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Forum Cinema em Cena

Religião (#4)


Mr. Scofield
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'Religião separa as pessoas mais do que as une', diz diretor de 'A tentação'

 

Matthew Chapman escreve e dirige longa sobre fundamentalista religioso.

Ele também comenta seu próximo trabalho, ao lado de Glória Pires.

 

 

 

Ao longo de sua carreira, o britânico Matthew Chapman dirigiu apenas cinco filmes, sendo o mais recente “A tentação”, em cartaz no Brasil desde sexta-feira (10) (veja ao lado o trailer). Ele atribui essa pouca dedicação à atividade a seus outros interesses, como a literatura de não-ficção, seus trabalhos como roteirista e – em especial – a ciência.

 

Tataraneto de Charles Darwin (1809-1882), Chapman fundou em 2008 a Science Debate, descrita em seu site oficial como “a maior iniciativa de política científica da história dos Estados Unidos” com a assinatura de “quase 30 ganhadores do prêmio Nobel”.

 

A religião e seus efeitos estão na pauta de Chapman, como prova o enredo “A tentação”, com Liv Tyler, Patrick Wilson, Charlie Hunnam e Terrence Howard. “Lamentavelmente, religião separa as pessoas, mais do que as une”, conta ao G1 em entrevista por telefone, de Nova York.

 

Lá, fica uma de suas casas – a outra está no Arpoador, no Rio. Ele é casado com a atriz brasileira Denise Dumont desde 1989. A última visita ao Brail foi para atuar como roteirista de “The art of losing”, de Bruno Barreto. O longa narra a relação amorosa entre a poeta americana Elizabeth Bishop (1911-1979) e a arquiteta brasileira Lota de M. Soares (Glória Pires). Durante a conversa, Chapman elogiou bastante Glória, colocando-a no mesmo nível de Helen Mirren. Veja, a seguir, os principais trechos:

 

Fonte: G1.

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Ignorando o sarcasmo e a “falta de senso crítico” de alguns:

 

Há poucos menos de um mês se homenageou as vítimas da matança indiscriminada desta sim de proporções genocidas após a segunda guerra mundial na Bósnia. Alo conflito nos Bálcãs?

 

O Massacre de Srebrenica foi uma amostra de uma clara limpeza étnica de pessoas do credo muçulmano:

 

http://operamundi.uo...01/page/1.shtml

 

 

http://pt.wikipedia....e_de_Srebrenica

http://en.wikipedia....renica_massacre

http://pt.wikipedia....cídio_da_Bósnia

 

Infelizmente não achei um documentário digno em português. Já que aqui poucas pessoas vêem documentários ou sequer se importam com isto.

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Conclusão sem embasamento

 

Pesquisa ultra rápida mostra que na época da Iugoslávia 88% croatas eram católicos romanos, 90% dos bósnios muçulmanos, e 99´% dos sérvios cristãos ortodoxos.

 

Ninguém quer botar culpa em religião. Mas são identidades que se sobrepõem a questões étnicas e nacionais, reforçando-as. Não vejo nada de ateísmo envolvido no massacre

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Mais uma generalização. Nem todo comunista é ateísta, assim como nem todo mulçumano é o diabo na face da terra.

 

E como Conan expôs bem a Croácia e Sérvia teve sempre maioria cristã e os croatas são de maioria católica mesmo com o comunismo. Enfim comunismo nem sempre vai de encontro ao ateísmo fanático e vale lembrar que os Bálcãs antes do comunismo tinham um passado horrível de genocídio pelos Croatas. Enfim muitos croatas criam e criaram um fanatismo absurdo de genocídio ao longo da sua recente história. Vale lembrar novamente aqui da Ustasha que já citei em posts anteriores. Alias até hoje os fanáticos da Ustasha são visto como heróis.

 

870130088.jpg

 

 

 

http://pt.wikipedia....org/wiki/Ustaše

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dependendo do assunto abordado é só tratar como uma pitada de humor, que nem rende discussão. E nem precisa mesmo...

 

É só falar que:

Lá, governantes e gente influente do cristianismo perdem suas vidas por causa dessa guerra sagrada que alguns loucos insistem em continuar perpetuando.

 

ou:

Qual a amostragem de bósnios muçulmanos perseguidos por ateus se comparado com os muçulmanos perseguidos por uns loucos cristãos?

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TJ mantém indenização de R$ 10 mil a fiel agredido na Igreja Universal

 

Homem diz que pastores alegaram que ele estava “possuído pelo demônio”.

Socos teriam ocorrido após um ataque epilético no templo de Campinas.

 

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter a decisão que condena a Igreja Universal a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a um aposentado de Sumaré (SP). Segundo a ação, ele teve um ataque epilético e sofreu agressões físicas de pastores, que alegaram que o homem estava “possuído pelo demônio”.

 

Segundo Alcione Saturnino dos Santos, de 43 anos, na ocasião das agressões, em 2001, ele levou vários socos e pontapés de 12 pessoas que estavam no templo religioso em Campinas (SP). “Tive uma convulsão e me levaram para uma sala, começaram a me bater, falando que iriam fazer um ‘descarrego’ e chegaram a falar que eu estava bêbado”, explica. Santos tem esquizofrenia e desde criança faz tratamento com medicação para controlar a doença.

 

Para o aposentado, a decisão judicial servirá como exemplo para acabar com as agressões que ocorrem dentro das igrejas por promessas de graças divinas. “A igreja estava cheia, ninguém me ajudou. Se não fosse uma namorada e uma amiga acho que teria morrido”, explica. Sobre a indenização, ele afirma com pessimismo da demora na definição do processo. “Só acredito vendo, sei que faz muito tempo, mas depois que isso ocorreu não consigo mais dormir a noite”, disse. Com o dinheiro ele pretende comprar uma casa em Ponta Grossa (PR) para ficar próximo dos familiares.

 

O inquérito policial do caso foi arquivado, sem identificar os agressores e apontar suspeitos. Segundo o acórdão, a igreja “responde pelos danos causados, independentemente de culpa, observados os termos do Código de Defesa do Consumidor”.

 

Justiça

A sentença favorável a Santos retoma a medida da primeira instância, que determina o pagamento do ressarcimento. Na segunda instância, a Igreja Universal recorreu, por cerceamento de defesa, por conta da falta de provas. Depois, outro recurso foi para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou um novo julgamento para o caso.

 

Os desembargadores do TJ-SP, porém, decidiram por unanimidade manter a condenação. A decisão é do juiz Luís Francisco Aguilar, da 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP. O acórdão foi finalizado no dia 14, mas até esta segunda-feira (20) não foi publicada na imprensa oficial. “A sentença julgou procedente a ação, deve ser mantida, anotando-se que no apelo não há impugnação quando ao arbitramento realizado, cujo valor não é excessivo”, diz um trecho do documento.

 

A advogada que defende a Igreja Universal, Adriana Guerra, foi procurada e disse que tem o conhecimento dos trâmites até a anulação feita no STJ. Procurada novamente para falar sobre o acórdão do TJ-SP, a defesa não atendeu aos telefonemas. Após a publicação do acórdão, à decisão ainda cabe recurso.

 

Fonte: G1

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dependendo do assunto abordado é só tratar como uma pitada de humor, que nem rende discussão. E nem precisa mesmo...

 

É só falar que:

Lá, governantes e gente influente do cristianismo perdem suas vidas por causa dessa guerra sagrada que alguns loucos insistem em continuar perpetuando.

 

ou:

Qual a amostragem de bósnios muçulmanos perseguidos por ateus se comparado com os muçulmanos perseguidos por uns loucos cristãos?

 

Esquece Conan... vc não entendeu e, pelo visto, não quer continuar entendendo... Nada de novo debaixo do sol...

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TJ mantém indenização de R$ 10 mil a fiel agredido na Igreja Universal

 

Homem diz que pastores alegaram que ele estava “possuído pelo demônio”.

Socos teriam ocorrido após um ataque epilético no templo de Campinas.

 

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu manter a decisão que condena a Igreja Universal a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a um aposentado de Sumaré (SP). Segundo a ação, ele teve um ataque epilético e sofreu agressões físicas de pastores, que alegaram que o homem estava “possuído pelo demônio”.

 

Segundo Alcione Saturnino dos Santos, de 43 anos, na ocasião das agressões, em 2001, ele levou vários socos e pontapés de 12 pessoas que estavam no templo religioso em Campinas (SP). “Tive uma convulsão e me levaram para uma sala, começaram a me bater, falando que iriam fazer um ‘descarrego’ e chegaram a falar que eu estava bêbado”, explica. Santos tem esquizofrenia e desde criança faz tratamento com medicação para controlar a doença.

 

Para o aposentado, a decisão judicial servirá como exemplo para acabar com as agressões que ocorrem dentro das igrejas por promessas de graças divinas. “A igreja estava cheia, ninguém me ajudou. Se não fosse uma namorada e uma amiga acho que teria morrido”, explica. Sobre a indenização, ele afirma com pessimismo da demora na definição do processo. “Só acredito vendo, sei que faz muito tempo, mas depois que isso ocorreu não consigo mais dormir a noite”, disse. Com o dinheiro ele pretende comprar uma casa em Ponta Grossa (PR) para ficar próximo dos familiares.

 

O inquérito policial do caso foi arquivado, sem identificar os agressores e apontar suspeitos. Segundo o acórdão, a igreja “responde pelos danos causados, independentemente de culpa, observados os termos do Código de Defesa do Consumidor”.

 

Justiça

A sentença favorável a Santos retoma a medida da primeira instância, que determina o pagamento do ressarcimento. Na segunda instância, a Igreja Universal recorreu, por cerceamento de defesa, por conta da falta de provas. Depois, outro recurso foi para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou um novo julgamento para o caso.

 

Os desembargadores do TJ-SP, porém, decidiram por unanimidade manter a condenação. A decisão é do juiz Luís Francisco Aguilar, da 2ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP. O acórdão foi finalizado no dia 14, mas até esta segunda-feira (20) não foi publicada na imprensa oficial. “A sentença julgou procedente a ação, deve ser mantida, anotando-se que no apelo não há impugnação quando ao arbitramento realizado, cujo valor não é excessivo”, diz um trecho do documento.

 

A advogada que defende a Igreja Universal, Adriana Guerra, foi procurada e disse que tem o conhecimento dos trâmites até a anulação feita no STJ. Procurada novamente para falar sobre o acórdão do TJ-SP, a defesa não atendeu aos telefonemas. Após a publicação do acórdão, à decisão ainda cabe recurso.

 

Fonte: G1

 

Eu lembro disso aí... Saiu na primeira página dos jornais locais daqui na época...

 

E o TJ meio que se embananou aí... Pois o recurso da IURD foi julgado procedente e reverteu a sentença. Depois, o próprio TJ reviu a decisão entendendo que o cidadão tinha razão na sua pretensão e aí condenou a igreja. O TJSP não é só o maior tribunal do país ou o mais corrupto... é também o mais esquizofrênico.

 

E, na boa, eu acho que R$ 10.000,00 foi pouco.

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  • 3 weeks later...
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Eu confesso que, por algum tempo, via os ateus como criaturas de nariz empinado, vomitando pseudo-intelectualidade, fazendo bonitos discursos que, na prática, não tem qualquer aplicação. Hoje, penso neles como pessoas que buscam por respostas (pelo menos os que efetivamente buscam, já que ao que parece a grande maioria apenas reproduz o que lê dos outros), que pensam em coisas que nós normalmente não pensamos, contudo se estribam em seus próprios entendimentos, errando o gol (ou o céu) por alguns míseros centímetros... Como o saudoso Christopher Hitchens no vídeo abaixo:

 

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Não é tão simples assim. Uma lei que autorize o casamento homossexual pode facilmente ser revista para determinar também que as igrejas sejam obrigadas a formalizarem esse tipo de união, se assim desejarem os "nubentes". Quando chegar neste ponto, aí vão querer falar de ofensa à liberdade de crença. Só que aí já será tarde.

 

Uma coisa é uma lei que reconheça e assim registra o casamento gay, outra coisa é obrigar as religiões façam a união religiosa. A igreja deve ter autonomia, mas sua autonomia acaba nela. Ela não pode impedir outros de casar-se civilmente, mas ela tem todo o direito de não realizar casamentos homossexuais.

 

 

 

Mas ela tem que se impor, do contrário ela simplesmente terá que deixar de ser quem é... O que ela não pode é impor o seu posicionamento como algo que toda a sociedade deveria seguir. A imposição é para fomentar um debate, de modo a se chegar à melhor decisão para a sociedade, apenas isso.

 

A igreja não tem que se impor, ela tem que ser afirmativa. Ela deve afirmar sua posição, sua postura. Mas não pode impor isso ao Estado como ele deve ou não seguir.

 

Ela não pode determinar sobre o que o Estado pode oficializar como casamento ou não, mas pode afirmar sua postura e agir de acordo com essa afirmação: "o homossexualismo é contra as leis de Deus e não realizamos tal união".

 

Bom, vamos colcoar os pingos nos "i's"

 

Primeiro estes ataques às comunidades cristãs são de um absurdo gigantesco. Não precisa ser cristão, ateu, ocidental para saber que se tratam de crimes horríveis. Qualquer bom muçulmano sabe disso.

 

Mas o que precisa ser dito é que se o Islã fosse contra estas comunidades, elas não estariam lá até HOJE. Pois, ao contrário da limpeza religiosa que ocorreu na Europa, estas comunidades cristãs não são grupos emigrados, mas são as próprias comunidades originais que lá permaneceram mesmo após a expansão árabe. Mesmo para os estados teocráticos mais intransigentes ao longo da história, segundo os princípios islâmicos, é dever do governo garantir a segurança e a preservação das comunidades cristãs e judaicas.

O que muita gente não sabe, é que a comunidade judaica mais antiga da região está no Irã Islâmico. Esta comunidade permaneceu lá desde quando Ciro libertou os hebreus do cativeiro, e lá permaneceram. Ao contrário dos judeus da Palestina que foram perseguidos e obrigados a se dispersarem.

 

Neste aspecto é totalmente plausível condenar esta perseguição mesmo em termos do próprio Islã.

São violências que são historicamente explicadas, não em termos de religião pura. Esta aversão de alguns grupos (minoria) não é inata nem natural, mas resultado de experiências individuais e coletivas de um processo histórico particular.

 

Pois é, falou tudo.

 

 

Presunção uma ova. A possibilidade é real e, portanto, precisa ser discutida agora.

 

Há 30 anos atrás diziam a mesma coisa sobre os homossexuais: que era presunção crer que haveriam leis que legitimassem a relação deles... E cá estamos...

 

Mas dizia-se isso a 30 anos atrás por preconceito.

 

Só que é natural a lógica do respeito (logo da profanada democracia que o ocidente defendia) ao indivíduo que se respeite a relação deles.

Era um contrassenso defender a liberdade e a livre expressão e demonizar a relação entre indivíduos que desejam ficar juntos. E para isso antigamente acreditava-se em teorias contrárias a lógica.

 

Agora, por mais que seja real (afinal pode a qualquer dia surgir um meme por parte de um grupo, político ou não, louco que tente impor às religiões certas leis), tal ação é contra a natureza da lógica, e é preciso de que se crie uma justificativa para que abra essa exceção na lógica.

 

Acho mais fácil ocorrer das religiões perderem força e se restringirem aos seus fiés, e ser "ignorada" pela sociedade como um todo.

 

Vamos por partes... primeiro que eu ou qualquer outra pessoa tem o direito de pensar o que quiser de outra pessoa. Entender que o homossexual é um pecador é um direito que me assiste, da mesma forma que assiste ao ateu o direito de entender que sou alienado, imbecil, alucinado e louco.

 

Dito isto, vamos para o segundo: o direito de expressão desse entendimento é válido e deve ser preservado e para eventuais excessos ou se a pessoa entende que foi ofendida, há processo judicial de indenização previsto em nosso ordenamento jurídico.

 

Um exemplo claro disso foi a manobra de alguns ateus de divulgarem a sua (des)crença em banners em ônibus públicos aqui no Brasil dizendo "Deus não existe, então pare de se preocupar e vá curtir a sua vida". Isso pra mim é difamador, ofende a minha fé e é diminuir todos aqueles que acreditam em Deus por tomarem-os como pessoas que desperdiçam seu tempo. De acordo com o seu raciocínio, os ateus deveriam ser PROIBIDOS de fazerem manifestações assim... Mas será que deve ser assim mesmo?

 

Ai os Ateus foram preconceituosos e difamadores.

 

Quem disse que todos os religiosos perdem tempo "se preocupando" com a existência em Deus e não curte a vida?

 

 

Depende dos direitos. Eu não tenho direito a foro privilegiado por exemplo... Que injustiça! Mas vamos lá... os homossexuais buscam quais direitos? Faça uma lista e veja os requisitos necessários para se ter acesso a esses direitos e veja se os homossexuais os preenchem.

 

Todos os direitos que só dizem a ele e somente a ele, ele tem. Como escolher com quem se relacionar, liberdade de livre transito, opção de estudos e investimento profissional...

 

Ele tem todos os direitos básicos que todos tem. Por mais que você não possa entrar em foro privilegiado, você tem direito como PESSOA a andar aonde quiser em via pública, e beijar quem você quiser aonde quiser.

 

Ou seja, direitos da pessoa, não da função social que a pessoa exerce.

 

Eu sou José Gustavo Vieira Adler, escolhi a biologia como minha área de estudo e trabalho. Eu sou muito mais do que Biólogo, Biólogo é a função que exerço na sociedade. Mas minha heterossexualidade é uma opção pessoal, da minha PESSOA. Logo, tenho todos os direitos relativos ao indivíduo, a pessoa.

 

Eu, por exercer a função de biólogo, e realizar pesquisas no Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), posso entrar em certas áreas do JBRJ que a maioria das pessoas não podem entrar devido a minha função, e independentemente da minha pessoa. E essa seleção deve ser por conta da função, e não da pessoa (se é homo ou hetero, branco ou preto, alto ou magro...).

 

E isso não é tirar o direito a liberdade das pessoas, qualquer pessoa tem o mesmo direito de não entrar nos locais restritos a pesquisa, ou restritos ao reflorestamento e ao replantio. Justamente porque é uma área restrita a função social. Assim como é o caso do criminoso, ele fez uma "desfunção social" e terá seus direitos caçados como diz a lei, é uma medida para o prejuízo social que a pessoa fez, não para a pessoa em si (você pode desejar matar um milhão de pessoas, mas se você nunca o fizer, você não será preso, e você até pode dizer que irá matar um milhão, o máximo que o Estado pode fazer é investigar você pra tentar antevir sua futura ação anti-social). E eu discordo dessa política criminal que é mais vingativa do que corretiva, mas isso é outro assunto.

 

Em fim, a restrição só pode se valer com relação a qualidades da função social que a pessoa exerce, não com relação a pessoa. E homossexualismo é um carater da pessoa, não da função social.

 

Você pode expressar a sua opinião, respeitando a pessoa. Você pode dizer que o homossexualismo é errado, é imoral para um homossexual, mas você não pode chamar de abominação e nem de imoral um homossexual, você está ai ferindo a pessoa, não a postura.

 

Se você entendeu isso, eu estou falhando miseravelmente no que eu quero dizer. O que eu to falando é que você discordar de que homossexuais devam casar Não pode impedir que eles se casem se assim o quiserem.

 

Perfeito.

 

O Casamento homossexual só pode ser impedido de existir, moralmente falando, se todas as pessoas de uma sociedade forem heterossexuais, e assim, por mais que a lei permita o casamento homossexual, ele não existirá porque todas as pessoas gostam do par de outro sexo e acham errado o homossexualismo.

 

Mas um tentar criar leis pro Estado impedir casamentos homossexuais (ou aborto...), ai é errado. Mas a igreja tem todo o direito não aceitar ou aceitar realizar o casamento homossexual.

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Uma coisa é uma lei que reconheça e assim registra o casamento gay, outra coisa é obrigar as religiões façam a união religiosa. A igreja deve ter autonomia, mas sua autonomia acaba nela. Ela não pode impedir outros de casar-se civilmente, mas ela tem todo o direito de não realizar casamentos homossexuais.

 

A Igreja sabe que não pode impedir os outros de casarem-se civilmente, ela apenas diz que aos olhos dela, tal postura é equivocada e que ela, como instituição apta por lei a celebrar casamentos, não o fará nestes casos. E pára por aí.

 

 

A igreja não tem que se impor, ela tem que ser afirmativa. Ela deve afirmar sua posição, sua postura.

 

Na prática isso não tem diferença alguma. Afirmar sua posição é se impor.

 

 

Todos os direitos que só dizem a ele e somente a ele, ele tem. Como escolher com quem se relacionar, liberdade de livre transito, opção de estudos e investimento profissional...

 

A lei não impede o homossexual de se relacionar, de transitar por onde quiser, o que quer estudar e o que quer ser da vida... Não há necessidade de lei específica para esses direitos, eles já existem.

 

Ele tem todos os direitos básicos que todos tem. Por mais que você não possa entrar em foro privilegiado, você tem direito como PESSOA a andar aonde quiser em via pública, e beijar quem você quiser aonde quiser.

 

O homossexual também. Não há lei alguma que o proíba de fazer essas coisas. Tente de novo...

 

Ou seja, direitos da pessoa, não da função social que a pessoa exerce.

 

Casamento, INSS, direito à herança, etc são direitos que não são inerentes apenas à pessoa, mas demandam outros critérios que abalizem o direito pretendido.

Eu tenho o direito de casar, pela nossa legislação, apenas se estiver unido à uma mulher que não seja a minha mãe ou minha irmã, ser legalmente capaz e apto para as decisões da vida civil. Não depende apenas de eu ser uma pessoa.

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O homossexual também. Não há lei alguma que o proíba de fazer essas coisas. Tente de novo...

 

Portanto, não faz sentido proibir o casamento homossexual

 

 

 

Casamento, INSS, direito à herança, etc são direitos que não são inerentes apenas à pessoa, mas demandam outros critérios que abalizem o direito pretendido.

Eu tenho o direito de casar, pela nossa legislação, apenas se estiver unido à uma mulher que não seja a minha mãe ou minha irmã, ser legalmente capaz e apto para as decisões da vida civil. Não depende apenas de eu ser uma pessoa.

 

Mas pera lá, cada direito tem sua lógica.

 

O Casamento tem a lógica simples e exclusiva da união civil entre duas pessoas (não importando o sexo). Não faz sentido restringir mais que isso. O INSS não é uma restrição, é uma retribuição pelos anos de trabalho, e direito a herança por questões óbvias é para aqueles que são herdeiros, parentes.

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Portanto, não faz sentido proibir o casamento homossexual

 

Não se trata de proibir, trata-se de posicionar-se contra. E tem certo sentido uma vez que a igreja, sendo uma instituição apta a celebrar casamento, pode sim ser obrigada a realizar cerimônias de casamento homossexual. É muita ingenuidade pensar o contrário.

 

 

Mas pera lá, cada direito tem sua lógica.

 

O Casamento tem a lógica simples e exclusiva da união civil entre duas pessoas (não importando o sexo). Não faz sentido restringir mais que isso.

 

Sim, importa o sexo. Leia o que está escrito na LEI, sr. biólogo...

 

Artigo 1.514 do Código Civil de 2002:

 

"O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados."

 

Artigo 1.517 do Código Civil de 2002:

 

"O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil."

 

Logo, o casamento homossexual, para existir como direito, necessita que esta LEI acima seja alterada. Até lá, o casamento não é um direito que assiste ao homossexual. Simples.

 

Até poderia citar os outros artigos seguintes, sendo um deles sobre os IMPEDIMENTOS para duas pessoas se casarem, mas acho que já está bom como está.

 

O INSS não é uma restrição, é uma retribuição pelos anos de trabalho, e direito a herança por questões óbvias é para aqueles que são herdeiros, parentes.

 

Vamos lá, você entendeu o que eu quis dizer...

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Se virmos na letra fria da lei o casamento como um contrato, pode ser.

Mas ao considerar uma união a ser celebrada por duas pessoas que se respeitam e querem dividir a vida, isto não pode ser simplesmente proibido.

O direito e a lei seguem a evolução da sociedade e da relação entre os indivíduos.

Você se apegar à letra seca, pra definir um casamento é muito simplista.

 

Já falei demais, e não sei nem porque insisto. Sei que terei meu post retalhado pra poder caber uma interpretação diferente do que eu quis dizer.

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Gust84, qual a parte do que eu falei você não entendeu? Agora vem com mimimi dizendo que seu post será retalhado quando você acaba de fazer o mesmo... Impressionante.

 

E chega a ser estúpido afirmar que se virmos o casamento como um contrato posso enfiar união homossexual aí... Primeiro que eu não preciso ver o casamento como contrato, ele é um contrato, com direitos e deveres para ambas as partes (ver aulas de Direito Civil do segundo ano de faculdade, lembra?), a lei o enxerga assim e, segundo que, neste caso, a lei estabelece pré-requisitos para que o mesmo seja formalizado. Um dos pré-requisitos é que os "contratantes" sejam homem e mulher, maiores de idade que não estejam impedidos nas hipóteses do artigo 1.521 do Código Civil...

 

Se a lei deve seguir a evolução (?) da sociedade e da relação entre os indivíduos é só alterá-la para abarcar tudo isso. Agora forçar um direito que ainda não existe por falta de amparo legal é o fim, é o cúmulo da putaria. Esse direito precisa ser criado e só é criado por meio de uma lei que verse sobre ele.

 

Espero ter ficado claro agora...

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Quando você decidir casar (ou quando se casou), você vai se preocupar com o que a lei diz? Nos seus deveres? Em como ficará sua herança? Vai pedir uma certidão de antecedentes pra sua mulher, pra ver se você assina o contrato ou pensar duas vezes?

 

Com certeza não vai.

 

 

Isso que eu quero dizer. O Casamento apesar de todas as definições legais possíveis é também, uma celebração reconhecida pela sociedade da forma como eu postei anteriormente. Se você não quer ver ou não aceita isso, não temos o que discutir.

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Nossa... o que uma coisa tem a ver com a outra? Esse post é talvez uma das coisas mais wtf que já li neste fórum...

 

E não, a sociedade não reconhece ainda a celebração do casamento da forma como você postou anteriormente. Apenas alguns setores dela. Esta é a realidade, por ora.

 

E a discussão só existe onde há discordância...

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Não se trata de proibir, trata-se de posicionar-se contra. E tem certo sentido uma vez que a igreja, sendo uma instituição apta a celebrar casamento, pode sim ser obrigada a realizar cerimônias de casamento homossexual. É muita ingenuidade pensar o contrário.

 

 

 

 

Sim, importa o sexo. Leia o que está escrito na LEI, sr. biólogo...

 

Artigo 1.514 do Código Civil de 2002:

 

"O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados."

 

Artigo 1.517 do Código Civil de 2002:

 

"O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil."

 

Logo, o casamento homossexual, para existir como direito, necessita que esta LEI acima seja alterada. Até lá, o casamento não é um direito que assiste ao homossexual. Simples.

 

Até poderia citar os outros artigos seguintes, sendo um deles sobre os IMPEDIMENTOS para duas pessoas se casarem, mas acho que já está bom como está.

 

 

 

Vamos lá, você entendeu o que eu quis dizer...

 

mas essa restrição da lei, pela lógica, pelo fenômeno de se tornar casal (o que faz duas pessoas se juntarem e desejarem dividir seus bens, de forma autônoma e consciênte) independe do sexo, é errônea ao meu ver. Não faz sentido limitar casal a esfera homem e mulher.

 

E sobre o INSS, sim eu entendi, mas você tem que entender o contexto de cada "restrição". A lógica de cada lei, caso contrário, será apenas uma análise estereotipada. Muitas das restrilções, na verdade não são restrições, mas constatações, ou retorno de alguma dívida.

 

Liberdade sem restrição só existe quando não há dívidas pendentes, porque as dívidas enquanto eram pagas, acabavam sendo restríções, e para assegurar a liberdade, o retorno moral, foi-se feito certas medidas restritas a certos grupos. Esse é o caso do INSS!

 

Você quer afirmar que há restrições, só colocando a lei e não o fim dela. Acaba que fazendo da lei a própria Bíblia que tem que ser imposta, e não entendida e dialogada, para se preciso for, ser reconstruída (caso esteja desatualizada com relação a moral e ética da sociedade que ela representa).

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O tópico está sendo sistematicamente desvirtuado... Esse é o meu último post sobre o assunto pq parece que tem gente que não entende ou simplesmente não quer entender... Se houver interesse em continuar o assunto, que se abra um tópico sobre o tema.

 

mas essa restrição da lei, pela lógica, pelo fenômeno de se tornar casal (o que faz duas pessoas se juntarem e desejarem dividir seus bens, de forma autônoma e consciênte) independe do sexo, é errônea ao meu ver. Não faz sentido limitar casal a esfera homem e mulher.

 

Eu não estou levando em conta se é certo ou errado, ou se faz sentido ou não, estou colocando como a lei vê a situação, simples. Se a situação é diferente e há o desejo que a lei abarque a nova situação, muda-se a lei. Não há direito sem lei anterior que o defina. E podem espernear à vontade.

 

E sobre o INSS, sim eu entendi, mas você tem que entender o contexto de cada "restrição". A lógica de cada lei, caso contrário, será apenas uma análise estereotipada. Muitas das restrilções, na verdade não são restrições, mas constatações, ou retorno de alguma dívida.

 

Eu tenho que entender? Eu sou advogado, meu chapa... Sou PhD em "lógica de lei"... São VOCÊS que precisam entender como a lei funciona e pararem de "mimimimi".

 

Liberdade sem restrição só existe quando não há dívidas pendentes, porque as dívidas enquanto eram pagas, acabavam sendo restríções, e para assegurar a liberdade, o retorno moral, foi-se feito certas medidas restritas a certos grupos. Esse é o caso do INSS!

 

Hein??? Como???

 

Você quer afirmar que há restrições, só colocando a lei e não o fim dela. Acaba que fazendo da lei a própria Bíblia que tem que ser imposta, e não entendida e dialogada, para se preciso for, ser reconstruída (caso esteja desatualizada com relação a moral e ética da sociedade que ela representa).

 

De novo, eu sou advogado, meu chapa... Sou PhD em tudo isso aí que você fala que eu tenho que entender...

 

Esta é a minha última manifestação sobre esse tema... Espero ter ficado claro de uma vez por todas.

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Por que eu não sou um neo-ateu

 

Por Renan Felipe

 

Alguns ficam confusos com a minha posição quanto à religião. Alguns chegam a pensar que sou católico e quando digo que sou ateu se assustam. Isto porque não me engajo em militância ateísta, não me identifico com os “neo-ateus” e acho a antirreligião uma babaquice que vai contra os princípios de liberdade individual ao culto, à associação e à expressão.

Sou um ateu despreocupado. Não me preocupo se as pessoas adoram Javé, Allah, ou Iansã. Isto não é relevante para mim. Deuses não são relevantes para mim. Eu os desconsidero em toda e qualquer atividade cotidiana da minha vida. Penso que a religião é um hábito, uma tradição da maioria das pessoas, embora hajam aqueles que de fato tenham e vivam a fé.

Tive minha fase de contestação da religião e de “neo-ateísmo”, mas nunca tive uma oposição forte à “rebeldia” inicial por causa da educação que minha mãe, descrente, me deu. Por isso acho muito infantil o modo como se portam hoje ateus de mais de 20 anos na cara que parecem pré-adolescentes com oxiúros. Por isso listei dez razões para que você, ateu level 1, não seja um neo-ateu por muito tempo.

 

 

1. Ateísmo não é diploma

 

Descobriu que é ateu ontem? Ótimo. Não precisa usar as palavras “lógica”, “razão” e “argumento” cinco vezes por frase. O fato de ser ateu não te faz mais inteligente, melhor informado ou maior conhecedor da ciência. Na verdade, grandes gênios da humanidade foram crentes até o final de suas vidas e grandes nomes da ciência hoje continuam sendo crentes. Considere que ateísmo, apesar de não ser recente, é uma filosofia minoritária entre as pessoas. A maioria das pessoas é crente e não deixa de desenvolver habilidades fantásticas por causa disso.

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O grande problema dos neo-ateus é justamente o proselitismo. A maioria está recém se descobrindo como ateu e precisa se afirmar de um jeito ou de outro. O resultado é um púbere falando besteira e ofendendo os outros porque acha que é um iluminado que descobriu a verdade.

 

 

2. Religião não é doença

 

O neo-ateu acha que foi milagrosamente curado, e acredita que deve curar os outros “doentes”. Insiste que a religião é um mal no mundo e que ela precisa ser eliminada. Na sua cabeça, a religião é instrumento de poder, de dominação, de enganação, etc.

Iludido pela novidade, embarca numa verdadeira pregação do Devangelho. É um dever moral fazer o maior número possível de desconversões.

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Não sabe portanto que a religião nunca foi o mal, e sim a repressão religiosa. Repressão religiosa é feita de religião para religião e de ideologias políticas para religiões em geral. Quando sustentamos que a religião é um mal a ser eliminado, estamos perpetuando justamente a repressão religiosa.

 

 

 

3. Ignorância não é força

 

 

Caindo na ilusão de que tudo que é contra a religião é “científico”, o neo-ateu pensa que crer em figuras do “ateísmo” é um tipo de ceticismo ou livre pensamento. Repete ipsis literis as besteiras de Sam Harris e Richard Dawkins sem considerar se estas pessoas estão habilitadas para discutir o assunto ou se o que dizem é lógico e faz sentido. Acreditar no que diz Dawkins sobre Teologia é como acreditar no que diz Craig sobre zoologia. Ambos podem emitir opinião sobre o assunto, mas nenhum está qualificado para discuti-lo com propriedade. Dawkins é um excelente zoólogo, e só isso.

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Para deixar o estado de credulidade do neo-ateu, é necessário que ele entenda que o ateísmo é uma postura filosófica como as outras, que precisa ser estudada se pretende levá-la à sério. Não se pode discutir religião sem entender religião. E entendê-las não através de esteriótipos desenhados por aqueles que as atacam. Sem conhecer os argumentos do outro lado, jamais se pode ter segurança e convicção da própria posição, mas sim uma opinião escorada na credulidade, como a de um crente fanático sem conhecimento da própria doutrina religiosa.

É mais fácil ler críticas contundentes à religião em autores que escreveram há séculos como Locke, Paine e Mill, ou até religiosos como Erasmo de Roterdã, do que nos livros de comédia e ficção de nova seita antiteísta.

 

 

4. Antiteísmo não é ateísmo

 

Chame como quiser: neo-ateísmo, ateísmo militante, humanismo secular, fundamentalismo ateu, etc. Antiteísmo não é ateísmo. Ateísmo, com prefixo -a-, indica uma ausência: ausência de crença, de religião, de deus ou deuses. Um ateu não acredita que deuses existem (ou acredita que deuses não existem, dá na mesma), e não segue religião teísta alguma. É só isso. Ateísmo acaba aí.

Hoje em dia pouca gente pensa nisso, mas um ateu poderia acreditar em espíritos, forças sobrenaturais e planos não-materiais. É suficiente para ser ateu que não se acredite em divindades. Nada impede a existência de um espiritismo ateu, por exemplo. De fato, existem até religiões ateístas como o positivismo (religião da humanidade), o humanismo, a cientologia, etc.

Antiteísmo é oposição às religiões teístas e ao pensamento teísta. Na prática, significa que o antiteísta acredita que a religião e a crença em deuses são um mal a ser eliminado. O antiteísmo é portanto tão intrusivo quanto uma religião expansionista, já que busca a conversão. Ou, neste caso, a “desconversão”.

 

 

5. Se fosse para pregar, eu seria crente

 

O antiteísta não se contenta em pregar que a religião é nociva e (des)converter os outros para a sua seita. O neo-ateu também se congrega em igrejas, virtuais ou não. Eles se juntam em congregações como a ATEA, a Liga Humanista Secular, etc.

Se fosse para pregar, ter liturgia, ir numa congregação e ter discurso oficial, eu seria crente. Qual o sentido de se congregar em torno de uma descrença? É como juntar pessoas num clube de não-torcedores do Flamengo, ou numa associação de não-moradores da Vila Cruzeiro. É óbvio que as associações se dão em razão de características comuns e positivas: torcedores do Flamengo e moradores da Vila Cruzeiro. Anticomunistas se associam, antifascistas se associam, anticapitalistas se associam. No caso dos neo-ateus, são antiteístas e antirreligiosos se associando em prol de uma doutrina política antirreligiosa.

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O que não falta é religião ateísta. Desde as mais respeitáveis e milenares como Budismo, Taoísmo e Confucianismo às mais recentes e cientificistas Religião da Humanidade, Culto da Razão, Cientologia, etc. É inevitável: quanto mais ateus dogmatizam o próprio pensamento para combater religiões e quanto mais incentivam o “ateísmo organizado”, mais os “ateus” entram em esquemas prontos que formatam seu pensamento numa doutrina religiosa. Se religião fosse um problema, antiteísmo não teria virado uma.

 

 

6. O antiteísmo tem um passado imundo (e um presente também)

 

Toda perseguição religiosa trouxe efeitos devastadores quando tomou o poder político. Da Guerra Cristera provocada por Plutarco Elías Calles no México aos verdadeiros massacres cometidos na União Soviética, na China, na Albânia e em todo lugar onde o comunismo se instalou ou tentou se instalar, podemos tirar a lição de que o sectarismo ateu não é menos nocivo que o religioso.

Se neo-ateus acham que podem julgar cristãos por causa das Cruzadas ou da Inquisição, desconhecem que a militância ateísta fez coisa semelhante em lugares onde crentes foram fuzilados e a religião, proibida.

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Palden Choetso, monja budista, suicida-se por auto-imolação em protesto contra a repressão religiosa e a ocupação chinesa no Tibet. Protestos deste tipo são frequentes, mas pouco reportados pela mídia.

É difícil calcular quantas foram as mortes decorrentes da repressão à religião. Mas podemos citar alguns eventos desagradáveis decorrentes dela:

  • A Guerra Cristera provocada por Plutarco Elías Calles, que matou mais de 30 mil cristeros e 50 mil soldados federais.
  • O massacre de religiosos pelos republicanos espanhóis durante a Guerra Civil Espanhola que totaliza umas 6,8 mil pessoas.
  • Campanhas de “reeducação” e campanhas “anti-reacionárias” do Partido Comunista Chinês durante o governo de Mao Zedong. Um exemplo é a Revolução Cultural que matou cerca de 500 mil pessoas, o que inclui muitos religiosos já que a China era e é um Estado Ateu.
  • Os expurgos socialistas na Mongólia para erradicar o Lamaísmo, que custaram entre 30 mil e 35 mil vidas.
  • A repressão religiosa do governo de Enver Hoxha na Albânia.
  • A repressão comunista no Camboja, que mandou para os campos da morte Chams (cambojanos muçulmanos), cambojanos cristãos e monges budistas.
  • As campanhas antirreligiosas da União Soviética de 1917-1921, de 1921-1928, 1928-1941, de 1958-1964, e de 1970-1990, cujo número de vítimas não é conhecido.
  • A completa repressão religiosa na Coréia do Norte, que impôs o culto ateísta ao Estado (Juche).
  • A repressão religiosa por Estados Ateus como a República Popular da China, o Laos, o Vietnã, e a Coréia do Norte, que resiste até hoje.

7. O neo-ateísmo desrespeita a liberdade de pensamento

 

Longe de ser um grupo aberto ao diálogo, os neo-ateus são combativos e desrespeitosos. Não admitem diálogo: para eles a religião é uma enganação, e um mal a ser extirpado.

Nesta posição, sua reação é o fechamento ao debate. As verdades estão evidentes e as peças estão dispostas no tabuleiro: de um lado os religiosos fanáticos, do outro os iluminados defensores da razão e da ciência. Incapaz de um diálogo interreligioso, ele resume sua linguagem à mera afronta à doutrina religiosa que escarnece. Não dialoga: xinga; não argumenta: faz deboche; não aceita negociação: ou você está do lado da razão ou você é um crente que precisa ser desiludido.

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Não havendo espaço para diálogo, o objetivo dele é um só: calar a boca dos crentes. Ele quer que retirem as cruzes dos tribunais, que retirem a palavra “Deus” da Constituição e das notas de real, que se acabe com o ensino religioso, que se proíba os crentes de manifestar publicamente a fé ou divulgar as suas opiniões e a sua ideologia na mídia. Combatem, assim, não só a liberdade de culto como também a liberdade de expressão.

 

 

8. Darwin não é deus e ciência não é religião

 

A mentira mais repetida por e para neo-ateus é que religião é inimiga da ciência. É claro, se você fingir que a comunidade científica ocidental não nasceu dentro da Igreja Católica e que todo o sistema universitário ocidental não é baseado num modelo acadêmico estabelecido pela Igreja.

Outra idiotice é militar pelo evolucionismo como se fosse a corporificação da ciência e da razão. Uma teoria científica, válida hoje, pode estar refutada amanhã. O que farão se o evolucionismo for posto em cheque? Admitirão que militavam por uma mentira ou vão cair na real, que não existem “fatos científicos”, verdades incontestáveis? Outra é atacar ad nauseam o criacionismo como se todo cristão fizesse interpretação literal do Gênesis, e esquecendo que quem formulou a teoria do Big Bang era um padre. Um indivíduo pode perfeitamente ser crente e lidar com ciências sem problemas.

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Típicos crentes anti-ciência: Pascal, Descartes, Newton, Mendel, Faraday, Lamaître e Schrödinger.

O pior não é ver alguém militar pelo “evolucionismo”, mas ver que o mesmo sujeito não entende a Teoria da Evolução: diz que “animais passam por mutações” ou que “o homem descende do macaco”. Para piorar, louva este ou aquele cientista e sua teoria como se fossem santos e padroeiros da ciência. Darwin, Newton e Einstein foram importantes, mas fazer desta pessoas e de deturpações de suas teorias uma bandeira de militância é idiota, deturpa a visão das pessoas da ciência, tornando-a cada vez mais impopular entre crentes.

Por fim, o cientificismo. A idéia idiota de derivar padrões morais da ciência. A ciência, assim como a filosofia e a religião, tem um escopo, um campo limitado de atuação. Ciência serve para descobrirmos coisas novas e acumular conhecimento, e não ditar como devemos empregar o conhecimento. Podemos usar energia nuclear para iluminar cidades inteiras ou para fazer armas de destruição em massa. O que determina o que fazer com os avanços científicos depende de um padrão moral extrínseco à ciência: vem de uma doutrina política, filosófica ou religiosa.

 

 

9. O ateísmo não propõe coisa alguma

 

Você propõe alguma coisa? Fale por si. O ateísmo não propõe coisa alguma. Ateísmo é não acreditar em deuses e religiões teístas. Ponto. Qualquer coisa além disso é parte de uma doutrina, ideologia e filosofia pessoal sua. Não existe medida científica para o bem e o mal e não vai ser você quem vai inventar.

Se você defende a política X ou Y, você fala de um conjunto de idéias políticas suas. Ateísmo é outra coisa.

 

 

10. O antiteísmo sabota a causa da razão.

 

Qual o sentido de difamar algo que não existe? Que tipo de pessoa escreve livros, faz vídeos e dá palestras para criticar algo que não existe? Das duas uma: ou esta pessoa quer ganhar dinheiro de trouxas, ou ela está conduzindo uma cruzada contra a lógica. Você conhece alguém que escreve livros ou faz vídeos para contestar a existência de duendes, de fadas do dente, do coelhinho da páscoa ou do papai noel? Então porque seria menos ridículo alguém que escreve para contestar a existência de deuses ou espíritos?

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Dentre os males causados pelo neo-ateísmo, podemos mencionar:

  • Emperra o diálogo interreligioso.
  • Inculca nos crentes o ódio pela ciência, em vez de estimular a sua apreciação.
  • Deturpa as ciências pela propagação de versões caricaturizadas de teorias científicas.
  • Cria um tumulto em torno de um ente que não existe, provocando mais militância de ambos os lados.
  • Desvia o foco do estudo das ciências de questões mais proveitosas para questões que tem pouca aplicação prática.
  • Pseudoceticismo: fomenta a blindagem cerebral ao aceitar credulamente qualquer coisa com o rótulo de “científica” e ao rejeitar qualquer coisa com o rótulo de “religiosa”.
  • Dogmafobia. O medo de ter princípios morais e fazer o julgamento da realidade com base em princípios, em vez de fins. O resultado é que o sujeito ataca qualquer coisa “moral” e defenderá qualquer coisa imoral que tenha a pecha de “científica”.
  • Tornar-se um pé no saco. O sujeito começa a evitar igrejas, grupos de amigos, foge quando alguém reza antes do almoço, critica até a avó porque ela lê a Bíblia, quer discutir com pastor, etc.

Conclusão:

 

Se você ainda está na fase de contestar os dogmas, mitos e tradições religiosas da sua sociedade para afirmar-se, esqueça esta militância. O ateísmo não é um fenômeno novo, não apresenta nenhum tipo de avanço ou progresso da sociedade moderna. É mais provável que ele seja anterior a qualquer religião que tenha existido, e é portanto mais antigo do que qualquer tradição religiosa. Não se preocupe em desconverter as pessoas, preocupe-se em transmitir os valores que tornam a sociedade melhor: a tolerância, o diálogo, a liberdade individual, a liberdade de expressão. As verdades, “científicas” ou não, cedo ou tarde vão sendo descobertas.

 

 

Fonte: http://direitasja.wo...ou-um-neo-ateu/

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