Jump to content
Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


Tensor
 Share

Recommended Posts

  • Members

A Maldição do Demônio (La maschera del demonio)

É muito comum falar sobre determinado movimento, seja ele político, social, ou até mesmo artístico, e lembrar, imediatamente, das principais figuras que foram responsáveis pelo seu surgimento. Acontece na literatura, na música, no teatro e, por conseguinte, não seria diferente no cinema. Um dos casos mais conhecidos quando falamos sobre essa assimilação período-autor, no mundo da sétima arte, pode ser vista no século 40, mais precisamente no ano de 1945, com o lançamento de Roma, Cidade Aberta (Roma, città aperta), dirigido por Roberto Rossellini.

steelel.jpg

 

Este foi o estopim para o nascimento do neorrealismo italiano, movimento cinematográfico que trazia uma maior aproximação da ficção com a realidade, abordando questões sociais e econômicas que caracterizaram o período da Segunda Guerra Mundial e a força do regime fascista. Além Rosselini, também recebemos grandes obras de Vittorio De Sica e Luchino Visconti, que vigoraram apenas até 1950, devido aos grandes investimentos no cinema de entretenimento, que ganhava maior destaque na Itália pós-guerra.

O neorrealismo italiano não se tornou apenas um movimento expressivo dentro do país de origem, afinal, ele está entre os mais importantes da história do Cinema. No entanto, este não é o único motivo para se orgulhar do cinema italiano, pelo contrário. O país foi palco de outros movimentos que, embora sejam coadjuvantes, enriqueceram e influenciaram muito as futuras gerações. Um dos melhores exemplos a serem citados é o surgimento da Era de Ouro do Horror.

O gênero, que permanecera estagnado por alguns anos, começava a receber novos representantes, dentre eles: I vampiri (Idem, 1956), dirigido por Riccardo Freda e A Maldição de Frankenstein (The Curse of Frankenstein, 1957), dirigido por Terence Fisher, produzido pela gloriosa Hammer, uma das grandes representantes do Cinema B. Enquanto o filme italiano não recebeu qualquer relevância dentro do país, o remake do clássico da Universal comprovava o poder das antológicas criaturas. E é justamente nesse plano de fundo que surge uma das figuras mais talentosas do Cinema e protagonista do movimento citado anteriormente; Mario Bava.

Filho do cineasta e escultor Eugenio Bava, Mario teve o primeiro contato muito tardio na direção de um filme. No entanto, até ter a oportunidade de dirigir A Maldição do Demônio (La maschera del demonio, 1960), o cineasta obteve experiência em diversos cargos, desde supervisor de efeitos especiais até diretor de fotografia, chegando a trabalhar, até mesmo, com o supracitado Roberto Rossellini. Foi na produção de "I vampiri" que Mario Bava teve o primeiro contato na direção, afinal, o diretor Riccardo Freda teve sérias discussões com os produtores e acabou desistindo de filmar o que faltava.

Três anos se passaram e a história tornou a se repetir. Freda, novamente pressionado, entrega o desfecho de Caltiki - il mostro immortale (Idem, 1959) nas mãos de Bava. Decidido a iniciar sua carreira na direção, principalmente com a volta das produções do gênero horror ao cenário mundial, o italiano estréia em "A Maldição do Demônio", com roteiro baseado no conto "Viy" do russo Nikolai Gogol, que fala sobre a história de uma princesa que é condenada, juntamente com o seu parceiro, por vampirismo. Séculos se passam e os dois conseguem voltar à vida e, finalmente, se vingar da nova geração da família.

Abordando uma das temáticas que consagrou os estúdios da Universal com um dos grandes clássicos da história, Drácula (Dracula, 1931), dirigido por Tod Browning, Mario Bava trabalha com o vampirismo sem fazer uso de elementos característicos desse tipo de filme, como por exemplo: a tão famosa transformação do ente mitológico em morcego, ou até mesmo, a exibição das presas pontiagudas. No entanto, essa ausência foi suprida por particularidades que funcionaram muito bem, dando destaque para o sentimento de vingança presente nas criaturas.

É importante lembrar que este filme não alavancou apenas a carreira do diretor, mas também impulsionou a atriz Barbara Steele que, futuramente, seria reconhecida como uma das grandes musas da Era de Ouro do Horror Italiano. Sua beleza irrefutável acabava sendo uma das grandes marcas registradas das produções, entretanto, em "A Maldição do Demônio", Barbara recebeu maior destaque pelo fato de atuar em dois personagens; a princesa Ava, que foi condenada pela Inquisição, e a princesa Katia, alvo principal da vingança.

Por mais que o filme tenha um desenvolvimento muito agradável, alternando, até mesmo, algumas sequências marcantes onde o drama e o romance ganham maior espaço, sem prejudicar o ritmo predominante do terror, o destaque principal da obra fica para o trabalho de câmera. Mario Bava nitidamente se diverte juntamente com Ubaldo Terzano, o operador de câmera, enquanto filma naquela cenografia gótica. Demonstrando total mobilidade durante o filme inteiro, Bava desliza por todos os ambientes, fazendo uso dos movimentos panorâmicos e, até mesmo, do zoom, em casos especiais. Sobrou até espaço para um take em câmera lenta que aparenta ter sido filmado apenas para comprovar que o diretor sabia muito bem o que estava fazendo, resultando, obviamente, em mais um belo momento da obra.

Como foi dito anteriormente, Bava obteve experiência na direção de fotografia, antes de dirigir o seu primeiro filme, portanto, notamos a facilidade em enquadrar o plano da melhor forma possível, usufruindo ao máximo da iluminação e dos próprios artifícios que se tornariam comuns a esse tipo de filme, com o passar dos anos, a exemplo da névoa.

maschera001.jpg

 

Assim como o neorrealismo encheu os olhos dos cinéfilos espalhados pelo mundo inteiro, com as grandes obras de cunho social e político dos cineastas citados nos primeiros parágrafos, a Era de Ouro do Horror Italiano também teve seu espaço nas mãos de Mario Bava, principalmente, mesmo que em segundo plano. O italiano deixou para nós e para as futuras gerações, um cinema criativo, tecnicamente a frente de sua época e esteticamente incomparável.
luccasf2011-07-05 15:23:23
Link to comment
Share on other sites

  • Members

1.jpg

 

A Pequena Sereia II: O Retorno Para o Mar

(The Little Mermaid II: Return to the Sea, Jim Kammerud e Brian Smith, 2000) 2/5

 

É triste ver Ariel descaracterizada, fazendo papel de mãe preocupada e responsável. O filme é de Melody, que é a nova Ariel e não se compara a ela, mas pelo menos não é chata ou aguada. A animação é fraca, as músicas são igualmente ruins e os personagens cômicos são muito bobos, inclusive a vilã, que não se impõe de jeito nenhum, mas Sebastian ainda exibe algo de seu charme.

 

O filme sempre falha tentando criar o que eu chamo de momentos de emoção. Poderia ser um episódio especial da série animada, e pareceria bom em comparação, mas não tem como se colocar lado a lado com o original. E existe outro detalhe desagradável: Ariel ser facilmente transformada em sereia, por Triton, desrespeita o final do primeiro filme, porque se era assim tão fácil, não havia motivo para o drama de ter que escolher entre realizar o sonho e ficar com a família.

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

 

A Última Sessão de Cinema (1971) - 5/5

 

Este' date=' que é apenas o segundo filme protagonizado pelo jovem ator Timothy Bottoms (logo após o impactante Johnny vai à Guerra), conta a história da juventude de uma pacata cidade de interior norte-americana, em meio a suas desventuras amorosas, à descoberta do sexo e gradual perda da inocência.

the-last-picture-show-motel.png

É um filme sobre a passagem para a fase adulta, mas também e principalmente sobre a mudança no pensamento e na moral dos americanos, como denuncia o próprio fechamento do cinema da cidade, devido à disseminação dos aparelhos televisores. Sua força, assim como sua razão central de existir, se concentra nas cenas finais, em que a cidade, agora praticamente deserta e poeirenta, parece abandonar Sonny (Timothy Bottoms), enquanto todos os seus velhos amigos e conhecidos se afastam dele de uma forma ou de outra. Como acontece em filmes que tentam retratar o fim de uma era, o longa é repleto de tristeza e uma negra melancolia. A diferença é que não há necessariamente saudade do que se deixou para trás nem nostalgia. O que fica é o medo de um futuro incerto e infeliz, dominado pela solidão e pelo arrependimento.
[/quote']

Gostei do seu texto. Eu assisti há poucos anos e o filme não despertou nada em mim. Tenho planos de assistir novamente.

 

 

 

E é lógico que eu fiquei com vontade de assistir Xanadu. smiley24

 

Lucyfer2011-07-05 19:51:02

Link to comment
Share on other sites

  • Members

tlmab-04.jpg

The Little Mermaid: Ariel's Beginning (Peggy Holmes, 2008) 3/5

 

É desnecessário mostrar uma família ideal, para nos comover depois, quando ela aparece desfalcada. O filme opta pelo óbvio. Mas a introdução, ao invés de piegas, é moderadamente triste. Sebastian ajuda, com palavras que misturam emoção e serenidade. O que eu gostaria mesmo é que Athena tivesse morrido salvando uma das filhas, e não uma caixinha de música...

 

A animação é bem cuidada, e o mais bonito é a leveza dos movimentos das sereias e o cabelo de Ariel flutuando. Só o 3D é ruim, porque não combina com o resto, mas sua utilização é mínima. As músicas em geral são boas, e os melhores momentos são Athena cantando para as filhas e as duas noites animadas no clube clandestino.

 

Ariel mantém sua verdadeira personalidade e a as irmãs aparecem mais. Verdade que elas não passam de um acessório para a protagonista, mas é divertido vê-las convivendo como irmãs, o que inclui Aquata e Arista brigando porque uma sempre pega as coisas da outra sem pedir. Marina é o maior problema, uma vilã drag queen cujas intrigas são desnecessárias, e que só existe para ajudar a compor a fórmula padrão. O filme é melhor quando investe no drama, mas não é um desastre na comédia.

 

Ariel tenta regenerar sua família, anos depois de uma morte traumatizante. Novamente ela entra em conflito com Triton, sombrio e depressivo como nunca, e foge de casa. Existe uma repetição, mas não é ruim a história que resolveram contar, e eu fico feliz que tenham feito o filme, mesmo que o original seja muito superior.

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members
A Última Sessão de Cinema (1971) - 5/5

 

Este' date=' que é apenas o segundo filme protagonizado pelo jovem ator Timothy Bottoms (logo após o impactante Johnny vai à Guerra), conta a história da juventude de uma pacata cidade de interior norte-americana, em meio a suas desventuras amorosas, à descoberta do sexo e gradual perda da inocência.

the-last-picture-show-motel.png

É um filme sobre a passagem para a fase adulta, mas também e principalmente sobre a mudança no pensamento e na moral dos americanos, como denuncia o próprio fechamento do cinema da cidade, devido à disseminação dos aparelhos televisores. Sua força, assim como sua razão central de existir, se concentra nas cenas finais, em que a cidade, agora praticamente deserta e poeirenta, parece abandonar Sonny (Timothy Bottoms), enquanto todos os seus velhos amigos e conhecidos se afastam dele de uma forma ou de outra. Como acontece em filmes que tentam retratar o fim de uma era, o longa é repleto de tristeza e uma negra melancolia. A diferença é que não há necessariamente saudade do que se deixou para trás nem nostalgia. O que fica é o medo de um futuro incerto e infeliz, dominado pela solidão e pelo arrependimento.
[/quote']
Gostei do seu texto. Eu assisti há poucos anos e o filme não despertou nada em mim. Tenho planos de assistir novamente.



E é lógico que eu fiquei com vontade de assistir Xanadu. smiley24

 

Não é exatamente um filme impactante, mas achei notável o sentimento de desolação que passa. Vale a pena ver de novo (sem querer remeter praquele programa da Globo).

 

E, pra quem acha os filmes do Bay sem cérebro, recomendo assistir Xanadu. É quase como uma lobotomia. Ahuahuhauah Mas talvez valha a pena baixar a trilha sonora. As músicas, com algumas exceções, são bastante boas.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

 

O ÚLTIMO REFÚGIO

 

fondation-john-koban-Scotty-Welbourne-Humphrey-Bogart-for-High-Sierra.jpg

 

No livro-referência 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer, o termo existencialista é aplicado a este clássico que ajudou a moldar a persona definitiva de Bogie nas telonas, e com razão: seu personagem parece consciente de que caminha rumo à morte. Não costumo simpatizar com caracterizações de bandidos 'humanizados', mas os conflitos e as decepções do Roy são exploradas de maneira crível pelo roteiro - cheguei a solidarizar com sua figura, em determinados momentos.

 

Nem tudo são flores. Devo admitir que sempre considerei frescura a pessoa reclamar que uma ou outra cena 'estraga' um filme - O Último Refúgio propiciou uma oportunidade para eu morder a língua: lamentável e bastante distraidor aquele estereótipo do serviçal negro apatetado e zarolho. Coisa típica da época, há de se reconhecer, mas que hoje salta aos olhos e resulta extremamente incômoda. E surpreende também pelo fato do roteiro ter sido coassinado por John Huston, que comandou um dos primeiros libelos hollywoodianos a retratar um negro com total normalidade (Nascida para Ser Má, lançado alguns anos depois).

 

Ao menos a conclusão - precedida de uma eletrizante perseguição policial - fornece um peso extra ao páthos de Roy.

 

***/*****

 

 

 

 

 

Cremildo2011-07-06 11:36:05

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Besouro Verde, Dir: Michael Grondy (2010)

poster.jpg

 

 

Jovem milionário e irresponsável Britt Reid(Seth Rogen) herda a fortuna do pai e o seu prestegiado jornal, conhece o mecanico Kato(Jay Chou) especialista em arte marcial. Os dois resolvem combater o crime e criam o Besouro Verde e o seu espetacular carro beleza negra, as acões do da dupla chamam atenção do crimonoso sádico Cudnofski(Christpoh Waltz)

Adaptação equivocada da série Besouro Verde, onde não se define como comédia ou trilher de ação. Até o bom Seth Rogen tá no seu pior momento caricato e longe como o heroi de ação deixando o Jay Chou tentado dar sentido a existência do Besouro e Cameron Diaz não emplaca nem como interese romântico, um conselho fuja.

Besouro%20Verde

 
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

O Discurso do Rei  - 6/10

o-discurso-do-rei-capa-do-livro.jpg

 

Futuro rei da Inglaterra enfrenta problema de gagueira. Já tendo passado por inúmeros especialistas e sem nenhum resultado' date=' sua esposa o convence a ir até um outro fonoaudiólogo, que por sua vez utiliza métodos inovadores para a época. Desta relação surge uma amizade com alguns altos e baixos.

Tecnicamente acredito que seja um bom filme, atuações convincentes (dava aflição toda vez que o rei tinha que fazer um pronunciamento), cenários, figurinos, etc. O roteiro é que não é dos melhores, com algumas piadas dispensáveis e tempestades em copos d'água. O filme só comprovou o que eu já imaginava. Não, não era o melhor do Oscar.
[/quote']

 

 

Olha, eu não achei Tru Grit genial, mas é umas 40 mil vezes melhor do que isso ai.

 

Que filminho fraco...só se salva o trio de atores, mas como não estamos falando de uma peça de teatro para que isso baste....

 

O cara ganhar de diretor foi uma piada ainda pior...

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Entrei em Panico ao Saber o que Voces fizeram na Sexta Feira 13 do Verao Passado

 

Divertido “terrir” tupiniquim q não dava nada mesmo, principalmente pelo titulo quilométrico e por ser já datado (2001). Filmado com apenas R$250, o “diretor” gaucho fez mágica nesta produção caseira, muito mais engraçada q tds os “Scary Movie” juntos, com o diferencial q este contem cenas com sangue em profusão mto bem feitas. O bacana é q o humor involuntário - alem de vir da produção paupérrima aliado aos hábitos/costumes brasileiros – aqui funciona, beneficiado tb por diálogos hilários, bem no estilo Hermes e Renato. Destaque pra cena q abre o filme, igualzinha à do primeiro “Pânico” , com a diferença q a incauta vitima esta numa espécie de “Show do Milhão” ; pra morte onde o assassino Geison enfia uma torneira no pescoço da vitima afim de “drenar” seu sangue; e as infinitas “ressuscitadas” do vilão. Apesar de ter falhas aqui e acolá, o resultado dessa saraivada de clichês dessa brincadeira td agrada. Agora sim q deu vontade de ver o 2“A Noite do Chupa-Cabras” . 9/10

 

o trailer ja diz a q veio o nosso cinema nacional 10


 

entrei-em-panico-2001-poster.jpg

 
Jorge Soto2011-07-06 15:43:55
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Felizes Juntos (Wong Kar-Wai, 1997) - 4/5

 

A sensibilidade de Kar Wai para histórias de amor foi melhor demonstrada em Amor à Flor da Pele, lançado posteriormente a este aqui. Porém, em Felizes Juntos, a intimidade e relação de um casal homossexual é mostrada de uma forma que eu nunca havia visto no cinema. O fato de que Wai é homossexual pode ter ajudado, mas não foi o único fator a contribuir para isso. Além de um olhar estético extremamente peculiar, levado a cabo com maestria pelo fotógrafo Cristopher Doyle, o diretor também demonstrar ter uma visão bastante aguçada para os relacionamentos humanos. O visual do filme tem muito a ver com sua história. Ao evocar imagens belas e coloridas a partir de localidades feias e miseráveis, o longa ajuda a definir o lirismo na situação dos dois protagonistas, repleta de brigas e ações mesquinhas.

 

happy-together.jpg

 

Felizes Juntos trata, basicamente, do fim de um relacionamento de dois chineses, que são obrigados a viver na Argentina, juntando o magro lucro que conseguem para voltar ao seu país de origem. Suas personalidades não poderiam ser mais diferentes. Enquanto um é introvertido e romântico, o outro é canastrão e mostra pouco seus reais sentimentos. A utilização de tangos e músicas tradicionalmente argentinas (uma delas, inclusive, interpretada por Caetano Veloso) dá o tom um tanto melancólico, porém não depressivo, do longa, que trabalha melhor com os desdobramentos do rompimento da relação do que com seu final propriamente dito. Há uma luz no fim do túnel, que pode ser mais brilhante do que parece. Embora não seja propriamente alegre, a última cena desperta um sentimento exultante, de uma felicidade com poucos motivos para existir.

 

Se alguém tiver curiosidade, postei o comentário inteiro do filme no meu blog.
leomaran2011-07-06 23:30:50
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Transformers – O Lado Oculto da Lua
Finalmente arrumei um tempo pra assistir o “filme da discórdia da vez” e, contrariando minhas baixas expectativas, acabei curtindo a bodega  dentro daquilo q se propõe. Quem conhece a filmografia do diretor e - à semelhança dos filmes do Stallone, Chuck Norris, etc  – sabe de antemão q vai estar diante de uma história com a profundidade de um pires, gostosas em trajes sumários, piadinhas infames e atuações canhestras. Mas quem liga pra isso se o q importa mesmo nas produções acima é ver o pau comendo mesmo! Coisa q o filme dos robôs da Hasbro cumpre muito bem. Beneficiado por uma equipe técnica de responsa e efeitos de ponta da Light & Magic, o 3-D impressiona com perfeição nas cenas de campos abertos e maior amplitude. A própria tecnologia do 3-D impôs ao Bay q se contivesse em sua frenética mania de cortes, tanto q eles aqui estão em menor número até. Cada centavo dos milhões investidos é perfeitamente visível nas cenas de destruição, q se sucedem exponencialmente uma atrás da outra. Não é obra-prima, claro, mas tb ta longe de ser aquela coisa q andam apregoando. É melhor q o segundo (feito nas coxas), o q já ta valendo. Francamente, não sei pq o Pablo implica tanto com esta franquia, já q a comédia sem-graça “Cruzeiro das Loucas” ganhou cotação bem superior aos filmes do Bay (!?). Enfim, Transformers é um bom pornô só q feito com milhões. E como tal o q interessa é ir direto ao “ponto”; passe batido o blábláblá desnecessário dos pais do Sam / agentes da Cia q nao escondem sua vocacao de pura encheção de lingüiça e vá direto pra “ação”. Os astros aqui sao os robös, assim como eram os dinos numa certa franquia tb descerebrada do Spielberg. Esperar elocubrações existenciais, dramas shakesperianos, roteiro original e atuações tridimensionais num filme onde o 3-D se limita apenas às cenas com os atores metalizados? Isso sim é realmente deixar o cérebro descansando em casa. 8/10

 

transformers_dark_of_the_moon_ver5
Link to comment
Share on other sites

  • Members
Transformers – O Lado Oculto da Lua
Finalmente arrumei um tempo pra assistir o “filme da discórdia da vez” e' date=' contrariando minhas baixas expectativas, acabei curtindo a bodega  dentro daquilo q se propõe. Quem conhece a filmografia do diretor e - à semelhança dos filmes do Stallone, Chuck Norris, etc  – sabe de antemão q vai estar diante de uma história com a profundidade de um pires, gostosas em trajes sumários, piadinhas infames e atuações canhestras. Mas quem liga pra isso se o q importa mesmo nas produções acima é ver o pau comendo mesmo! Coisa q o filme dos robôs da Hasbro cumpre muito bem. Beneficiado por uma equipe técnica de responsa e efeitos de ponta da Light & Magic, o 3-D impressiona com perfeição nas cenas de campos abertos e maior amplitude. A própria tecnologia do 3-D impôs ao Bay q se contivesse em sua frenética mania de cortes, tanto q eles aqui estão em menor número até. Cada centavo dos milhões investidos é perfeitamente visível nas cenas de destruição, q se sucedem exponencialmente uma atrás da outra. Não é obra-prima, claro, mas tb ta longe de ser aquela coisa q andam apregoando. É melhor q o segundo (feito nas coxas), o q já ta valendo. Francamente, não sei pq o Pablo implica tanto com esta franquia, já q a comédia sem-graça “Cruzeiro das Loucas” ganhou cotação bem superior aos filmes do Bay (!?). Enfim, Transformers é um bom pornô só q feito com milhões. E como tal o q interessa é ir direto ao “ponto”; passe batido o blábláblá desnecessário dos pais do Sam / agentes da Cia q nao escondem sua vocacao de pura encheção de lingüiça e vá direto pra “ação”. Os astros aqui sao os robôs, assim como eram os dinos numa certa franquia tb descerebrada do Spielberg. Esperar elocubrações existenciais, dramas shakesperianos, roteiro original e atuações tridimensionais num filme onde o 3-D se limita apenas às cenas com os atores metalizados? Isso sim é realmente deixar o cérebro descansando em casa. 8/10
[/quote']

 

Não é exatamente um primor, mas a história de Jurassic Park é melhor desenvolvida do que esta aqui.  O Spielberg tem um cuidado muito maior com o desenvolvimento de seus personagens, ao contrário do Bay, que parece colocar a maioria deles só pra encher linguiça. De que que serviu a participação do Malkovich, por exemplo? Um ator importante com um papel que prometia, pelo menos de início, ter alguma importância. E depois nem lembraram que ele existia.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

Os astros aqui sao os robös' date=' assim como eram os dinos numa certa franquia tb descerebrada do Spielberg. Esperar elocubrações existenciais, dramas shakesperianos, roteiro original e atuações tridimensionais num filme onde o 3-D se limita apenas às cenas com os atores metalizados? Isso sim é realmente deixar o cérebro descansando em casa. 8/10

 [/quote']

 

Jurassic Park com certeza não é descerebrado - o primeiro filme, quero dizer.

 

Você diz que é ridículo esperar "elocubrações existenciais" num filme desses, mas JP as oferece, embora não de maneira profunda, por meio das falas do personagem de Ian Malcolm e das implicações éticas também ressaltadas pelo Dr. Alan Grant e pela Dra. Ellie Sattler em discussão com o ávido criador do parque, John Hammond. Tudo encenado com diligência pelos atores, que tornam os personagem tridimensionais e críveis.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

POR QUEM OS SINOS DOBRAM

 

bell.jpg

 

Resistência contra fascistas na Guerra Civil espanhola, liderada por um americano (Gary Cooper), que se apaixona pela bela Maria (Ingrid Bergman).

 

Não fosse pela qualidade lastimável do DVD (a imagem cheia de imperfeições e cores ruins implora por uma restauração urgente), talvez os valores de produção tivessem saltado mais à vista.

 

À relação entre os personagens é dada prioridade - com destaque para a tensão entre o suspeito Akim Tamiroff e o resto do grupo de rebeldes republicanos -, embora o "amor quase à primeira vista" entre os mocinhos não convença.

 

Longo, razoavelmente interessante. Sei lá, quem leu o livro talvez se importe mais.

 

***/*****

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Transformers – O Lado Oculto da Lua
Finalmente arrumei um tempo pra assistir o “filme da discórdia da vez” e' date=' contrariando minhas baixas expectativas, acabei curtindo a bodega  dentro daquilo q se propõe. Quem conhece a filmografia do diretor e - à semelhança dos filmes do Stallone, Chuck Norris, etc  – sabe de antemão q vai estar diante de uma história com a profundidade de um pires, gostosas em trajes sumários, piadinhas infames e atuações canhestras. Mas quem liga pra isso se o q importa mesmo nas produções acima é ver o pau comendo mesmo! Coisa q o filme dos robôs da Hasbro cumpre muito bem. Beneficiado por uma equipe técnica de responsa e efeitos de ponta da Light & Magic, o 3-D impressiona com perfeição nas cenas de campos abertos e maior amplitude. A própria tecnologia do 3-D impôs ao Bay q se contivesse em sua frenética mania de cortes, tanto q eles aqui estão em menor número até. Cada centavo dos milhões investidos é perfeitamente visível nas cenas de destruição, q se sucedem exponencialmente uma atrás da outra. Não é obra-prima, claro, mas tb ta longe de ser aquela coisa q andam apregoando. É melhor q o segundo (feito nas coxas), o q já ta valendo. Francamente, não sei pq o Pablo implica tanto com esta franquia, já q a comédia sem-graça “Cruzeiro das Loucas” ganhou cotação bem superior aos filmes do Bay (!?). Enfim, Transformers é um bom pornô só q feito com milhões. E como tal o q interessa é ir direto ao “ponto”; passe batido o blábláblá desnecessário dos pais do Sam / agentes da Cia q nao escondem sua vocacao de pura encheção de lingüiça e vá direto pra “ação”. Os astros aqui sao os robôs, assim como eram os dinos numa certa franquia tb descerebrada do Spielberg. Esperar elocubrações existenciais, dramas shakesperianos, roteiro original e atuações tridimensionais num filme onde o 3-D se limita apenas às cenas com os atores metalizados? Isso sim é realmente deixar o cérebro descansando em casa. 8/10
[/quote']

 

Não é exatamente um primor, mas a história de Jurassic Park é melhor desenvolvida do que esta aqui.  O Spielberg tem um cuidado muito maior com o desenvolvimento de seus personagens, ao contrário do Bay, que parece colocar a maioria deles só pra encher linguiça. De que que serviu a participação do Malkovich, por exemplo? Um ator importante com um papel que prometia, pelo menos de início, ter alguma importância. E depois nem lembraram que ele existia.

 

De fato leo, JP é apenas um tiquim apenas mais desenvolvido q o filme dos robozoes.. mas convenhamos a historia do filme do Spielberg, afinal qual era o enredo mesmo? Nada mais q um King Kong recheado de corre-corre onde as vedetes eram mesmo os dinossauros, pois aquele CGI era novidade na epoca.

Verdade, tinha o Malkovich no filme! E nem senti a falta dele no fim do filme..06 Mas ai concordo com o Pablo com o desperdicio de alguns atores dos filmes dos Coen..q nao escondem q tavam ai pela bufunfa mesmo..

 

 

 

Os astros aqui sao os robös' date=' assim como eram os dinos numa certa franquia tb descerebrada do Spielberg. Esperar elocubrações existenciais, dramas shakesperianos, roteiro original e atuações tridimensionais num filme onde o 3-D se limita apenas às cenas com os atores metalizados? Isso sim é realmente deixar o cérebro descansando em casa. 8/10

 [/quote']

Jurassic Park com certeza não é descerebrado - o primeiro filme, quero dizer.

Você diz que é ridículo esperar "elocubrações existenciais" num filme desses, mas JP as oferece, embora não de maneira profunda, por meio das falas do personagem de Ian Malcolm e das implicações éticas também ressaltadas pelo Dr. Alan Grant e pela Dra. Ellie Sattler em discussão com o ávido criador do parque, John Hammond. Tudo encenado com diligência pelos atores, que tornam os personagem tridimensionais e críveis.

 

Ai ja vai de cada um, Cremis. Como afirmei acima, nao vi nenhuma discussao profunda em JP, apenas bem rasa sobre o tema da criacao..nao brincar com ciencia, etc.. Mas pra mim o filme foi mreo pretexto pra apresentar os dinos.. Ontem vi o Luis Carlos Merten interpretando o filme do Bay semioticamente de uma forma interesante q sequer me passara pela cabeca (Estado de SP de quarta), mas claro eu nao vi nada disso.. vi somente pirotecnia pra mostrar apenas quebra-pau!
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Com a pequena diferença que o Spielberg sabe filmar seus bichinhos como alguém apaixonado que realmente pôde ver esse milagre diante dos olhos. Como se aqueles seres fantásticos que ele brincou e adorou quando criança magicamente voltassem a vida. O Spielberg filma absurdamente apaixonado cada dinossauro daquele parque. Já em Transformers o Bay quer apenas colocar criaturas megalomaníacas se digladiando e destruindo tudo pelo caminho.

 

 

 

Existe um abismo e mais um pouco de diferença. Pra mim a comparação não tem o mínimo de cabimento.Tensor2011-07-07 16:34:42

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Spielberg é mestre em criar uma atmosfera de deslumbramento, desde Contatos. Aquela impressão que estamos vendo algo único, incrível... cinema mesmo. A primeira visão dos dinos no primeiro Parque dos Dinossauros é simplesmente arrebatadora, ainda mais com a trilha do Williams batendo... até hoje ainda escapa uma lágrima dos meus olhos. Termina o filme e penso: quero mais! Já no primeiro Transformers, saí do cinema e pensei: quero aspirina.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Aí é que tá, ele colocou o Malkovich ridiculamente no filme, tanto que nem nos lembramos que ele existe depois. Como se deliberadamente quisesse f** com os bons atores.

 

E o que é aquela cena dos créditos entre o Turturro e a McDormand? Vergonha alheia total.
Link to comment
Share on other sites

  • Members

Já em Transformers o Bay quer apenas colocar criaturas megalomaníacas se digladiando e destruindo tudo pelo caminho. 

 

 

 

 

 

o T-Rex q o diga... 05.gif

 

 

 

Claro, Soto, o filme é apenas isso.

 

 

 

Claro que Jurassic tem seus momentos de ação (mais de tensão, pra falar a verdade, coisa que passa longe de Transformers). Mas ver apenas isso é muito limitado. O Alan ouvindo a respiração da Triceratops doente e se emocionando com isso é dos momentos mais bonitos do cinema. E o filme é carregado desses.

 

 

 

Enfim, segue o enterro (pq comparar esses dois é quase isso).

Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

 

Jurassic Park com certeza não é descerebrado - o primeiro filme, quero dizer.

Você diz que é ridículo esperar "elocubrações existenciais" num filme desses, mas JP as oferece, embora não de maneira profunda, por meio das falas do personagem de Ian Malcolm e das implicações éticas também ressaltadas pelo Dr. Alan Grant e pela Dra. Ellie Sattler em discussão com o ávido criador do parque, John Hammond. Tudo encenado com diligência pelos atores, que tornam os personagem tridimensionais e críveis.

[/quote']

 

Ai ja vai de cada um, Cremis. Como afirmei acima, nao vi nenhuma discussao profunda em JP, apenas bem rasa sobre o tema da criacao..nao brincar com ciencia, etc.. Mas pra mim o filme foi mreo pretexto pra apresentar os dinos.. Ontem vi o Luis Carlos Merten interpretando o filme do Bay semioticamente de uma forma interesante q sequer me passara pela cabeca (Estado de SP de quarta), mas claro eu nao vi nada disso.. vi somente pirotecnia pra mostrar apenas quebra-pau!

 

 

Exato. Não vou me iludir tentando acreditar (e fazer os outros crerem) que JP é um filme-cabeça que se presta a explorar os temas e implicações apresentados de maneira aprofundada - tanto que fiz essa ressalva no post quotado aí em cima. Mas ao menos o filme toca neles. Penso, portanto, que não é "descerebrado".

 

Cremildo2011-07-07 20:04:51

Link to comment
Share on other sites

  • Members
Já em Transformers o Bay quer apenas colocar criaturas megalomaníacas se digladiando e destruindo tudo pelo caminho. 



 

o T-Rex q o diga... 05.gif


Claro' date=' Soto, o filme é apenas isso.

Claro que Jurassic tem seus momentos de ação (mais de tensão, pra falar a verdade, coisa que passa longe de Transformers). Mas ver apenas isso é muito limitado. O Alan ouvindo a respiração da Triceratops doente e se emocionando com isso é dos momentos mais bonitos do cinema. E o filme é carregado desses.

Enfim, segue o enterro (pq comparar esses dois é quase isso).[/quote']

 

Eita, parece q toquei na tenra infância de muita gente aqui. 06 Calma, Tensao. Mas a verdade doa a quem doer seja dita: Bay e Spielberg atualmente são farinha do mesmo saco, tanto q este ultimo já declarou ter “encontrado seu sucessor” . E se parar pra pensar encontrou mesmo, apesar da diferença de estilos; alguém com a mesma vocação de proporcionar espetáculo customizado em massa, piegas e lacrimejantes, besuntado de CGI pra disfarçar o roteiro raso. E é isso q “Jurassic Park” é. Lembro bem das criticas e matérias na época (ainda guardo a revista Set , datada de 1993) dando mais atenção ao salto gigantesco de qualidade dos efeitos do q ao roteiro do filme, bobinho e sentimentaloide de doer (Spileberg puro). De fato, até então nunca ninguém havia visto um “dino andando” por frames consecutivos desde q não fosse em stop-motion, como lagarto com próteses ou fantasiado feito Godzilla japonês. E claro, tem a pieguice do filme, onde nao vejo diferenca entra a apelacao sentimentaloide do Spielberg ou a da adrenalina barulhenta do Bay... ambos sao artificios fisga-publico q cada um adota em suas producoes. Tal qual colocar uma gostosa pelada na capa da Playboy.

Se “Jurassic Park” tem algum mérito é unicamente por ter sido divisor de águas pra Industrial Light & Magic , tanto q depois tds os efeitos seguiram esse padrão de qualidade, até então inovador (nem “T2” e “The Abiss” chegaram perto disso). E tb pelo mérito mercadológico de customizar td e qq filme de aventura-ação a partir dali, tornando-os franquia$. A nova trilogia “Star Wars” q o diga. Pronto, q venham mais fazóides me aporrinhar... Bay apenas adota essa tendência a extremos e agrega o estilo dele, o do videoclipe barulhento. Bem, pra quem acende vela diariamente pro Spielberg q tenha em mente tb q uma hora ele vai bater as botas. E ai quem q vai tomar o lugar dele?? Acredito q “seu sucessor”... Pois é, ainda teremos q engolir o Bay por muito e muito tempo, pra infelicidade do Pablo. E é bom já ir se acostumando com essa idéia..
Jorge Soto2011-07-08 09:18:51
Link to comment
Share on other sites

  • Members

VIDAS AMARGAS

 

eastofedencap.jpg

 

O título faz jus ao âmago deste filme sobre uma família (bastante) problemática. O jovem transviado de James Dean ressente-se da ausência da mãe e nunca escuta o pai religioso e austero, ao contrário de seu bem-comportado irmão. Quando o jovem finalmente passa a entender melhor seu velho, este o rejeita - e a receita está preparada para maiores desgraças.

 

Mais um drama forte e incisivo do mestre Kazan.

 

****/*****

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...