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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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A Conversação (Francis Ford Coppola, 1974) 5/5

 

A câmera se aproxima de uma praça, em que um mímico imita as pessoas que andam pelo lugar. Conforme ela chega mais perto de Harry Caul (Gene Hackman), o mímico começa a repetir o que ele faz. Entretanto, sua atitude é tão reservada e comum, que acaba desistindo. Essa excelente abertura lança as bases para a definição de quem é o personagem de Harry, alguém reservado, tímido, introspectivo, como se estivesse sempre pedindo desculpas por existir (o que, mais para o final, acaba sendo justificado).

 

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Harry Caul é um especialista em vigilância, que trabalha para clientes ocasionais. Retratado como antiquado, tem ótimas ideias para alcançar seus objetivos e uma meticulosidade excessiva ao tratar suas gravações, que acaba levando-o a se envolver com o caso em que está trabalhando. Neste filme, os dois principais méritos de Coppola estão na forma como conduz as cenas de conversas gravadas (cheias de ruídos, flashbacks, rewinds e interferências) e na maneira como desenvolve, lentamente, os medos de Caul, rumo a uma obsessão maníaca final. O longa inteiro é levado com calma, entrecortado por canções ao saxofone (tocado por Harry), e conta com uma atuação admiravelmente contida de Hackman.

 

leomaran2011-05-31 15:34:35

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Já pensando no festival de HQ, resolvi começar revendo tudo do Batman.

 

 

 

 

 

 

 

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Batman (Tim Burton, 1989)

 

 

 

Ficou óbvio que aqui não há divisão de protagonismo, o filme é do Coringa. E não quero dizer que ele quem rouba a cena ou não, na verdade discuto isso depois, mas o Coringa é o protagonista principal do filme. Aqui tem toda uma inversão de lógica que eu ainda não tinha visto. O herói é mostrado acho que depois de uns 10 minutos de filme, até lá ele foca totalmente no desenvolvimento do vilão. Exaltar o Coringa dessa forma pode ser interessante, até pq é disparadamente o melhor personagem de Batman, só que corre o risco de acontecer o que aconteceu aqui, a banalização. Antes do Coringa se transformar em Coringa a personalidade dele é bem desnecessária, nisso TDK acertou em cheio em mostrar o dele já tocando o terror em poucas e memoráveis cenas. Também o Coringa do Jack Nicholson oscila de momentos geniais para momentos banais, que parecem servir apenas para conduzir a história, e eu acho isso muito condenavel em se tratando do personagem em questão. Por incrível que pareça, eu acho que o personagem apenas engrandeceria se aparecesse menos. Se fosse construído e mostrado apenas em seus momentos antológicos. Da forma que foi acho que empobreceram ele em alguns aspectos. E sim, ele se aproxima bem mais do que eu esperaria de um Coringa em relação ao do Ledger, no sentido de se divertir o tempo todo, brincar o tempo todo e etc... Mas faltou algo fundamental: é muito pouco sombrio, muito pouco ameaçador. Nesse sentido acho que foram bem desrespeitosos com o personagem, em abordar apenas um lado dele, o nitidamente mais cômico. E fora que achei o Burton um pouco preso nesse, e o cara é um artista com uma característica muito particular, e mesmo que eu tenha minhas ressalvas quanto a isso, se ele se reprimir nesse aspecto não sobra muita coisa, vide Planeta dos Macacos. Não é ruim, muito longe disso, é muito bom filme. Mas bem inferior ao que eu guardava na minha lembrança.

 

 

 

 

 

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Batman Returns (Tim Burton, 1992)

 

 

 

Aqui muda tudo! Algumas pessoas tendem a pensar que quanto mais vilões colocarem em um filme, pior, já que o desenvolvimento de suas características podem ficar comprometidas. Eu discordo, não acho que essa regra exista, e esse aqui é o maior exemplo. Se por um lado apenas um vilão te da mais tempo pra esse desenvolvimento, por outro o fato deles dividirem esse tempo em cena te permite explorar apenas o grandioso de suas características, sem tanta enxeção de linguiça. Aqui a sensação que eu tive é que o Burton acerta em tudo. A Mulher Gato é o grande personagem dessa franquia. A atuação da Pfeiffer é algo espantoso, ela realmente pareceu encarnar um felino. Já o Pinguim fez o que eu esperava do Coringa, tem seus momentos de humor, mas não abdica de forma alguma da monstruosidade do personagem, ele cria um lunático nojento. E se eu condeno o Burton por um certo acanhamento estético que eu vi no primeiro Batman, aqui ele se redime totalmente. Ele tira algumas cenas antológicas, como a Mulher Gato na janela do seu quarto e atrás dela um letreiro luminoso escrito "Hell Here", ou Pinguim sendo carregado no final do filme por alguns outros pinguins até afundar com aquela forma monstruosa no esgoto. Enfim, esse aqui é sensacional mesmo, ainda vou rever os outros, mas por enquanto esse é o melhor Batman da franquia com uma boa vantagem.

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Um Olhar no Paraiso, Peter Jackson (2009)

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Na decada de 70 uma adolecente de 14 anos Suzie Salmon(Saiorse Ronan) e brutalmente estrupada e assassinada pelo seu vizinho George Harvey (Stanley Tucci) deixando os seus pais Jack(Mark Wahlberg) e Abigail(Rachel Weisz) completamente desolados e abalando a base familiar, o fantasma de Suzie tenta se aproximar deles e trazer justiça ao seu assassino, gostei do clima e as cores forte mas o filme se perde um pouco entre a fantasia e o drama que e um pouco arrastado, mas e um filme menor de um bom diretor.

 

 
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Soa plausível? Não sabia que com o Haneke precisava soar plausível.Enfiar um abacaxi no meio das pernas pra mim não é plausível.[/quote']

Em se tratando de uma personagem sexualmente problemática e masoquista, para mim soa bastante plausível.

Enfiar um abacaxi no meio das pernas assim como a maioria das coisas que acontecem no filme não ajudam a tornar a personagem mais ou menos complexa, apenas ajudar a deixar o circo do Haneke mais bizarro.[/quote']

As degradações de ordem sexual pela qual a personagem voluntariamente passa não têm o propósito de torná-la "mais complexa".

Do meu ponto de vista, elas ajudam a desnudar sua psique, que por ser perturbada e longe do que é considerado normal pela sociedade, rende situações bizarras.


Não sou muito bom em simbolismos, logo isto assim como a maioria das coisas vistas no filme apenas significam o que demonstram ser. Lars Von Trier e Aronofsky conseguem fazer mais com muito menos em "AntiCristo" e "Cisne Negro", apenas para dar exemplos de filmes com abordagem semelhante.[/quote']


Apesar das comparações tecidas com os outros cineastas, duvido muito que Haneke estivesse interessado em simbolismos em A Professora de Piano.

Pode-se tentar entender o que se passa na cabeça da personagem de Huppert (o que é difícil, pois a personagem não se abre nem fala de seu passado), mas nada na encenação aponta que a resposta esteja encapsulada em significados escondidos, metáforas ou afins. Para mim, o filme é bastante direto.

 

Ok, Cremildo. Não concordo, mas respeito sua opinião. Esse filme do Haneke não me agrada nem mesmo na sua proposta de ser provocador. Mas enfim...
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Ok, Cremildo. Não concordo, mas respeito sua opinião. Esse filme do Haneke não me agrada nem mesmo na sua proposta de ser provocador. Mas enfim...
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Também respeito o seu ponto de vista, embora divergente. No final, ficou evidente que se trata de um filme bastante divisivo, que suscita admiração ou indignação.

 

Continuarei a desbravar a obra de Haneke com A Fita Branca...

 

Cremildo2011-05-31 20:06:51

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Batman Returns (Tim Burton' date=' 1992)

 

 

 

Aqui muda tudo! Algumas pessoas tendem a pensar que quanto mais vilões colocarem em um filme, pior, já que o desenvolvimento de suas características podem ficar comprometidas. Eu discordo, não acho que essa regra exista, e esse aqui é o maior exemplo. Se por um lado apenas um vilão te da mais tempo pra esse desenvolvimento, por outro o fato deles dividirem esse tempo em cena te permite explorar apenas o grandioso de suas características, sem tanta enxeção de linguiça. Aqui a sensação que eu tive é que o Burton acerta em tudo. A Mulher Gato é o grande personagem dessa franquia. A atuação da Pfeiffer é algo espantoso, ela realmente pareceu encarnar um felino. Já o Pinguim fez o que eu esperava do Coringa, tem seus momentos de humor, mas não abdica de forma alguma da monstruosidade do personagem, ele cria um lunático nojento. E se eu condeno o Burton por um certo acanhamento estético que eu vi no primeiro Batman, aqui ele se redime totalmente. Ele tira algumas cenas antológicas, como a Mulher Gato na janela do seu quarto e atrás dela um letreiro luminoso escrito "Hell Here", ou Pinguim sendo carregado no final do filme por alguns outros pinguins até afundar com aquela forma monstruosa no esgoto. Enfim, esse aqui é sensacional mesmo, ainda vou rever os outros, mas por enquanto esse é o melhor Batman da franquia com uma boa vantagem. [/quote']

 

Fatão! [/Lola]

 

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Leomaran' date=' também vi A Conversação recentemente. Mais um grande filme vindo da poderosa década de 1970. Que década foi aquela, hein? E Gene Hackman não ter sido indicado ao Oscar de Melhor Ator por esse filme foi muito injusto.

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Verdade. Acho que não foi indicado porque não é uma performance vistosa. Os julgadores curtem uma extravagância, mas a atuação dele é excepcional.

 

 

 

A década de 70 foi uma das melhores, se não a melhor, de todos os tempos cinematograficamente. Tem um livro, Como a Geração Sexo-Drogas-e-Rock'n'Roll Salvou Hollywood, que fala justamente dessa década e da leva de diretores que surgiram nela. Vale a pena ler, se quiser se aprofundar mais no que aconteceu.

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Se Beber Não Case 2 (The Hangover Part II, 2011) 2/5

 

 

 

Sei que muita gente está dizendo que este filme é igual ao primeiro só que na Tailândia, mas... bem, é a mais pura verdade. O longa é uma cópia, estruturalmente falando, do primeiro filme, quase que detalhe por detalhe. Na verdade, não sei como os roteiristas poderiam ter escapado dessa, já que o primeiro filme teve tanto sucesso justamente por causa da forma em que é contada sua narrativa (ok, e por ser bastante engraçado também). Portanto, soa estranho chamar esse aqui de sequência. Está mais pra remake. Sai Las Vegas e entra Tailândia. Sai o tigre e entra o macaco. Sai o melhor amigo que vai se casar e entra o irmão gênio da noiva. E por aí vai. Para ser bem sincero, a parte 2 jamais deveria ter sido feita. A não ser que alguém tivesse tido alguma ideia genial para ela, o que não é exatamente o caso.

 

 

 

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Este passa a impressão de que, em vez de arrancar piadas com cócegas, tenta tirá-las com socos. E consegue, até certo ponto, mas não evita que algum sangue escape junto. Existem algumas coisas com as quais não se pode brincar, e, para mim, uma delas é a mutilação. Este, que acaba sendo um dos principais motes do filme, leva a cenas absolutamente repulsivas no final. Outros de que o longa abusa são os de conotação sexual, que até que são desenvolvidos sem tanto exagero, mas adicionam algumas sequências de extremo mau gosto à produção. Na sessão em que fui, dois pais levaram a filha pequena para assistir ao filme. O que eles tinham na cabeça? Não sei. Só sei que, em nenhum momento, tamparam os olhos da menina em cenas mais fortes. Se fosse eu, não teria ficado até o fim.leomaran2011-05-31 23:39:04

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MATEMÁTICA DO AMOR - 4.5/10 - Em seus melhores momentos, este "An Invisible Sign" tem toques de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain". É claro que levada as devidas proporções, além do que isto ocorre em poucos momentos, especialmente quando a personagem central ainda é uma criança. No mais, roteiro e direção frouxos despediçam o potencial do material. Mona Gray (Jessica Alba) foi uma criança apaixonada por números, corrida e especialmente ligada ao pai (John Shea, o Lex Luthor da série "Louis e Clark - As Novas Aventuras do Superman"). Depois que ele adoece, ela é obrigada a morar sozinha e encarar o mundo adulto. Depois que a premissa se estabelece, o filme se perde na frágil direção e no roteiro que estabelece a obsessão matemática da personagem de forma burocrática, deixando de lado o desconforto que isto causa em seu convívio social. Porém o calcanhar de Aquiles é a atuação de Jessica Alba. Ironicamente é a melhor oportunidade que ela teve de demonstrar que é uma atriz de recursos e não só de atributos físicos, porém o máximo que se pode dizer é que ela tenta se esforçar, mas não consegue criar simpatia, carisma ou força à personagem. O elenco infantil, de uma maneira geral, engole a atriz em termos de atuação e carisma. Há tempo para uma participação de J. K. Simmons (desperdiçado), Sonia Braga como a mãe de Mona (discreta), além de Chris Messina ("Julie & Julia") na pele do professor de Ciência e potencial namorado dela, subtrama que recebe uma atenção pífia. O filme se perde na tentativa de se criar uma história baseada na lógica dos números (um machado é um sete...) e em personagens que acreditam nisso, falta calor humano.

Thiago Lucio2011-06-01 07:05:32
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Kaboom

Divertida e despretensiosa comédia de humor negro q o diretor indie Gregg Araki deve ter feito na base de psicotropicos bem pesados. Misture a putaria de "Shortbus" , com a temática conspiratória-apocaliptica de "Donnie Darko" e coloque td no contexto de "American Pie". Ou imagine um episódio chapado de ácido de "Barrados no Baile" ou "Melrose". Na estória, entre comer e dar quem aparece pela frente, um jovem gayzinho se vê no meio de uma trama sci-fi de aniquilação mundial(!?) Não tente entender, apenas deixe-se levar pelo barato da proposta do diretor, q no fundo ta nem ai e quer q o mundo "se exploda mesmo", embora tem quem veja uma sátira as sitcoms adolescentes. Tem varias cenas antologicas, com destaque pro cara aprendendo a chupar o próprio pau no caso de "haver tempo de vacas magras com a mulherada"; e quase tds as cenas envolvendo a amiga sapata e sem papas na lingua, detentora de dialogos geniais. Moral desta produção: a única experiencia legitima da época de facul q se leva pro resto da vida não são os estudos.. é o sexo. Cartazes psicodelicos bem bacanas. 9/10

 

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Jorge Soto2011-06-01 08:13:32
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Simplesmente Feliz

Mike Leigh mais uma vez realiza um grande filme, que certamente nada deve à seus anteriores, mas que, infelizmente, recebeu bem menos atenção do que merecia. Muito provavelmente por ser uma comédia dramática leve, gênero onde os filmes e os atores, mesmo quando excelentes (como é o caso aqui), costumam ser preteridos.

O diretor e roteirista Mike Leigh tem um estilo muito peculiar de "guiar" seu elenco (guiar entre aspas por que uma das característias de Leigh é justamente dar plena liberdade para seus atores se aprofundarem em seus personagens que, mesmo quando apenas no roteiro, já são difíceis e desafiadores para quaisquer atores).

Em Simplesmente Feliz, Sally Hawkins interpreta Poppy, uma mulher que já possui 30 anos, mas que, até em seu nome (que, no caso, é um apelido), não gosta de viver no sério mundo dos adultos. Poppy, entretanto, não é uma ignorante ou uma egoísta. Ela conhece bem o mundo e todas as suas agruras, mas, em vez de se isolar, ela prefere compartilhar sua felicidade com quem está próximo (mesmo que seja um estranho, um maluco em um beco escuro).

Sally Hawkins está brilhante como Poppy, uma personagem que sem dúvidas seria muito difícil de ser transposta do papel para as telas. E Eddie Marsan, que interpreta o instrutor Scott, também está estupendo com um personagem diametralmente oposto ao de Poppy: um homem sério e fechado a qualquer tipo de interação com seus alunos.

Poppy e Scott são personagens bem diferentes, mas completamente plausíveis e cujos tipos podemos reconhecer facilmente em pessoas ao nosso redor. Eis a essência do cinema do grande Mike Leigh tão bem executada em mais outro grande filme.

 

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A dupla de atores mais injustiçada pelo Oscar em 2009.
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Agentes do Destino
Romance bobinho q tem como pano de fundo trama sci-fi paranóica. A premissa é bacana e intrigante, mas fica a impressão óbvia de um episódio de “Além da Imaginação” (no caso, um conto do Philip “Blade Runner” K. Dick) esticado até o talo de modo a agradar um público (femenino) maior. Na trama, político (Damon) topa casualmente com mulher dos seus sonhos (Blunt), mas eis q surge o titulo do filme, um mix superpoderoso de “Homens de Preto” com “Os Intocáveis” , q lhe informam q nunca poderá ficar junto dela pois seu destino é outro. Óhhh! Mas como Jason Bourne não dá braço a torcer vai atrás do seu amorzinho contra td e tds. E tome correria! Noutras, a discussão interessante sobre predestinação (ou não) da condição humana lançada inicialmente fica em segundo plano em prol do “Love Story” incondicional do casal principal. Fora alguns bons momentos (a perseguição pelos portais de atalho, por ex.) o filme no geral é redondinho e previsível demais, feito pra assistir mesmo a dois. Interpretações contidas e nada de especial, onde vale destacar o desperdício do ótimo Terence Stamp; e a beleza impressionante da Blunt, principalmente qdo aparece com um generoso decote na meia hora final. 7,5/10

 

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PASSE LIVRE - 8/10 - Os irmãos Farrelly conseguiram mais uma vez. Se "Debi & Lóide" e "Quem Vai Ficar Com Mary" conseguiram reunir o melhor do humor debilóide e politicamente incorreto característicos da dupla, a mesma combinação resultou posteriormente em uma série de filmes irregulares, mas com "Passe Livre" eles voltam à boa forma. Os ingredientes são os mesmos e a receita é pra lá de conhecida. Dois amigos (Owen Wilson e Jason Sudeikis) ganham passe livre de suas respectivas esposas (Jenna Fischer e Christina Applegate) por uma semana para conhecer outras mulheres, porém eles se dão conta de que essa "liberdade" não será tão proveitosa quanto eles imaginam. O filme é uma sucessão de sequências e piadas que exploram o constrangimento das mais diversas formas possíveis, seja através de uma conversa privada, seja através das tentativas de conseguir sexo casual ou através de brincadeiras relacionadas à guerra dos sexos ou da idade dos experientes amigos. O nível de diversão está diretamente ligado ao nível de tolerância do espectador a este tipo de humor, logo é inevitável que algumas piadas sejam encaranhadas com mais bom humor do que outras, ainda mais que muitas delas estão ligadas a assuntos sexuais e fetiches masculinos. Além disso, os irmãos Farrelly conseguem inserir uma abordagem sensível a moral da narrativa sem soar excessivamente piegas, mesmo que se apegue a alguns clichês. Enfim, uma comédia com a marca registrada dos irmãos Farrelly com saldo pra lá de positivo.Thiago Lucio2011-06-02 13:16:36
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O Mágico (L'Illusioniste, 2010) 4/5

 

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Esta animação tem uma história tão singela que sua presença é quase imperceptível. As imagens são belas, delicadas. O filme retrata o fim de uma era, representado pela figura do mágico decadente, que se desdobra em apresentações para uma plateia vazia. Ao mesmo tempo, sua relação com uma jovem, que ele praticamente adota, traz alguma emoção para sua vida, forçando-o a fazer bicos para bancar os seus caprichos. É quase um cinema mudo, já que as poucas falas utilizadas no filme são descartáveis. Baseado em um roteiro do falecido Jacques Tati, o filme alega trazer um pouco da relação entre pai e filha (Sophie Tatischeff). Existe amor entre os dois, mas o sentimento que fica é de rompimento, de fim. Embora esteja implícito um novo começo, é o final que prevalece.
leomaran2011-06-03 00:14:39
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Kaboom

Divertida e despretensiosa comédia de humor negro q o diretor indie Gregg Araki deve ter feito na base de psicotropicos bem pesados. Misture a putaria de "Shortbus" ' date=' com a temática conspiratória-apocaliptica de "Donnie Darko" e coloque td no contexto de "American Pie". Ou imagine um episódio chapado de ácido de "Barrados no Baile" ou "Melrose". Na estória, entre comer e dar quem aparece pela frente, um jovem gayzinho se vê no meio de uma trama sci-fi de aniquilação mundial(!?) Não tente entender, apenas deixe-se levar pelo barato da proposta do diretor, q no fundo ta nem ai e quer q o mundo "se exploda mesmo", embora tem quem veja uma sátira as sitcoms adolescentes. Tem varias cenas antologicas, com destaque pro cara aprendendo a chupar o próprio pau no caso de "haver tempo de vacas magras com a mulherada"; e quase tds as cenas envolvendo a amiga sapata e sem papas na lingua, detentora de dialogos geniais. Moral desta produção: a única experiencia legitima da época de facul q se leva pro resto da vida não são os estudos.. é o sexo. Cartazes psicodelicos bem bacanas. 9/10

 

 
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Esse filme é muito doido e tem uma atriz inglesa que eu gosto muito, chamada Juno Temple. São de seu personagem, London (que tem uma tara por gays), os diálogos mais surreais do filme. Segue um, mais ou menos como eu me lembro:

 

- Numa escala de 0 a 6, sendo 0 100% heterosexual e 6 completamente gay, o que você é?

 

- 0, eu acho...

 

- Que pena... Quer trepar ainda assim?

 

lol

 
Alexei2011-06-03 09:22:20
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Sobre Meninos e Lobos (revisto)
Drama policial sério e bacaninha q fala do reencontro de três amigos de infância por conta do assassinato da filha de um deles. Mas aí q justamente as suspeitas recaem sobre alguém do trio, q sofreu abusos qdo moleque. Mas será q foi ele mesmo? Sóbrio, discreto e realista ao tratar de pedofilia, o filme não pretende dar lições de moral apesar de disparar farpas sutis pra igreja e policia. Não há maniqueísmos, mocinhos/bandidos ou estereótipos, o q confere credibilidade á película q no fundo é um ensaio sobre a violência na vida em sociedade, e sobre a relatividade do bem e o mal. O trio principal ta estupendo, com destaque pro explosivo Penn,  como o pai inconformado querendo fazer justiça com as proprias mãos; e  Tim Robbins como o doidão suspeito. Vale destacar q as esposas de cada protagonista tb refletem o caráter dos maridos. Ou vice-versa, como acompanhamos com surpresa ao chegar num amargo final. 9/10

 

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Jorge Soto2011-06-03 09:51:03
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Hulk Vs. (Sam Liu e Frank Paur, 2009)

 

 

 

Dois média metragem de primeira que contam o confronto do gigante esmeralda contra Thor e Wolverine, e deixa bem claro quem é o mais foderosão dos protagonistas da Marvel. Chega a dar dó. Bem ogro, como não podia deixar de ser, história interessante, cuidadosa. Personagens bem fieis. Tanto a que narra o confronto contra Wolverine quanto a do Thor são de primeiríssima. Vale muito.

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SOBRE MEUS LÁBIOS

 

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Uma secretária meio surda, solitária e retraída (Emmanuelle Devos), encontra uma maneira de ter como auxiliar um homem bem apessoado (Vincent Cassel) - com o qual espera desenvolver uma relação. Ocorre que o cara é um ex-presidiário não completamente reformado...

 

Em vez do conto de fadas alimentado por romances onde tudo é lindo e alegre, aqui a carência da protagonista a leva a agir de modo bem menos inocente que as típicas heroínas de exemplares mais 'comerciais'.

 

Emprego elaborado do som para representar a isolação da personagem de Devos.

 

****/*****

 

 

 

Cremildo2011-06-03 12:14:59

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Férias Frustradas de Verão

Revi ontem Férias Frustradas de Verão (Adventureland) e o filme continua marcante. Enfim, adoro tudo ali: a coletânea que funciona tão bem dentro e fora do filme e é uma das minhas preferidas; os personagens e as atuações; a belíssima fotografia, e, claro, o trabalho de Greg Mottola, que escreveu o roteiro e dirigiu o filme.

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Não se trata de uma obra-prima, mas sem dúvidas é um bom filme e que, ao menos comigo, funciona muito bem. Claro, muito por que, como eu disse, quase tudo remete à um pouco de mim mesmo, não necessariamente à fatos que possam ter ocorrido comigo, mas à sentimentos tão bem retratados na história.

Jesse Eisenberg está mais uma vez excelente e é um dos atores da atualidade cuja filmografia mais me encanta. A Rede Social é, claro, seu filme mais aclamado (e merecidamente), mas também adoro A Lula e a Baleia, A Educação de Charlie Banks e Zumbilândia. Kristen Stewart está bem, e o elenco coadjuvante está fantástico.

Férias Frustradas de Verão é um belíssimo, tocante e inspirado filme sobre adolescência, amadurecimento e, de certa forma, sobre o que acabamos perdendo durante essa fase de transição.
Nelson Gadelha2011-06-03 12:24:18
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zzzZzzzzZzzzZzZzzZzzzzzzzZz

 

 

 

Ô filminho que não funcionou comigo esse aí.

 

É, o ritmo do filme é lento, quase parando. Mas achei que foi uma boa escolha, principalmente pela história que tinham em mãos.

 

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SOBRE MEUS LÁBIOShttp://upload.wikimedia.org/wikipedia/en/thumb/d/dc/Sur_mes_l%C3%A8vres.jpg/225px-Sur_mes_l%C3%A8vres.jpg" />Uma secretária meio surda' date=' solitária e retraída (Emmanuelle Devos), encontra uma maneira de ter como auxiliar um homem bem apessoado (Vincent Cassel) - com o qual espera desenvolver uma relação. Ocorre que o cara é um ex-presidiário não completamente reformado...Em vez do conto de fadas alimentado por romances onde tudo é lindo e alegre, aqui a carência da protagonista a leva a agir de modo bem menos inocente que as típicas heroínas de exemplares mais 'comerciais'.Emprego elaborado do som para representar a isolação da personagem de Devos.****/*****

 

 

 

 

 

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Esse Sobre meus Lábios do Jacques Audiard é um dos meus filmes preferidos. É sensacional. E Devos é um grande achado do cinema francês. 16.gif

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