás a linha de múltiplas histórias e montagem frenética. Em Biutiful, Iñarritu constrói uma narrativa de começo, meio e fim centrada num personagem. A fotografia de Rodrigo Prieto é lindíssima, acompanha a transformação de personagem e reflete na imagem seu estado interior. O drama é bem triste e não tem exatamente uma mensagem de esperança. Nem por isso deixa de ser um filmaço.

Os comentários para Copie Conforme, de Abbas Kiarostami (Shirin), foram na linha entre eu me envolvi tanto com a história ou fiquei tão entediado que quase dormi. O filme se passa durante dois dias de um casal que, apesar de casados há 15 anos, são estranhos um para o outro. Há um debate filosófico entre a estranheza de quem eles foram, se tornaram e se o amor continua.

Claro, não deixa de ser uma discussão de relacionamento de 112 minutos, talvez por isso tenha desagradado tanto. Ao mesmo tempo, dizer que não consegue compartilhar aquela conversa como sua e se identificar com os sentimentos e frustrações dos personagens é impossível. Com uma abordagem até leve e belas paisagens da italiana Toscana, Copie Conforme traz uma segunda concorrente forte ao prêmio de Melhor Atriz: Juliette Binoche (Aproximação) faz um trabalha magistral especialmente nas nuances da mulher que ainda ama, mas não sabe como remediar ou esquecer os pequenos problemas.

Há uma instabilidade que permeia a relação deles. Quando ela quer, ele não quer, então se sente culpado e cobrado,  faz o esforço, mas para ela o momento já passou. A química de Juliette e William Shimell na tela dá vida à diálogos difíceis e, muitas vezes, herméticos. Como característico, o final aberto faz o filme continuar nas reflexões até o final e traz vários insights interessantes.
CACO/CAMPOS2010-05-19 20:56:58
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Assista ao trailer de Biutiful, o novo filme de Alejandro Gonzalez Iñárritu

Produção em espanhol com Javier Bardem participa da competição do Festival de Cannes

Biutiful, novo filme do diretor mexicano Alejandro Gonzalez Iñárritu, o primeiro desde seu rompimento com o roteirista de Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, Guillermo Arriaga, está dividindo opiniões no Festival de Cannes. O primeiro trailer acaba de sair -:

 

Como não há mais as subtramas paralelas de Arriaga, a desgraceira se concentra no personagem de Javier Bardem, Uxbal, um médium que não conheceu o pai, tem uma ex-esposa bipolar e cuida sozinho dos filhos. Para se sustentar, ele explora imigrantes africanos ilegais como camelôs e agencia chineses na construção civil. Quando descobre que sofre de um câncer terminal e é confrontado por um amigo de infância, hoje policial, Uxbal decide mudar de vida.

Rodado em Barcelona e falado em espanhol, o filme participa da competição de Cannes, que se encerra no dia 23. Biutiful estreia em agosto na França e na Espanha; até lá deve ser negociado com mais territórios.

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