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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


Nacka
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The Karate Kid (Harald Zwart, 2010)

 

Parem as máquinas,

interrompam a mijada no meio! Esta é disparada a maior surpresa do ano

para mim, se considerarmos expectativa vs resultado final. Confesso que,

até por desconfiança dessas refilmagens, que não sabia absolutamente

nada do filme. E caraca, que escolha de elenco fantástica. A chinesinha é

uma graça, a mãe do Benjamin Button é simpaticíssima, o Jackie Chan foi

uma escolha surpreendentemente perfeita (e a mudança para kung fu idem)

e o filho do Will Smith está estupendo, quase mais carismático que o

próprio pai. Adorei. Seria ainda melhor se tivessem caprichado mais na

sequência final, que ficou aquém do original. De resto, tudo melhor.

 

 

 

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Que mané garça...06

 

Mas o pior é que o filme é bem bueno mesmo...o fato do filme se passar na China foi uma sacada brilhante dos produtores. Mas o nome do filme deveria ser sim The Kung Fu Kid.

 

E eu nunca mais vestirei jaqueta da mesma maneira sem lembrar dos ensinamentos de Mr. Han...06

 

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Assisti Onde Vivem os Monstros (queria comentar no tópico do filme, mas nunca consigo usar essa porcaria de sistema de buscas).

 

 

 

Achei legal. É bem o que falaram mesmo, adulto demais para crianças, infantil demais para adultos. Ficou num meio termo, mas habita aquele estranho e belo vale dos filmes esquisitos, habitado por aberrações interessantes como "Quero ser John Malkovich" e "PI" (mesmo sem atingir a genialidade destes). Como gosto de filmes esquisitos, gostei desse aqui, só não fiquei muuuito empolgado ou emocionado. Efeitos especiais bem feitinhos, o garoto é um achado (ah, se todo ator-mirim interpretasse com tanta naturalidade), os diálogos são interessantes e esquizofrênicos. Pena que é um pouco arrastado e monótono, mas pelo menos não fica aquela sensação de que a história está correndo atrás do próprio rabo (algo típico de filmes que se passam quase no mesmo cenário). Enfim, é um eficiente (e visualmente belo) tratado sobre a solidão de uma atribulada mente infantil. Nota 7/10RAZIEL2010-08-19 00:53:24

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A Aldeia dos Amaldiçoados (Village of the Damned)

Muitas pessoas costumam conferir os filmes antigos, a fim de conhecer as abordagens que eram feitas sem toda a tecnologia, ou até mesmo, sem toda essa exploração comercial feita em cima das produções contemporâneas. O filme que falarei a seguir, é mais uma obra que, mesmo com caráter de filme B, consegue entreter o espectador, sem ser necessário a utilização de qualquer técnica mais apurada.  No ano de 1960, marcado por grandes obras de diretores consagrados, como: "Psicose" de Hitchcock, "Spartacus" de Kubrick, "A Doce Vida" de Fellini e "Acossado" de Godard, o diretor alemão Wolf Rilla, conduz um filme que remete o espectador àquela essência presente nos grandes filmes B de Roger Corman. Com uma temática nada convencional, a produção "A Aldeia dos Amaldiçoados", mesmo passando despercebida naquela época, frente às grandes realizações de outros profissionais, conseguiu fortificar mais ainda aquela frase clássica, que anos depois, seria dita pelo glorioso cineasta brasileiro, Glauber Rocha. "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça!".

Deixando o enredo de lado e analisando os outros pontos técnicos do filme, reparamos que um deles chama mais atenção: o elenco. Por mais que o mesmo seja bem desconhecido, com suas excessões, notamos um trabalho muito eficiente por parte dos atores, não deixando de lado o elenco mirim. É entendível quando dizem que eles são o grande charme do filme, roubando a cena totalmente, numa temática típicamente excêntrica desse período do cinema. Uma pequena cidade da Inglaterra vivencia um estranho episódio. Inexplicavelmente, todos caem no sono por horas. Sem entender o que aconteceu, os moradores ignoram esse acontecimento. Meses depois, várias mulheres ficam grávidas misteriosamente, sendo que ambas, dão à luz no mesmo dia. No entanto, aqueles bebês que futuramente se tornariam crianças extremamente inteligentes, guardam um grande segredo. É com esse plano de fundo, que o diretor alemão nos entrega um bom filme do gênero suspense, que futuramente seria adaptado por um dos grandes nomes do gênero: John Carpenter.

Com um roteiro que se desenvolve bem, mesmo com a pequena duração, "A Aldeia dos Amaldiçoados" possui os grandes traços para preencher as exigências do gênero. Além do tema e das boas atuações, o filme conta com uma boa fotografia nas diversas cenas dentro daquela humilde cidade do interior. Contextualização de ambiente muito bem feita. E o que proporciona uma intensificação naquela atmosfera densa do filme, é o fato da fotografia supracitada, ser preto e branco. Por fim, e não tão importante, reparamos na utilização predominante da música clássica como trilha sonora, que não é um fato extremamente relevante, mas que evidencia mais uma marca no cinema da década. O espectador fica tão fissurado naquele enredo surrealista, que pouco se incomoda com os meros efeitos especiais. Em outras palavras, o filme foi suficiente em todos os quesítos cinematográficos, nos quais serviram de apoio para o desenvolvimento da estória.

Considerado o filme mais interessante da fraca filmografia do alemão, "A Aldeia dos Amaldiçoados" consegue ser um bom passatempo, principalmente para os amantes dos filmes antigos, além do mais, traços peculiares daquela época, é o que não falta nessa produção. Uma viagem de reminiscências, acompanhada de uma das melhores estórias do gênero. Enquanto os produtores contemporâneos utilizam dos mais diversos efeitos para atrair os espectadores, um filme produzido na década de 60 consegue ser mais interessante e ainda assim, trazer à essência que todos queremos. O do bom e velho cinema.

Nota: 7

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Num ano extremamente significativo para o cinema mundial, essa produção B passa despercebida, mas deve ser elevada pela sua qualidade técnica, levando em conta certas questões.
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DO COMEÇO AO FIM - 4.5/10 - O diretor Aluisio Abranches aborda dois temas bastante polêmicos: incesto e homossexualismo. O primeiro ato até reserva uma abordagem bastante sentimental, investindo na interação entre os dois irmãos e sugerindo os conflitos que os pais possuem diante da intimidade tão evidente entre os dois. A partir do momento que o filme se concentra na vida adulta dos dois, a produção transforma-se em um mero romance homossexual que tende a se tornar arrastado e burocrático, como se a espontaneidade pela maneira como a relação é mostrada pudesse abafar o moralismo que parece nunca existir no mundo vivido pelos dois. Torna-se muito auto-indulgente, explorando a sexualidade dos dois de maneira gratuita. A receita se torna ainda mais incômoda quando um determinado evento afasta os dois amantes nos reservando momentos que basicamente podem ser resumidos em passagens de dois homens mordendo a fronha de saudade um do outro. Os dois jovens atores realizam ótimas atuações, mas Julia Lemmertz dá luz ao filme. Em filmes com temática homossexual eu sempre me pergunto se aquele mesmo filme funcionaria se fosse entre um homem e uma mulher e geralmente quando a resposta é sim, é porque o filme funciona. Este aqui não funciona e assim pode ser classificado dentro de qualquer gênero erótico e exótico.

Thiago Lucio2010-08-19 21:57:20
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Hotel Rwanda (Terry George)

Nas mãos de um Clint Eastwood, teríamos um filme comovente, que valorizaria a força da história que foi inspirada. Nas de Terry George, seu potencial é pouco alcançado (gostei do plano da estrada repleta de cadáveres, mas em outro filme eu teria me acabado nesse momento). Mas eu estou de bom humor e esse pelo menos não chega ao nível de um O jardineiro fiel, o que aliado às atuações (Cheadle e Okonedo, ótimos), me fez até achá-lo passável.
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Hotel Rwanda (Terry George)

Nas mãos de um Clint Eastwood' date=' teríamos um filme comovente, que valorizaria a força da história que foi inspirada. Nas de Terry George, seu potencial é pouco alcançado (gostei do plano da estrada repleta de cadáveres, mas em outro filme eu teria me acabado nesse momento). Mas eu estou de bom humor e esse pelo menos não chega ao nível de um O jardineiro fiel, o que aliado às atuações (Cheadle e Okonedo, ótimos), me fez até achá-lo passável.
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Como assim "pelo menos não chega ao nível de um O Jardineiro Fiel????" O filme de Meirelles é maravilhoso, as atuações então, nem se fala !!!!!!! Hotel Ruanda é um bom filme também.
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ATIVIDADE PARANORMAL - 4/10 - Um filme de suspense que cria expectativa, mas não sabe como justificá-la. O filme naturalmente faz com que a sua percepção sobre o que se vê se torne mais detalhista, afinal você fica sempre na expectativa de que sons, ruídos e afins irão causar alguma espécie de catarse à rotina do casal que decide filmar possíveis eventos paranormais durante o sono. Mas o que se vê é pouco ou quase nada. Nada que justifique tanta atenção ou tempo. Nada que irá fazer perder o sono. Os atores estão apenas OK. E a direção mostra-se pouco criativa para aproveitar o potencial da premissa.

Thiago Lucio2010-08-20 05:52:50
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2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick' date=' 1968) - Antes de rever, li alguns capítulos da obra do Clark e agora alguns pontos que eu achava totalmente obscuros fazem mais sentido. 

O meteorito que era o maior mistério, não passa de um objeto deixado por alienígenas. É apenas um objeto que faz parte de experiências que eles faziam na terra. E nesse aspecto não há nada profundo além dessa interpretação. A única dúvida é em relação ao que encontraram na lua, creio que seja apenas mais um entre tantos espalhados pelo espaço. O final é viagem pura. Mas tudo fará mais sentido quando eu terminar a quadrilogia do Clarke. Quanto ao filme, op é claro.

 

 

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Acho que Kubrick fez bem em manter o mistério em torno do monolito. Se tivesse explicado, 2001 certamente não teria sobrevivido como sobreviveu até hoje.

 

Aliás, foi o próprio Kubrick quem disse em 1983 que "quando você explica, o objeto da explicação perde a razão de existir" - ele estava se referindo à 2010 - O Ano em que Faremos Contato, a continuação de 2001 que, segundo dizem, explica tudo o que você não entendeu no filme de Kubrick.

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Wall-e (Andrew Stanton, 2008)

 

É emocionante, cativante,

tecnicamente perfeito e tals. Agora, é interessante notar antes do

climax o contraponto entre uma espécie no início do processo de evolução

(robôs) e outra caminhando para a involução (humanos). Acho que é o

mais ousado dos filmes da Pixar, tanto em estética quanto em conteúdo.

Espetacular.

 

 

 

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2001: A Space Odyssey (Stanley Kubrick' date=' 1968) - Antes de rever, li alguns capítulos da obra do Clark e agora alguns pontos que eu achava totalmente obscuros fazem mais sentido. 

O meteorito que era o maior mistério, não passa de um objeto deixado por alienígenas. É apenas um objeto que faz parte de experiências que eles faziam na terra. E nesse aspecto não há nada profundo além dessa interpretação. A única dúvida é em relação ao que encontraram na lua, creio que seja apenas mais um entre tantos espalhados pelo espaço. O final é viagem pura. Mas tudo fará mais sentido quando eu terminar a quadrilogia do Clarke. Quanto ao filme, op é claro.



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Acho que Kubrick fez bem em manter o mistério em torno do monolito. Se tivesse explicado, 2001 certamente não teria sobrevivido como sobreviveu até hoje.

Aliás, foi o próprio Kubrick quem disse em 1983 que "quando você explica, o objeto da explicação perde a razão de existir" - ele estava se referindo à 2010 - O Ano em que Faremos Contato, a continuação de 2001 que, segundo dizem, explica tudo o que você não entendeu no filme de Kubrick.

 

O Kubrick sabia como ninguém a diferença de livro e filme, sabia o que funcionava e o que não funcionava na tela.
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Barbie-of-Swan-Lake-barbie-movies-2636905-700-525.jpg

 

Barbie em O Lago dos Cisnes (Barbie of Swan Lake, qualquer um, 2003) - 1/5

Mais uma vez a Barbie enfrenta um usurpador de trono. Os personagens engraçadinhos são chatos. Odile é a pior, com uma voz que pretende ser engraçada, mas é a pior que já se ouviu. Os outros são apagados, inclusive a Barbie interpretando Odette. Os cenários poderiam ser lindos, mas o baixo orçamento não permitiu. Os personagens, como sempre, têm movimentos de robô e duas expressões faciais. No fim, Odette e seu príncipe derrotam o vilão, de acordo com uma profecia, mas o fazem desmaiando um em cima do outro, num triunfo anticlimático. Só o que presta no filme é a música de Tchaikovsky. Nem as cenas de balé são especiais, por causa da direção.

 

Tarzan (1999) - 5/5 - a Disney caprichou nessa adaptação da lenda de Tarzan' date=' cenários belíssimos, historia redondinha, trilha sonora assinada por Phil Collins......diversão de primeira...

 

[/quote']

16

O melhor filme de Tarzan. A trilha tem uma das minhas músicas preferidas de sempre: Moves Like an Ape, Looks Like a Man. Os “números musicais” são daqueles que eu não consigo parar de assistir. Os cenários misturam de forma convincente 2D e 3D. Vale a pena fixar os olhos na diversidade das formas da flora e nos tons de verde, azul e marrom. Criar cenários 3D para que a câmera pudesse se mover livremente foi uma decisão muito certa. Deu aos cenários uma profundidade sem a qual algumas cenas não seriam as mesmas.

 

A história é divertida e emocionante. Eu sempre me emociono com a introdução. Tarzan foi bem desenvolvido, tanto em sua busca por identidade e aceitação, quanto na sua aparência e nos seus modos. Ao invés de um homem arrumadinho que parece uma pessoa da civilização tirando férias na selva, o filme traz uma mistura de homem e animal, que é iverossímil, porque o personagem é irreal por natureza, mas convence. Uma vez eu li um texto de alguém reclamando que Jane foi mal desenvolvida, porque questões pessoais dela não são trabalhadas, mas eu não concordo. O filme não pedia pela insersão dos dramas de Jane. Ela é engraçada e charmosa, e acaba sendo cativante graças a sua personalidade. Os dois se conectam perfeitamente.

 

Me empolguei e escrevi demais. 08

Lucy in the Sky2010-08-20 17:45:19

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My Bloody Valentine (George Mihalka, 1981)

Sempre é bom perder um

tempinho com um slasher desmiolado. Este aqui entra na categoria dos

muito, muito ruins, mas ao menos serve para levantar uma pergunta e uma

esperança. Pergunta: o que será que leva alguém a querer fazer um

remaque de um filme como esse? Esperança: o remaque tem muito mais

putaria que o original, sinal que nem todo mundo foi infectado pelo

mosquito da correção política. Anyway, o remaque é muito bom e, claro,

muito melhor que o original.

 

 

 

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Hotel Rwanda (Terry George)

Nas mãos de um Clint Eastwood' date=' teríamos um filme comovente, que valorizaria a força da história que foi inspirada. Nas de Terry George, seu potencial é pouco alcançado (gostei do plano da estrada repleta de cadáveres, mas em outro filme eu teria me acabado nesse momento). Mas eu estou de bom humor e esse pelo menos não chega ao nível de um O jardineiro fiel, o que aliado às atuações (Cheadle e Okonedo, ótimos), me fez até achá-lo passável.
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Como assim "pelo menos não chega ao nível de um O Jardineiro Fiel????" O filme de Meirelles é maravilhoso, as atuações então, nem se fala !!!!!!! Hotel Ruanda é um bom filme também.

 

As atuações são ótimas, verdade. Mas de resto, achei um thriller formulaico e um romance fraquíssimo. E a forma dele mostrar o miserei africano lembra o pior do cinema brasileiro, sutileza zero e mão pesadíssima.
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B000ASDFJ0.01.LZZZZZZZ.jpg   1686.jpg

 

Dois filmes que eu só consegui assistir até mais ou menos 40 minutos.

 

Single White Female 2: The Psycho (Keith Samples, 2005)

Duas amigas e brigam porque uma delas não presta, e uma nova colega de apartamento perturbada aparece na história. É como se tivessem feito um genérico a partir do genético. Mais irrelevante impossível. Até onde eu assisti, tem uma cena de sexo no estilo Cine Privé. 06

 

O Mundo de Leland (The United States of Leland, Matthew Ryan Hoge, 2003)

Era pra ser ótimo, não é e eu não entendo o que deu errado. O luto da família que perdeu seu retardado passa em branco, assim como a confusão enfrentada pela namorada do assassino. Os flashbacks não dão vontade de conhecer melhor e entender os personagens através da sua história. E o jovem que cometeu o crime, com seus pensamentos "profundos", não é intrigante. Um dia eu vou tentar de novo.

Lucy in the Sky2010-08-20 20:49:49

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Encontro Explosivo (Knight & Day)

Todos os gêneros do cinema, independentemente do diretor ou de qualquer outro profissional que comanda a produção, pode fugir um pouco da realidade. Assim como foi no romantismo português, importante período literário que ilustrava a realidade com base nos sentimentos e em algo de caráter mais idealizado, o cinema também pode fazer isso. No entanto, voltamos ao ponto inicial. Quem pretende utilizar esse artifício, deve saber muito bem como manejá-lo, principalmente se a intenção é de gerar qualquer efeito cômico, como aconteceu com "Encontro Explosivo", do americano James Mangold. Essa breve introdução, não condena o diretor pelo fato dele tentar criar algo de caráter inverossímil, mas sim, na sua intenção de gerar humor com tais cenas. Intenção que não saiu do papel nesse grande clichê estrelado por Tom Cruise e Cameron Diaz.

Como já era de se esperar, "Encontro Explosivo" apenas disfarça, em sua trama, as peculiaridades que podemos observar em quase todos os filmes do gênero. Procurar originalidade nesta produção do diretor James Mangold, não é a melhor saída. O filme retrata o alvoroço que é causado, quando a personagem da Cameron Diaz acaba interferindo, sem ao menos estar ciente do que acontecia, na missão de um agente especial, interpretado pelo Tom Cruise. Começa então, uma jornada de sobrevivência, enquanto, além das vidas que estão em jogo, encontra-se algo que ambos os lados procuram. Como já é de praxe: muitas perseguições, muitas explosões, muitos tiros e nada de diferente. "Encontro Explosivo" vem para aumentar a pilha de obras do gênero ação, que criam aquela sensação de "já ter visto em outro filme", no espectador. Até então, nada que surpreenda às expectativas pessimistas por senso comum, que podem surgir, por parte de quem pretende assistir.

É interessante fazer um adendo sobre o elenco, especialmente no personagem interpretado pelo Tom Cruise. Como muitos sabem, o ator deu vida ao agente especial Ethan Hunt na franquia "Missão Impossível". O que é mais interessante e por outro lado, extremamente intrigante, é que o personagem do Tom Cruise não se mostra muito diferente neste filme, muito pelo contrário. As poucas mudanças que notamos, deve-se ao caráter que o filme segue. Do contrário, Ethan Hunt estaria de volta nesta produção piloto da franquia supracitada. Esse diferencial que foi citado anteriormente, ilustra as doses de humor que o diretor tenta acrescentar, naquela manjada fórmula dos filmes de ação. Por outro lado, vemos a visão feminina do gênero, bem retratado pela atuação da Cameron Diaz. Por mais que ambos sejam considerados grandes profissionais, eles não conseguiram trazer um diferencial tão significativo para interessar o público, a ponto de resultar num produto agradável.

As explosões, as perseguições e as outras artimanhas que costumam estar presentes nesses filmes, conseguem divertir o espectador, entretanto, não é uma qualidade que mereça tanto destaque no roteiro, além do mais, apenas cumpriu com os requisitos básicos que todo público já espera em um filme de ação. Com uma boa fotografia que registra as diversas e belas locações do filme, acompanhada pelos takes curtos peculiares do gênero, "Encontro Explosivo" fracassa na sua tentativa de dar um tom mais satírico e original ao que já conhecemos, resultando em meros momentos que o espectador esboça um leve sorriso ou aprecia um êxtase pelo que está assistindo. A inverossimilhança que seria uma ferramenta para expandir essa tentativa do diretor, não surte o efeito desejado. Mais um filme que não conseguiu quebrar as barreiras do padrão, tornando cada vez mais forte esse conceito de que o gênero está precisando de boas ideias, e claro, atípicas.

Por fim, diria que os amantes do gênero até podem apreciar esta produção, entretanto, é muito mais interessante ir até a locadora e escolher um outro filme com uma trama mais trabalhada, além do mais, se é pra ver o que "Encontro Explosivo" tem a oferecer, garanto que é melhor arriscar outra opção. James Mangold encerra sua boa sequência de filmes que acrescentaram algo, mesmo que discretamente, para o cinema. Se eu fosse resumir essa produção em poucas palavras, creio que seria: apenas mais um. E nada mais.

Nota: 5

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E tive que assistir duas vezes, porque a namorada ficou bem curiosa. Claro que eu não esperava uma produção que finalmente resultaria num solavanco ao gênero, entretanto, foi bem abaixo da expectativa.
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The Interpreter (Sydney Pollack, 2005)

 

Thrillers políticos formam

uma sub-categoria de filmes que me incomodam. Sempre tendo a achar que é

meio covardia manipular (ou tentar) os espectadores à terem a mesma

visão política que a sua. No caso deste filme, é como bater em cachorro

morto. Mas o filme sempre será lembrado por ser o que a Nicole Kidman é

especialista em ku. Ahh, e cabeleira do Sean Penn sempre me impressiona.

 

 

 

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The-A-Team-movie-poster_290.jpg

 

Esquadrão Classe A (Joe Carnahan, 2010)

 

Ah, eu admito que já sou fãlóide de Carnahan...adoro Narc, adoro o estilo de direção do cara...meio Greengrass doidão...e aqui ele nos entrega o melhor filme de ação do ano e um dos mais divertidos dos últimos tempos. Elenco perfeito, nostalgia presente no fim do filme e na trilha da série sempre presente (coisa que só quem viveu os anos 80 vai apreciar, infelizmente) e claro, as loucuras de câmera de Carnahan...e ainda temos cenas extasiantes, como uma batalha caças x tanque de guerra em pleno ar (!!!). Sim, cheio de frias, mas e daí? É filme para diversão, escapismo, desligar o cérebro e curtir uma boa ação descebrada que não ignora atuações e tem roteiro, ainda que fruto de história batida.

Enfim, como velho fã da série dos anos 80, fiquei mto satisfeito com essa adaptação e espero que venha continuação por aí, se mantida a qualidade, diretor e elenco. E o Liam Neeson fodão de Busca Implacável está presente aqui. 16

 

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