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Forum Cinema em Cena

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Poucas cinzas (Little Ashes)<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Diretor: Paul Morrisson

Elenco:

Javier Beltrán  - Federico Garcia Lorca

Robert Pattinson – Salvador Dalí

Matthew McNulty – Luis Buñuel

 

O filme foca a amizade do trio Salvador Dalí (Robert Pattison), Federico Garcia Lorca (Javier Beltrán) e Luis Buñuel (Matthew McNulty). Os três vivem em uma casa para universitários no final da década de 1920 em Madri. A Espanha vive um período de efervescência cultural. Salvador Dalí, ao mesmo tempo tímido e exibicionista conquista a elite intelectual/social da cidade. Com a chegada de Salvador Dalí, a amizade entre Federico e Buñuel, - que ao mesmo tempo em que se sente atraído pelo amigo se mostra extremamente homofóbico - fica um tanto abalada. Federico se vê envolvido por Dalí e a amizade dos dois evolui para uma paixão que faz Federico questionar sua sexualidade e a religião. Mas ao contrário de Dali, que prega uma vida sem limites, Federico assumi sua paixão, ficando extremamente deprimido quando Dali parte para Paris e se junta a Buñuel para produzir o filme “O cão andaluz”. Lorca fica muito decepcionado com os dois, pois acredita que o filme faz uma crítica a ele.

Gostei bastante do filme, pois nos mostra uma pequena parte do início da vida adulta de três dos maiores nomes das artes da Espanha. O diretor poderia ter trabalhado melhor a personalidade de cada um, mas para mim valeu a pena, pois sou fã, principalmente do Lorca.

Na verdade fiquei curiosa para ver Pattison como Dalí e ele não decepciona nem mesmo nas cenas calientes com Beltrán. Na verdade essas cenas devem deixar as fãs do vampiro de Crepúsculo bem decepcionadas!!!kkkkkkk

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poucas+cinzas+little+ashes+c+robert+pattinson+lua+nova+sao+bernardo+do+campo+sp+brasil__4A9D00_3.jpg
laure2011-10-31 15:20:05
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REFÉNS - [/quote']

 

Thiagao... asssita o filme espanhol abaixo, inspiracao desse filme do Schumaquer..mil vezes melhor...03

 

Kidnapped%20/%20Secuestrados%20Movie%20Poster,%202010

 

Um dos filmes mais violetos que já vi. Até hoje lembro das cenas como se tivesse assistido hoje. Infelizmente a visão que se tem dos romenos hoje na europa é essa mesma, são sempre considerados bandidos.
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Feliz que Minha Mãe Esteja Viva

Apesar do titulo longo e bizonho, esta produção francesa agrada quem quer um drama familiar (e policial) do tipo filho-adotivo-rebelde-sai-atras-de-sua-mãe-biologica, algo parecido com o recente O Garoto da Bicicleta. Claro q  o moleque acha, pra complicar a vida dos pais adotivos e blábláblá. Mas a partir dali a producao toma um rumo ambiguo e desconcertante pois ha uma relacao edipiana brotando entre mãe-filho, q culmina num final tragico, como a peça grega. Narrado em três tempos bem visiveis, o filme se sustenta pela dupla de atores principais: a mãe (Sophie Cattani) consegue ser insuportavelmente humana; e o moleque (Vincent Rottiers), um aborrescente rebelde q nutre amor-ódio em virtude do desprezo de quem o gerou. Vale uma visita. 9/10

 

 

je_suis_heureux_que_ma_mere_soit_vivante.jpg
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TRANSFORMERS: O LADO OCULTO DA LUA

 

transformers-3-dark-of-the-moon-trailer-500x276.jpg

 

Lá pela segunda hora de metragem, durante o quebra-quebra climático que reduzia a pó uma metrópole inteira, a ficha caiu. Apesar do CGI top de linha, das colossais setpieces de ação, dos impressionantes efeitos sonoros, onde se encontrava a fascinação pueril em assistir a tudo aquilo? A sensação era de que a experiência empalidecia nos quesitos excitação, leveza e humor se comparado ao original (cuja vantagem era o fator novidade) e do espezinhado capítulo do meio (uma bagunça loucamente exagerada - e cativante).

 

Apesar da presença nem tão eficaz das eventuais abobrinhas cômicas que se tornaram marca registrada das aventuras de Sam Witwicky e dos Autobots, o clima ganhou em seriedade. Os riscos se avolumaram. A gravidade da ameaça à Terra é maior. Ocorre que o absurdo era um dos genes principais de Transformers, e sua mitigação, que rendeu críticas menos severas dos profissionais, desmanchou uma parcela considerável do seu charme escapista. 

 

B

 

 

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A História sem Fim (The Neverending Story' date=' Dir.: Wolfgang Petersen, 1984) 4/4

 

The+Neverending+Story.jpg

 

 

007 Cassino Royale (Casino Royale, Dir.: Martin Campbell, 2006) 4/4

 

Casino-Royale-action-movies.jpg

 

Em BDs. Lindos de morrer.
[/quote']

 

Lindões mesmo... especialmente História Sem Fim que finalmente pode ser visto agora em toda a sua glória...

 

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REENCONTRANDO A FELICIDADE

 

cinema-Rabbit-Hole-2.jpg

 

O título nacional peca por não ser corresponder de maneira fiel ao conteúdo do filme. Mais do que reencontrar a felicidade, o tema é aprender a conviver com a dor da perda de um filho. Os pais podem e devem seguir adiante, ainda que não completamente felizes. A cena-chave - o franco porém dolorido diálogo entre Dianne Wiest e Nicole Kidman na lavanderia - encapsula esse ponto de vista, arrematado pela cena final.

 

John Cameron Mitchell dirige com despretensão, até com uma certa leveza, sem brilho, tornando palatável uma sessão que poderia ser deprimente ou pesada como uma rocha. Após subirem os créditos, fica o encorajamento para se pensar no assunto tratado e lembrar-se com admiração do empenho do elenco (Kidman, Wiest, Aaron Eckhart, Sandra Oh e o jovem Miles Teller).

 

B-

 

 

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REFÉNS - 4.5/10 - Houve um tempo em que uma produção estrelada por Nicolas Cage e Nicole Kidman certamente chamaria a atenção, sendo um dos filmes mais esperados da temporada. Esse tempo já passou e neste fraco "Reféns", eles estão reunidos ao lado do diretor Joel Schumacher, sem o mesmo brilho de antigamente. Aliás, "Reféns" é uma mera versão de "Refém" (produção apenas regular estrelada por Bruce Willis) com alguns toques de "Violência Gratuita" e similares. Um casal com o casamento em crise (sim, eles) e uma com uma filha jovem e rebelde (Liana Liberato, "Confiar") são feitos reféns de um grupo de criminosos que querem roubar os diamantes que fazem parte do negócio milionário comandado pelo patriarca da família. O thriller psicológico até que se estabelece bem no começo até mesmo porque a postura do personagem de Cage foge um pouco do convencional já que ele resolve bater de frente com os bandidos, mas gradativamente, à medida que o roteiro vai revelando camadas da trama e de seus personagens, dentre eles o envolvimento romântico de um deles com a personagem de Kidman e os diferentes interesses de cada um dos comparsas do crime, a trama vai se enfraquecendo e se tornando cada vez mais absurda e por consequência menos inteligente. O clímax acaba sendo de uma frustração extrema. Liberato está se mostrando uma jovem atriz bastante promissora, mas enquanto isso para Cage e Kidman este parece ser um daqueles muitos projetos desnecessários para a carreira deles. E Joel Schumacher, em algum momento do passado, também sabia fazer um filme "menor" se tornar minimamente interessante, o que não é o caso aqui. [/quote']

Fiquei com medo de ler e ver spoilers que não são spoilers reais (rs), mas gosto de ir sem saber quase nada, daí vi só a nota e fiquei triste. Esse e Dream House são os filmes que mais espero agora no final de ano (e ambos vem sendo detonados). 12

 

Mr. Scofield2011-11-02 10:37:37

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Sorgo Vermelho (Hong gao liang, Yimou Zhang, China, 1987)

 

Alguns pedaços da história são rapidamente resumidos pela narração, e assim o filme avança de repente, como se tivesse pressa de acabar. Perto do fim, os japoneses aparecem e rendem uma cena tensa de violência, mas eles são apenas jogados na história. Não é um filme ruim, mas parece um projeto de algo melhor. O maior mérito está nos silêncios e nos simples movimentos e expressões, com os quais o diretor cria pequenos momentos que prendem a atenção e transmitem tão habilmente aquilo que poderia se dito com palavras.

 

REENCONTRANDO A FELICIDADE

 

O título nacional peca por não ser corresponder de maneira fiel ao conteúdo do filme. Mais do que reencontrar a felicidade, o tema é aprender a conviver com a dor da perda de um filho. Os pais podem e devem seguir adiante, ainda que não completamente felizes. A cena-chave - o franco porém dolorido diálogo entre Dianne Wiest e Nicole Kidman na lavanderia - encapsula esse ponto de vista, arrematado pela cena final.

 

John Cameron Mitchell dirige com despretensão, até com uma certa leveza, sem brilho, tornando palatável uma sessão que poderia ser deprimente ou pesada como uma rocha. Após subirem os créditos, fica o encorajamento para se pensar no assunto tratado e lembrar-se com admiração do empenho do elenco (Kidman, Wiest, Aaron Eckhart, Sandra Oh e o jovem Miles Teller).

 

B-

 

[/quote']

É um dos filmes mais tristes que eu já vi. Tem vários momentos muito fortes, e um deles é a conversa que você mencionou. Felizmente ganhou um diretor soube evitar o melodrama...

 

 

Poucas cinzas (Little Ashes)

Diretor: Paul Morrisson

Elenco:

Javier Beltrán  - Federico Garcia Lorca

Robert Pattinson – Salvador Dalí

Matthew McNulty – Luis Buñuel

 

O

filme foca a amizade do trio Salvador Dalí (Robert Pattison), Federico

Garcia Lorca (Javier Beltrán) e Luis Buñuel (Matthew McNulty). Os três

vivem em uma casa para universitários no final da década de 1920 em

Madri. A Espanha vive um período de efervescência cultural. Salvador

Dalí, ao mesmo tempo tímido e exibicionista conquista a elite

intelectual/social da cidade. Com a chegada de Salvador Dalí, a amizade

entre Federico e Buñuel, - que ao mesmo tempo em que se sente atraído

pelo amigo se mostra extremamente homofóbico - fica um tanto abalada.

Federico se vê envolvido por Dalí e a amizade dos dois evolui para uma

paixão que faz Federico questionar sua sexualidade e a religião. Mas ao

contrário de Dali, que prega uma vida sem limites, Federico assumi sua

paixão, ficando extremamente deprimido quando Dali parte para Paris e se

junta a Buñuel para produzir o filme “O cão andaluz”. Lorca fica muito

decepcionado com os dois, pois acredita que o filme faz uma crítica a

ele.

Gostei

bastante do filme, pois nos mostra uma pequena parte do início da vida

adulta de três dos maiores nomes das artes da Espanha. O diretor poderia

ter trabalhado melhor a personalidade de cada um, mas para mim valeu a

pena, pois sou fã, principalmente do Lorca.

Na

verdade fiquei curiosa para ver Pattison como Dalí e ele não decepciona

nem mesmo nas cenas calientes com Beltrán. Na verdade essas cenas devem

deixar as fãs do vampiro de Crepúsculo bem

decepcionadas!!!kkkkkkk[/quote']

E até hoje eu não terminei de ver poucas cinzas 06... Se não tivesse dado um problema, eu teria continuado no embalo e terminado de assistir. Só fui atrás do filme pela curiosidade de ver Pattinson fora de Crepúsculo e num papel que, considerando a personalidade de Dali, eu sabia que seria desafiador.

 

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In Their Sleep (Dans ton sommeil, Caroline du Potet, Éric du Potet, França, 2010)

O instinto materno coloca uma mulher, meses após a morte do filho, numa situação violenta incomum. Todos já vimos aquele suspense em que uma pessoa aparentemente inocente aparece na vida de outra e depois se revela perigosa. Mas se uma diferença no final da história já é interessante, há mais do que algo diferente, há uma direção que faz o espectador grudar na tela, e o trabalho realizado pelos protagonistas, principalmente pelo rapaz que alterna vulnerabilidade e frieza. A montagem cria uma confusão positiva, que se esclarece bem antes do fim, e é quando o filme fica ainda melhor. É como se fosse um Supercine qualquer, mas não é.

 

 

REFÉNS - 4.5/10 - Houve um tempo em que uma produção estrelada por Nicolas Cage e Nicole Kidman certamente chamaria a atenção' date=' sendo um dos filmes mais esperados da temporada. Esse tempo já passou e neste fraco "Reféns", eles estão reunidos ao lado do diretor Joel Schumacher, sem o mesmo brilho de antigamente. Aliás, "Reféns" é uma mera versão de "Refém" (produção apenas regular estrelada por Bruce Willis) com alguns toques de "Violência Gratuita" e similares. Um casal com o casamento em crise (sim, eles) e uma com uma filha jovem e rebelde (Liana Liberato, "Confiar") são feitos reféns de um grupo de criminosos que querem roubar os diamantes que fazem parte do negócio milionário comandado pelo patriarca da família. O thriller psicológico até que se estabelece bem no começo até mesmo porque a postura do personagem de Cage foge um pouco do convencional já que ele resolve bater de frente com os bandidos, mas gradativamente, à medida que o roteiro vai revelando camadas da trama e de seus personagens, dentre eles o envolvimento romântico de um deles com a personagem de Kidman e os diferentes interesses de cada um dos comparsas do crime, a trama vai se enfraquecendo e se tornando cada vez mais absurda e por consequência menos inteligente. O clímax acaba sendo de uma frustração extrema. Liberato está se mostrando uma jovem atriz bastante promissora, mas enquanto isso para Cage e Kidman este parece ser um daqueles muitos projetos desnecessários para a carreira deles. E Joel Schumacher, em algum momento do passado, também sabia fazer um filme "menor" se tornar minimamente interessante, o que não é o caso aqui. [/quote']

Lembrei de A Intérprete. 07

 

EU QUERIA TER SUA VIDA - 3.5/10 - De tempos em tempos' date=' a indústria cinematográfica produz comédias que investem na premissa do adulto que volta a ser criança ou o inverso assim como a troca de corpos quase sempre sem a mesma criatividade ou carisma, como é o caso deste "Eu Queria Ter Sua Vida". Aliás, por que revisar este clichê sendo que nada de novo será utilizado? Dois amigos, um responsável e careta vivido por Jason Bateman, e outro irresponsável e extrovertido, vivido por Ryan Reynolds, trocam de vida após uma rápida mijada em uma fonte mágica. Sim, tudo bem que essa "desculpa" é um mero artifício, mas convenhamos que foram extremamente preguiçosos ao pensar neste. O único objetivo deste filme é explorar uma faceta cinematográfica descolada de Bateman e explorar uma outra faceta cômica de Reynolds, mas roteiro e direção não ajudam em nada. Uma situação mais constrangedora que outra, sempre apelando para as piadas mais sujas e ordinárias, não necessariamente engraçadas e quase sempre com as conclusões mais estúpidas, como ao mostrar bebês defecando no rosto, mulheres grávidas explorando sexo animal, depilação de pelos pubianos, bola extra no saco escrotal, diarréia de comida tailandesa e outras gags extremamente divertidas, inspiradas e adoráveis. Os dois atores são até talentosos e salvam alguns momentos, mas conseguem se tornar insuportáveis em outros quase colocando o filme no lixo, se bem que porcaria por porcaria até Daniel Filho se saiu melhor aqui no Brasil, se bem que ele tinha ao seu lado Tony Ramos e Gloria Pires... ou seja, este aqui é um filme quase que praticamente descartável.[/quote']

O melhor é o Freaky Friday de 1976.

 

 

 

Lucyfer2011-11-02 17:06:40

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Boxing_Helena_stills_23343.jpg

 

Encaixotando Helena (Boxing Helena, Jennifer Chambers Lynch, EUA, 1993)

 

O cirurgião perturbado primeiro gera pena e depois raiva. A mulher da qual ele remove os membros, para que ela seja obrigada a ficar com ele, é do tipo que não se deixa dominar, mas de repente perde o domínio sobre seu próprio corpo, e embora seja antipática, é impossível não sentir pena. A premissa doentia e a tensão que se desenvolve entre os dois poderia ter virado um devastador terror psicológico com viés erótico, mas a direção algumas vezes é constrangedora, como quando faz um soft porn vagabundo, outras vezes é apenas correta. O filme não faz mais do que gerar curiosidade sobre o que vai acontecer em seguida, ou seja, funciona um pouco na primeira vez que a gente assiste. E então vem a conclusão covarde, o toque final de incompetência. Após o fim, o que fica na cabeça não é o filme, e sim a premissa, junto com o desejo de que tivesse sido mais bem aproveitada.

 

Barrados no shopping-

Cultura pop' date='dialogos sagazes e mais cultura pop.Não tem como nao gostar!8/10.[/quote']

Eu li que Mallrats foi um fracasso nas bilheterias e se deu bem nas locadoras. Acho que as pessoas aqui no CeC não gostam dele. Eu gosto.

 

Preciso ver O Balconista...

 

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Dois dramas que gostei bastante:

Natimorto é nacional, dirigido por Paulo Machline e interpretado por Betty Goffman (em participação especial e ótima), Lourenço Muttareli e Simone Spoladore, ambos excepcionais. Trata do encontro de uma espécie de caça-talentos musical (não fica bem claro) e uma cantora de ópera que passam a dividir um quarto de um hotel, desenvolvendo uma relação também mal definida mas que acaba gerando a dependência de uma das partes que decide não sair mais de lá. O desenvolvimento um tanto bizarro do roteiro acaba se tornando uma analogia perfeita ao desesperado, desenfreado e destrutivo mundo em que vivemos.  A montagem, quase teatral, retrata as consequências do isolamento e da entrega á solidão e ainda é um pé no estômago dos fumantes que se esquecem do quanto se destroem um pouco a cada dia, mais uma analogia bem feita á tendência que o ser humano tem de devastar a si e a tudo a sua volta. É pessimista, intimista, denso, forte, tenso e chocante ás vezes porém muito bem escrito e necessário. 9,5/10

 

A Condenação. Baseado na história real de Betty Anne Waters, conta a história da irmã de um habitante (Kenny) de uma cidadezinha de Massachussets acusado de assassinato. Ela tentará de tudo pra tirá-lo da cadeia onde está preso há doze anos quando o filme começa. É justamente essa obstinação dela (interpretada com a habitual competência e dedicação de Hilary Swank) o que faz com que o filme seja humano e bonito. Há um pouco de melodrama, o roteiro tem aquela fórmula "putz, deu tudo certo; ai não, ferrou; que bom, agora deu certo; putz, danou-se de novo", já bem batida e o final poderia ter sido diferente ou não ter sido antecipado (embora devesse ter sido mesmo esse). Mas a história é linda por mostrar um amor incondicional que pode nos levar onde menos imaginamos e a construção de Kenny é ótima por não entregar qual será o destino de seu personagem, segurando o suspense até meia hora antes do fim. As atuações do restante do elenco (Sam Rockwell, Melissa Leo, Minnie Driver, Peter Gallagher e, especialmente, Julliette Lewis, que tem três minutos sensacionais quase no final) são muito competentes e funcionais. Não é a oitava maravilha do mundo nem uma OP, claro. Mas é bastante honesto, bem dirigido (Tony Goldwyn), um tanto despretensioso e cumpre o que promete. 8,0/10 

 

Edit.: Eu acho O Mercador de Veneza um saco!  Tirando o texto, quase todo original, e os figurinos, belíssimos, o resto do filme é um porre, um tédio, maçante, sem brilho, sem emoção e muito mal interpretado (exceto pelo Pacino). E ainda tem o cara-de-torta do Joseph Fiennes. Aff....
bs11ns2011-11-02 23:11:35
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Joueuse
Simpatica e delicada produção alto-astral francesa q aqui ganhou o titulo-obvio de “Xeque-Mate” e contem ecos de “Minhas Tardes com Margueritte”. Trama: faxineira pobretona, recatada e contida, tem sua vida (e da família) transformada ao se interessar pro aprender jogar xadrez. E auxiliada por um dos seus reclusos patrões (o sumido Kevin Kline), o jogo de tabuleiro vai mudar sua forma de pensar e se tornar independente. E a ter opinião própria, o pesadelo de qq marido (hehehe). O bacana é ver a metáfora q a diretora faz das regras do xadrez como forma de libertação, em tds sentidos, e de q qq um pode alçar vôos maiores. O jogo nada mais é q uma desculpa a ter alguma paixão a mais e dar sentido, ânimo e agitação a sua vida metódica. Lembrando q no jogo a Rainha é mais poderosa q o Rei, o q se aplica tb à família. Destaque pra estupenda performance de Sandrine Bonnaire como a maluquinha do xadrez, q dá ótimo respaldo a uma trama simples (e previsível até). Atente tb pras belíssimas imagens da Córsega francesa, e pra deliciosa ponta da  tb sumida Jennifer Beals, a “Flashdance” , q continua gostosissima. 9/10

 

1004226_fr_joueuse_1310562611486.jpg
Jorge Soto2011-11-03 15:16:19
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Jennifer Beals ainda está viva! 13  E surpreendentemente conservada.

 

Acabei de olhar a filmografia dela, por curiosidade, e vi que ela trabalhou em

muitos filmes desde Flashdance, mas sem chamar a atenção. Fiquei

surpresa ao descobrir que ela fez a voz da princesa Yum Yum, na obscura

animação The Thief and the Cobbler, que eu assisti meses atrás.

 

thiefcobbler_c.jpg

 

 

 

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NAMORADOS PARA SEMPRE

 

blue_valentine.bmp

 

Há uma cena em que Dean (Ryan Gosling) pede à namorada Cindy (Michelle Williams) que não conte para ninguém qual é a canção especial deles, pois é estranho e nojento quando outros casais compartilham as deles com os outros. Sinto-me assim em relação a filmes que vão a fundo na intimidade amorosa de duas pessoas; a sessão acaba desaguando num voyeurismo incômodo, com o qual é difícil de se identificar ou extrair algum conhecimento proveitoso porque cada caso afetivo é diferente, cada pessoa tem um modo próprio de se situar numa união com o seu parceiro.

 

Dito isso, percebe-se que Derek Cianfrance nutria paixão pelo projeto. Sua colaboração com Golsing e Williams deve ter sido intensa - isso transparece na tela. Os atores merecem elogios por habitar com credibilidade os seus personagens. Qualquer um pode formar uma opinião sobre suas motivações, suas frustrações.

 

É aí que uma resenhista da revista Preview se equivocou ao condenar uma suposta vilanificação da carametade feminina desse dueto, alegando que Cindy espezinha Derek sem motivo, porque ele é atencioso, amoroso, dedicado. Ora, numa conversa-chave brutalmente franca entre marido e mulher num motel a frustração de Cindy fica clara: a vida conjugal em família a decepcionou, não é o que ela esperava. Pesa. E Dean tampouco é o príncipe encantado que a crítica pinta. Seu amor por vezes sufoca, não dando espaço para ela, se comunicando em outra sintonia.

 

Goste-se ou não do tema, Namorados para Sempre não sai da cabeça tão cedo.

 

B

 

 

 

Cremildo2011-11-03 11:01:34

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The Green Room (La chambre verte, François Truffaut, França, 1978)

 

 

 

A morte fará com que cada um de nós desapareça do mundo e seja

esquecido, mas o esquecimento é injusto? Até que ponto os mortos

precisam ser lembrados e homenageados? O filme acompanha um homem

excêntrico e isolado, que vive para os mortos e sabe se relacionar com

eles mais do que com os vivos. É como se a vida não fosse o lugar dele,

como se tivesse sido enterrado junto que as pessoas que perdeu e

estivesse entre os vivos apenas por acidente. Um dos momentos mais

contundentes é a bela e simples cena na qual ele observa o túmulo da

esposa enquanto anoitece. Filme triste e um tanto estranho. Em algumas

situações dá vontade de virar o rosto e não ver as consequências do

mórbido apego aos mortos.

====================================================

 

 

kikis-delivery-service.jpg

 

O Serviço de Entregas da Kiki (Majo no takkyûbin, Hayao Miyazaki, Japão, 1989)

 

O velho ritual de abandonar a proteção dos pais, enfrentar o mundo e amadurecer acontece cedo para Kiki, uma bruxa de 13 anos, que sai de casa seguindo um antigo costume. É muito fácil se preocupar com ela, que tem uma personalidade cativante. E mesmo com um clima leve, o filme tem sua cota de drama. Amizade, solidariedade, honestidade, perseverança e coragem são valores integrados naturalmente ao filme, sem dar lições de uma forma que faria muita gente revirar os olhos. A trilha sonora é ótima e os cenários são idealizados e lindos, cheios de cores vibrantes. Dá vontade de morar na cidade "grande" cheia de prédios antigos.

 

 

Lucyfer2011-11-03 17:17:15

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Dois filmes meia boca:

Os Três Mosqueteiros (2011). Até que tentou dar um frescor á já batida história dos três guerreiros (?) que procuram uma causa justa pra defender. É justamente o que acontece com a chegada de um aborrecente (bem defendido pelo Logan Lerman) em suas vidas. Dos três atores, destaco Stevenson que defenede com o vigor e truculência habituais o seu Porthos. Bloom e Milla têm, ambos, a sensualidade e o ardor dos vilões sem conseguirem aquele olhar sarcástico e poderoso, no entanto (Farrell faz isso muito bem no A Hora do Espanto). Os efeitos 3D são bons mas o roteiro é bem mais-do-mesmo e não acrescenta nada de novo á história. Confesso que ri bastante e cheguei á conclusão de que essa versão foi feita pra isso mesmo: divertir e esquecer. Nada demais! 6,0/10

 

Amizade Colorida. Vale mais pela pequena subtrama dramática desenvolvida a partir da vida do protagonista (Timberlake, carismático e bonitão como sempre) através da doença de seu pai (Richard Jenkins, sempre o máximo) e pela beleza que o casal (Kunis também é lindíssima e simpática) transcende na tela. De resto, o roteiro é bestinha, bem raso em sua temática central e sem ritmo, com piadas que por vezes só funcionam para os americanos. Tem um personagem homo ativão bem interpretado pelo Harellson (ator que eu adoro) que é totalmente desnecessário e deslocado do resto do filme. A trilha não empolga, o texto não é inspirado e o final é beeeeem meloso. Ao menos tem duas cenas que, além de funcionais, empolgam pela beleza plástica e qualidade coreográfica. E já está bom demais. 5,0/10 
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In Their Sleep (Dans ton sommeil' date=' Caroline du Potet, Éric du Potet, França, 2010)

O instinto materno coloca uma mulher, meses após a morte do filho, numa situação violenta incomum. Todos já vimos aquele suspense em que uma pessoa aparentemente inocente aparece na vida de outra e depois se revela perigosa. Mas se uma diferença no final da história já é interessante, há mais do que algo diferente, há uma direção que faz o espectador grudar na tela, e o trabalho realizado pelos protagonistas, principalmente pelo rapaz que alterna vulnerabilidade e frieza. A montagem cria uma confusão positiva, que se esclarece bem antes do fim, e é quando o filme fica ainda melhor. É como se fosse um Supercine qualquer, mas não é.


[/quote']

 

 

16128710950114e03.jpg

 

mas melhor do q esse, só este...03

 

martyrspostb.jpg

 

 
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P2 - SEM SAÍDA - 3.5/10 - O que dizer de um thriller psicológico que se passa em um estacionamento e que tenta flertar desesperadamente com o "gore"? Vamos dizer que o filme não tem lá muitas saídas, né? Pois bem, o filme não dorme muito no ponto, em menos de 5 minutos, de maneira expositiva, mas até bastante eficiente, já sabemos muito sobre a personagem feminina principal, Angela (Rachel Nichols), que é a última colaboradora a deixar o prédio da empresa em que trabalha em plena véspera de Natal. Forçadamente, ela é feita refém de Thomas (Wes Bentley), o solitário e psicótico guarda noturno do tal estacionamento. Sozinhos, ambos participam de um pequeno jogo de tensão psicológica, ele claramente achando que algemando-a faria gamá-la (inclusive vestindo-a com uma decotada roupa de festa enquanto estava inconsciente), até irem de fato às fugas, perseguições e eventuais confrontações físicas. Não há um único momento realmente inspirador que faça com que roteiro e direção explorem de maneira positiva o espaço físico limitado (a sequência de abertura é ótima justamente por explorar esta ironia) e as situações vão se tornando mais absurdas, o que enfraquece a tensão tão necessária para um filme que basicamente se sustenta nisso (por exemplo, a utilização do fanatismo de Thomas pelo Elvis soa apenas como um evento engraçado, nada demais). Nichols é até esforçada, mas os seus atributos neste filme aqui ficam mais pelo que se vê do seu decote enquanto que Bentley que sempre interpretou com intensidade personagens com potencial para psicóticos, como em "Beleza Americana", "Alucinação" e "Motoqueiro Fantasma", não consegue fazer muita coisa quando realmente precisava interpretar um. Thiago Lucio2011-11-03 19:29:50
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Soto, In Their Sleep eu descobri aqui no fórum, porque você comentou. Já ouvi falar de Martyrs, e cada vez que alguém menciona, parece que eu estou mais perto de assistir...

 

P2

- SEM SAÍDA - 3.5/10 - O que dizer de um thriller psicológico que se

passa em um estacionamento e que tenta flertar desesperadamente com o

"gore"? Vamos dizer que o filme não tem lá muitas saídas, né? Pois bem, o

filme não dorme muito no ponto, em menos de 5 minutos, de maneira

expositiva, mas até bastante eficiente, já sabemos muito sobre a

personagem feminina principal, Angela (Rachel Nichols), que é a última

colaboradora a deixar o prédio da empresa em que trabalha em plena

véspera de Natal. Forçadamente, ela é feita refém de Thomas (Wes

Bentley), o solitário e psicótico guarda noturno do tal estacionamento.

Sozinhos, ambos participam de um pequeno jogo de tensão psicológica, ele

claramente achando que algemando-a faria gamá-la (inclusive vestindo-a

com uma decotada roupa de festa enquanto estava inconsciente), até irem

de fato às fugas, perseguições e eventuais confrontações físicas. Não há

um único momento realmente inspirador que faça com que roteiro e

direção explorem de maneira positiva o espaço físico limitado (a

sequência de abertura é ótima justamente por explorar esta ironia) e as

situações vão se tornando mais absurdas, o que enfraquece a tensão tão

necessária para um filme que basicamente se sustenta nisso (por exemplo,

a utilização do fanatismo de Thomas pelo Elvis soa apenas como um

evento engraçado, nada demais). Nichols é até esforçada, mas os seus

atributos neste filme aqui ficam mais pelo que se vê do seu decote

enquanto que Bentley que sempre interpretou com intensidade personagens

com potencial para psicóticos, como em "Beleza Americana", "Alucinação" e

"Motoqueiro Fantasma", não consegue fazer muita coisa quando realmente

precisava interpretar um.

[/quote']

 

Eu gosto da idéia. The 24th Day é um filme mais ou

menos assim, e tem seus defeitos, mas é bom.

 

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220px-Scenes_from_a_Marriage_DVD_cover.jpg

 

Cenas de um Casamento (Scener ur ett äktenskap, Ingmar Bergman, Suécia, 1973)

 

Por baixo de uma superfície aparentemente tranquila, existe a chateação trazida pelas obrigações rotineiras, a falta que faz a paixão, a vida sexual insatisfatória, as atitudes irritantes do outro e os ressentimentos que são reprimidos para manter a paz. Com ótimos diálogos, o filme observa a vida de um casal comum e reflete sobre o que as pessoas esperam do casamento e o que elas conseguem. Mantém-se fechado sobre o casal e praticamente não há outros atores além dos dois principais. Nenhum deles atua mal, mas o show é de Liv Ullmann, que passa por várias emoções com uma habilidade incrível. Quando o marido dá uma má notícia, a reação dela mais a forma como é filmada são as responsáveis pelo impacto emocional. Inicialmente o casamento deles parece ser bom, e é assustador pensar que talvez seja mesmo. Na vida mais ou menos insípida que eles levam, talvez estejam tão bem quanto é humanamente possível, pelo menos para a maioria das pessoas. Mas eles querem mais. E quem não quer?

 

Lucyfer2011-11-03 19:55:02

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