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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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Fitzcarraldo (Werner Herzog, 1982) - 5/5

Neste bizarro filme, Brian Sweeney Fitzgerald (Fitzcarraldo, porque os peruanos não conseguem pronunciar seu nome corretamente) luta para construir uma ópera em meio à selva amazônica. Para isso, traça um plano bizarro para enriquecer, que inclui atravessar o rio da floresta em um navio, recolhendo a borracha extraída das seringueiras pelos índios.

 

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O filme é incrivelmente bondoso com seus personagens, sem zombar de suas convições e objetivos, por mais ridículos que sejam. E faz de índios selvagens "encolhedores de cabeça" pessoas cordatas e ingênuas. O mais fantástico é que Herzog fez questão de reproduzir perfeitamente as mais grandiosas cenas do filme na vida real. Quando vemos um gigante navio subindo uma montanha, puxado por índios, na verdade, foi exatamente o que Herzog fez. Assim como quando o mesmo navio desce perigosas corredeiras. Embalado por músicas de Enrico Caruso, Fitzcarraldo segue sempre em frente, sem desistir por um minuto sequer de seus empreendimentos. A cena final é tocante pela simplicidade e senso de dever cumprido que exala.
leomaran2011-06-23 11:19:04
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A PANTERA COR-DE-ROSA

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Há muito a se admirar: como a encenação de Edwards se utiliza da tela larga e do espaço para criar comédia física com absoluta propriedade, efeitos sonoros usados com criatividade, a música icônica de Henry Mancini, Peter Sellers. Reconheço tudo isso, jamais negaria que o filme é um clássico da comédia e cinema original e criativo.

 

Mas, em se tratando de humor, há coisas tão pessoais que chegam a ser difíceis de explicar. Eu simplesmente não me ralei de rir e não achei várias piadas muito engraçadas. Para dizer a verdade, curti mais outro filme menos cômico de Edwards, Victor ou Victoria.

 

Não tenho argumentos, não tenho explicações: simplesmente não deu.

 

***/*****

 

 

 

Cremildo2011-06-23 12:17:36

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A PANTERA COR-DE-ROSA[img']http://www.dvdactive.com/images/reviews/screenshot/2003/11/pink_panther_collection_box_set_r2_01.jpg" />Há muito a se admirari: como a encenação de Edwards se utiliza da tela larga e do espaço para criar comédia física com absoluta propriedade, efeitos sonoros usados com criatividade, a música icônica de Henry Mancini, Peter Sellers. Reconheço tudo isso, jamais negaria que o filme é um clássico da comédia e cinema original e criativo.Mas, em se tratando de humor, há coisas tão pessoais que chegam a ser difíceis de explicar. Eu simplesmente não me ralei de rir e não achei várias piadas muito engraçadas. Para dizer a verdade, curti mais outro filme menos cômico de Edwards, Victor ou Victoria. Não tenho argumentos, não tenho explicações: simplesmente não deu. ***/*****

 

 

 

 

 

 

Penso bem parecido contigo, Cremildo. Mas Um Tiro no Escuro eu achei beeem bom.

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X-Men: First Class' date=' de Matthew Vaughn - Não curto a série, não dava meio átomo pelo trailer e me surpreendi. Algumas cenas pediam mais violência e teria ficado mais interessante se a estética mergulhasse de vez no retrô. Mesmo assim tá acima da média do PG-13.[/quote']

 

 

 

 

 

 

<FONT size=3 face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif">Eu também esperava que o Vaughn fosse mais "Kick-Ass", mas como não dá para o filme ser do jeito que quero... ainda assim ele mandou muito bem, não acho ruim as sequências de ação, elas foram bem conduzidas, só acho que falou A cena... mais ou menos a mesma sensação que tive em "Homem de Ferro". Por isso, a nota ficou a mesma. 8.5/10

 

 

 

Gostei da ação, mas a cena do bar, por exemplo, merecia uns mL de sangue a mais.

 

 

 

 

po, ce ta confundindo o refinado Magneto com o brucutu Jason???http://www.cinemaemcena.com.br/forum/smileys/06.gif" height="17" width="17" align="absmiddle" alt="06" />

 

 

 

O caba que levou a punhalada na mão discorda do 'refinado'. 06.gif

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SOMBRAS E MENTIRAS - 6/10 - Trata-se de um filme no mínimo curioso, especialmente pela estética empregada pelo diretor Jay Anania que remete a uma produção quase que experimental valorizada por uma fotografia opressiva de tons fortes e escuros e uma trilha sonora que evoca estranheza e desconforto. Inicialmente, o roteiro revela um potencial bastante intrigante, mas a evolução demonstra um certo preciosismo que na verdade quer esconder que não há muito a ser dito (edições de animais são intercaladas dentro da narrativa, remetendo a ocupação do protagonista, mas nada que mereça créditos). William Vicent (James Franco, em mais uma ótima atuação) é o protagonista que pela narração em off descobrimos ser um outro homem que após escapar de uma tragédia por obra do acaso, decide assumir uma nova identidade e viver uma nova vida de maneira diferente. O que no caso deste filme aqui se resume meramente a ser sincero e/ou roubar carteiras alheias, o que chama a atenção de um mafioso (Josh Lucas, canastrão ao extremo sem ser um elogio) que decide convidá-lo a realizar determinados serviços. Nessa altura, William já está interessado em Ann (Julianne Nicholson, sem ser especialmente marcante), prostituta de luxo que trabalha para seu novo chefe, algo que pode ser perigoso para o novo estilo de vida deste novo homem. O filme é tomado por um clima lento e melancólico até favorável já que parece combinar com o estado de espírito do protagonista que se mostra muito mais reflexivo do que propriamente feliz pela sorte que o destino lhe deu, mas aos pouco a evolução da narrativa dá sinais de cansaço, especialmente quando foca no potencial triângulo amoroso e chega-se a conclusão de o fato de William estar vivo pelas circunstâncias não quer dizer absolutamente nada assim como boa parte das ações da metade para o fim do filme. Curioso e descompromissado, serve ao menos para mostrar que James Franco, como ator, tem muito potencial.

Thiago Lucio2011-06-23 14:41:36
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Um Parto de Viagem. Eu não podia esperar muita coisa do diretor de Caindo na Estrada, Escola de Idiotas e Se Beber, Não Case II. As únicas piadas realmente engraçadas do filme vêm do personagem de Robert Downey Jr. que consegue fazer graça com a própria arrogância, insolência e sensação de superioridade, tirando sarro da maioria de seus compatriotas que se comportam da mesma forma ao estarem do lado de pessoas que consideram moral, intelectual ou economicamente inferiores a eles. De resto, o filme é uma sucessão de cenas estapafúrdias, sem o menor sentido, contexto ou timing cômico. Todd Phillips tentou fazer um road movie misturado com Se Beber, Não Case I e II que resulta num filme bem mais raso do que os dois juntos. Nem as lindíssimas paisagens do meio-oeste americano conseguem salvar esse filme totalmente sem noção. 4,0/10

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Harry Potter - Relequias de Morte/ David Yates (2010)

Lorde Voldemort toma conta do minesterio da magia e tenta eleminar de uma vez por toda Harry Potter, resta ao jovem bruxo juntar as relequias pessoais de Veldmort para destrui-lo, ele conta com apoio de Hernione e Rony, para mim melhor filme da franquia com os jovens assumindo a defensiva contra a inquisação terrivel  de Voldemort num clima epico e sombrio,  no aguardo da segunda parte

 
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Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop, Dir.: Martin Brest, 1984) 2/4

 

Beverly-Hills-Cop-p04.jpg

 

Nunca fui muito fã da série. Na época, nem cheguei a ver (só uma coisa ou outra), mas é um filme de ação legal, com cenas bem boas, ótima trilha sonora e a comicidade do Eddie que estava no auge mesmo (só que dele prefiro bem mais Trocando as Bolas e Príncipe em NY).

 

Um Tira da Pesada II (Beverly Hills Cop II, Dir.: Tony Scott, 1987) 2/4

 

beverly_hills_cop_ii.jpg

 

Não é melhor nem pior que o original, mas o visu que o Tony dá ao filme faz ele ser mais bonito. Visual de videoclip, e tals (eu até curto). Só não entendi esse plano maluco dos vilões, tanto que rolam mil e uma explicações sobre o que eles estavam fazendo (e no fim fiquei sem entender mesmo, deixa pra lá). E gostei da produção chique que o filme tem. Aqui assumiram que Tira da Pesada é um dos mais importantes filme da ação da época então fizeram a continuação com uma produção alta. Tão alta que ele ficou com cara dos filmes de ação da década de 90 (sim, parece).

 

Um Tira da Pesada III (Beverly Hills Cop III, Dir.: John Landis, 1994) 1/4

 

beverly_hills_cop_iii.jpg

 

Esse aqui dá até pena. Se eu fosse um grande fã da série na decáda de 80 e ficasse esperando 7 anos por um novo filme, e vão e me entregam isso? Eu teria processado a Paramount, o Eddie, o diretor e todo mundo mais que estivesse envolvido na produção do filme. Sem a dupla de produtores Jerry e Don (que se desligaram da Paramount depois do fracasso do Dias de Trovão), a produção do filme é bem barata, bem fundo de quintal mesmo (que abismo entre o segundo e esse aqui) e o diretor aqui pensou demais nas cenas cômicas e se esqueceu das cenas de ação (são poucas e as que tem são fraquíssimas e genéricas). Assista como filme de comédia, porque se salva uma ou outra cena cômica, se for ver como filme de ação, vai se decepcionar (e na época, tinha visto esse sem antes ver os filmes anteriores e ele não pareceu tão ruim, mas vendo ele agora com os outros dois juntos, não desceu bem).

 

Um Peixe Chamado Wanda (A Fish Called Wanda, Dir.: Charles Crichton, 1988) 3/4

 

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Uma boa comédia de assalto dos anos 80, com elenco afinado e cheios de reviravoltas.

 

À Prova de Morte (Death Proof, Dir.: Quentin Tarantino, 2007) 3/4

 

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Mais uma das loucura do Quentin. O filme só peca porque acho que durou mais que o necessário. Taranta poderia ter podado "aqui e acolá" algumas cenas no bar e alguns diálogos, pra ficar mais enxuto. Mas ok, as cenas de perseguição são the best mesmo (a cena do "acidente" é bem chocante).
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A UM PASSO DA ETERNIDADE

 

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É o digno pai da frívola cria Pearl Harbor, só que verdadeiramente centrado nos dramas de seus personagens em vez de pirotecnia-disfarçada-por-romance-clichê-e-água-com-açúcar e atuado por atores de classe no lugar de crianças canastronas.

 

****/***** 

 

 

 

Cremildo2011-06-24 12:24:59

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CHATROOM - 4/10 - Como thriller de suspense, este aqui é uma catástrofe, afinal nada que o diretor Hideo Kakata faça é o bastante para conferir tensão ao universo abordado neste filme. O filme acompanha 5 jovens que se encontram em uma sala de bate-papo em que um deles, William (Aaron Johnson), decide manipulá-los com o intuito de satisfazer o seu lado sádico ao mesmo tempo que usa os outros para exorcizar seus próprios demônios internos. A narrativa usa uma lógica interna bastante óbvia que é a "personificação" da sala de bate-papo em uma estrutura física onde as mensagens trocadas são transformados em diálogos entre os mesmos em diversas salas diferentes, nada muito difícil de entender. O design da produção é bem precário, tornando a representação das salas de bate-papo em um engodo visual sem tamanho, resumindo-se a um sistema de cores e decoração de acordo com o tema de cada uma delas. O principal apelo vem da abordagem que é feito sobre o drama destes jovens que possuem suas limitações no convívio social, seus problemas emocionais e familiares e acabam usando a Internet como um veículo de interação e refúgio. Nesse ponto, Jim acaba tendo um arco dramático satisfatório enquanto os demais são levemente explorados de maneira bem artificial. No caso de William, o tempo dedicado é maior, porém durante a abordagem só oferece pistas com relação ao seu comportamento doentio, sem muita preocupação em legitimá-los ou aprofundá-los. O 3º ato consegue reunir o que há de melhor na construção dos conflitos, o que também não é lá grande coisa, mas torna a trama pesada e sombria, especialmente envolvendo suicidios de adolescentes, mas nesse ponto o interesse maior é pelo choque gratuito. Não chega a ser uma bomba, mas é facilmente descartável.

Thiago Lucio2011-06-24 21:32:02
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My Summer of Love (Pawel Pawlikowski, 2004) 4/5

 

Duas ótimas atuações de Natalie Press, que eu não conhecia, e Emily Blunt. A primeira simplória e a segunda culta e desafiadora. O filme é o romance que elas vivem mais os problemas que carregam. Uma delas se distanciou do irmão, porque ele foi absorvido pelo seu culto religioso de um jeito que o tornou assustador e insuportável, e a outra vive perseguida pela memória da irmã morta. Há uma óbvia mensagem de "elas contra o mundo", porque tudo ao redor é ruim e só o relacionamento delas parece positivo. Longe de ser um romance açucarado, a preocupação é mostrar a cumplicidade que as duas desenvolvem, e que significa se entender, se divertir e compartilhar problemas. A fotografia e as cores ajudam a criar um efeito bem bonito e a inserir uma certa suavidade, a despeito de todo o drama.

 

 

 

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Então Soto, ficaria muito curioso de ver seu comentário sobre este filme. Quem sabe você não o considere em uma oportunidade futura? Já deixei claro que não gostei do filme, mas enfim nunca se sabe... e honestamente a comparação com "Rede Social" é usada apenas então somente porque se trata do universo da Internet. De resto nenhuma outra semelhança... a não ser que você faça uma analogia em um filme sobre um cara que ganhou milhões através de uma idéia e o outro quer fazer com que as pessoas se matem... rsrsrs Thiago Lucio2011-06-25 17:37:00
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AS SETE REGRAS DO AMOR - 7/10 - "As Sete Regras do Amor" é aquela comédia maniqueísta do início ao fim, mas que conquista o espectador, especialmente pela generosidade do casal de protagonistas: os carismáticos Kimberly Williams-Paisley e Patrick Dempsey. A premissa tem um apelo identificável, mas não é apresentada da maneira mais favorável. A mãe de Amy (Kimberly Williams-Paisley), antes de morrer, resolve traçar o destino da filha através de uma série de planos e objetivos que ela tem que conquistar no decorrer de sua vida, inclusive encontrar o homem da sua vida naquele que seria o seu sétimo relacionamento. Quando conhece Daniel (Brad Rowe), Amy se convence de que é o homem ideal, porém como ainda é o sexto na linha cronológica estabelecida pela mãe, ela decide aceitar o convite do padeiro Peter (Patrick Dempsey) em se passar por sua falsa namorada durante um casamento como uma forma de manipular o destino a seu favor. Mas é claro que ela irá descobrir que o amor também se escreve por linhas tortas. Sabemos do início ao fim o que irá acontecer entre o casal central e as pistas jogadas durante o "plot" (provavelmente gravadas após o restante do filme) são jogadas na cara do espectador de forma escancarada, sem a menor sutileza, mas ainda assim é impossível não se deixar pela leveza da narrativa, mérito do diretor Harry Winer (ainda mais que a montagem é picotada ao extremo), mas especialmente pelas cativantes presenças de Kimberly Williams-Paisley e Patrick Dempsey. Eles são dois atores adoráveis em cena, extremamente carismáticos, conseguem tornar seus personagens simpáticos aos olhos do espectador, principalmente Amy já que ela segue uma lógica torta que revela frieza e até certa imaturidade da sua parte (o que é ressaltado em determinado momento), mas nada que a torne um empecilho. Pelo contrário, sabemos que ficarão juntos, mas nem por isso deixamos de torcer para que isso aconteça. Bem que a roteirista Jessica Barondes poderia ter dificultado um pouco mais a tarefa já que o clímax acontece sem maiores problemas e/ou conflitos. Tudo pelo esperado final feliz.

Thiago Lucio2011-06-25 20:30:56
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O SUSPEITO MORA AO LADO - 1/10 - Na falta de um, existem 3 personagens estúpidos e desinteressantes em "O Suspeito Mora ao Lado". O roteiro não consegue ao menos estabelecer um mínimo de dúvida com relação ao principal suspeito de ser o serial killer que está à solta nas redondezas do edifício em que moram uma garçonete (Emily Hampshire), um professor (Jay Baruchel) e um viúvo cadeirante (Scott Speedman). O nível de atuação é tão fraco que não há como não identificar o desconforto dos atores seja pela canastrice ou pela total falta de "timming" para estabelecer uma característica suspeita da personalidade dos personagens. E a trama do filme se resume a gatos. Sim, isso mesmo. Gatos. Em meio a uma série de crimes cometidos por um serial killer. O estabelecimento da história é fraco, os personagens são mal apresentados, dotados de uma total falta de inteligência (inclusive aqueles que se julgam espertos), o desenvolvimento é preguiçoso e limitado, os diálogos são sofríveis (qualquer um que saia da boca de Baruchel, principalmente) e a partir do momento em que existe um ponto de virada no roteiro (sim, envolvendo os tais gatos), restava a trama se assumir como uma paródia, o que não acontece (a idéia, saída de uma mente esperta dentro de uma banheira, torna-se cômica de tão absurda). O clímax é antecipado bem antes de acontecer pelos próprios personagens, porém ainda assim consegue ser tão mal costurado que o filme se encerra sem ao menos se preocupar em amarrar todas as pontas soltas, álibis frágeis são simplesmente ignorados, as autoridades são igualmente dotadas de estupidez e o diretor Jacob Tierney parece apenas preocupados com os gatos. Um atentado, um filme horroroso, vergonha alheia total.

Thiago Lucio2011-06-25 22:55:41
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Vôo United 93

A tragédia era anunciada. Não para todos os personagens do filme, mas, claro, para nós, espectadores, que já conhecemos toda a história do dia 11 de setembro e como os trágicos acontecimentos terminaram. O filme se torna interessante, entre outros motivos, por, mesmo sem promover o desenvolvimento de todos os personagens envolvidos (o que seria impossível, claro) nos fazer íntimos deles nos últimos e sofridos momentos de suas vidas, compartilhando a dor e também a luta pela sobrevivência.

Paul Greengrass entrega umas das melhores direções daquele ano com um trabalho que vai além da força da edição (indiscutivelmente excelente), já que, para escrever o roteiro do filme, o diretor teve que promover um imenso trabalho de pesquisa e certamente teve que lidar com as dificuldades de obter informações até o último minuto, o que deve ter, por exemplo, atrasado seu trabalho ou, se não atrasou, deve ao menos ter influenciado à ponto de se conseguir tamanho realismo, verossimilhança.

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O filme ainda se apóia em um elenco homogêneo, "sem protagonistas". E, mais do que impossível, detalhar a vida de uma ou algumas das vítimas, terroristas ou funcionários que estavam envolvidos se revelaria um erro, pois todos são protagonistas, e ao mesmo tempo, ninguém é. Até hoje, é difícil apontar quem seria o real protagonista do 11 de setembro.

Vôo United 93 se torna muito provavelmente o maior registro dos fatos hoje disponível no cinema. Não houve espaço para discutir as motivações e as consequências desse evento, se bem que, claramente, essa não era a intenção. Vôo United 93 é, portanto, um desses filmes baseados em fatos reais que não perderá a "validade", seja por sua imensa qualidade técnica, seja por sua abordagem correta e bem construída.
Nelson Gadelha2011-06-25 22:59:35
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UM CONTO CHINÊS - 6.5/10 - É uma simpática e inofensiva comédia argentina com toques dramáticos, uma espécie de "Grand Torino" castelhano. Roberto (o sempre ótimo Ricardo Darín) é um rabugento, obsessivo e metódico dono de uma casa de ferragens, ex-combatente da "Guerra das Malvinas", que tem a sua rotina alterada a partir do momento que Jun (Ignacio Huang, eficiente), um chinês que está perdido em Buenos Aires, é literalmente atirado em sua vida. Sem saber uma palavra em espanhol, Roberto é forçado a conviver com Jun à medida que tenta encontrar o paradeiro da família dele. Certamente se fosse um filme americano, o roteiro usaria e abusaria de sequências contrangedoras para estabelecer o lado cômico do convívio, mas o roteirista e diretor Sebastián Borensztein faz tudo com muita sutileza e suavidade, sem forçar o riso exagerado e acaba até explorando muito mais o viés dramático da premissa do que propriamente o lado cômico. Os 3 atos da narrativa são bastante conhecidos, sendo que o 2º em especial parece se arrastar mais do que os outros, mas ao final a lição de moral é válida sem soar piegas ou melodramática demais.

Thiago Lucio2011-06-26 11:22:10
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Vôo United 93

Paul Greengrass entrega umas das melhores direções daquele ano com um trabalho que vai além da força da edição (indiscutivelmente excelente)' date=' já que, para escrever o roteiro do filme, o diretor teve que promover um imenso trabalho de pesquisa e certamente teve que lidar com as dificuldades de obter informações até o último minuto, o que deve ter, por exemplo, atrasado seu trabalho ou, se não atrasou, deve ao menos ter influenciado à ponto de se conseguir tamanho realismo, verossimilhança.

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Saí do cinema abalado no dia em que assisti. O coração batia forte no peito, a respiração estava curta... Muito nervoso. É um filme altamente impactante.

 

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O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy, 2009) - 2/5

 

Um filme sobre John Lennon que, erroneamente, decide praticamente deixar de lado sua formação musical e se focar em seus conflitos familiares. Apesar de não gostar muito de Kristin Scott Thomas, devo confessar que é sua a atuação de maior destaque no filme, interpretando corretamente a tia e madrasta rígida e introvertida de Lennon. Já Aaron Johnson, que interpreta o jovem John, está excessivamente canastrão, caricato, o que torna seu personagem fraco e até antipático com o público durante quase todo o filme. A direção convencional demais não acrescenta nada ao roteiro fraco e melodramático, que conduz a um final falsamente emocional e "bonitinho". Nem um pouco identificável com o Lennon genial aclamado por multidões.
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O Silêncio de Lorna. Sinceramente eu não vi nada demais nesse drama dos irmãos Dardenne. Não há nada muito forte que justifique aquelas ações, principalmente da Lorna. Pra mim foi usado um artifíco muito forte com argumentos fracos. Ela não tinha nenhuma doença grave, nem preisava salvar a vida de alguém ou tinha um filho pra sustentar. Embora goste do tema da imigração, sobretudo das estrategemas utilizadas por organizações sabe-se lá por qual motivo, tudo o que Lorna faz me parece um pouco voluntarioso e autocentrado demais, o que é corroborado por aquele final inconcluso e sem muito sentido. Acho que é isso: pra mim a história careceu de realidade, de vigor. Aquela câmera sempre a observar os passos de Lorna me distanciou um pouco de tudo. Não me compadeci dela e me pareceu uma fuga aquela atitude que justificou o desfecho. O filme não é ruim, Arta Dobroshi é boa atriz e a premissa até é bacana. Mas, no geral, o filme é morno. Não era o que eu esperava. 6,5/10bs11ns2011-06-26 18:47:45

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Boa noite, cinéfilos (ou não)!

 

 

 

Primeira manifestação aqui no fórum e ainda estou tentando pegar o jeito de postar. Pois bem, vamos lá.

 

 

 

Esse ano, por sorte, estou conseguindo assistir muitos - e muitos - filmes. Alguns bons, outros nem tanto. Mas antes de assistir qualquer filme eu dou uma caçada na internet pra conseguir assistir o filme certo. Odeio assitir um filme e saber que perdi tempo (e às vezes, dinheiro, haha).

 

 

 

Pois bem, o último filme que eu assisti (atrasado) foi Tropa de Elite 2 e, com todos os pingos nos is: que filme maravilhoso!

 

 

 

Conseguiu tirar o linear da violência e invadiu discretamente a área intelectual do assunto. Entraram no "coração do sistema" de maneira imperceptível que manteve os espectados atentos o tempo inteiro esquecendo que o filme se tratava de uma carnificina. Ótimo filme, ótimas atuações, ótimo final, ótimo tudo.

 

 

 

O penúltimo filme, antecedente do Tropa de Elite 2 que eu assisti, foi Ilha do Medo e, por felicidade minha, outra obra prima. Sou facilmente atraído por filmes que mexam com o psicológico do ser humano, e esse foi - de longe - um dos melhores na área. Os desfechos, o final (que, embora tenha sido mais que previsível, foi triunfal), todas as questões que fizeram sentido depois de entender... enfim, tudo se encaixou como um quebra-cabeça de peças infinitas. Obra-prima mesmo. Espero encontrar outros assim, porque acho já ter assistido todos (ou quase todos) do gênero.

 

 

 

E antes de finalizar o tópico, gostaria de pedir a sugestão de vocês para o filme The White Ribbon (A fita branca), que me chamou a atenção, mas não o suficiente - ainda - pra assistir. Vocês recomendam? Não sei se tenho permissão para fazer isso neste tópico, mas de qualquer forma tentei aproveitar o post.

 

 

 

Desde já, obrigado pela atenção.

 

Um abraço!

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O CASAMENTO - 2/10 - Um filme sem personalidade que não funciona em gênero algum que tenta se lançar. Dirigido e escrito por Max Wnkler, a narrativa é uma sucessão de catástrofes. Sam Davis (Michael Angarano, irritante e sem o menor timming cômico) é um jovem escritor de livros infantis que consegue enganar seu melhor amigo Marshall (Reece Thompson, bem melhor do que em "Daydream Nation") lhe prometendo uma viagem, mas que na verdade é uma mera desculpa para tentar impedir o casamento de Zoe (Uma Thurman, desperdiçada), o grande amor de sua vida, com um egocêntrico documentarista (um irritante e canastrão Lee Pace). O filme se concentra na reunião desse time de personagens em um mesmo ambiente durante um final de semana, porém o roteiro não tem um mínimo senso de direção. Se inicialmente acompanhamos o desconforto e a cara de pau da dupla de amigos (eles estão apenas a fim de beber e comer de graça, além de conquistar alguma mulher na festa, em uma espécie de versão "indie" e ruim de "Os Penetras Bons de Bico"), rapidamente o tom muda para compreendermos as reais motivações de Sam que ainda estaria supostamente apaixonado por Zoe (o mesmo que é capaz de ignorar o pedido de distanciamento da amada, trazer consigo um aliança, mas ainda assim transar com a primeira convidada que lhe desse atenção) até chegarmos ao 3º ato em que estes mesmo personagens tentam se levar a sério (com direito a diálogos expositivos entre os amigos, colocando em dúvida a já questionável amizade de ambos, ou do próprio noivo com relação a natureza volúvel da sua futura esposa). Não há qualquer tipo de interesse em qualquer que sejam os núcleos, os personagens fazem por merecer a miséria em que se encontram e o fracasso de suas vidas. Neste aqui não tem como torcer para um final feliz. A vontade é de dizer a todos: "Bem feito", inclusive para o espectador que perdeu seu tempo com isto aqui. Thiago Lucio2011-06-26 22:22:27
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O Vencendor, David O.Russell (2010)

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O jovem boxeador Micky Ward (Mark Whalberg) está em ascensão mas tem problemas de administrar sua carreira, pois seu irmão Dick(Cristian Bale) que e seu melhor amigo e treindor e viciado em crack e tem sua sua mãe(Melissa Leo) super protetora com as suas 7 irmãs que não ajuda. Em meio de tanta confusão surge a destemida Charlene (Amy Adams) que começa namorar Dick e resolve ajuda-lo a vencer os obstáculos. excelente filme que mistura drama e humor de maneira dinamica uma soberba atuação do Cristian Bale que arrasa geral como drogado e alías o casting tá otimo a Amy Adams e Melissa Leo e até o canatrão do Whalberg tá muito bem, recomendo 

vencedor

 

Caças as Bruxas, Dominic Senna (2011)

 

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Na idade média no periodo da cruzada 2 cavaleiros Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Perlman) depois de muitos anos batalha abandonam

o exercito de deus, seguem para a terra santa em busca de redenção. Mas são presos e incubidos pelo Cardeal de levar uma jovem bruxa para julgamento em um monastério distante, eles aceitam e partem com uma pequena caravana. mais dos filmes memores do Nicolas Cage que tem uma idéia muito interessante, mas pena que a execução seja meia boca

Mas mesmo assim da pra assitir.

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