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Nacka
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2455603291_1c45778d92.jpg 

Qualquer rancor mantido pelo tédio de assistir Atlantic City foi evaporado com este aqui. O chato de assistir a filmes antigos é que você começa olhar os recentes com outros olhos... Ora, onde está a genialidade do Mike Nichols no final de The Graduate quando 10 anos antes o Louis Malle já tinha feito aquilo?

 

"Os Amantes" é romântico em todos os sentidos. Não sou fã do Romantismo (eww, José de Alencar), mas quando o artista explora os arranjos e afloreamentos do movimento, pode funcionar muito bem. E aqui, o casal de amantes praticamente me fez ter uma síncope, fotografados pelo PB "pára-o-mundo-que-eu-quero-descer" do Henri Decaë.

Jeanne Moreau e o ordinary man Jean-Marc Bory dão, em poucos minutos juntos, um passo para a eternidade na tela. Mesmo com o final agridoce, o amor redentor dos dois me deixou com síndrome de tietagem. 

E a câmera do Malle... que beleza. Quem estiver em SP, vá ver no cinema, a cópia em película está muito boa.

 

Os Amantes (Les Amants, 1958, Louis Malle)
Stradivarius2010-08-16 16:43:36
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Lunar (Moon' date=' 2009, Duncan Jones) - A Premissa é curiosa e o Sam Rockwell é um bom ator, mas dois dele na tela é.. demais. Comecei a perder o interesse lá pra metade do filme e a me enjoar, talvez porque a coisa toda seja um pouco repetitiva. Esperava mais desse aqui.[/quote']

 

Meio repetitivo mesmo e a duração poderia ser menor mas não cheguei a enjoar. Conseguiu manter o interesse (acho que vai do "clima" que a pessoa tá na hora).

 

Falavam de um dos melhore sci-fi dos últimos anos e tal... exagero. Acho que fui ver embalado por esse hype e acabei me decepcionando' date=' apesar da idéia ser muito boa.
[/quote']

 

 

Também me decepcionei com esse filme.

Frank_Booth2010-08-16 17:05:29

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Idílio Perigoso (Jacques Tourneur' date=' 1944) - 7.5

 

Castelo de Sonhos (Tim Fywell, 2003) - 6.0

 

Carros (John Lasseter / Joe Ranft, 2006) - 4.0

 

Ratatouille (Brad Bird, 2007) - 8.0 R

 

Um pouco mais extenso do que deveria, mas se beneficia de ser o filme mais bonito da Pixar.

 

[/quote']

Ratattouille é a obra máxima dos caras. Não tenho nenhuma restrição' date=' mas nenhuma mesmo.

 

Wall-E tb. Mas entre os 2 fico com o primeiro, onde sobra inteligência.
[/quote']

Ratatouille é lindo em todos os sentidos. Obra-Prima. Wall-E também é, mas eu acho que prefiro Ratatouille. Carros não é obra-prima, mas é outro grande acerto, ágil e hilário.

 

 

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Quando vi (e revi no dia seguinte) Ratatouille, pensei: "vai demorar pra Pixar conseguir superar esse..."

 

Wall-E chegou beeem próximo: 40minutos iniciais fenomenais! mas o filme do Remy é superior no CONJUNTO. Wall-E e Up (esse acho hypado demais) decaem. Começam brilhantes e não mantém a mesma pegada, ao contrário de Ratatouille que só CRESCE durante a sua trajetória.

 

Sem falar no prímor técnico que é uma beleza. Toda a cozinha, as ruas de Paris, a cidade vista do alto... PQP

 

Não vi Carros. Apenas trailers e alguns poucos minutos na TV aberta. Até hoje não fiz questão de assistir.

 

 
Sall2010-08-16 18:00:50
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Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country For Old Men)

Donos de uma singularidade inquestionável, os irmãos Coen nos entregam uma produção extremamente peculiar, e por conseguinte, essa marca registrada nos induz a mais um filme espetacular. Escrever sobre um longa-metragem já é uma tarefa difícil, entretanto, quando o filme analisado é dos irmãos Coen, o desafio toma proporções maiores, porque, entender as ligações e simbologias implícitas no roteiro, e até mesmo a forma no qual o mesmo é conduzido, é um páreo muito duro de vencer. Mesclando de forma gloriosa o drama e o suspense, os diretores nos presenteiam com um filme que traz consigo, experiências únicas para o espectador, oscilando da frustração à comoção. Mais uma vez, uma produção que faz o público refletir após o seu término, não se restringindo apenas à explosões, assassinatos e perseguições. Em outras palavras, "Onde os Fracos Não Têm Vez" é Coen puro.

Cada filme chama atenção por determinado aspecto em especial, mas este, nos atrai por inúmeros. A premissa consiste numa reação em cadeia, partindo de um ponto inicial: a descoberta de um crime no oeste do Texas, onde um ex-combatente da guerra do Vietnã, encontra uma série de corpos, uma caminhonete com carregamento pesado de drogas e uma mala com 2 milhões de dólares. Como foi dito anteriormente, esses vestígios desse episódio do narcotráfico malsucedido, é marcado por uma reação em cadeia, envolvendo o próprio ex-soldado (Josh Brolin), um psicopata totalmente insano, brilhantemente interpretado pelo espanhol Javier Bardem, e um xerife (Tommy Lee Jones) que não consegue compreender as proporções que a criminalidade se encontra no momento, ao comparar com os últimos anos. Uma premissa muito bem explorada, que consegue alternar o predomínio dos gêneros, o suspense e o drama, com total eficiência.

Um trabalho prodigioso realizado em cima dos personagens. No entanto, o que corrobora para essa ascendência no quesíto, são as atuações que se mostram o grande toque especial da produção. Javier Bardem molda um assassino frio, calculista, de poucas palavras, totalmente insensível ao sentimento alheio. A retórica do personagem, por mais escassa que seja, demonstra a sua insensatez a partir dos seus diálogos especialmente trabalhados pelos irmãos, a fim de expressar diversos sentimentos em uma mesma fala. Já o personagem do Tommy Lee Jones, representa o ideal da mudança de acordo com o meio. Os diretores conseguem desviar a atenção do público focada no ritmo alucinado das perseguições, para o confronto psicológico que este personagem vive. Um drama real que retrata o avanço da criminalidade numa terra onde a autoridade, principalmente, caso não esteja disposta a apostar a alma no ofício, não terá chance alguma. O título do filme resume a obra por inteiro, e ao término, o espectador nota como a experiência de quase duas horas, pode ser resumida em seis palavras, de forma bem elaborada: "Onde os Fracos Não Têm Vez".

O roteiro, premiado no Oscar de 2008, demonstra a qualidade dos irmãos Coen numa adaptação. Seu desenvolvimento é ímpar e muito bem conduzido. Mais uma vez, o desfecho pode ser incompreendido por muitos, mas os diálogos são primordiais para o entendimento do mesmo. As metáforas ressaltam as mudanças do que era e do que é a criminalidade. Algo que tomou proporções incabíveis, e que representa o pensamento ideológico do personagem do Tommy Lee Jones. Impossível não assemelhar essa técnica com os diretores. Algumas sequências de cenas têm um visual belíssimo, mediante à uma fotografia salientada por um plano de fundo miraculoso, dando destaque para os primeiros minutos. As tomadas diurnas e noturnas enriquecem a atmosfera do filme. O jogo de luz é muito bem explorado no filme, principalmente por acrescentar, nas cenas de suspense, um toque claustrofóbico. Juntar um personagem cruel que por si só já transforma o clima em algo de caráter pesado, e adicionar boas técnicas para aprimorar as sequências, é ter a faca e o queijo na mão.

Por fim, é notório o trabalho dos irmãos Coen, em explorar os dois gêneros e fazer com que cada um receba um desenvolvimento pleno e satisfatório. O dilema presente na introdução do filme, é trabalhado até o último minuto. Uma obra que não se restringe somente ao que o gênero oferece. "Onde os Fracos Não Têm Vez" vai além do que é premeditado pelo espectador. É com mais um grande trabalho, que os diretores expõem seus modos de fazer cinema e enchem os olhos dos amantes da sétima arte, de esperança. Esperança de ter profissionais que deixem de encarar o cinema de forma comercial. Além do mais, no mundo do cinema, enquanto houver grandes nomes, os fracos não terão vez.

Nota: 9,5

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Deu tempo de rever, antes de voltar para a densa rotina.

Essas peculiaridades dos Coen, me deixam fascinado.
luccasf2010-08-16 18:10:27
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Lucaasf cara,

 

vc faz uma bela resenha dessa e dá 9,5??? ta de brincadeira né... rs

 

Vc citou uns aspectos técnicos aí que gosto muito. Sobre a fotografia, aquela sequencia que o personagem de Tommy Lee Jones vasculha o quarto é foda!

Só salientar tb que o pacing de Edição no filme é assombroso. Em certas cenas (maioria delas) chega muito próximo da perfeição.

 

Ratatouille e No Country... só coisa boa. 2 filmes comentados aqui que sou suspeitissimo pra falar.
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Lucaasf cara' date='

 

vc faz uma bela resenha dessa e dá 9,5??? ta de brincadeira né... rs

 

Vc citou uns aspectos técnicos aí que gosto muito. Sobre a fotografia, aquela sequencia que o personagem de Tommy Lee Jones vasculha o quarto é foda!

Só salientar tb que o pacing de Edição no filme é assombroso. Em certas cenas (maioria delas) chega muito próximo da perfeição.

 

Ratatouille e No Country... só coisa boa. 2 filmes comentados aqui que sou suspeitissimo pra falar.
[/quote']

 

Olha, sinceramente, se eu tenho problema para alguma coisa, no momento em que faço minhas análises, é justamente na hora de dar a nota. Sempre fico pensando no gênero e na forma individual para atribuir uma nota, rs. Bem, de qualquer forma, é uma produção que tem a marca registrada dos Coen. Todo elogio é pouco.

 

Pretendo rever "Um Homem Sério". Gosto tanto quanto "Onde os Fracos Não Têm Vez".
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Eu queria ter curtido mais "Um Homem Sério"... sei lá não rolou. [/quote']

 

Eu sou suspeito para comentar sobre os filmes dos Coen, entretanto, achei que "Um Homem Sério" é brilhante do começo ao fim. Todas as metáforas que os diretores utilizam para retratar a vida do personagem, são bem apresentadas ao espectador, que pode interpretar a obra de diversas posições.

 

Pelo fato do filme ter sido baseado na passagem bíblica de Jó, existem algumas cenas que podem passar despercebidas para quem não conhece, mas que têm um peso extremamente significativo. O desfecho, um dos grandes alvos das críticas negativa, ao meu ver, é espetacular. Tanto no momento da nota, quanto na do furacão.
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Do visual de Ratatouille o que mais me impressionou foi a cozinha' date=' linda e rica em detalhes. [/quote']

 

Eu fui procurar umas fotos de Paris depois do filme e me decepcionei, pra ter idéia.

 

 

 

Mas gosto mais dos Pixar anteriores que destes últimos três, mesmo apesar de Wall-E e aqueles 15 primeiros minutos de Up! darem sinais de uma nova perspectiva à animação.

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Idílio Perigoso (Jacques Tourneur' date=' 1944) - 7.5

 

Castelo de Sonhos (Tim Fywell, 2003) - 6.0

 

Carros (John Lasseter / Joe Ranft, 2006) - 4.0

 

Ratatouille (Brad Bird, 2007) - 8.0 R

 

Um pouco mais extenso do que deveria, mas se beneficia de ser o filme mais bonito da Pixar.

 

[/quote']

Ratattouille é a obra máxima dos caras. Não tenho nenhuma restrição' date=' mas nenhuma mesmo.

 

Wall-E tb. Mas entre os 2 fico com o primeiro, onde sobra inteligência.
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Ratatouille é lindo em todos os sentidos. Obra-Prima. Wall-E também é, mas eu acho que prefiro Ratatouille. Carros não é obra-prima, mas é outro grande acerto, ágil e hilário.

 

 

Apesar de eu adorar praticamente todos os filmes da Pixar, acho que Wall-E está um degrau acima...é um filme lindo, denso, poético, sublime, melancólico e que não sei como as crianças assistem pq nada ali parece chamar a atenção delas...Ratatouille eu gosto mto, mas já gostei mais do que atualmente e Carros idem...apesar de eu achar ambos tb sensacionais...mas nem a trilogia Toy Story, que sou apaixonado, me faz sentir o que Wall-E consegue...é difícil explicar.

 

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O-Senhor-dos-An%C3%A9is_A-Sociedade-do-Anel.jpg

 

(Revisto) A Sociedade do Anel - Continua muito bom, acho mesmo que o prefiro a qualquer um dos outros da trilogia. Não há a megalomania, evidente em Duas Torres e Retorno do Rei e não foge da proposta do livro, ao contrário, expande-a. Visto em HD. Um parênteses, espero que em blu ray com 1080p a imagem esteja melhor, no canal da NET MAXHD estava ruim com cores lavadas, bem aquém do que se esperaria.

 

 
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Monsters vs Aliens (Rob Letterman, Conrad Vernon, 2009)

 

Achei

esse bem bacaninha, seja pelas inúmeras referências à filmes sci-fi ou

seja pelas ótimas cenas de ação inseridas. Com relação às vozes,

destaques para o Hugh Laurie e para o Seth Rogen.

 

Killers (Robert Luketic, 2010)

 

Dois motivos podem levar alguém à

copiar descaradamente a premissa de uma OP como True Lies. A soberba de

achar que pode superar ou a vagabundice de se contentar em ser apenas

uma versão inferior de algo. Acho que nesse caso se trata da segunda

opção. Esse Ashton Kutcher é um bosta mesmo né? Não me lembro de nada de

respeito que ele tenha feito no cinema, além de ter comido a Demi

Moore.

 

 

 

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pontypoolmoviestill.jpg

 

 

 

Pontypool (Bruce McDonald, 2008)

 

 

 

terrorzinho canadense muito tri esse. Se passa praticamente no mesmo ambiente, que é essa estação de rádio quase que levada nas coxas, e é quase tudo passado na base do sugestionamento. Um surto de loucura, e o locutor fica sabendo isso apenas por terceiros, por meios de comunicação variados, como um aglomerado de pessoas incontroláveis aqui, um surto de canibalismo ali e etc... É passado por pessoas que estão vivendo o acontecimento, e transmitido tanto para espectador quanto para personagem da mesma forma: do ineditismo, da falta de detalhes, etc, e incrivelmente isso é o suficiente pra deixar tudo tenso e instigante, graças ao trabalho sensacional de direção, e ao trabalho sensacional do protagonista. O cara tem uma voz penetrante, ele consegue te deixar focado em cada palavra, o que é essencial pra esse funcionar. Um dos melhores terror da década passada, tranquilo.

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Acossado (À bout de souffle)

Primeiro filme do consagrado Jean-Luc Godard, e consequentemente, um prelúdio de uma nova geração do cinema francês. Num período de decadência cultural francesa, pós Segunda Guerra Mundial, eis que surgem novos profissionais, jovens, criativos, transgressores do cinema comercial. Em outras palavras, eis que surge a nouvelle vague. Godard, juntamente com outros contestantes, cria uma nova face para o cinema francês. Em seu primeiro filme, "Acossado" de 1960, o diretor já demonstra o nível do seu trabalho, aguçando a nova geração que surgia naquele momento.

Baseado na obra do seu grande amigo, François Truffaut, Godard cria um filme extremamente atípico da época, abraangendo um perfeccionismo, dentro dos padrões, para cada quesíto cinematográfico da sua obra. No mesmo ano de "Acossado", grandes diretores exibiam suas notórias obras para o mundo. Dentre esses, podemos ressaltar "Psicose" do mestre Hitchcock, grande influente do cinema do Godard, "Spartacus" do Kubrick e claro, por último, porém não menos relevante, "La dolce vita" do Fellini. O que é mais impressionante é que em seu primeiro filme na direção, o francês conseguiu se colocar ao lado destes grandes diretores, com um thriller que revolucionou, até então, o sóbrio cinema francês.

O enredo é basicamente centrado nos personagens de Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg, brilhantemente interpretados. O filme representa a busca de um amor para um coração bruto, sem vida, do salafrário Michel Poiccard (Jean-Paul). Sua personalidade oscila mediante ao encanto da belíssima Patricia Franchini (Jean Seberg), que testa o seu amor, mesmo tendo conhecimento do passado que condena este infeliz e ríspido, ladrão francês. Ao decorrer do seu primeiro longa, Godard lapida o coração do protagonista, nos apresentando um novo Michel Poiccard que fará de tudo pela mulher que está apaixonado.

Seu longa-metragem é marcado por uma filmagem extremamente excêntrica e por vezes instável, marcada pelos movimentos consentidos do corpo. Muitos não aderem à técnica, mas não tem jeito, é brilhante, principalmente por sempre acompanhar, de forma peculiar, os personagens. As atuações se mostram gloriosas, Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg contrastam entre a personalidade rude e a delicada de ambos os personagens, respectivamente. Quando os atores olham diretamente para a câmera e por vezes, falam com o espectador, nos tornamos meros interlocutores meio à presença de Godard na direção.

Um roteiro nada precavido é o que se torna outro ponto interessante de sua obra, afinal, enquanto Godard escrevia as cenas de manhã, a tarde tudo era gravado. Dizia o francês que era, principalmente, pra gerar maior espontaneidade na atuação. Com singelas intenções ou não, Godard fez um belo trabalho. O francês consegue trabalhar em um único ambiente, como por exemplo o quarto da Seberg, de forma supreendente, explorando cada ângulo para ilustrar o diálogo entre os personagens. Definitivamente, um ótimo trabalho, invejável.

Desde seu primeiro filme, Godard já demonstrava o que estava por vir desta nova geração. A nouvelle vague teve muitos nomes, mas não podemos deixar de enaltecer um destes, Jean-Luc Godard. É gratificante para nós espectadores, ainda podermos apreciar os filmes do francês. Por mais que essa tendência de transgredir o cinema comercial venha de muito tempo atrás, dificilmente vemos diretores seguindo esse idealismo. Um movimento cinematográfico formado por jovens talentos conseguiu mudar o rumo de uma cultura inteira e mais adiante, do cinema mundial. Por isso, somos gratos aos responsáveis da "nova onda". Jovens talentos, grandes profissionais.

Nota: 9

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Depois do expressionismo alemão, o nascimento da nouvelle vague é o movimento que mais me encanta. Acompanhar a filmografia do Godard e até mesmo do Truffaut, desde o início, é espetacular. É nítido como fizeram obras-primas, e a cada ano, acrescentavam mais peculiaridades ao cinema francês. Sublime.
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2019 - O ANO DA EXTINÇÃO (DAYBREAKERS) - 6.5/10 - Trata-se de uma produção que mistura ficção científica com vampirismo até bastante razoável, mas ela acaba te deixando com sede de mais já que a cada elemento atraente que é apresentado na tela, uma certa frustração vem acompanhada já que não existe muito aprofundamento por parte do roteiro e direção dos irmãos Spiering. Eles criam um universo futurista onde a raça humana está em extinção, é quase que totalmente habitado por vampiros que por sua vez buscam um substituto ao sangue humano para se manterem vivos, evitando assim que se transformem em figuras monstruosas capazes de se alimentar do próprio sangue vampiresco. Este é o dilema moral e central do vampiro Edward (nome que nos tempos atuais não deixa de ser uma válida ironia narrativa), interpretado com competência por Ethan Hawke, que não parece muito feliz com sua condição, é um dos principais responsáveis pela busca de um substituto já que suas pesquisas são financiadas pela empresa em que trabalha, mas também porque se mostra avesso à maneira pela qual os humanos são escravizados, o que faz com que entre em constante conflito com seu irmão "vampiro-militar". O ponto de virada do roteiro se dará a partir do momento em que ele encontra um grupo de rebeldes humanos, liderados por Elvis (Willem Dafoe), que tentam sobreviver às constantes caças que os vampiros realizam aos últimos da espécie humana. Existem alguns conceitos muito bacanas com relação à exploração dos recursos, algumas reviravoltas forçosas, mas compreensíveis dentro daquele universo, há alguns conflitos dramáticos bastante válidos, o filme perde um pouco a mão da metade para o fim, o clímax em si é fraco, mas não tem como negar que a solução proposta conta com uma ironia muito bem-vinda. A grande questão, no entanto, é o porquê dos vampiros viveriam da mesma forma que os humanos, trabalhando, pegando metrô, tornando-se burocratas, sendo que são tidos como seres superiores e especiais, talvez o maior dos furos. Dafoe cumpre o seu papel e Sam Neil atua de forma canastrona, mas em um tom adequado ao seu personagem, chefe de Edward. Tecnicamente a fotografia merece destaque pelo contraste dos tons escuros e opressores com outros que remetem à vitalidade e à luz. Repleto de altos e baixos, entre mortos e feridos, o saldo é positivo. Thiago Lucio2010-08-17 19:49:00
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Revistos:

 

Cars (John Lasseter, Joe Ranft, 2006)

 

Fica meio óbvio que entre

os filmes da Pixar este fica um patamar abaixo em quase todos os

quesitos. Agora, a animação desse aqui é a mais perfeita e difícil já

feita por eles, creio. Todo o trabalho de reflexo é espetacular e

complicadíssimo, lembrando que estamos falando de carros, que são bem

refletivos por natureza.

 

Shanghai Knights (David Dobkin, 2003)

 

Ahh, eu gosto desse. Acho

que a dupla Chan e Wilson funciona bem a maior parte do tempo, mesmo o

segundo se achando mais engraçado do que realmente é. As cenas de luta

são todas otimamente coreografadas, o que é raro nestas comédias de

ação. Destaque para a cena dos guarda-chuvas, que é bem espetaculosa.

 

 

 

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O Nevoeiro (The Mist)

Frank Darabont é um dos grandes coringas do cinema mundial. Podemos atribuir esse título ao diretor, pois seus trabalhos costumam ter relação com o mestre do suspense, Stephen King. Uma adaptação já é por início, uma produção mais ousada, pois manter a essência de um clássico, sempre é um desafio e poucos diretores conseguem realizar tal feito com sucesso, por isso vemos tantos remakes decepcionando a massa. Conhecemos as peculiaridades do Darabont e dentre estas, podemos notar a grande eficiência em abordar o psicológico dos personagens de forma gloriosa e inteligente. E isso permaneceu inalterável em "O Nevoeiro".

O enredo do filme está focado em um misterioso fenômeno que traz à uma cidade americana, um denso nevoeiro que recobre qualquer vestígio de vida. Como se não bastasse esse inédito e soturno mistério, os moradores notam a presença de algo entre a névoa, entretanto, o que seria? O pânico paira sobre as pessoas quando os primeiros sinais do que estaria escondido naquela densa névoa, começam a surgir frente aos seus incrédulos olhos. Um plano de fundo glorioso e extremamente típico do rei do suspense. Estamos falando de Stephen King deixando sua marca, mais uma vez.

A direção do francês é algo sublime. O mesmo consegue mesclar o suspense proveniente da lúgubre obra do mestre King, ao mesmo tempo que acrescenta, com parcimônia, os seus toques dramáticos que são fortalecidos pela presença de um elenco surpreendedor. O grande destaque da obra, que aos poucos consegue roubar a atenção mediante à uma atuação invejável, é a brilhante Marcia Gay Harden. Uma atuação sensacional, que consegue criar um outro conflito aos personagens do filme, que já lidavam com o desconhecido por dentre a névoa obscura que misteriosamente surgiu, trazendo caos aos moradores da cidade. No entanto, com essa premissa, podemos ver o talento do Darabont reluzir, pois o diretor trabalha um pesadelo na vida dos personagens mediante o surgimento da névoa, porém, como lutar com algo que não se pode ver? Um pesadelo interminável, onde o personagem e o próprio espectador não consegue se prevenir dos toques geniosos de um dos melhores diretores da atualidade.

É com esse plano de fundo que o francês dirige com maestria, um dos melhores suspenses dos últimos anos. Trabalhando muito bem em um único ambiente, grande parte do filme, ele consegue focar a câmera no conflito psicológico presente na mente de cada personagem, deixando a catástrofe oculta na névoa, como uma mera coadjuvante. Brilhante sacada do francês, pois nossa atenção é desviada totalmente, por isso esquecemos o que acontece fora do ambiente claustrofóbico que o filme é rodado. Em momento algum, o filme se mostra monótono pois o diretor consegue criar um dinamismo nas câmeras, e claro, no próprio roteiro, a fim de entreter o espectador com as desavenças proporcionadas pelo repto psicológico. É tenso, é envolvente, é angustiante, é Frank Darabont.

A fotografia é totalmente fiel à atmosfera criada no filme, contrastando a beleza lúgubre, com o pavor que circunda o espaço. O trabalho realizado pelo francês e pelo Ronn Schmidt, diretor de fotografia, acaba ganhando mais espaço com as belas edições de cena, outro ponto grandioso de sua obra. Sem dúvida, esconder o que traz medo do espectador, foi a melhor jogada por introduzir o mesmo na trama, como meros coadjuvantes oniscientes. Um trabalho invejável e que demonstrou mais uma vez, o talento do diretor em cada quesíto cinematográfico.

Não foi porque o francês dirigiu um suspense, que não conseguiu acrescentar os seus toques peculiares na trama. Muito pelo contrário. O desfecho é a prova viva disso. Em outras palavras, o desfecho é Frank Darabont puro. É com um trabalho miraculosamente bem produzido, que "O Nevoeiro" consegue enriquecer este gênero tão carente de bons filmes. Com uma perfeição típica e uma exploração geniosa da câmera, o francês nos apresenta mais uma adaptação do Stephen King. Digna do mestre. Falando nisso, difícil é diferenciar um mestre do outro. Frank Darabont e Stephen King, combinação sensacional.

Nota: 8

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Consegui rever mais um hoje, aproveitando que não tive aula na escola. Essa é uma análise que eu fiz no começo do ano passado, por isso, não está tão bem escrita como as anteriores. Pretendo dar uma repaginada total, principalmente para dar um ênfase na edição do filme. Bom filme.
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2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick, 1968) - Antes de rever, li alguns capítulos da obra do Clark e agora alguns pontos que eu achava totalmente obscuros fazem mais sentido. 

O meteorito que era o maior mistério, não passa de um objeto deixado por alienígenas. É apenas um objeto que faz parte de experiências que eles faziam na terra. E nesse aspecto não há nada profundo além dessa interpretação. A única dúvida é em relação ao que encontraram na lua, creio que seja apenas mais um entre tantos espalhados pelo espaço. O final é viagem pura. Mas tudo fará mais sentido quando eu terminar a quadrilogia do Clarke. Quanto ao filme, op é claro.

 

 

The Day After (Nicholas Meyer, 1983) - Na época da guerra fria o tema envolvendo armas atômicas eram constantes, hoje servem apenas de plano de fundo para uma boa história (já que o tema já está um pouco batido). E é isso que achei desse, um bom filme que mostra de forma competente o que aconteceria se armas nucleares fossem usadas numa cidade, principalmente pelas boas atuações.
-THX-2010-08-18 20:47:38
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