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Forum Cinema em Cena

Religião (#4)


Mr. Scofield
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Li o artigo do pragmatismo político Indiana Jones. As pessoas deveriam saber tanto ateus como evangélicos e demais religiosos separar o joio do trigo. Ele não representa todos os evangélicos. E sim o radicalismo e fundamentalismo comum em tudo até no ateísmo.  

 

A rejeição e posicionamento dos líderes é um tapa na cara daqueles que o defendem, Marco Feliciano e seus discursos de ódio e intolerância são também um problema para os evangélicos. As pessoas que julgam com facilidade caem no erro sistemático de rotular e generalizar por causa de pessoas assim.

É o que eu defendo Plutão. Mas, ainda assim, creio ser possível ser racional mesmo acreditando veementemente na religião (sem ser fundamentalista). É exatamente a questão de separar o joio do trigo. É possível que a pessoa siga os princípios e a moral/ética religiosa sem deixar que isso influencie nas tomadas de decisões que devem ser racionais.

 

***************

 

Um exemplo disso é o casamento gay. Conheço juristas conservadores e religiosos que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, talvez até influenciados pelos princípios religiosos (são humanos a serem tratados com respeito, ainda que seja pecado). Mas não usarão esse "argumento" no âmbito jurídico, tendo em vista que a questão maior é que a Constituição da República foi atropelada pela decisão oba-oba do STF em declarar um rol taxativo ("homem e mulher") em exemplificativo ("homem e mulher" é apenas um exemplo...). O procedimento correto para tal seria por meio de Emenda Constitucional, conforme prevista em nosso ordenamento.

 

Deixo claro que apóio o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo; isso não quer dizer, como muitos militantes gays defendem, que a cerimônia religiosa também deva ser realizada obrigatoriamente. Muito menos que os parlamentares religiosos devam trair seus princípios e votar a favor da medida. Creio apenas que essa bandeira não deva ser levantada no Congresso Nacional, tendo em vista o Estado Laico. Discordo do envolvimento de religiosos na política justamente por isso, mas defendo ao mesmo tempo seu direito de expressar suas opiniões.

 

Resumindo, como tem gente que vota nessa gente, paciência. Afinal, as decisões judiciais/políticas que contrariam princípios religiosos NÃO impedem a religião de se expressar. Não é para dizer que uma futura aprovação do casamento gay tornaria ilíticos (civis, penais, etc.) os ensinamentos da religião de que tal coisa é pecado. Poderiam continuar defendendo seus princípios (desde que não caiam no ilícito) sem se meter nas questões políticas.

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Eu concordo com o indiana.

O meu problema, no caso do marco feliciano é, o cara sob a fumaça de liberdade de expressão pregar intolerância e segregação.

Não consigo aceitar isso como simples expressão. Pra mim tal liberdade só é legítima quando visa o diálogo.

Pregar isso aos sete ventos sob o discurso meramente de que tem esse direito é muito simplório, ao meu ver.

 

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Eu concordo com o indiana.

O meu problema, no caso do marco feliciano é, o cara sob a fumaça de liberdade de expressão pregar intolerância e segregação.

Não consigo aceitar isso como simples expressão. Pra mim tal liberdade só é legítima quando visa o diálogo.

Pregar isso aos sete ventos sob o discurso meramente de que tem esse direito é muito simplório, ao meu ver.

É o problema do "discurso livre". Acabam confundindo com "discurso de ódio". Além do mais, o Feliciano nem tem uma teologia. Seu conhecimento teológico é quase nulo. É o problema desses caras que ficam 3 horas seguidas falando bobagens e não passam um único conhecimento. O tema já foi abordado nesse tópico antes, quando à ignorância de Feliciano.

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É o problema do "discurso livre". Acabam confundindo com "discurso de ódio". Além do mais, o Feliciano nem tem uma teologia. Seu conhecimento teológico é quase nulo. É o problema desses caras que ficam 3 horas seguidas falando bobagens e não passam um único conhecimento. O tema já foi abordado nesse tópico antes, quando à ignorância de Feliciano.

 

O problema maior do Feliciano é q em tese o Estado deveria ser sempre laico, e nao pautado na convicção religiosa q for.

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O problema maior do Feliciano é q em tese o Estado deveria ser sempre laico, e nao pautado na convicção religiosa q for.

 

Mais aí você deixa de aplica os princípios da democracia.

Um estado democrático, se possuir um número grande de religiosos, deixa de ser laico.

Não que eu defenda um estado não-laico, acho que o estado deva ser laico, mas sei que é mera utopia isso.

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Não acho que um estado deva ser 100% laico, o que isso queira dizer. Em diversos países "moderados" a religião tem pés na política. O problema é outro: é um país ser plural e aceitar a diversidade dentro do possível, o que não exclui a religião da equação.

 

E este Feliciano só solta bobagem atrás da outra que demonstra uma visão de ódio, desprezo percepção reduzida das coisas. O que esse cara representa é um perigo não pelo fato dele ser religioso, mas porque ele representa uma fração da sociedade que tem inclinações ao autoritarismo e radicalismo.

 

É exatamente o ponto que o Gust levantou!

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Olha aí... É isso que não pode acontecer:

 

 

Lésbicas invadem local de culto e se beijam em protesto a Feliciano
 
 
 
 
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Em meio às críticas em torno de sua permanência à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP), em culto na noite do último sábado (6), em Belém, criticou o que chamou de "perseguição" que sofre para deixar o posto e disse ser um "lenda" e um "mito".
 
Grupos de manifestantes fizeram protestos no último sábado (06) e neste domingo (07), em Belém, com a visita do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, à capital paraense para um evento religioso.
 
No sábado (06), parte dos manifestantes se concentrou desde o fim da tarde em frente às grades do Centro de Convenções da Assembleia de Deus, localizada na rodovia Augusto Montenegro. Com cartazes, faixas e nariz de palhaço, muitos deles em sua maioria jovens pediram "Fora, Feliciano" e tentaram chamar a atenção dos evangélicos se chegavam para o culto que seria conduzido pelo pastor às 20h.
 
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A chegada de Feliciano a Belém ocorreu em sigilo e não havia registro de qualquer atividade na cidade informada no site oficial do pastor. A assessoria de Marco Feliciano informou que ele não daria declarações à imprensa por conta das polêmicas recentes envolvendo racismo e homofobia.
 
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No domingo começou a circular nas redes sociais a foto acima, tirada no interior Centro de Convenções no final da pregação do pastor Marco Feliciano, quando os repórteres invadiram a frente do palco para fotografias. Duas mulheres se beijam em protesto.
 
A situação está chegando a um ponto explosivo. Estamos descarrilando, obviamente este não é o caminho a seguir. Oremos por uma liderança efetiva e cristã.



Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/04/lesbicas-invadem-local-de-culto-e-se.html#ixzz2PzZX58dp 
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial Share Alike

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Mais aí você deixa de aplica os princípios da democracia.

Um estado democrático, se possuir um número grande de religiosos, deixa de ser laico.

Não que eu defenda um estado não-laico, acho que o estado deva ser laico, mas sei que é mera utopia isso.

 

Democracia nao significa necessariamente impor uma visao preconceituosa e odiosa de minorias, calcada no credo q for.. Hitler tb defedia a democracia...dele.

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Exato.

Impressionante como as ideologias que defendem essas baboseiras como intolerância e até mesmo fascistas tem liberdade aos montes em seus discursos.

 

 

E Dook, sem violência, sem falar mal de religião, apenas criticando uma pessoa, o feliciano, não vi um absurdo no protesto.

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Feliciano diz que renúncia depende de saída de mensaleiros

 

Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT retire os deputados José Genoino e João Paulo Cunha da CCJ

 

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O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC): segundo relato de alguns líderes, durante a reunião, Marco Feliciano colocou-se na condição de vítima e se comprometeu a evitar declarações polêmicas.

 

Brasília – O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito hoje (9) pela maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo. O deputado é acusado de racismo e homofobia e também de estelionato.

 

Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT de retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A condição imposta por Feliciano não foi aceita.

Segundo relato de alguns líderes, durante a reunião, Marco Feliciano colocou-se na condição de vítima e se comprometeu a evitar declarações polêmicas. Na semana passada, por exemplo, o pastor disse que antes da chegada dele à presidência da CDHM, o colegiado era comandado por Satanás.

Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), Feliciano está prejudicando a imagem da Casa. De acordo com Bueno, Feliciano não atendeu ao apelo dos líderes e ao chamando para que renuncie e, com isso, passou a ser o o responsável pela crise. "Ele não pode se colocar acima da instituição [Câmara dos Deputados] e não está à altura para presidir a comissão”, disse Bueno.

Já o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), acusou Feliciano de estar se “aproveitando politicamente” da polêmica. “Ele negou os pedidos para sair e se propôs a continuar. Entendemos isso como um grande desrespeito. Ele sabe que está lucrando econômica e politicamente com isso”, criticou Valente.

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Finalmente alguém. Também achei extremamente imbecil.

 

As lésbicas se beijando durante o culto é crime previsto no artigo 208 do Código Penal...

Bacana essa proteção que a lei dá aos cultos religiosos. Considero incrivelmente inadequado e desrespeitoso para com o culto esse tipo de conduta. O problema é que, certamente, não serão punidas.

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O problema é tipificar um crime com base num protesto que obviamente é em face de um político por razões que não tem a ver exclusivamente por sua religião. Muito menos um desrespeito aos outros. Independente de onde ele estivesse o protesto seria feito.

Ninguém contesta ele ser evangélico ou quer que ele mude. Sim que ele não represente uma maioria que ele não tolera e diminui.

 

 

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Irrelevante... perturbar culto religioso é crime, independente se o motivo é legítimo ou não. A lei não contempla a motivação do agente, apenas protege o espaço do culto, o que é mais que normal, salutar e saudável, diga-se. O protesto pode ser realizado em outro lugar, em outro momento. 

 

E me assusta muito essa idéia de "se a causa é legítima, vale qualquer coisa para lutar por ela". Maquiavelismo até o último. 

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É realmente.

Fazendo uma analogia barata, seria você dizer pra um amigo, só paro de fumar quando João parar de beber. Afinal o que ele faz também fax mal a saúde.

O cara vai continuar fazendo merda sob a justificativa que outros fazem.

Parabéns a quem a apoia essa imbecilidade.

 

Não é imbecilidade, é jogo político. E neste sentido, Feliciano foi esperto (pelo menos uma vez), jogou com as cartas que os caras costumam jogar, do jeito que eles costumam jogar. E a reação não poderia ser outra: "você está tentando se aproveitar..."   

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Pra mim placas contra uma pessoa, pública, com cargo político, sem violência sem nada e nenhuma menção à religião, não é simples se, ser tipificado.

 

Como expliquei o protesto não é ao culto nem à religiosidade do feliciano.

 

Mas continue com seu mimimi. Entendendo o que você acha que eu digo e não o que eu digo.

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Eu entendi o que você disse e manifestei-me a contento e discordei, mostrando o perigo do seu raciocínio. 

 

O artigo 208 do Código Penal diz exatamente:

 

 

Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

 

Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.

 

 

Não há o que falar mais aí... não é levado em conta a motivação para a perturbação ou se o protesto é dirigido ao culto, apenas a perturbação ao culto em si. É crime e pronto, independente do que eu e você achamos ou deixamos de achar. Portanto, o mimimi está todo do seu lado, que tenta jogar panos quentes sempre que a comunidade LGBT apronta. 

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O problema é tipificar um crime com base num protesto que obviamente é em face de um político por razões que não tem a ver exclusivamente por sua religião. Muito menos um desrespeito aos outros. Independente de onde ele estivesse o protesto seria feito.

Ninguém contesta ele ser evangélico ou quer que ele mude. Sim que ele não represente uma maioria que ele não tolera e diminui.

 

Só que não.

 

Exemplos abaixo a grosso modo, tá?

 

Se fosse assim eu não poderia reclamar de um vizinho que perturba o sossego público às 2 da manhã porque o intuito dele é o entretenimento próprio e não perturbar a vizinhança.

 

Se você fosse a uma palestra dos alcóolicos anônimos e tirasse uma garrafa de álcool, você estaria desrespeitando o espaço.

 

Temos que aprender a separar as coisas. O Feliciano é um idiota, mas nem por isso temos que ser mais tolerantes com as ações de quem visa puni-lo de alguma forma independente do bom senso. Tratar as pessoas como iguais/normais é saber que TODAS podem se exceder, independente de sua orientação sexual, religiosa ou whatever.

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