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Forum Cinema em Cena

Psicose (Alfred Hitchcock, 1960)


Dook
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Como o antigo tópico provavelmente foi pras cucuias, eis o novo, comemorando 50 anos deste filmaço!

 

15/06/2010 - 06h04

Meio século de "Psicose", a obra icônica de Alfred Hitchcock

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Anthony Perkins no papel de Norman Bates em cena de "Psicose" (1960), de Alfred Hitchcock

FILMES DE ALFRED HITCHCOCK

 

 

 

 

Fernando Mexía.

Los Angeles, EUA - O clássico de Alfred Hitchcock "Psicose" completa 50 anos como a obra prima do cinema de suspense reconhecido mundialmente por sua já mítica cena do assassinato no banheiro executado pelo alienado Norman Bates. Apesar de ter estreado com críticas desfavoráveis em 16 de junho de 1960 em uma sala nova-iorquina, o filme acabou convencendo a indústria e o público, que meio século depois continua fã desta obra emblemática.

"Psicose" voltou aos cinemas em abril no Reino Unido e em 19 de outubro vai ganhar uma edição especial em formato blu-ray - não há data de lançamento prevista no Brasil. "Psycho 50th Anniversary Edition" incluirá uma versão remasterizada do filme em alta definição e contará com inúmeros conteúdos extras, entre estes um documentário sobre como foi realizado o filme, o trailer original e uma análise da inconfundível cena do chuveiro.

O filme, protagonizado por Janet Leigh e Anthony Perkins, leva o espectador a um estranho hotel administrado por Norman Bates, um homem que aparentemente vive submisso a mãe, onde chega uma mulher que foge para a Califórnia para começar uma nova vida com seu namorado, após ter roubado US$ 40 mil de sua empresa.

Uma parada no caminho será a última para a personagem interpretada por Leigh, que morrerá esfaqueada enquanto toma banho, em uma sequência tão reconhecida por suas imagens quanto pela sua trilha sonora.

Os violinos serviram para o compositor Bernard Herrmann para gerar a tensa melodia que vai "crescendo", enquanto ocorre o ataque que em 2009 foi votado como a mais aterrorizante da história do cinema em uma pesquisa realizada pela entidade de direitos autorais de propriedade intelectual britânica PRS for Music.

Além de seu impacto audiovisual, esse crime de ficção chegou a se transformar em objeto de livros, como o publicado em março por Robert Graysmith, "The Girl in Alfred Hitchcock's Shower", dedicado a falar da vida dupla de Leigh em "Psicose". O corpo nu da atriz na famosa cena era de Marli Renfro, uma mulher que chegou a ser capa da "Playboy" antes de desaparecer e correr a notícia equivocada de que havia sido assassinada. O papel de Renfro em "Psicose" foi mantido em sigilo pela produção em 1960, tanto pelo diretor quanto pela estrela do filme, Leigh, quem por pudor se negou a tirar a roupa diante das câmeras.

Essa não foi a única artimanha do "mestre do suspense" para o lançamento do filme, que se baseou no romance homônimo publicado em 1959 por Robert Bloch, inspirado na figura de Eddie Gein, um assassino serial de Wisconsin que nos anos 50 colecionava restos humanos em sua fazenda.

Uma vez que decidiu fazer "Psicose", Hitchcock iniciou uma campanha para impedir que o público conhecesse antecipadamente o fim da trama, por isso comprou todas as cópias da primeira edição do livro, cujos direitos tinha adquirido por US$ 9 mil.

"Psicose" foi rodado em um estúdio fechado e obrigou a todos os trabalhadores a assinar um contrato que os obrigava a não mencionar o fim para ninguém. Com a ideia de manter a tensão durante as projeções, Hitchcock aparecia nos cartazes do filme alertando os espectadores que não aceitaria ninguém na sala após o início da sessão.

"Psicose" é possivelmente o título mais conhecido da filmografia deste cineasta, que também fez produções como "Os 39 Degraus" (1935), "Interlúdio" (1946), "Janela Indiscreta" (1954), "O Homem Que Sabia Demais" (1956) e "Intriga Internacional" (1959).

 

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Quem quiser falar das sequências (das quais só presta o II, IMO) ou do remake maldito do Gus Van Sant, fique à vontade...
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 Um grande filme com certeza. Alem d uma das trilhas sonoras mais legais da historia do cinema (Composta por Bernard Hermann) o filme ainda trouxe a brilhante atuação de Anthony Perkins como Norman Bates.

 

 Das sequencias, só assisti ao 2, q é um bom filme, mas q não se compara ao nivel d tensão do original.
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Ah' date=' pára Schon... na melhor das hipóteses o remake do Van Sant é um discurso tipo "olha, eu consigo fazer igual ao Hitch..."

 

Não vejo nada de estudo de cinema ali...
[/quote']

 

A idéia do filme é exatamente essa, oras, a de fazer uma leitura idêntica a do original, mas sob o parametro do hoje. É sobre como pensar cada plano, mise en scene, atuação, iluminação, fotografia de forma (literalmente) fiel, mas sob os padrões (tecnologicos, estéticos, etc) de hoje. (por ex, como produzir via cor uma imagem semelhante a de uma preto-e-branca - só pra ficar no mais básico). O filme É o estudo do original.

É um projeto ousado pra cacete, principalmente pelo fato de mexer com um cânone - e aí a maioria das pessoas encara a coisa como "muito pior que o original", porque parece ver o cinema como meio de contar uma história; bem como pelo fato de subverter essa idéia do "remake" - que cada vez mais equivale a "pegar a idéia geral do roteiro e refazer tudo" (muito mais interessado, na maioria dos casos, em se aproveitar da griffe do filme original pra faturar um $$).

Além de tudo isso, trata-se de um filme de refinamento estético absurdo (não podia ser diferente, em se tratando de tal material), a fotografia do Christopher Doyle é linda.

Gus Van Sant é, ao lado do Lynch, o diretor mais avançado/transgressor/moderno/visionário do cinema Americano há pelo menos uma década.
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Uia... a coisa aqui tende a melhorar...

Confesso que sempre tive curiosidade de ver esse do Van Sant (até pra entender essa história de fazer uma cópia ou seja lá o que for, de Psicose) e não morro de amores pelo filme do Hitch.

 

 
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eu acho o original foda.

O lance de mudança de protagonista é genial.

 

Mas pelo que dizem não era para ser tão genial assim. Ao que parece tinha um lance das pessoas chegarem atrasadas no filme. Então armou essa arapuca, pra ninguém se perder06

 

 

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Concordo com o DOOK. Aquilo q o Gus Van Saint fez é uma bobagem sem tamanho. Filmar quadro a quadro pra q? Botar as coisas no parametros d hoje? Ninguem mais se veste como o Arbongast visto no filme do Van Saint, q em nivel d direção d arte tá totalmente deslocado do resto. A escolha do protagonista foi um erro total, o filme é um erro.

 

 Não sou contra remakes, queriam fazer uma releitura do livro do Bloch? Otimo. Ganhar uns trocados no processo? Pq não? Mas oq Van Saint fez foi uma grande bosta. Não há nada d genial alí. Só mais um "universitario" refilmando a cena do chuveiro com sua "camera de video", como tantos outros, brincando d ser Hitchcock por um dia.
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eu acho o original foda.

O lance de mudança de protagonista é genial.

 

Mas pelo que dizem não era para ser tão genial assim. Ao que parece tinha um lance das pessoas chegarem atrasadas no filme. Então armou essa arapuca' date=' pra ninguém se perder06

 

[/quote']

 

Até onde eu sei, isto é lenda, mas ok. 06

 

Adoro Psicose. É meu suspense favorito...o filme funciona em todos os sentidos de uma forma que parece uma bomba sendo armada, qdo ela finalmente "explode" o que temos é uma soberba atuação de Perkins. E qto a Hitch, GÊNIO.

 

 

Já o remake do Van Sant...isto eu nem comento. 0706

 

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esse comentário do Schon, de certa forma, valoriza o tópico, já que é uma visão diferente da usual quando o tema é o remake do Van Sant. achei bastante interessante e confesso que não havia pensado por esse prisma, no entanto, eu realmente não gosto do remake (mesmo gostando bem do van sant) pelo que ele realmente é, e não pelo que ele quis ser, o que o van sant quis fazer, a coragem que ele teve e yada yada, tudo muito salutar, mas na prática, vi uma colagem colorida de uma obra-prima Hitchcockiana, e das mais porcas, principalmente levando em conta os atores envolvidos no projeto, talvez a escalação de Vaughn (que eu até gosto em papéis cômicos) conste como top 10 piores escalações de ator pra determinado papel, simplesmente matando completamente a aura criada por Perkins e seu lunático e inigualável Norman Bates.

 

mal comparando, o van sant fez o que o snyder faz com graphic novels. filmes pra mim pulsam, e um filme colado apenas, é um filme morto, como esse psycho aí. única bola fora do van sant até aqui.

 

bat2010-06-18 01:53:14

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Ah' date=' pára Schon... na melhor das hipóteses o remake do Van Sant é um discurso tipo "olha, eu consigo fazer igual ao Hitch..."

 

Não vejo nada de estudo de cinema ali...
[/quote']

 

A idéia do filme é exatamente essa, oras, a de fazer uma leitura idêntica a do original, mas sob o parametro do hoje. É sobre como pensar cada plano, mise en scene, atuação, iluminação, fotografia de forma (literalmente) fiel, mas sob os padrões (tecnologicos, estéticos, etc) de hoje. (por ex, como produzir via cor uma imagem semelhante a de uma preto-e-branca - só pra ficar no mais básico). O filme É o estudo do original.

É um projeto ousado pra cacete, principalmente pelo fato de mexer com um cânone - e aí a maioria das pessoas encara a coisa como "muito pior que o original", porque parece ver o cinema como meio de contar uma história; bem como pelo fato de subverter essa idéia do "remake" - que cada vez mais equivale a "pegar a idéia geral do roteiro e refazer tudo" (muito mais interessado, na maioria dos casos, em se aproveitar da griffe do filme original pra faturar um $$).

Além de tudo isso, trata-se de um filme de refinamento estético absurdo (não podia ser diferente, em se tratando de tal material), a fotografia do Christopher Doyle é linda.

Gus Van Sant é, ao lado do Lynch, o diretor mais avançado/transgressor/moderno/visionário do cinema Americano há pelo menos uma década.

 

Eu entendo perfeitamente isso que vc colocou e concordo... MAAAAASSS, ficou na intenção. O resultado final é este: a fotografia é linda, Danny Elfman emula Hermann como ninguém nunca conseguiu, mas o elenco está todo deslocado. A começar pelo Vaughn que, como o bat falou, destrói tudo aquilo que Perkins construiu no original. Vc bate o olho e vê que o cara é esquisito, o que não acontecia com Perkins. A única ali que consegue conferir alguma dignidade é a Julliane Moore (pra variar) e mesmo assim não demonstra metade do desespero mostrado pela Vera Miles que inclusive justifica o ato deles no final. O resto é pastel de vento, com destaque pro Robert Forster como o psiquiatra no final, mais perdido que cego em tiroteio. Sem mencionar que Van Sant opta por decisões estéticas HORROROSAS como flashbacks do Norman na cena da morte de Arbogast (!!), a mansão Bates que nem de longe evoca o mistério do original; motoristas saindo pela porta do passageiro como se ainda estivessem em 1960 (ué, a idéia não era pensar todo o material e suas implicações com a mentalidade de hoje?), entre outros problemas...

 

Van Sant poderia até ter tudo isso que vc colocou em mente... E é um esforço louvável, já que hoje remakes são motivado$ pela ganância dos executivos interessados em esgotar um sucesso até sua última gota. Mas o resultado final, infelizmente, comprovou a regra: remakes, salvo raríssimas exceções, fedem.
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 Acho "Psicose" um filme tão genial que, sinceramente, nunca me atraiu em NADA ver o "resultado do estudo" do Van Sant, principalmente se considerarmos o casting que, muito bem pontuado pelo Dook, mostra-se completamente equivocado...

 

PS: esse argumento/premissa do Shon (ou do Van Sant, sei lá...) de que se trata de um "estudo" sobre o filme e blá-blá-blá fica perfeita para ser usada como escudo à críticas, principalmente se vinda da boca de diretores e produtores de inúmeros remakes porcos e pretenciosos de ícones do Cinema que insistem em pipocar ano após ano.

 

 Guardem essa!

 

 Sendo ousado pra cacete ou não, parece que o resultado não agradou a maioria (de críticos à público)...
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