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Forum Cinema em Cena

Religião (#4)


Mr. Scofield
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Não entendi a sua afirmação sobre mim.

 

Como eu disse, faço o possível pra respeitar todo e qualquer pensamento, e não tento nem acho certo colocar goela abaixo o que eu considero certo ou errado pra todos.

Ainda mais em se tratando de valores religiosos que são muito mais pessoais ainda.

Se você é feliz com seu deus, e ele te satisfaz, e você está em equilíbrio, eu sou feliz por você, e ponto. Porém, não faz eu achar que o que serve pra você serve pra mim.

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Gust84, eu realmente não sei porque você insiste em frequentar este tópico... Você não quer discutir o que nele está proposto, quando alguém o faz, você vem com gracinhas ("obrigado Scofa") e quando confrontado a desenvolver sua linha de raciocínio você dá chilique e ainda encerra com esse tipo de mimimi "colocar goela abaixo o que eu considero certo para todos"...

 

Aliás, para você e outros que tem essa mesma mentalidade, tomem nota: cresçam! Esse tópico mexe sim com os brios de qualquer pessoa, portanto se não aguenta o tranco, VAZA!

 

Impressionante, mas o Scofield é o único não-religioso ainda atuante no fórum com quem vale a pena discutir este assunto. Sabe porquê? Pq ele já superou a infância, seja a intelectual, seja a emocional. 

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Cara não fiz gracinha.

Agradeci o scofa porque ele consegue explicar o que eu penso de maneira muito sucinta e como eu não conseguiria.

Não foi no intuito de diminuir o seu post, mas sim elogiar o dele.

No mais quem tem que crescer é o senhor e aceitar que existem pessoas que pensam e vivem diferente de você e nem por isso são piores ou melhores que você. São apenas diferentes.

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Interessante o tema. Mas ainda assim cabe uma observação provocadora: o cristão do diálogo poderia ser trocado por um fiel de outra crença/religião sem que o teor da discussão se comprometesse por causa disso.

 

Aliás, podemos extrapolar o diálogo e pensar em outras possibilidades:

 

- Sim, o fato de sermos imperfeitos e de possuirmos a capacidade de conceber a ideia de perfeição aponta para a possibilidade de possuirmos a centelha divina em nós. Contudo...

- Qual versão de Deus se aproximaria mais da Entidade Verdadeira e Perfeita? O que nos garante que Deus, tal como é concebido no Cristianismo, Judaísmo ou Islã não é uma corrupção inerente ao homem da Perfeição Divina?

- Seria possível ter uma mínima compreensão de Deus, ou isso é algo completamente fora da nossa capacidade?

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Conan, penso que aí seria outra discussão. No caso, o ateu nega a existência de qualquer divindade, portanto colocar um fiel de outra crença/religião no lugar do cristão, pra mim, não seria nada provocador, ficaria na mesma. Uma vez demonstrada a validade do argumento, aí sim entraríamos na discussão do seu terceiro item: qual versão de Deus se aproximaria mais da Entidade Verdadeira e Perfeita. 

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O Gust84 é o não-ateu mais ateu que existe...

 

 

Penso que o ponto principal é: o conceito existe - fato incontroverso. De onde ele surgiu, já que somos imperfeitos? Como chegamos a esse conceito? E, num cenário onde reina a imperfeição, a idéia de perfeição sem referência simplesmente não pode subsistir. É uma impossibilidade lógica. É como tentar pensar num círculo quadrado.

 

Sugerir que o conceito foi criado pelo homem também não tem qualquer sentido. Faz-se necessária uma base que dê o fundamento que sustente o conceito. É como aquela velha questão: como eu posso identificar o mal se eu não conheço o bem e vice-versa. Usamos muito isso em discussões de filmes e acho que esse ponto foi levantado pelo Alexei: como poderei reconhecer um filme bom se não existir o filme ruim?

 

É o mesmo que acontece aqui. O conceito de perfeição para existir - e ser aspirado - precisa de uma referência anterior (de preferência objetiva) que o estabeleça.

Excelente questionamento, Dook. Mas o conceito de perfeição não é definível e muito menos objetivo racionalmente. Uma vez que algo pode parecer perfeito ou atingir a suposta perfeição, abre condições para algo mais perfeito, portanto o conceito é transitório e envolve transitoriedade. A única coisa perfeita seria Deus para quem acredita e a origem de sua perfeição é nossa INCOMPREENSÃO e FÉ, porque simplesmente Deus não é explicável.

 

Quanto à ideia de referência, acho MUITO difícil explicar e não sei responder, realmente sua pergunta.

 

Na minha opinião parece plausível os humanos chegarem a suas próprias conclusões por experiência e suposições, mas não sei explicar bem por que, rs. Acho que, quando avaliam situações em conjunto, eles são capazes de ver o que parece melhor em uma sociedade ou em outra, selecionando o que cada uma tem do que julga ideal. Acho que esses fatores nunca aparecem em todas ao mesmo tempo, assim o conceito é moldado aos poucos por si próprio e vai se modificando. Acredito que sociedades perfeitas não existam devido a imperfeições de diversas categorias (inclusive da atribuição do "ideal")...e quando supostamente as atingirmos, as transformaremos para melhorar mais porque detectaremos fatores que não vimos antes (aliás, esses novos elementos podem surgir a qualquer momento). Com o tempo, o conceito pode ficar cada vez mais complexo. Isso explica um certo caráter transitório para quem acha que a "perfeição" implica em mudanças dos valores no decorrer do tempo.

 

Acho também que é plausível a ideia de haver um conceito de perfeição objetivo que Deus transmitiu através dos tempos, mas somos incapazes de entender porque somos sedentos por conhecimento e elaboramos teorias mirabolantes sobre tudo. Acho que é muito mais fácil lidar com esse (mas não aplicá-lo, lógico), inclusive.

 

Por outro lado, acho inegável e indiscutível que a sociedade age como se houvesse, ao menos fora do meio religioso, um conceito de perfeição que se transforma com o tempo e com as gerações que se passam. Se ele estiver errado porque é objetiva e criada por Deus, que esteja, mas é a que serve como referência em vida, que é o que importa neste caso. Tendo para esse lado mas compreendo o outro. De qualquer jeito, como não sou religioso, não sofro impacto ou dilemas, fica fácil. No fundo acho que é questão de fé.

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  • 2 weeks later...
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Acho que é uma força de expressão...

 

Acaba se tornando, principalmente para uma sociedade em que valores religiosos são tão fortes...

 

Eu por exemplo falo ou penso "Jesus", "meu deus" e "minha nossa senhora" quando me espanto com algo, mas tenho trocado por outras palavras...

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Acho que é uma força de expressão...

 

Acaba se tornando, principalmente para uma sociedade em que valores religiosos são tão fortes...

 

Eu por exemplo falo ou penso "Jesus", "meu deus" e "minha nossa senhora" quando me espanto com algo, mas tenho trocado por outras palavras...

 

Força de expressão essa que pode (e entendo que deve) ser abandonada em caso de convicção em contrário... 

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Não acho que seja fácil, acho que é cômodo usar a desculpa do "não é fácil" para continuar fazendo uso de palavras que expressam situações ou pessoas nas quais se nega a existência ou a eficácia... Eu não acredito em unicórnio rosa, portanto não fico falando "ah, meu unicórnio rosa..."; trazendo a conversa para a realidade, ando no meio de pessoas que falam palavrão direto, o dia inteiro, como substitutos de "Meu Deus", etc... Como minha convicção (pessoal e espiritual) vai contra o uso de tais imprecações, simplesmente tive que me disciplinar para não usá-las. Se um religioso consegue tal façanha, um ateu super-hiper-ultra evoluído, não manipulado, não achegado a tolices como essa de "crer em Deus" não vai conseguir?  

 

E mesmo assim, a utilização de "Jesus" ou "Meu Deus" como interjeições pode ser encarado como violação do 3º mandamento ("Não tomarás o nome do teu Deus em vão") o que é mais uma razão para crentes e ateus abandonarem o hábito. 

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Não precisa acreditar em algo para usa-la como força de expressão...

 

Existe o sentido literal e o figurativo que são bem diferentes...

 

 

Dizer "Ah, meu unicórnio rosa" pode ser uma força de expressão que você poderia usar, por exemplo, quando se depara com algo ridiculo... 

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Não, não vai. No entanto é estranho quando alguém chama por "meu Deus" mesmo quando não acredita nele. 

Brincando com o tema...o humor da figura consiste em uma falta de lógica baseada na figura do ateu vs acreditar em Deus, que é uma incoerência conceitual. Não tem sentido o ateu crer em Deus em nenhuma hipótese.

 

A frase elaborada pelo Cremis diz que Deus não vai impedir os cachorros de morderem o crente com um "assim como"...mas a relação não é a mesma. Não há uma incoerência conceitual porque Deus não agir não influencia a crença de quem acredita nele e, portanto, não gera conflito. O cara pode, inclusive, morrer atacado pelos cachorros acreditando que vai ser salvo. Talvez uma frase melhor para contrapor fosse "mas os cachorros não parecem se importar com o "deus" de quem é atacado..." , que fica mais no campo imaginativo e soa provocativo também, hahaha.

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Não precisa acreditar em algo para usa-la como força de expressão...

 

Existe o sentido literal e o figurativo que são bem diferentes...

 

 

Dizer "Ah, meu unicórnio rosa" pode ser uma força de expressão que você poderia usar, por exemplo, quando se depara com algo ridiculo... 

 

Incoerência, não importa qual justificativa seja dada. Simples assim. 

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Brincando com o tema...o humor da figura consiste em uma falta de lógica baseada na figura do ateu vs acreditar em Deus, que é uma incoerência conceitual. Não tem sentido o ateu crer em Deus em nenhuma hipótese.

 

A frase elaborada pelo Cremis diz que Deus não vai impedir os cachorros de morderem o crente com um "assim como"...mas a relação não é a mesma. Não há uma incoerência conceitual porque Deus não agir não influencia a crença de quem acredita nele e, portanto, não gera conflito. O cara pode, inclusive, morrer atacado pelos cachorros acreditando que vai ser salvo. Talvez uma frase melhor para contrapor fosse "mas os cachorros não parecem se importar com o "deus" de quem é atacado..." , que fica mais no campo imaginativo e soa provocativo também, hahaha.

 

kkkkk

 

Mas conceitos são socialmente construídos e expressam, mais que a capacidade reflexiva individual, aquilo que foi historicamente concebido como meio de comunicação na coletividade.

 

Se cada um de nós tivessémos a total liberdade de escolher as palavra e os significados que conferimos a elas não seria possível a comunicação. Para que esta ocorra é necessário um mínimo denominador comum garantido por convenções sociais.

 

Logo, quando um Ateu grita "Ai meu deus" não significa que ele acredita, em sua consciência, em Deus, mas está reproduzindo uma expressão comumente utilizada nestas ocasiões. O fato dele não rever os seus conceitos nada mais significa do que o fato desta expressão ser apenas uma expressão qualquer, banal, e que não necessita uma substituição a fim de resolver as incoerências...

 

O mesmo ocorre quando alguém chama o outro de Filho da ***. Não significa que ele realmente pensa que a mãe da pessoa seja uma meretriz, mas está utilizando uma expressão comum para ofender o outro.

 

Portanto, em ambos os casos, as palavras seriam interjeições, ou locução interjetiva: "palavras invariáveis que exprimem estados emocionais". O que a pessoa está comunicando quando diz "Nossa senhora!" não é a crença dela, mas está comunicando um estado emocional em particular (choque, surpresa, etc.)...

 

Seria muito cômico se interpretássemos ao pé da letra coisas como "macacos me mordam"... kkkk

Dariam imagens surreais.

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