Jump to content
Forum Cinema em Cena

Religião (#4)


Mr. Scofield
 Share

Recommended Posts

  • Members

ao lado daqui tem uma Igreja Mórmon. Uma benção!

Se fosse uma outra igreja mais "popular" seria um inferno, heheh. Podem ter umas idéias malucas, mas são extremamente respeitosos. Nunca atrapalharam a vizinhança com falatório, música alta, povo doido gritando. Raramente, quando tem alguma confraternização, deu 22h em ponto, terminam.

Além disso, quando teve uma reforma no muro com a Igreja, eles fizeram o serviço todo com muita eficiência e muito bem feito. heheh Quanto à doutrina não conheço muito. Mas como vizinho, não tem um melhor :lol:

 

São bastante discretos quanto à pregação. Algumas vezes vejo caravanas em frente à Igreja, mas nunca teve eventos opulentos ou "show da fé". Por isso, não conheço muito...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Acho que esse lado maluco que o Conan citou é mais presente na vertente fundamentalista dos Estados Unidos. Na verdade, dos poucos que conheci, achei bem contidos, sem chatice. Apenas presentearam com a Bíblia mórmon (a expressão é correta?) e mais nada. Bastante prestativos e disciplinados. No aspecto teológico, tem algumas adições interessantes à Bíblia original. Mesmo para quem não acredita, serve como boa ficção (com o devido respeito).

 

******

 

Me corrijam sobre as TJs, mas o imbróglio com as TJs sobre a natureza de Jesus Cristo não tem origem em uma tradução alternativa do original em grego?

Link to comment
Share on other sites

  • Members

A pregação deles é estranha.Pelo que sei, ele escolhem a quem pregar segundo alguns parâmetros que eles usam.....e eu acho que não sirvo para eles, porque nunca pregaram para mim :)

 

Quanto a nossa ideia da natureza de Jesus, ela vêm de diversos textos bíblicos.Mas de qual especificamente você está falando?

Link to comment
Share on other sites

Não sei se ele ainda participa do fórum, mas acho que o Nacka é Mórmon.

 

That is correct.

 

Aliás, já vem mais polêmica por aí.

 

 

Proposta que enterra o Estado Laico no Brasil pode ser aprovada na Câmara
Postado em: 27 mar 2013 às 21:43
Câmara pode aprovar proposta que dá fim ao Estado Laico no Brasil. Comissão de Constituição e Justiça já aprovou permissão para religiosos interferirem nas leis brasileiras

Se é que existe a laicidade no Brasil, onde, pelo menos teoricamente, a religião não interfere no Estado, ela está para ter seu fim. Isso porque na manhã desta quarta-feira, 27 de março, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 99/11, do deputado João Campos (PSDB-GO / foto abaixo).

jo%C3%A3o-campos-bancada-evang%C3%A9lica

Proposta do deputado João Campos (PSDB) põe fim ao estado laico no Brasil

A proposta inclui as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal. Ou seja, religiosos poderão questionar decisões judiciais como a legalidade da união estável para casais de mesmo sexo, aprovada no Supremo em maio de 2011.

O texto segue para ser votado em plenário e, se aprovado, segue para votação no Senado Federal. A Ementa da PEC 99/11 versa que caso o texto seja aprovado ele “Acrescenta ao art. 103, da Constituição Federal, o inciso X, que dispõe sobre a capacidade postulatória das Associações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal”.

Leia abaixo a matéria da Agência Câmara

CCJ aprova admissibilidade de PEC que autoriza entidade religiosa a questionar lei no STF

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou, nesta quarta-feira (27), a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 99/11, do deputado João Campos (PSDB-GO), que inclui as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia também

Entre estas entidades estão, por exemplo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil e a Convenção Batista Nacional.

A proposta será analisada por uma comissão especial e, em seguida, votada em dois turnos pelo Plenário.

Autores

Hoje, só podem propor esse tipo de ação:

- o presidente da República;

- a Mesa do Senado Federal;

- a Mesa da Câmara dos Deputados;

- a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

- governador de Estado ou do Distrito Federal;

- o procurador-geral da República;

- o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

- partido político com representação no Congresso Nacional; e

- confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Graças a tecnologia podemos falar com qualquer pessoa, basta ter o número do telefone dela.

 

Claro, claro... liga para o pastor quando ele está no trabalho dele para pedir conselho... O cara estará roubando o tempo do patrão e corre o risco de ser mandado embora, por justa causa ainda, diga-se.

 

E, como não temos apenas 1 pastor, sempre que necessário conseguimos te-los por perto.

 

Inclusive às 3 horas da manhã?

 

Semana passado mesmo, 1 irmão foi atropelado e nada mais nada menos que 10 irmãos e 2 pastores foram ao hospital em menos de 1 hora depois do acidente.

 

Legal... e nas horas seguintes, quem ficou com ele? Quem dormiu com ele no hospital?

 

 

 

Sim, por mim. Só que você disse que ele é "obscuro" e não têm como saber.

 

Não, o texto foi explicado por mim. Again, nunca disse que ele é obscuro. 

 

Mas se você agora sabe, poderia falar o significado dele?

 

Eu sempre soube e já falei. 

 

 

Tenho certeza que sim,mas infelizmente eu trabalho secularmente.

 

Abandone o seu emprego então... viva como um de seus irmãozinhos que vivem para editar os periódicos de vocês e recebem pasta de dente e papel higiênico em troca. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Aposto 15 reais que nenhum dos dois sabe mais como começou a discussão. :lol:

 

Pois é... não sei pq continuo dando bola... hahaha

 

 

...

 

Mudando um pouco de assunto, o que o pessoal do fórum acha dos mórmons? Tem algum aqui no fórum? Conheço por cima os escritos e a história da religião (Um Estudo em Vermelho, do mestre Conan Doyle, é minha maior fonte B)), mas muito pouco sobre a atuação dos membros aqui no Brasil.

 

O Nacka é mórmon, mas ele não fala muito sobre isso. 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Me corrijam sobre as TJs, mas o imbróglio com as TJs sobre a natureza de Jesus Cristo não tem origem em uma tradução alternativa do original em grego?

Na verdade a controvérsia surgiu com Ário, um bispo q veio com a idéia de que Jesus era um ser criado... Deu-se origem à doutrina conhecida como arianismo, lá por volta do ano 300 d.C.

 

As TJs adotam o arianismo, embora não sejam o único movimento a fazê-lo. Mas na ortodoxia teológica bíblica o arianismo sempre foi tido como heresia.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

que inclui as entidades religiosas de âmbito nacional entre aquelas que podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Não sei por que, mas alguma coisa me diz que não estamos nesta lista....

 

Claro, claro... liga para o pastor quando ele está no trabalho dele para pedir conselho... O cara estará roubando o tempo do patrão e corre o risco de ser mandado embora, por justa causa ainda, diga-se.

 

Dook, se ele não puder falar naquele momento, simplesmente falo com outro, essa é uma das várias vantagens de formarmos "um único rebanho".

 

 

Inclusive às 3 horas da manhã?

Qualquer hora.

 

 

Legal... e nas horas seguintes, quem ficou com ele? Quem dormiu com ele no hospital?

Ficamos lá umas 5 horas, até as 23h quando ele foi liberado.Graças a Deus não foi nada grave.A demora se deu mais por conta da precariedade do SUS.

 

 

Não, o texto foi explicado por mim. Again, nunca disse que ele é obscuro.

 

Então eu não ví está explicação, teria como explica-lo novamente?Realmente tenho interesse em saber qual seu entendimento deste texto.

 

 

Abandone o seu emprego então... viva como um de seus irmãozinhos que vivem para editar os periódicos de vocês e recebem pasta de dente e papel higiênico em troca.

 

Queria eu ser tão abnegado assim.Mas infelizmente gosto de acordar tarde (por exemplo, acabei de acordar :) ) e não sou muito bom em seguir rotina (lá existem horário para almoçar, jantar etc.).

O que estou tentando é aumentar minha participação na pregação de casa em casa, este mês que passou trabalhei em média 30 horas de casa em casa.

 

 

Na verdade a controvérsia surgiu com Ário, um bispo q veio com a idéia de que Jesus era um ser criado... Deu-se origem à doutrina conhecida como arianismo, lá por volta do ano 300 d.C.

 

Legal isso, não sabia.Você teria mais detalhes sobre as idéias de Ário?

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não sei se é a mesma teoria do Ário, mas o que sei é que numa tradução do grego as TJs interpretam um pronome que não está no texto original, (que, no grego antigo, pode estar subentendido ou não). Daí a afirmação de outras religiões de que Jesus é um "semi-deus" na visão dos TJs, o que fere a visão da trindade.

 

PS: sou leigo, não quero criar mais nenhuma discussão, só esclarecer. :lol:

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não sei de qual texto você está falando, mas um dos textos que usamos como base de nossa crença é o que diz:

 

"Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16 porque mediante ele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as coisas visíveis e as coisas invisíveis, quer sejam tronos, quer senhorios, quer governos, quer autoridades

"
Para mim fica bem claro que Jesus foi a primeira criação de Deus.
 
Você estaria falando do texto que diz que Jesus é a "palavra"?
 
Em tempo: Embora não concorde com as crenças deles, tenho que admitir que gostei deste pastor Feliciano.
Ele está errado no que acredita, mas está cumprindo o papel dele.
Link to comment
Share on other sites

 
Em tempo: Embora não concorde com as crenças deles, tenho que admitir que gostei deste pastor Feliciano.
Ele está errado no que acredita, mas está cumprindo o papel dele.

 

 

Claro, cumprindo o papel dele na Comissão de Direitos Humanos sendo  racista e homofóbico? Eu também adorei ele, mostra o quanto o povo brasileiro é palerma e estúpido por colocar estrupícios que deveriam ser queimados em uma fogueira ardente em cargos públicos de importância.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Nem a Anistia Internacional aprova essa aberração do Pastor Marco Feliciano na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. E sim a Anistia Internacional tem mais crédito que muitos idiotas com “opinião” ai. Sem ela o mundo seria uma barbárie total.

 

Nota pública sobre a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

 

A Anistia Internacional vem a público expressar sua preocupação com a permanência do Deputado Marco Feliciano na Presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, mesmo após enorme mobilização de diferentes setores da sociedade brasileira, especialmente daqueles ligados às lutas pelos direitos de populações tradicionalmente vítimas de intolerância e violência, solicitando a sua substituição.

 

A Comissão de Direitos Humanos é uma instância fundamental para a efetivação das garantias de cidadania estabelecidas na Constituição. É essencial que seus integrantes sejam pessoas comprometidas com os direitos humanos e possuam trajetórias públicas reconhecidas pelo compromisso com a luta contra discriminações e violações que continuam a fazer parte do cotidiano da sociedade brasileira.

As posições claramente discriminatórias em relação à população negra, LGBT e mulheres, expressas em diferentes ocasiões pelo deputado Marco Feliciano, o tornam uma escolha inaceitável para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Proteção de Minorias. É grave que tenha sido alçado ao posto a despeito de intensa mobilização da sociedade em repúdio a seu nome.

 

A Anistia Internacional espera que os(as) parlamentares brasileiros(as) reconheçam o grave equívoco cometido com a indicação do Deputado Feliciano e tomem imediatamente as medidas necessárias à sua substituição. Direitos fundamentais não devem ser objeto de barganha política ou sacrificados em acordos partidários.

 

Link.: http://anistia.org.br/direitos-humanos/blog/nota-p%C3%BAblica-sobre-comiss%C3%A3o-de-direitos-humanos-e-minorias-da-c%C3%A2mara-dos-deput

Link to comment
Share on other sites

  • Members

A única coisa que eu "aprovo" nesse verme Feliciano é que ele tem bolas para defender seu ponto de vista, por mais horrendo que seja. Num mundo como o de hoje, em que todo mundo faz média com todo mundo, o cara se sobressai por ser fiel a seus princípios. Não me entendam mal, por mim ele era linchado em praça pública, mas é curioso encontrar um cara que não cede a pressão nenhuma e ainda dá a cara a tapa.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Indiana,

É isso que penso também.

Ele dá a cara a tapa, defende o que pensa e realmente faz o papel dele.

Além do que, em alguns pontos ele realmente está certo.As pessoas estão passando do limite ao agredir ele e estão impedindo a comissão, que não trata só dos LGBT, desenvolver seus trabalhos.

Recentemente a comissão queria aprovar uma nota de repúdio ao comentário possivelmente homofóbico do novo presidente Venezuelano e a galera LGBT simplesmente não deixou, com tanta gritaria que estavam fazendo contra ele.

Ele também levantou um ponto interessante, o papel dele alí é simplesmente colocar em pauta o que vai ser votado, quem vota são os membros da comissão, não ele.

Recentemente ele estava tentando votar um projeto do Jean (Parlamentar LGBT) e o povo não deixou.

Acredito também que aquele post no twitter possa não ser racista, se o que ele diz for verdade.

E o que ele falou sobre não querer ver homossexuais se beijando na rua, não creio que seja uma opinião homofóbica, eu mesmo não gosto de ver nenhum casal se beijando, seja homo ou seja hétero. 

Ele está alí representando as pessoas que votaram nele e defende a opinião destas pessoas, sempre que vejo comentários dos posts e entrevistas que ele dá vejo bastante gente apoiando ele.

Enfim, não tenho nada contra nem a favor.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Mussolini é o mentor oculto de certas pessoas aqui. Quem o apoia é tão culpado quanto esse criminoso do Deputado Marco Feliciano.

 

Preferências religiosas em detrimento da liberdade de todos

 

Por Alexandre Douglas Zaidan de Carvalho em 05/03/2013 na edição 736

 

Talvez a mais consagrada virtude do constitucionalismo moderno, e responsável por sua afirmação após um nebuloso período de guerras santas, tenha sido o direito à liberdade religiosa. A pretensão de convivência pacífica, quando a tradição ou a fé não conseguiram mais manter a unidade do mundo ocidental, buscou no Direito a solução para a coexistência de diversas concepções sobre a relação dos homens com Deus, mesmo diante das radicais distinções de crença e da impossibilidade de sua representação em uma única instituição, seja a Igreja ou o Reino.

 

Se a Constituição em sentido moderno é ao mesmo tempo criação e consequência dessa ruptura do mundo da consciência em suas dimensões interior (espiritual) e o exterior (temporal), a sua estabilização normativa, como uma espécie de nova “religião civil”, dependeu em grande medida das condições de sua aceitação por todos os integrantes dessa comunidade, considerando, como faz o historiador alemão Koselleck [KOSELLECK, Reinhart. Crítica e Crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês. Rio de Janeiro: Contraponto, 1999, p. 30] que a “consciência desprovida de amparo externo degenera em fetiche de uma justiça em causa própria”, e o arbítrio revestido de intolerância seria a causa da hobbesiana guerra de todos contra todos, de modo que só a confiança no Direito e a liberdade para as ideias que odiamos seriam capazes de fundar uma ordem legitimada pelo pluralismo.

 

Essa não é, contudo, uma questão estanque. A verificação de permanência das exigências de legitimação plural das democracias constitucionais é recobrada a cada vez que o poder se manifesta, e se esse poder pretende manter as mesmas condições gerais de sua aceitabilidade pelos integrantes da comunidade política não pode substituir a confiança na ordem e a liberdade para as ideias odiadas, mitos fundadores da nossa “religião civil”, pela preferência institucionalizada de um credo que assume a força conferida pela ordem para perseguir as crenças e modos de vida radicalmente contrários.

 

Descendentes “amaldiçoados”

 

Esse não é um exercício fácil, mas o resgate dessas lições parece sempre muito salutar toda vez que a aproximação entre um grupo religioso e a dimensão institucional da política se apresenta na esfera pública, como agora.

 

A notícia de que o pastor Marcos Feliciano será o novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados levanta mais do que uma oportunidade para a defesa de grupos historicamente oprimidos no Brasil. Ela clama pelo dever dos que têm na tolerância um valor caro ao constitucionalismo, de se apresentar contra a ocupação seletiva dessa instância da representação parlamentar por um setor reconhecidamente contrário à luta de minorias a que o Estado deve de tratar sob circunstâncias de igual respeito e consideração.

 

Como notícia do Estado de S. Paulo de quinta-feira (28/2), o deputado Marcos Feliciano provocou grande polêmica no ano de 2011, ao publicar em seu Twitter que o amor entre pessoas do mesmo sexo levava “ao ódio, ao crime e à rejeição”e que os descendentes de africanos seriam “amaldiçoados”.

 

A ridicularização pública

 

A escolha resulta de acordo de lideranças entre o Partido Social Cristão e o PT, que deixa a presidência da CDHM sob o comando da chamada “bancada evangélica”, cuja atuação tem se notabilizado pela defesa de posições fundadas na própria moral religiosa em temas como a descriminalização do aborto, a união civil homoafetiva, o uso de células-tronco embrionárias, novas técnicas de reprodução e direitos sexuais, entre outros que cercam a intrincada relação entre política, moral e religião.

 

Não se está aqui em busca de qualquer consenso supostamente adequado para tratar de questões de legitimação ou não da bancada religiosa no Congresso Nacional, inclusive porque se um dos fundamentos da ordem é o pluralismo, a formação da vontade no processo legislativo deve se manter aberta a mais variada gama de argumentos.

 

No mesmo sentido, não constitui o foco da questão a liberdade de expressão do parlamentar em manifestar posições de foro íntimo acerca de suas convicções em relação aos homossexuais e afrodescendentes no seu Twitter. Aqui o ônus da exposição devem recair exclusivamente sobre o próprio deputado, afinal a sua manifestação individual de desdém para com gays e negros pode significar apenas que estes (gays e negros) toleram ideias que odeiam: a homofobia e o racismo, sujeitando-se o congressista à ridicularização pública, como ocorreu.

 

Preferências religiosas

 

Situação distinta ocorre quando o deputado se encontra na iminência de assumir a presidência de uma comissão parlamentar, que tem como função investigar denúncias de violação aos direitos humanos e cuidar de assuntos referentes às minorias étnicas e sociais, quando o seu histórico pessoal indica posições diametralmente contrárias a qualquer significação dos mesmos direitos a que a instituição (Câmara dos Deputados) tem a missão de proteger.

 

No contexto de intensificação das denúncias de intolerância religiosa, que cresceram 626% no ano de 2012 (ver aqui), principalmente as praticadas contra cultos afrodescendentes como a umbanda e o candomblé, inclusive por agentes do poder público, além do aumento do índice de crimes praticados contra a população LGBT [o Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil, divulgado pela SDH, informou que, de janeiro a dezembro do ano passado, 6.809 violações de direitos humanos foram relatadas ao Disque 100, à Central de Atendimento à Mulher e à Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a secretaria, tais violações envolveram 1.713 pessoas, o que deu uma média de 3,97 violações por vítima. Só o Disque 100 recebeu 4.614 denúncias de homofobia em 2011; ver aquie aqui], a indicação do pastor Marcos Feliciano ao posto de presidente da CDHM da Câmara não só contraria a ideia de tolerância para com a diversidade de visões de mundo existentes na sociedade, mas particularmente contribui para o enfraquecimento da confiança de que a ordem não servirá a preferências religiosas em detrimento da liberdade de todos, a não ser que seja possível reduzir essa liberdade apenas às ideias que amamos.

 

***

 

[Alexandre Douglas Zaidan de Carvalho é doutorando em Direito]

 

Link.: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed736_preferencias_religiosas_em_detrimento_da_liberdade_de_todos

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Falar que admira o cara só porque ele tem convicção e tem bolas é uma defesa muito sem noção. Hitler tinha enorme convicção naquilo que fazia. Isto não éargumento nenhum. Se ele é convicto no que faz, mas o que faz é hediondo, não tem defesa. E sabemos que os preconceituosos são muito convictos em suas crenças, mesmo quando todos os argumentos apontam para o contrário.

 

Lembremos que além de declarações homofóbicas (que não cabem a alguém que ocupa o cargo que ele ocupa, por mais que seja contra), ele tem declarações racistas e misóginas. O problema não é a religião, mas a intolerância e a visão bitolada do cara.

 

É patene que a mobilização da bancada evangélica para ocupar um cargo estratégico como este é para barrar as discussões sobre os direitos dos homosexuais. da mesma maneira como os ruralistas ocuparam as comissões do meio-ambiente. Não é um comprometimento sério com o desenvolvimento dos direitos humanos, mas a sua obstrução. Eles não querem contribuir com as comissões, mas antes, buscam sabotá-las.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

E Rafal, o povo está no direito sim de se manifestar contra a indicação absurda do cara ao cargo. Raramente o povo se mobiliza para uma questão política, saindo do seu tradicional papel passivo em relação ao espaço político. E quando faz é criticado por isso?

Por mim é muito salutar a mobilização sim. Muito melhor do que engolir tudo, como sempre foi. ;)

Link to comment
Share on other sites

  • Members

O problema é focar a mobilização em cima do cara que 1) foi eleito democraticamente (diferente do Wyllis que entrou por causa da equação de votos do partido); 2) foi indicado pelos próprios integrantes da comissão que hoje preside e esquecer-se de que RÉUS CONDENADOS assumiram cargos em comissões tão (ou mais) importantes que a CDHM. Cadê a nota de repulsa da Anistia contra a nomeação do Genoíno e do Paulo Cunha? Cadê? Cadê a mobilização do povo contra isso? Cadê?

 

Em tempo (e repetindo): não gosto do Feliciano, a teologia dele é uma merda e ele se rebaixou virando político, tornando-se pior do que já era. Está colhendo o que plantou. Contudo, isso já virou perseguição religiosa, com ativistas LGBT cometendo crime tipificado no Código Penal de perturbação de culto religioso fazendo protesto na igreja do cara, impedindo culto. Tem gente que adora falar em limites. Pois bem, tem gente que já passou deles, faz tempo. Por mim, pegava tanto o Feliciano quanto a boiolada e botava pra fora.   

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Não sei se é a mesma teoria do Ário, mas o que sei é que numa tradução do grego as TJs interpretam um pronome que não está no texto original, (que, no grego antigo, pode estar subentendido ou não). Daí a afirmação de outras religiões de que Jesus é um "semi-deus" na visão dos TJs, o que fere a visão da trindade.

 

PS: sou leigo, não quero criar mais nenhuma discussão, só esclarecer. :lol:

 

É a mesma teoria do Ário... 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Conan,
Eu sinceramente tenho minhas dúvidas se ele é homofóbico e racista mesmo, tudo que ví até agora são frases que sim, mostram que ele não gosta de homossexuais  mas homofobia é algo totalmente diferente.

Quanto ao povo se manifestar, creio que devem fazer isso mesmo, principalmente contra os ladrões que ocupam cargos públicos, mas discordo quando interferem no direito dele ir e vir ou agridem verbalmente a ele.

O que ele disse numa entrevista que ví é verdade.No governo deve existir tanto pessoas a favor (Como o Wyllis) quanto contra (ele).
Como ele disse, no governo existem pessoas que apoiam a liberação da maconha e pessoas que são contra.
O fato dele não apoiar os LGBT não significa que ele seja homofóbico.Existe é um pouco de radicalismo quando se trata deste assunto, ninguém é obrigado a apoiar o comunidade LGBT

 

É a mesma teoria do Ário...


Pelo que ví, ele era Presbiteriano, é isso mesmo?Parece que ele acreditava que Jesus era uma criação de Deus.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

O problema é focar a mobilização em cima do cara que 1) foi eleito democraticamente (diferente do Wyllis que entrou por causa da equação de votos do partido); 2) foi indicado pelos próprios integrantes da comissão que hoje preside e esquecer-se de que RÉUS CONDENADOS assumiram cargos em comissões tão (ou mais) importantes que a CDHM. Cadê a nota de repulsa da Anistia contra a nomeação do Genoíno e do Paulo Cunha? Cadê? Cadê a mobilização do povo contra isso? Cadê?

 

Em tempo (e repetindo): não gosto do Feliciano, a teologia dele é uma merda e ele se rebaixou virando político, tornando-se pior do que já era. Está colhendo o que plantou. Contudo, isso já virou perseguição religiosa, com ativistas LGBT cometendo crime tipificado no Código Penal de perturbação de culto religioso fazendo protesto na igreja do cara, impedindo culto. Tem gente que adora falar em limites. Pois bem, tem gente que já passou deles, faz tempo. Por mim, pegava tanto o Feliciano quanto a boiolada e botava pra fora.   

 

1) Engraçado falar do Wyllis ser eleito pelas regras do jogo ( e não democraticamente), quando o Feliciano foi parar no cargo pelos trâmites institucionais, e não eleito democraticamente para tal função.

2) É EXATAMENTE o mesmo caso dos REUS CONDENADOS, que foram eleitos DEMOCRATICAMENTE e que ocupam cargos das comissões importantes. Neste aspecto você concorda então que a mobilização popular é salutar. Portanto, o problema não é a mobilização popular no caso do Feliciano, mas exatamente a AUSÊNCiA de mobilização nos outros casos. Com isso, o seu argumento acaba legitimando e reforçando a ação popular contra o Feliciano, pois é esta ação que deveria servir de parâmetro aos outros protestos, e não o fato de não existir esta ação nos outros casos que invalida o protesto contra o Feliciano. E aqui eu concordo.

3) Não vamos tomar o todo pelas partes. Houve exageros pelos ativistas do LGBT? Sim, com certeza houve exageros! Mas isto, em hipótese alguma, invalida a causa. Rejeitar um apelo popular tomando como referência a ação de um grupo determinado é injusto. Estes excessos devem ser impedidos sim! Mas que esta vigilância não implique na conivência com a situação.

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...