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Nacka
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The Town

 

Inversão de papéis, fazer a gente torcer pelo mal, enfim, o mesmo de sempre. Mas é divertido, especialmente as máscaras incrivelmente bem tecidas dos ladrões (um espetáculo à parte) e as perseguições (infelizmente não são tantas quanto eu gostaria).  Mais um exemplo de que não precisa haver uma grande estória, com fundamentos que parecem querer mudar o mundo ou a vida de cada espectador para cumprir a função.

 

 

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Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta (Chris Columbus)

 

 

 

Esses dois filmes iniciais são bem trizinhos e praticamente a mesma coisa. Ainda não revi todos, mas dos diretores que escolheram o Chris Columbus realmente parece ter sido o mais indicado pra contar a história, já que tem tudo a ver com ele mesmo. O cara consegue criar um universo muito gostoso, transformar aquela escola de magia em algo parecido com um mega brinquedo da Disney que tu sempre teve vontade de conhecer, tão sedutor e mágico que faz tu ter a real noção do quanto seria legal estudar numa escola daquelas. E não sei se o trio principal vai vingar na profissão, mas pelo menos no quesito carisma não se tem do que reclamar, conseguem passar de forma surpreendentemente rápida a sensação de trio inseparável e de melhores amigos. Realmente o trabalho de atores ta muito bom, impressão que todos estavam realmente se divertindo e se entregando ao máximo nessa brincadeira fantástica. O que tenho pra reclamar, e principalmente no primeiro, é a CG mesmo. Isso ta grotesco. Nem o play 1 produzia CGs tão toscas, a parte do quadribol no primeiro é constrangedora, chega até comprometer na diversão que a cena poderia proporcionar. Mas de resto, bem leve, bem gostoso de assistir, e flui que é uma maravilha mesmo com um tempo longo pra um filme que foca principalmente um público bem mais jovem.

 

 

 

 

 

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Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Alfonso Cuarón)

 

 

 

Outro nível, muito mais dark, planos muito mais "europizados". Chegou a ser engraçado quando assisti com a namorada os dois identificando a gritante diferença nesse quesito desse pros anteriores. A fotografia desse aqui é linda demais, digna de prêmio. Hogwarts deixou de ser aquela atração de parque da Disney pra ganhar um ar muito mais sombrio, mais imponente. O que um diretor não faz... Ele mudou absolutamente tudo praticamente não mudando nada. Atores são os mesmos, a decoração do castelo é praticamente a mesma, as características dos personagens também não mudam de forma significativa, e mesmo assim o tom do filme é totalmente oposto, é muito mais adulto e sério. Voltando com o lance dos planos, esse aqui realmente é recheado de alguns planos lindos mesmo. Vai ser interessante acompanhar essa troca de diretores. Ah, e esse aqui tem também a história mais instigante. Se os dois primeiros passam muito bem um ar fantástico e ingênuo da série, esse aqui passa muito melhor um tom emergencial e épico, mostrando uma Hogwarts deprimida e fria, totalmente abalada com os acontecimentos da história. Prefiro bem mais o segundo caso. O melhor até aqui. Tensor2010-11-09 10:25:55

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Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (Alfonso Cuarón)

Outro nível' date=' muito mais dark, planos muito mais "europizados". Chegou a ser engraçado quando assisti com a namorada os dois identificando a gritante diferença nesse quesito desse pros anteriores. A fotografia desse aqui é linda demais, digna de prêmio. Hogwarts deixou de ser aquela atração de parque da Disney pra ganhar um ar muito mais sombrio, mais imponente. O que um diretor não faz... Ele mudou absolutamente tudo praticamente não mudando nada. Atores são os mesmos, a decoração do castelo é praticamente a mesma, as características dos personagens também não mudam de forma significativa, e mesmo assim o tom do filme é totalmente oposto, é muito mais adulto e sério. Voltando com o lance dos planos, esse aqui realmente é recheado de alguns planos lindos mesmo. Vai ser interessante acompanhar essa troca de diretores. Ah, e esse aqui tem também a história mais instigante. Se os dois primeiros passam muito bem um ar fantástico e ingênuo da série, esse aqui passa muito melhor um tom emergencial e épico, mostrando uma Hogwarts deprimida e fria, totalmente abalada com os acontecimentos da história. Prefiro bem mais o segundo caso. O melhor até aqui. [/quote']

Na verdade o Cuarón é o único cineasta que passou pela série. E você vê como é uma arte toda particular essa de compor atmosfera. Bananas como o Newell e o Yates, pra conseguir esse ar mais "obscuro", literalmente escureceram seus filmes. 06Forasteiro2010-11-09 12:29:41
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Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)

Donos de uma singularidade inquestionável, os irmãos Coen nos entregam uma produção extremamente peculiar, e por conseguinte, essa marca registrada nos induz a mais um filme espetacular. Escrever sobre um longa-metragem já é uma tarefa difícil, entretanto, quando o filme analisado é dos irmãos Coen, o desafio toma proporções maiores, porque, entender as ligações e simbologias implícitas no roteiro, e até mesmo a forma no qual o mesmo é conduzido, é um páreo muito duro de vencer. Mesclando de forma gloriosa o drama e o suspense, os diretores nos presenteiam com um filme que traz consigo, experiências únicas para o espectador, oscilando da frustração à comoção. Mais uma vez, uma produção que faz o público refletir após o seu término, não se restringindo apenas à explosões, assassinatos e perseguições. Em outras palavras, "Onde os Fracos Não Têm Vez" é Coen puro.

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Cada filme chama atenção por determinado aspecto em especial, mas este, nos atrai por inúmeros. A premissa consiste numa reação em cadeia, partindo de um ponto inicial: a descoberta de um crime no oeste do Texas, onde um ex-combatente da guerra do Vietnã, encontra uma série de corpos, uma caminhonete com carregamento pesado de drogas e uma mala com 2 milhões de dólares. Como foi dito anteriormente, esses vestígios desse episódio do narcotráfico malsucedido, é marcado por uma reação em cadeia, envolvendo o próprio ex-soldado (Josh Brolin), um psicopata totalmente insano, brilhantemente interpretado pelo espanhol Javier Bardem, e um xerife (Tommy Lee Jones) que não consegue compreender as proporções que a criminalidade se encontra no momento, ao comparar com os últimos anos. Uma premissa muito bem explorada, que consegue alternar o predomínio dos gêneros, o suspense e o drama, com total eficiência.

 

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Um trabalho prodigioso realizado em cima dos personagens. No entanto, o que corrobora para essa ascendência no quesíto, são as atuações que se mostram o grande toque especial da produção. Javier Bardem molda um assassino frio, calculista, de poucas palavras, totalmente insensível ao sentimento alheio. A retórica do personagem, por mais escassa que seja, demonstra a sua insensatez a partir dos seus diálogos especialmente trabalhados pelos irmãos, a fim de expressar diversos sentimentos em uma mesma fala. Já o personagem do Tommy Lee Jones, representa o ideal da mudança de acordo com o meio. Os diretores conseguem desviar a atenção do público focada no ritmo alucinado das perseguições, para o confronto psicológico que este personagem vive. Um drama real que retrata o avanço da criminalidade numa terra onde a autoridade, principalmente, caso não esteja disposta a apostar a alma no ofício, não terá chance alguma. O título do filme resume a obra por inteiro, e ao término, o espectador nota como a experiência de quase duas horas, pode ser resumida em seis palavras, de forma bem elaborada: "Onde os Fracos Não Têm Vez".

O roteiro, premiado no Oscar de 2008, demonstra a qualidade dos irmãos Coen numa adaptação. Seu desenvolvimento é ímpar e muito bem conduzido. Mais uma vez, o desfecho pode ser incompreendido por muitos, mas os diálogos são primordiais para o entendimento do mesmo. As metáforas ressaltam as mudanças do que era e do que é a criminalidade. Algo que tomou proporções incabíveis, e que representa o pensamento ideológico do personagem do Tommy Lee Jones. Impossível não assemelhar essa técnica com os diretores. Algumas sequências de cenas têm um visual belíssimo, mediante à uma fotografia salientada por um plano de fundo miraculoso, dando destaque para os primeiros minutos. As tomadas diurnas e noturnas enriquecem a atmosfera do filme. O jogo de luz é muito bem explorado no filme, principalmente por acrescentar, nas cenas de suspense, um toque claustrofóbico. Juntar um personagem cruel que por si só já transforma o clima em algo de caráter pesado, e adicionar boas técnicas para aprimorar as sequências, é ter a faca e o queijo na mão.

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Por fim, é notório o trabalho dos irmãos Coen, em explorar os dois gêneros e fazer com que cada um receba um desenvolvimento pleno e satisfatório. O dilema presente na introdução do filme, é trabalhado até o último minuto. Uma obra que não se restringe somente ao que o gênero oferece. "Onde os Fracos Não Têm Vez" vai além do que é premeditado pelo espectador. É com mais um grande trabalho, que os diretores expõem seus modos de fazer cinema e enchem os olhos dos amantes da sétima arte, de esperança. Esperança de ter profissionais que deixem de encarar o cinema de forma comercial. Além do mais, no mundo do cinema, enquanto houver grandes nomes, os fracos não terão vez.

Nota: 9

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No Country For Old Men chega fácil em qualquer TOP3 de filmes americanos da década.

 

Praticamente perfeito em todos os sentidos. Até em seus títulos...

 

 

 

Juntamente com "Sangue Negro", do Paul Thomas Anderson, essa produção dos Coen, é uma das minhas favoritas, analisando os últimos anos. Mesmo sem ganhar muitos prêmios, "Sangue Negro" é brilhante do começo ao fim, principalmente na atuação do Daniel Day-Lewis. Ainda vou escrever mais detalhadamente.

 

Sobre o título, ficaria muito melhor se fosse "Onde os Velhos Não Têm Vez", ao meu ver, cara.
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  Sobre o título, ficaria muito melhor se fosse "Onde os Velhos Não Têm Vez", ao meu ver, cara.[/quote']

 

Concordo, seria melhor se fosse os "os velhos", e o titulo do livro aqui no Brasil é "Onde os Velhos Não Tem Vez" mesmo. No filme eles optaram pelos fracos que no fim das contas ficou bom mas que não remete tanto a ideia do filme quanto o titulo original.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  
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  Sobre o título, ficaria muito melhor se fosse "Onde os Velhos Não Têm Vez", ao meu ver, cara.[/quote']

 

Concordo, seria melhor se fosse os "os velhos", e o titulo do livro aqui no Brasil é "Onde os Velhos Não Tem Vez" mesmo. No filme eles optaram pelos fracos que no fim das contas ficou bom mas que não remete tanto a ideia do filme quanto o titulo original.

 

Falaram muito bem sobre o livro do McCarthy, mas ainda não pude ler. Pois é, por mais que ainda tenha ficado bom, o título comentado acima, faz extrema referência ao conflito do filme. De fato, seria muito mais adequado.
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mas "os Velhos" do título não faz referência apenas às pessoas velhas, aos mais "antigos".

 

Eu vejo "Os Fracos" da tradução como uma alusão àquelas pessoas ultrapassadas, que pararam num tempo que não existe mais, que não souberam se adaptar aos "novos tempos" e que simplesmente não consegue compreendê-lo. O que não deixa de ser uma "fraqueza".

 

Eu gosto pra caralho do título pois além da boa sonoridade, faz alusão imeditada a lei da selva tão presente no filme. E 'Onde os Velhos Não tem Vez" poderia parecer como uma referência apenas à idade. Além de soar politicamente incorreto pro brasileiro.

 

PS: Se bem que o livro foi traduzido para "Esse País Não É Para Velhos"...

 

 

 

 
Sall2010-11-09 23:05:28
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  Sobre o título, ficaria muito melhor se fosse "Onde os Velhos Não Têm Vez", ao meu ver, cara.[/quote']

 

Concordo, seria melhor se fosse os "os velhos", e o titulo do livro aqui no Brasil é "Onde os Velhos Não Tem Vez" mesmo. No filme eles optaram pelos fracos que no fim das contas ficou bom mas que não remete tanto a ideia do filme quanto o titulo original.

 

Não bruno. O livro foi lançado aqui no Brasil como "Esse País Não É Para Velhos".  Depois que saiu o filme, não sei com qual título eles relançaram o livro.

 
Sall2010-11-09 22:54:22
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Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)

 

 

 

Não vejo graça nesse filme.

 

 

 

Os personagens são totalmente desinteressantes. Alguns parecem nem ter personalidade própria. São apenas o que eles fazem e nada mais. Principalmente o "exterminador futuro que roubou a cabeleira do Zezé". Tão vazio que se pusessem o inexpressivo Keanu Reeves no lugar do Javier Barden não faria diferença.

 

 

 

Enquanto outros parecem ter personalidade, mas nada fazem. O personagem do Tommy Lee Jones passa o filme todo com cara de bunda e sempre dez passos atrás de toda a ação. Sempre chega atrasado e nada sobra para ele fazer além de ficar na lanchonete lamentando. Enquanto Woody Harrelson é praticamente só um figurante. Se cortarem as cenas dele, ninguem vai perceber.

 

 

 

A história é entediante e com um final... bem... não dá nem para dizer que aquilo é um final... Como boa parte dos filmes dos Coen. Tem gente que acha esses finais abruptos geniais. Eu acho que é pura falta de criatividade para fechar as historinhas chatíssimas que eles decidem filmar. Ou falta de tempo.

 

 

 

Para quem tem um interesse especial pela parte técnica o filme é pura diversão. Para mim, que me interesso mais pelos personagens e pela história contada, o filme é uma tortura.

 

 

 

Talvez eu é que não entenda as mensagens dos filmes dos Coen. Se é que há alguma. As comédias deles não tem graça alguma para mim, as cenas de ação não me empolgam, as de suspense não me causam tensão...

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  Sobre o título, ficaria muito melhor se fosse "Onde os Velhos Não Têm Vez", ao meu ver, cara.[/quote']

 

Concordo, seria melhor se fosse os "os velhos", e o titulo do livro aqui no Brasil é "Onde os Velhos Não Tem Vez" mesmo. No filme eles optaram pelos fracos que no fim das contas ficou bom mas que não remete tanto a ideia do filme quanto o titulo original.

 

Não bruno. O livro foi lançado aqui no Brasil como "Esse País Não É Para Velhos".  Depois que saiu o filme, não sei com qual título eles relançaram o livro.

 

 

 

Eu tenho o livro e se chama Onde os Velhos Não tem Vez. Esta escrito na capa, orelha, no fundo e etc. Se ele foi lançado originalmente com outro nome eu não sei, mas a edição atual tem esse nome.

 

 
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Crônica de uma Fuga
Empolgante thriller político vindo da terra dos hermanos q guarda um quê de “O Sobrevivente” (do Herzog) com “Carandiru” . Durante a ditadura argentina grupo militar seqüestra populares, entre eles um goleiro de um time meia-boca q narra a historia, e os mantém em cativeiro por tempo incerto. A produção gira em torno dos dias passados nesse centro de detenção clandestino e das tentativas de fuga dos supostos “comunistas”. Dentre os presos, destaque pro Rodrigo de la Serna ( “Diarios da Motocicleta” ), irreconhecível de tão magro que ta. 9/10

 

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Scott Pilgrim contra o Mundo
Filme bobinho q é basicamente um videogame filmado. Seu único diferencial (se é q isso conta como algo positivo) é a dinâmica e colorida linguagem de HQs e games q utiliza, embora “Kick Ass” o faça com mais conteúdo. Destaque pras divertidas pontas do Chris Evans, Brandon Routh e Thomas Jane parodiando (de certa forma) seus personagens Tocha Humana, Superman e Justiceiro, respectivamente. Recomendavel  apenas p/ quem curte “Guitar Hero”. 8/10

 

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Um Parto de Viagem
Quem curtiu incondicionalmente de “Se Beber, Não Case” vai gostar deste “road movie besteirol”  apenas pela presença do barbudao biruta no filme.. Não é o meu caso. O filme poderia perfeitamente ser remake do classico de Sessão da Tarde “Antes só do q mal acompanhado” , do John Hughes.. Mesma historia! E cá entre nos, gosto do Downey Jr mas ele não é um Steve Martin, e tampouco o boboca do barbudo Galiafianackis chega aos pés do irritante, carismatico e saudoso John Candy! Comédia apenas razoavel, porém recomendável apenas a quem curta repeteco de  um programa sado-masô oitentista e politicamente incorreto. 7,5/10

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mas "os Velhos" do título não faz referência apenas às pessoas velhas' date=' aos mais "antigos".

 

Eu vejo "Os Fracos" da tradução como uma alusão àquelas pessoas ultrapassadas, que pararam num tempo que não existe mais, que não souberam se adaptar aos "novos tempos" e que simplesmente não consegue compreendê-lo. O que não deixa de ser uma "fraqueza".

 

Eu gosto pra caralho do título pois além da boa sonoridade, faz alusão imeditada a lei da selva tão presente no filme. E 'Onde os Velhos Não tem Vez" poderia parecer como uma referência apenas à idade. Além de soar politicamente incorreto pro brasileiro.

 

PS: Se bem que o livro foi traduzido para "Esse País Não É Para Velhos"...

 

 

 

 
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Mas, ao passo que o título faz ligação com os "fracos", a principal questão, é a do tempo. Os "velhos" têm um papel primordial no filme, que é representado pelo personagem do Tommy Lee. O tempo trouxe mudanças na criminalidade, e, as mesmas são irreconhecíveis, principalmente para as pessoas que costumavam ter uma outra visão sobre o tema.

 

É o tempo que entra em jogo, mostrando que os anos passam, e tudo só está piorando, em proporções indescritíveis. Enfim, deixando a questão do título de lado, "Onde os Fracos Não Têm Vez", é sensacional. Mais uma grande obra dos Coen. Uma mensagem passada ao espectador, da melhor forma possível.
luccasf2010-11-10 12:34:13
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O Pássaro das Plumas de Cristal (L'Uccello dalle piume di cristallo)

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Sendo o primeiro filme do italiano Dario Argento na direção, "O Pássaro das Plumas de Cristal" não marcou apenas a sua filmografia, mas também serviu como um dos grandes pioneiros para o subgênero cinematográfico que ganharia força na década de 70, o giallo. O mesmo recebera esse nome, devido a uma famosa série de livros sobre estórias policiais, que possuía uma capa amarelada. Com a excessiva produção de filmes que tratavam dessa temática, foi feita uma alusão com a série supracitada, tomando forma então, um dos subgêneros mais importantes da história do cinema. Como foi dito anteriormente, protagonizado por Dario Argento, o giallo influenciou diversas produções que foram feitas, anos depois. Franquias poderosas como: "Sexta Feira 13", "A Hora do Pesadelo", e até mesmo o clássico "Halloween", de John Carpenter, trouxeram vestígios da essência italiana.

Podemos notar os traços peculiares dessa corrente cinematográfica, quando observamos produções que envolvem um serial killer, que tem a sua identidade omitida até os minutos finais, mas que aparece em certos enquadramentos, trajando roupas padrões, como por exemplo: luvas e casaco preto. O envolvimento policial é indispensável, juntamente com os típicos assassinatos cruéis, que são precedidos por perseguições claustrofóbicas. Todas essas características, com o tempo, foram adaptadas ao modo de se fazer cinema de cada realizador. Surge então, outro subgênero que derivou diretamente do giallo e que teve muita força na indústria americana, o slasher. Basicamente segue a mesma essência, e essa fórmula é ainda utilizada nos dias de hoje, agradando legiões de fãs apaixonados pelas franquias, ou até mesmo por certas produções que passaram despercebidas, décadas atrás.

O gore, outro forte indicador desse subgênero, mais conhecido pela exacerbada violência gráfica, ainda tinha seus limites nessa primeira produção do diretor. Nada muito pesado, mas com indícios do que viria, futuramente. Trazendo todos os elementos comentados acima, o enredo de "O Pássaro das Plumas de Cristal" se concentra num jornalista que presencia o assassinato de uma mulher, por uma pessoa misteriosa, vestindo roupas pretas. Sem notar a verdadeira identidade do assassino, o jornalista acaba se complicando com a polícia, e resolve agir sozinho, a fim de descobrir o que realmente aconteceu naquela noite. O que ele não esperava, é que o seu envolvimento resultaria no fato de se tornar uma das próximas vítimas daquela figura nefasta. Dirigido de forma agradável e confiante pelo estreante Dario Argento, "O Pássaro das Plumas de Cristal" faz jus a sua influência dentro do mundo da sétima arte, e representa o primeiro filme da Trilogia Animal do italiano, que futuramente receberia duas outras partes: "O Gato de Nove-Caudas" e "Quatro Moscas no Veludo Cinza".

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Com um bom roteiro em mãos, e sabendo trabalhar com consciência em certos aspectos cinematográficos, Dario Argento demonstra muita qualidade na direção, mesmo sendo a sua estreia no cinema. Seus enquadramentos e a miraculosa fotografia de Vittorio Storaro, dando destaque para as cores contrastantes e a iluminação, que sempre são protagonistas em suas obras, e que dão maior deleite ao âmbito do filme, já serviam como prelúdio da sua brilhante filmografia. Para acompanhar esse belo banquete visual, temos o estupendo trabalho de Ennio Morricone com a lúgubre trilha sonora, que acompanha o desenvolvimento do conflito, até o inesperado desfecho. O mesmo representa outro ponto forte de suas produções, que resultaram até em intitulações como: Hitchcock italiano.

Seu trabalho com afinco em cima dos personagens, por mais que algumas atuações ainda não sejam tão agradáveis, é um dos fatores que justificam essas comparações. Todo personagem é primordial para o bom andamento, e não estão lá apenas para cumprir roteiro. A tentativa de driblar o convencional, que é muito bem realizada nessa produção, exerce um peso extremamente significativo na qualidade do produto final, e por conseguinte, no que foi estipulado anteriormente. É imprevisível, é bem trabalhado, é belo, é Argento. Acompanhar o seu trabalho desde o primeiro filme, é algo indispensável para compreender a sua singularidade.

Mesmo não sendo perfeito na sua primeira viagem, Dario Argento já indicava o que estava por vir. Dono de uma estética que cresceu muito com o passar dos anos, o diretor nos presenteia com um giallo clássico. Assassinatos, perseguições e um ponto de interrogação que só vai ser solucionado nos últimos minutos. Essa é a fórmula do italiano, entretanto, em "O Pássaro das Plumas de Cristal", todas as doses estão moderadas. Um bom início que agradou boa parte do público. Mal sabíamos o que estava por vir. Bela surpresa.

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Nota: 7
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Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)

 

 

 

Não vejo graça nesse filme.

 

 

 

Os personagens são totalmente desinteressantes. Alguns parecem nem ter personalidade própria. São apenas o que eles fazem e nada mais. Principalmente o "exterminador futuro que roubou a cabeleira do Zezé". Tão vazio que se pusessem o inexpressivo Keanu Reeves no lugar do Javier Barden não faria diferença.

 

 

 

Enquanto outros parecem ter personalidade' date=' mas nada fazem. O personagem do Tommy Lee Jones passa o filme todo com cara de bunda e sempre dez passos atrás de toda a ação. Sempre chega atrasado e nada sobra para ele fazer além de ficar na lanchonete lamentando. Enquanto Woody Harrelson é praticamente só um figurante. Se cortarem as cenas dele, ninguem vai perceber.

 

 

 

A história é entediante e com um final... bem... não dá nem para dizer que aquilo é um final... Como boa parte dos filmes dos Coen. Tem gente que acha esses finais abruptos geniais. Eu acho que é pura falta de criatividade para fechar as historinhas chatíssimas que eles decidem filmar. Ou falta de tempo.

 

 

 

Para quem tem um interesse especial pela parte técnica o filme é pura diversão. Para mim, que me interesso mais pelos personagens e pela história contada, o filme é uma tortura.

 

 

 

Talvez eu é que não entenda as mensagens dos filmes dos Coen. Se é que há alguma. As comédias deles não tem graça alguma para mim, as cenas de ação não me empolgam, as de suspense não me causam tensão...[/quote']

Troquem o comentário do Nostromo por todos os antônimos possíveis e vocês entenderão o que acho de No Country. Ótimo filme.

 

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Os Inocentes (The Innocents, Jack Clayton, 1961) - 3/5

Uma casa enorme, antiga, com muitos cômodos vazios, cheia de sombras e em preto e branco é o lugar ideal para fantasmas aparecerem. O filme é desagradável, com aparições sobrenaturais medonhas, que acontecem discretamente, e crianças estranhas e até mesmo abomináveis. Contar pedaços dos acontecimentos passados, ao invés de mostrar, foi uma boa escolha, porque nos coloca na mesma situação que Miss Giddens, tendo que imaginar o que aconteceu naquela casa. E aparecendo sutilmente, os mortos permanecem figuras misteriosas. Alguns livros são perfeitos para o cinema...

 

 

 

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Vistos:

 

Como Treinar Seu Dragão - Só digo uma coisa: Comparável aos melhores da Pixar, extremamente bem feito e tem algo fundamental: Curtinho e sem aqueles números musicais longos e chatos.

 

Esquadrão Classe A - Montanha russa divertida em BD com som bacanérrimo e imagem idem.

 

Ninja Assassino - Ainda estou digerindo... mas gostei.  

 

Revistos:

 

Star Trek - Cada vez melhor. BD impecável, toneladas de extras.

 

Duro de Matar 4.0 - A franquia da vida do Bruce Willis e como apanha com o classe o fdp.. 06

 

 
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