Jump to content
Forum Cinema em Cena

A Viagem :Dir Andy e Lana Waschowsky


CACO/CAMPOS
 Share

Recommended Posts

  • Members

Benjamin Button foi uma boshta, mas eu esperava algo dele, não pela premissa, mas pelo diretor que até ali, não tinha errado (mas errar é humano, e eu já perdoei).

 

Já dos Irmãos Setembrochove, eu espero qualquer coisa, já que eles são meio instáveis: ou fazem algo muito bom ou algo muito ruim. É aguardar mesmo pra ver.

Link to comment
Share on other sites

  • Administrators

O Omelete viu o filme no festival de'Toronto.

 

Filme dos Irmãos Wachowski e Tom Tykwer repete fórmula de Matrix com mistura de gêneros e filosofia

 

 

 

Com o sucesso de Matrix, a recepção dividida das continuações Reloaded e Revolutions e o fracasso comercial de Speed Racer, Andy e Lana Wachowski precisavam provar-se capazes de voltar ao topo. A Viagem (título genérico e preguiçoso que ganhou no Brasil o Cloud Atlas) os recoloca com louvor nessa posição.

 

Com a ajuda do alemão Tom Tykwer, cuja produção é muito mais estável que a dos irmãos (O Perfume, Trama Internacional), os Wachowsi constroem um intrigante pout-pourri de gêneros, adaptando o romance homônimo de David Mitchell.

 

O filme salta enlouquecidamente através de seis épocas distintas, desde 1849 (em uma história de escravatura) até milhões de anos no futuro (uma fantasia em um mundo distante), 106 anos depois de um evento chamado A Queda, passando por 1946 (no pós-guerra inglês, em uma história sobre um amor homossexual proibido e a criação de uma obra-prima musical), 1973 (com uma investigação jornalística sobre usinas nucleares em São Francisco), 2012 (com uma engraçadíssima comédia britânica sobre um grupo de velhinhos tentando fugir de uma casa de repouso) e, enfim, 2144 (em Neo Seul, em uma ficção científica cyberpunk com uma empregada fabricada de uma cadeia de restaurantes tornando-se a líder de uma revolução).

 

Todas as histórias surpreendentemente se conectam, mas não há um "mistério-mestre", o que seria usual em séries de televisão ou filmes do gênero. A conexão é muito mais sutil, ainda que poderosa, sugerindo relações cármicas e vidas passadas (toda a ação, boa ou ruim, realizada em uma existência refletirá nas próximas). É curioso também como, além do lado espiritual, encontra-se uma maneira de tornar tudo mais físico, jogando no liquidificador um pouco da teoria do caos também. Até Carlos Castañeda é citado, ressaltando influências de Neoshamanismo e Nova Era no novo trabalho, entre outros.

 

Misturar filosofia a um gênero estabelecido, afinal, é algo que os Wachowski já haviam realizado com sucesso em Matrix. Aqui, porém, a dupla e Tykwer vai muito além, dando essa roupagem a nada menos que meia-dúzia de tipos de filmes. E para unificar o todo, dando uma dose extra de reconhecimento às partes isoladas, o mesmo elenco foi utilizado no filme inteiro. Todos os atores - Tom Hanks, Halle Berry, Hugh Grant, Susan Sarandon, Jim Broadbent, Hugo Weaving, Jim Sturgess, Ben Whishaw, Keith David, David Gyasi, Zhou Xun e Doona Bae - estão em todos os segmentos, mas a cada um é dado papéis mais e menos importantes dependendo da história, com suas maquiagens trazendo surpresas o tempo inteiro. Alguns deles são irreconhecíveis de um trecho para outro - com a produção ousando transformar ocidentais em orientais, negros em caucasianos, gente em mutante, etc.

 

O trabalho de fotografia, composição, direção de arte e figurino é outro espetáculo à parte, já que o trio de diretores obteve coesão com duas equipes completamente distintas de profissionais. Não fossem os assuntos tão diferentes, não daria sequer para distinguir um trecho do outro. A edição relaciona momentos similares e antecipa ou atrasa o som nos cortes, dando fluidez às ações - e tornando todas relevantes e atraentes. É como zapear furiosamente durante quase três horas entre seis canais de televisão e descobrir que o aparelho está contando-lhe uma única história misturando noticiário, reality show, comercial de fraldas e episódios de Star Trek.

 

Com tanta riqueza de detalhes, Cloud Atlas é uma experiência que merece ser explorada várias vezes e que deve ser ainda tão comentada quanto foi Matrix. "Tudo está conectado", avisa o cartaz do filme - e procurar elementos de relação entre cada segmento (sejam eles temas, formas ou até mesmo texturas ou notas musicais) é parte da diversão.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Esse filme tem tudo pra ser fracasso de bilheteria e agradar os críticos... Ou os 2, ser execrado pela crítica e pelo público e se tornar uma pérola...

Bom... os críticos estão amando, vamos ver o que o público "que assiste dublado" e médio vão achar, ja que são esses que "pagam o filme"...

Link to comment
Share on other sites

  • Members

O trailer me deixou com a impressão de que o filme não vai ficar à altura das pretensões, mas, se ficar, pode ser realmente uma experiência fantástica. Agora, só vai chegar aqui na Austrália em fevereiro do ano que vem. Se começarem a falar muito bem dele, meios alternativos. No Brasil ou na Austrália, não respeitou o cinéfilo, se fodeu.

Link to comment
Share on other sites

  • 5 weeks later...
  • 1 month later...
  • Members

Não acredito que a fraca bilheteria domestica da entender que o filme seja ruim já que trata de 6 historias utilizando os mesmo atores e uma trama complexa e bem difícil de se vender ao publico atual adorares de saga Crepúsculo, Transformes e etç e tal vou assistir no cinema e tirar as minhas próprias conclusões.

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...
  • Members

Samba-do-crioulo-doido-sci-fi quinem Fonte da Vida q mais parece ser seis filmes diferentes separados num só, porém vagamente relacionados. Nestas narrativas de épocas e lugares diferentes é mostrado como um mero e simples ato pode atravessar séculos e inspirar uma revolução. A premissa é interessante, mas como é praxe nestas tramas complexas umas estórias destoam mais q outras, por exemplo, a do futuro pós e pré-apocaliptico. As q se passam no passado são bem piegas até (com direito a um romance baitola melacueca, pra fazer jus aos diretores). Muito bem feito tecnicamente e com um vasto elenco estelar fazendo trocentos papeis simultâneos, o destaque vai pro Hugo Weaving, Tom Hanks e Jim Broadbent. Seria mais legal se não fosse tão longo, pois suas mais de 3hrs de duração testam nossa paciência ate não poder mais, pois o enredo so engrena mesmo no terço final. Razoável apenas. 7,5/10

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...
  • Members

Acabei de assistir e não realmente uma obra prima mas esta longe de ser um filme fraco muito pelo contrario e tem muitas qualidades como manter o elenco principal nas 6 historias com mudanças de etnias e protagonista a cada historia que a principio durante meia hora e bem confuso mas logo você se habitua a eles e reconhece alguns atores bem caracterizados como Tom Hanks, Halle Berry,Jim Strugess, Hugh Grant e Hugo Weaving fazendo o vilão em todas as historias e como sempre arrasando.E o mais interessante que todas as historias tem uma ligação forte seja do jovem ingenuo advogado Adam Ewing(Jim Sturgess) e o escravo em um navio em 1849, E rebelde compositor gay Robert Frosbisher (Ben Winshawn) e o musico velho e arrogante Vyvyan Aryrs (Jim Broadbent) em 1936, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) determinada em descobrir a verdade de uma usina no nuclear comanda Lloyds Gancho (Hugh Grant) em 1973, O velho editor Timothy Cavenidish(Jim Broadbent) tem problemas com dinheiro e um cliente e acaba acidentalmente internado numa casa de repouso para idosos e com uma cruel e enfermeira Noakes( Hugo Weaving) em 2012, na Coreia Sonmi-451(Doona Bae) um clone e garçonete de um fast food e o comandante Hao Joo Chang(Jim Strugess) se apaixonam e enfrentam o sistema autoritário nefasto em 2144, no futuro indeterminado em uma ilha o atormentado Zachary (Tom Hanks) ve seu povo ameaçado por diariamente pelos bárbaros konas e seu lider (Hugh Grant) a chegada da misteriosa Meronym (Halle Berry) membra do Prescients pode mudar o seu futuro e explicar a atual situação da humanidade. O titulo do filme e infeliz e não explica a complexabilidade da obra que traz questões importantes como amor,esperança, solidadriedade e morte não dá para dizer se os personagens são encarnações de si mesmo em outras épocas a não ser no caso de Hanks e Berry que sentem uma conexão entre eles  quando se vem, parabéns aos diretores pela coragem de realizar este épico moderno e envolvente onde a 6 historia passam ao mesmo tempo e prendendo a nossa atenção com muitas surpresas agradáveis e algumas tristes e tocantes e o casting ta ótimo, valeu recomendadíssimo  .

 

220px-Cloud_Atlas_Poster.jpg

 

 

OBS: JA ESTA EM CARTAZ

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Acabei de assistir e não realmente uma obra prima mas esta longe de ser um filme fraco muito pelo contrario e tem muitas qualidades como manter o elenco principal nas 6 historias com mudanças de etnias e protagonista a cada historia que a principio durante meia hora e bem confuso mas logo você se habitua a eles e reconhece alguns atores bem caracterizados como Tom Hanks, Halle Berry,Jim Strugess, Hugh Grant e Hugo Weaving fazendo o vilão em todas as historias e como sempre arrasando.E o mais interessante que todas as historias tem uma ligação forte seja do jovem ingenuo advogado Adam Ewing(Jim Sturgess) e o escravo em um navio em 1849, E rebelde compositor gay Robert Frosbisher (Ben Winshawn) e o musico velho e arrogante Vyvyan Aryrs (Jim Broadbent) em 1936, a jornalista Luisa Rey (Halle Berry) determinada em descobrir a verdade de uma usina no nuclear comanda Lloyds Gancho (Hugh Grant) em 1973, O velho editor Timothy Cavenidish(Jim Broadbent) tem problemas com dinheiro e um cliente e acaba acidentalmente internado numa casa de repouso para idosos e com uma cruel e enfermeira Noakes( Hugo Weaving) em 2012, na Coreia Sonmi-451(Doona Bae) um clone e garçonete de um fast food e o comandante Hao Joo Chang(Jim Strugess) se apaixonam e enfrentam o sistema autoritário nefasto em 2144, no futuro indeterminado em uma ilha o atormentado Zachary (Tom Hanks) ve seu povo ameaçado por diariamente pelos bárbaros konas e seu lider (Hugh Grant) a chegada da misteriosa Meronym (Halle Berry) membra do Prescients pode mudar o seu futuro e explicar a atual situação da humanidade. O titulo do filme e infeliz e não explica a complexabilidade da obra que traz questões importantes como amor,esperança, solidadriedade e morte não dá para dizer se os personagens são encarnações de si mesmo em outras épocas a não ser no caso de Hanks e Berry que sentem uma conexão entre eles  quando se vem, parabéns aos diretores pela coragem de realizar este épico moderno e envolvente onde a 6 historia passam ao mesmo tempo e prendendo a nossa atenção com muitas surpresas agradáveis e algumas tristes e tocantes e o casting ta ótimo, valeu recomendadíssimo  .

 

220px-Cloud_Atlas_Poster.jpg

 

 

OBS: JA ESTA EM CARTAZ

 

O filme poderia ter sido uma obra prima. Mas sinto que falta aos irmãos woolrlsksoektknseisck uma maior profundidade das relações.

 

Nesse filme, como em tantos outros, fora muito bi polar (bom e mal), as diversas histórias. Falta dubiedade nas pessoas e relações em muitas histórias ali contadas. Só em duas houve uma dubiedade interessante, o que deixou a história e as relações dos protagonístas bem intrigantes e questionáveis em quem estava certo ou errado, dando mais complexidade na relação de controle entre os mesmos. Por exemplo, na história dos músicos, o velho e o jovem músico, o velho tinha a posse do jovem, mas o jovem beneficiava-se dessa relação, e até um certo ponto ela opção do jovem essa relação, a partir do momento da briga e ruptura (que também teve sua dubiedade, em que ambos tiveram responsabilidade no caso), é que essa posse do velho revelou sua natureza.

 

Mas tirando isso, o filme é excelente, nota 8.5 a 9.0.

 

O filme não é várias histórias juntas, é uma história  que é construidas por todas as histórias juntas. Olhar cada história separadamente vai acha-las mais do mesmo, mas a questão é que essa não é a história contada, a história contada aqui é aquela que é construida parte por parte em cada história contada. É a tal conexão entre história em outra.

 

Ou seja, eu não me entretive por cada histórias, e sim pela história que cada uma das histórias estava contando.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Acabei de assistir, e para mim

 

“A Viagem” (mais um título nacional infeliz, diga-se de passagem) é, sem dúvidas, um filme problemático, mas, sobretudo, ambicioso. Primeiramente, as chances são grandes de você sentir a necessidade de assisti-lo outra vez para compreendê-lo plenamente (mas, para mim, isso de nada adiantaria). Em segundo, se trata de um dos filmes mais excessivamente confusos dos últimos anos, onde Andy Wachowski, Lana Wachowski e Tom Tykwer demonstram grandes dificuldades para adaptar uma obra tida, antes, como “inadaptável” (e agora entendo o porquê). E não que a história seja desinteressante – até por que, de fato, não é –, pelo contrário, a superprodução aborda vários temas fortes de maneira complexa; o problema é o fato de a mensagem ser tão simples e mal desenvolvida acerca de uma prolongada narrativa que se preocupa mais com a estética do que com a história em si.

 

Desenvolvendo paralelamente seis histórias – que não me atrevo a detalhar –, por meio de uma narrativa hipofônica-circular, rapidamente fica evidente que as tramas não são tão interessantes a ponto de segurar um filme com quase 3 horas de duração. Assim, “A Viagem” logo apresenta graves problemas de ritmo ao desenvolver as histórias de modo muito pausado (deméritos para a precária montagem), de forma que cada passagem não dure, na maioria das vezes, mais de 5 minutos. E, para aumentar a confusão e a falta de identificação com os personagens, o filme ainda sofre com uma péssima maquiagem (certamente feita às pressas pelo fato do cronograma estar atrasado!) que resulta em algo absurdamente superficial – o que, inclusive, prejudica que os atores se destaquem.

 

No entanto, apesar da maquiagem, “A Viagem” conta com um desing de produção totalmente convincente. A direção de arte é arrojada, os efeitos visuais são satisfatórios, os figurinos são adequados e a inspirada trilha sonora (composta por Reinhold Heil, Johnny Klimek e Tom Tykwer) é um dos pontos altos da produção. Ou seja, esteticamente o filme, sem dúvidas, convence (méritos, também, para a eficiente fotografia de John Toll e Frank Griebe, que intercala com precisão as diferentes épocas temporais ao explorar muito bem os elementos referentes ao tempo em que a narrativa se encontra através de uma grande profundidade de campo na maioria dos planos de transição). Já o mesmo não se pode dizer a respeito da direção e do roteiro. Os irmãos Wachowski – que, de certa forma, inovaram na trilogia “Matrix” –, aqui, juntamente com Tom Tykwer, pecam pelos excessos ao adaptar o roteiro que desenvolve problematicamente os personagens, tornando o filme desinteressante e, em alguns momentos, demasiado. 

 

O fato é que em meio a seis histórias que, gradativamente, vão se relacionando com diferentes narrativas e transmitindo a mensagem do filme (“Tudo está Conectado”!), somente uma delas – que envolve um futuro totalitário ambientado em, se não me engano, 2144 – desperta interesse. As demais deixam a desejar (destaque para o conflito que se passa após uma catástrofe nuclear em que um dos seis personagens de Tom Hanks habita um desolado vale e parte em uma jornada por descobertas com um tipo de “alienígena” interpretado por Halle Berry. O que é aquilo?) e são prejudicadas pelos notáveis problemas de continuidade do longa – embora também tenha lá seus momentos.

 

Por outro lado, o ótimo elenco ajuda muito o filme e contribui para a divulgação (apesar de, voltando a dizer, ser ofuscado pela péssima maquiagem e pelo precário desenvolvimento narrativo); no caso, praticamente todos os atores interpretam mais de um personagem surpreendentemente. De qualquer forma, a produção chega a seu terceiro ato, que, mesmo não sendo nada memorável, evoca as questões filosóficas que, apesar de simplórias, o filme aborda convincentemente ao, finalmente, dinamizar os desfechos das seis histórias de modo paralelo e sem longas pausas como na introdução. Afinal, existe vida após a morte? Há reencanação? Estamos conectados ao amor, ódio e fé de vidas anteriores? Qual será o futuro da humanidade? A raça humana segue um curso pré-destinado do início ao fim? Quem somos? Pra onde vamos? [...] E muitas outras indagações eternas, que a humanidade se faz dia após dia, e que “A Viagem” tenta responder da maneira que alterna entre o poético, o drama do existencialismo e uma pitada de humor bem vinda em meio a muitas irregularidades.

 

No mais, uma coisa não há como negar: “A Viagem” é, sem dúvidas, um dos projetos mais pretensiosos dos últimos tempos, e, apesar de tudo, os cineastas envolvidos merecem reconhecimento por tal ousadia. Mas é uma pena que tal projeto fique muito aquém daquilo que aspirava alcançar.

 

De qualquer forma, vale a conferida.

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...