Jump to content
Forum Cinema em Cena

Religião (#4)


Mr. Scofield
 Share

Recommended Posts

  • Members

Alternativa que não funciona claramente, tanto que estamos discutindo a questão. Se fosse assim, todas as crianças abandonadas seriam adotadas ou grande parte delas. Tanto não são que a escolha da mãe é, em muitos casos, de simplesmente não deixar a criança nascer ao vê-la jogada nas ruas ou com um futuro completamente negro e tenebroso.

 

A maior parte dos que querem adotar é criteriosa, quer uma criança de um padrão estético x e as crianças que não são adotadas e passam de uma idade y não são mais adotadas, sem contar a burocracia do processo e número de crianças abandonadas >>>>>>>>>>>>>> pais que querem adotar.

 

Então a mãe comete um assassinato do próprio filho pq ela é uma boa mãe e não quer ver a criança "jogada nas ruas ou com um futuro completamente negro e tenebroso"? Sinceramente, isso não entra na minha cabeça...

 

Sério, não consigo aceitar a utilização do aborto como mais um método contraceptivo, sendo que muitos outros que não são violentos como ele existem e a imensa maioria da sociedade brasileira sabe disso e sabe como utilizá-los... O que temos de fazer são mais campanhas de conscientização da importância dos cuidados para que não se venha a ter filhos e para o planejamento familiar... É isso que deve ser feito... Partir para uma legalização do aborto é assumir que o mesmo é um método contraceptivo válido e aceitável, o que é uma incongruência com tudo que existe em nossa sociedade...

 

Quanto a essa ideia de que a legalização do aborto diminuiria a procura por clínicas clandestinas, não sei ao certo se realmente isso é fato! Já pararam para pensar na hipótese das pessoas continuarem a procurar clínicas clandestinas por questões de preço? Mas alguns poderiam pensar que com a legalização, poderia-se fazer aborto pelo SUS, mas será que há uma estrutura aceitável, cabível para que o método seja aplicada com a prestreza que o mesmo necessita? Mais outra coisa, e os planos de saúde, aceitariam fazer o aborto e cobrir o mesmo em seus planos, uma vez que a pessoa engravida por um descuido dela, fazendo com total consciência do risco?

 

Realmente, acredito que a questão não é tão simples como muitos estão pensando que é... Existem questionamentos práticos, éticos, morais, religiosos, jurídicos, constitucionais e etc... Tudo isso tem de estar em pauta... É um caso de tamanha complexidade que o ideal seria até a convocação de um plebiscito, ao meu ver... 

Link to comment
Share on other sites

Então a mãe comete um assassinato do próprio filho pq ela é uma boa mãe e não quer ver a criança "jogada nas ruas ou com um futuro completamente negro e tenebroso"? Sinceramente, isso não entra na minha cabeça...

 

Sério, não consigo aceitar a utilização do aborto como mais um método contraceptivo, sendo que muitos outros que não são violentos como ele existem e a imensa maioria da sociedade brasileira sabe disso e sabe como utilizá-los... O que temos de fazer são mais campanhas de conscientização da importância dos cuidados para que não se venha a ter filhos e para o planejamento familiar... É isso que deve ser feito... Partir para uma legalização do aborto é assumir que o mesmo é um método contraceptivo válido e aceitável, o que é uma incongruência com tudo que existe em nossa sociedade...

 

Quanto a essa ideia de que a legalização do aborto diminuiria a procura por clínicas clandestinas, não sei ao certo se realmente isso é fato! Já pararam para pensar na hipótese das pessoas continuarem a procurar clínicas clandestinas por questões de preço? Mas alguns poderiam pensar que com a legalização, poderia-se fazer aborto pelo SUS, mas será que há uma estrutura aceitável, cabível para que o método seja aplicada com a prestreza que o mesmo necessita? Mais outra coisa, e os planos de saúde, aceitariam fazer o aborto e cobrir o mesmo em seus planos, uma vez que a pessoa engravida por um descuido dela, fazendo com total consciência do risco?

 

Realmente, acredito que a questão não é tão simples como muitos estão pensando que é... Existem questionamentos práticos, éticos, morais, religiosos, jurídicos, constitucionais e etc... Tudo isso tem de estar em pauta... É um caso de tamanha complexidade que o ideal seria até a convocação de um plebiscito, ao meu ver... 

 

Ótimos questionamentos, Sunder. E não pretendo respondê-los com opiniões não. Acho muito plausíveis suas colocações como contraponto.

 

Muito bom seu questionamento sobre clínicas clandestinas também. Bom, nos casos do plano de saúde, o governo tem um trunfo, que é o controle governamental dos procedimentos mínimos a serem oferecidos. Ele pode determinar que os planos têm que dar assistência aos abortos realizados. No SUS a coisa encrespa bem, todos conhecemos sua ineficiência.

 

Vou ser polêmico com uma coisa que você citou. Eu entendo PERFEITAMENTE as mães que acham que as crianças no seu ventre não devem nascer porque acreditam que o futuro da criança será negro, uma vez que a gravidez já está consolidada (e aí já não cabem questionamentos de "o que ela deveria ter feito"). Aliás, mais do que isso, eu concordo com grande parte delas.

 

Isso ocorre porque compreendo a situação de forma diferente da que você colocou na primeira frase, contrapondo sem querer as expressões "cometer um assassinato" e "boa mãe", que são absolutamente incompatíveis no campo ético. Quem lê, obviamente, tende a se revoltar mesmo.

Mas, ao analisar a situação como ela me parece no locus social (que é o que realmente importa pra mim) considero ABSURDAMENTE plausível não colocar uma criança em um mundo onde a mãe não VAI cuidar (é FATO que a criança depende de alguém durante muitos estágios de vida) ou não tem condições financeiras para tal, uma vez que as alternativas para o caso, efetivamente não funcionam ou não vale a pena correr o risco pelo alto índice de possibilidade de dar errado e suas graves consequências. Mas se considerarmos o campo religioso (que influencia de forma determinante na opinião da sociedade) a coisa muda COMPLETAMENTE de figura, como disse antes.

Link to comment
Share on other sites

Afora isso tem algumas coisas que determinam e balizam todos os meus comentários de opinião pessoal (e não de minha impressão com relação à sociedade):

 

1) Existe um problema que exige uma resolução de CURTO prazo? A meu ver, sim.

 

Que problema é esse?

 

Número elevado de abortos  - não me produz efeito

Mulheres que abortam em clínicas clandestinas, independente da sociedade considerá-las certas ou não e clínicas que exploram esse tipo de conduta - sim, eu me importo

 

2) O questionamento teórico/filosófico/ético resolve a questão sobre a descriminalização/criminalização do aborto? Não, porque, nesse caso, o campo teórico não reflete a realidade e cria ilusões de comportamentos ideais, independente das respostas. A situação já ocorre, a prática vai em sentido independente da teoria.

 

3) Em quaisquer das instâncias, a EDUCAÇÃO é fundamental, mas é medida de longo prazo e não excludente. Não há sentido em discutir, é de senso comum.

 

4)  A criminalização é a situação atual. Se o problema existe, algo precisa mudar. Ou descriminalizar ou criminalizar em outros termos, diferentes dos atuais.

 

5) Descriminalizar - junto com a educação PODE ser uma excelente alternativa para resolver o fator lá em cima enunciado. Exige intervenção do governo, entretanto, que considero razoavelmente possível, apesar dos problemas brilhantemente levantados pelo Sunder, Dook e amigos - é minha escolha pessoal, apesar de admitir a necessidade de outros mecanismos de intervenção.

 

6) Criminalizar em outros termos - exige atitude governamental porque a tutela do bebê tem que ser transferida para alguém.

 

Adoção - desburocratizar (fundamental) mas não tem caráter impessoal - está relacionado a padrões de quem adota, que é pessoa física comum. Altamente ineficiente quando considerado de forma isolada. Além do que, demanda infinitamente maior que a oferta.

 

Governo - caráter impessoal ideal (excelente) e praticamente determinante, mas gastos MUITO elevados, infactível

 

7) Opinião da sociedade (que é a que importa) - NÃO legalizar, acharia uma aberração minha opinião prevalecer. Preceitos religiosos e éticos determinantes que a maior parte da população acredita, são coerentes e claros, gritam contra a legalização.

 

8) Como resolver então, tendo em conta item 7?

 

Medidas emergenciais - sou incapaz de sugerir algo : (

Medidas de longo prazo - Educação massiva para reduzir o horizonte de resposta real.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Vc quer uma resposta simples para uma pergunta eivada de complexidade...

 

É uma questão de escolha

 

Pelas respostas de vocês, fica claro que vocês pensam que existem situações onde não é pecado uma pessoa matar outra, correto?

Então me pergunto, seria pecado atacar uma pessoa que está atacando Jesus (literalmente) visando defender ele? Imagino que esta situação entraria no grupo de morte justa.

Mas vejam o ocorrido:

 

"Ora, o que o traía havia-lhes dado um sinal, dizendo: “A quem eu beijar, este é ele; detende-o.” 49 E, dirigindo-se diretamente a Jesus, disse: “Bom dia, Rabi!” e beijou-o mui ternamente. 50 Mas Jesus disse-lhe: “Amigo, para que fim estás presente?” Eles avançaram então e deitaram mãos em Jesus, e detiveram-no. 51 Mas, eis que um dos que estavam com Jesus estendeu a mão e puxou a sua espada, e, golpeando o escravo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. 52 Jesus disse-lhe então: “Devolve a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada perecerão pela espada

"

Mateus 26:48-52

 

Um dos apóstolos atacou um dos captores de Jesus tentando defende-lo - Que motivação mais justa que esta existe?

Porém Jesus mesmo assim censurou este apóstolo e disse que TODOS que usarem "a espada"  morreriam.

 

Então, sim, é uma questão bastante simples Sunder e não Dook, não é questão de escolha.

 

Matar, em qualquer hipótese, é pecado, e todos os que o fizerem serão mortos.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Arqueólogos fazem descoberta de artefatos que contém referência direta à ressurreição de Jesus

 

arqueologia-peixe-jesus-jonas-200x112.jp

Pesquisadores descobriram, em um túmulo localizado em Jerusalém, a mais antiga referência arqueológica à ressurreição de Jesus já registrada. A descoberta foi anunciada em Nova Iorque na última terça feira pela equipe do professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte.

O trabalho que levou os pesquisadores a essa conclusão foi feito em um túmulo descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de 4 km da Cidade Antiga de Jerusalém.

“Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras”, disse Tabor, ao explicar que as câmeras de alta tecnologia utilizadas pra explorar o túmulo encontraram uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus e a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.

Essa não é a primeira vez que arqueólogos estudam a tumba, mas dificuldades anteriores impediam de se fazer mais imagens e uma exploração mais detalhada do local. Uma das dificuldades encontradas pelos pesquisadores foi o fato de que os ortodoxos condenam a escavação de túmulos judaicos, o que fez com que as autoridades políticas selassem a tumba. Até então só haviam sido feitas algumas fotos do local e poucos objetos foram retirados das tumbas, entre eles o ossário de uma criança, que compõe a coleção do Estado de Israel.

De acordo com o Correio Braziliense a idade exata dos túmulos não foi definida com testes de carbono 14, mas pode-se afirmar que os mesmos são do século primeiro devido à estética funerária, típica dos anos 20 a 70. De acordo com os pesquisadores, depois desse período, com a destruição da cidade sagrada pelos romanos, os judeus deixaram de usar caixas de pedra nos funerais.

As descobertas atuais foram feitas graças a uma autorização que James Tabor e Rami Arav, professor de arqueologia na Universidade de Nebraska, conseguiram da Autoridade de Antiguidades de Israel para estudar novamente a tumba. Os estudos foram feitos entre 2009 e 2010 utilizando câmeras de alta tecnologia manipuladas por um braço robótico. O equipamento especial foi patrocinado pelo canal de televisão Discovery Channel, que vai exibir um documentário sobre as descobertas ainda neste ano.

Uma das inscrições encontradas diz, em grego antigo, “Divino Jeová, me levante, me levante” ou “Divino Jeová, me levante até o Lugar Sagrado”. Tabor explicou que “essa inscrição tem algo a ver com a ressurreição dos mortos ou é uma expressão da fé na ressurreição de Jesus”. Em um estudo publicado no site de arqueologia bíblica Bibleinterp.com o professor afirmou ainda: “Se alguém tivesse dito que encontrou uma declaração sobre a ressurreição em uma tumba judaica desse período, eu diria que era impossível”. Ele afirma que as inscrições provavelmente foram feitas “por alguns dos primeiros seguidores de Jesus”.

“Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores”, afirmou Tabor, que ara divulgar as descobertas publicou um livro intitulado The Jesus Discovery, contendo todas as conclusões de sua pesquisa.

James Tabor concluir reconhecendo que suas conclusões são “controversas” e que vão causar certo repúdio entre os “fundamentalistas religiosos”. Segundo o professor, outra reação será a dos acadêmicos, que seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.

 

Por Daniel Martins

Link to comment
Share on other sites

Eu fico tão confuso quando tentam "cientifizar" as religiões...

 

Mas a ciência e a religião não são inimigas. Veja o milagre por exemplo, tudo que Deus faz e que não entendemos ou achamos espetacular, consideramos um milagre mas veja, cada pequena coisa que existe no universo obedece a uma lei, se você conhece a lei que regula tal coisa... 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Comentário interessante que vi no face:

 

O Cristianismo não é homofóbico, e nunca foi. Nunca empreendeu um ataque à um homossexual que fosse. Repudia sim, o ato, mas nunca avançou fisicamente contra os homosssexuais. Não posso falar sobre o islamismo, que mata na forca quem é homossexual..

Jean Willys: repudia o ensino do Cristianismo nas escolas por atentar contra o "estado laico" mas não repudia o ensino DO ISLAMISMO E DA TRADIÇÃO ÁRABE NAS ESCOLAS, meu DEUS!

Os homossexuais cavam suas proprias COVAS, ao APOIAR O ISLAMISMO!

 

A razão disso? A assinatura do ilustríssimo deputado nisto:

 

http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=896884&filename=PL+1780%2F2011

Link to comment
Share on other sites

Nesse caso, embora o Wyllis tenha cometido uma estultice atrás da outra nos últimos dias, devo dizer que não me parece a mesma coisa. A ideia aí é fazer os meninos conhecerem a cultura islâmica e árabe para diminuir a visão ocidental preconceituosa de que eles estão sempre ligados a fanatismo e terrorismo (especialmente provenientes dos USA).  A religião aí está intrínseca a um contexto cultural maior e visa, me parece, diminuir o preconceito contra essas pessoas. Me parece coerente ele assinar sim e não tem NADA a ver com ele APOIAR o islamismo ou seus preceitos contra homossexuais, esse cara viajou, um absurdo. Comentário restritivo, maldoso e inadequado, típico de quem nutre algum tipo de antipatia ao Wyllis.

 

O tratamento do ensino religioso cristão é completamente diferente no nosso país, primeiro porque compõe uma disciplina específica (não me parece ser o caso). Segundo porque seus princípios são evidenciados com o objetivo principal de formação de personalidade e de um cidadão, supostamente, melhor segundo quem acredita nele. Ele é introjetado, seus princípios são estudados e o ensino é obrigatório como se fosse parte do indivíduo (e não como forma de conhecer o outro e respeitá-lo) e enfiado pela goela de quem não é cristão. Por isso a revolta não só do Jean, mas de vários ateus, pessoas de outras religiões e agnósticos.

 

Eu, pessoalmente, quase morri na escola quando tive ensino religioso obrigatório (só não perdi o ano porque meus pais me tiraram na época me punindo porque eu matava muitas aulas mentindo e o colégio era particular e muito caro). Por outro lado, reconheço que há fundamentos que, embora não tenha aprendido na escola, provém de meus pais que tem natureza religiosa e são divinos, magníficos mesmo. Então, a verdade é que, como hoje sou uma pessoa com uma personalidade mais formada, não ligo muito para isso. Se tivesse filhos, provavelmente, estaria atento às reações deles diante de tais aulas, entretanto.

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...
  • Members

O problema é que a cultura islâmica prega uma intolerância ao homossexual muito mais forte do que supostamente o faz o cristianismo. Tudo bem que ao estudar a cultura dos caras - o que não vejo nenhum problema - elimina-se uma série de estereótipos que foram sendo criados e reproduzidos no ocidente que nada tem a ver com a realidade. Ainda assim, não dá pra você estudar uma cultura e eliminar do estudo as partes que não te favorecem. Seria hipocrisia demais. Neste sentido é um tiro no pé mesmo que o Wyllis esteja apoiando o ensino de uma cultura que é extremamente intolerante com pessoas como ele. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Ateus farão ‘desbatismo coletivo’ no dia da chegada do Papa ao Rio

  • Ato usará secador de cabelo para ‘evaporar as águas do batismo com os ventos do secularismo’

 

 

2013071608543.jpg

Daniel Sottomaior, presidente da Atea, que organiza o evento: resposta à chegada do PapaMARCOS ALVES

RIO - No dia 22, às 17 horas, no exato momento em que o Papa Francisco iniciar seu primeiro ato em solo brasileiro, ateus do Rio, São Paulo e Porto Alegre planejam fazer, de forma simultânea, o primeiro “desbatismo coletivo” do país. O objetivo do grupo é chamar a atenção para temas como o fim do ensino religioso em escolas públicas, debater o uso de recursos governamentais na visita do Papa e a questionar a sobrevivência de símbolos religiosos em órgãos oficiais, como crucifixos nas salas de julgamento do Judiciário. Segundo os organizadores, ainda há muito preconceito e intolerância com pessoas que não têm religião no Brasil.

 

O “desbatismo” vai seguir a fórmula que já ficou consagrada em outros países, sobretudo nos Estados Unidos, onde o movimento de “ateus praticantes” está mais desenvolvido: haverá uma espécie de cerimônia para as pessoas interessadas em “apagar” o batismo a que foram submetidas enquanto ainda eram crianças. O primeiro passo será “ouvir” algumas palavras em latim “de mentirinha”. Na sequência, “os desbatizados” passarão por uma sessão sob secadores de cabelos, “para fazer evaporar do corpo as últimas moléculas de água do batismo involuntário com os ventos do secularismo”. Após isso, as pessoas assinarão um livro de presença e receberão um diploma de “desbatismo”.

O evento está sendo organizado pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). Em São Paulo, onde os preparativos estão mais adiantados, o evento será na Praça da Sé. Os organizadores ainda estão definindo o local do evento no Rio e em Porto Alegre. Segundo Daniel Sottomaior, engenheiro de 41 anos que preside a Atea, a organização, que conta com cerca de 10 mil filiados, ainda tentará fazer eventos como este em outras cidades brasileiras, de forma simultânea.

— Devemos entrar com um Habeas Corpus preventivo pois o Exército disse que vai prender ou dispersar os manifestantes em São Paulo — afirmou Sottomaior.

Ele afirma que a entidade defende os interesses dos cerca de 2 milhões a 4 milhões de ateus e agnósticos do país. A Atea afirma que o IBGE, por um problema metodológico, subnotifica o grupo, estimado oficialmente em 740 mil pessoas. Isso porque, o grupo acredita que o instituto inclui grande parte dos descrentes na categoria “sem religião”, que conta com 14,5 milhões de pessoas no país, de acordo com o Censo de 2010.

Mas, o “desbatismo” também estará aberto às pessoas de outras religiões ou quem não se sente representado pelo batismo involuntário da igreja católica.

— Sendo desbatizada, a pessoa mostra que não quer se vincular com o que a Igreja Católica faz ou diz — disse.

Além de ser uma resposta da vinda ao Papa ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, o ato visa debater diversas questões. Sottomaior lembra, por exemplo, que não se pode justificar os gastos públicos da visita do Papa com o argumento de que ele é um chefe de Estado. Isso porque, conta, o objetivo da visita é eminentemente religioso, não serão tratadas questões diplomáticas. Para ele, é como o Brasil gastar recursos públicos para garantir uma viagem de férias de Obama às praias brasileiras.

— Temos que discutir os problemas que afligem os ateus. O Brasil ainda conta com ensino religioso em órgãos públicos, ainda há símbolos religiosos em órgãos de governo. O estado laico, secular ainda é uma falácia — disse.

A Atea, que se mobiliza nas redes sociais, onde conta com cerca de 270 mil seguidores, lembra que os ateus ainda sofrem preconceito. A instituição cita pesquisas que indicam que 70% da população não votaria em um ateu para qualquer tipo de cargo político.

— Esse é um país que ainda pensa com a mentalidade de um país católico — conta Sottomaior, que não faz previsões sobre o número de participantes no evento: — Deixem isso para os religiosos —provoca.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/ateus-farao-desbatismo-coletivo-no-dia-da-chegada-do-papa-ao-rio-9059758#ixzz2ZOlxTtfx 
© 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Link to comment
Share on other sites

O problema é que a cultura islâmica prega uma intolerância ao homossexual muito mais forte do que supostamente o faz o cristianismo. Tudo bem que ao estudar a cultura dos caras - o que não vejo nenhum problema - elimina-se uma série de estereótipos que foram sendo criados e reproduzidos no ocidente que nada tem a ver com a realidade. Ainda assim, não dá pra você estudar uma cultura e eliminar do estudo as partes que não te favorecem. Seria hipocrisia demais. Neste sentido é um tiro no pé mesmo que o Wyllis esteja apoiando o ensino de uma cultura que é extremamente intolerante com pessoas como ele. 

 

Mas você acha que vão adentrar tanto a cultura islâmica assim para chegar nesse ponto? Sei lá, vi mais como algo superficial, formador de contexto formado por outras várias variáveis (história mesmo, sabe?).

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não sei... ultimamente eu me preparo para esperar qualquer coisa. O islamismo vem crescendo ao redor do mundo e aqui no Brasil o crescimento é bem tímido... Talvez isto seja o ponto de partida para a religião ganhar mais adeptos no país. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

TOMA ATEA!

 

 

Sem protesto ateu
atea-300x140.jpg

Cartaz que a Atea provavelmente levaria ao evento

Foi negado ontem à noite pela Justiça do Rio de Janeiro um pedido de salvo-conduto para garantir o direito de manifestação de associação de ateus, – a Atea, Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos – durante a Jornada Mundial da Juventude. Ou seja, os integrantes da Atea queriam uma liminar que lhes garantisse o direito de portar, por exemplo, cartazes contra o catolicismo, por exemplo, sem correr o risco de prisão pelas Forças de Segurança.

Na petição, representantes da Atea argumentaram que o general José Alberto Abreu, comandante da 1a Divisão do Exército e coordenador de defesa de área da JMJ, disse  numa entrevista que “quem tentar promover qualquer mobilização no espaço sob o controle das Forças Armadas será convidado a se retirar”.

O desembargador Luciano Rinaldi justificou, assim, a decisão em seu despacho:

- A condição de ateu deve ser respeitada, porquanto a ausência de crença também está inserida no campo da liberdade de orientação religiosa, protegida pelo texto constitucional. Contudo, essa condição não garante, sob qualquer pretexto, o pretenso direito de manifestação nos locais de livre exercício dos cultos religiosos e suas liturgias, que devem ser protegidos pelo estado, conforme determinação constitucional.

Por Lauro Jardim

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...