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Forum Cinema em Cena

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Truffaut e Bergman:

 
O Homem que Amava as Mulheres. Um drama romântico que retrata o vazio e a solidão de uma vida dedicada aos prazeres de relações efêmeras, sem qualquer compromisso ou envolvimento amoroso. O quarentão Bertrand (vivido com competência por Charles Denner) é um galanteador nato e sempre está ás voltas com as mulheres. Extremo admirador do sexo oposto, é um tanto carrancudo para alguém que parece estar de bem com a vida. Em certo momento, ele decide escrever sua autobiografia e relembra das mais marcantes mulheres que passaram por sua vida. É interessante, tem um frescor no texto que deixou a montagem leve, suave. Nada demais, embora seja um Truffaut. 7,5/10
 
Gritos e Sussurros. Os reflexos dos atos do passado no presente e no futuro. Esse é o principal tema desse drama bastante denso mas que tem uma fórmula até simples se comparada a outros filmes do sueco. Algumas inserções de flash back misturadas com efeitos de luz e sombra são utilizadas para enfatizar a importância de tais ocorrências na vida das personagens. Todas elas têm algo responsável por uma mudança brusca em seu comportamento e que está escondido debaixo de todo o luxo que as cerca, preso junto com elas em algum longínquo campo no meio do nada. A cenografia é um personagem que interage o tempo todo com as quatro mulheres e parece querer lembrá-las do que viveram. Quase como uma foto de seus demônios mais perturbadores. Os vestidos maravilhosos, a maquiagem perfeita e as quatro atuações excepcionais, sobretudo a de Harriet Anderson, contribuem para tornar ainda mais fortes e vulcânicos os conflitos advindos do amor e ódio que brotam das frustrações e amarguras pelas quais aquelas quatro mulheres passaram. Primoroso! 10/10
 
Quando Duas Mulheres Pecam. Continuando minha saga com Bergman, assisti a mais uma complexa estória que gira em torno de uma enfermeira que vai cuidar de uma atriz em estado de choque (Liv Ullmann, incrível de novo) que está sem falar e acaba pondo em cheque sua própria identidade. Até agora, foi o mais estranho dos filmes do Bergman que assisti. Um tanto irreal e subjetivo ao extremo, quase no mesmo grau de O Ovo da Serpente, esse aqui mostra uma mulher atormentada e perturbada por si mesma. Dá a impressão que Bergman quis mostrar o quão desreguladas podem ficar pessoas que não lidam bem com seus sentimentos. Mas as atitudes da personagem de Bibi Anderson (maravilhosa por sinal) não fazem muito sentido. Ela fala uns absurdos, é meio incoerente, contraditória e estranha. Ullmann conduz sua personagem muda de forma estupenda. Somente em olhares e gestos, a atriz diz tudo, mostra tudo, expressa tudo. Embora não tenha entendido a proposta do Bergman, eu louvo as duas primorosas construções das atrizes. Tenho que assistir de novo! 7,0/10  

 

 

bs11ns2012-01-22 22:45:14

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Circumstace
Drama homossexual iraniano do naipe de “The Bubble” e “Milk” , porém com mto maior teor político q seu conterrâneo, “A Separação” . A trama, ao se focar nas duas lindas sapatinhas q formam o par principal, fala de amores proibidos da juventude iraniana ao colocar um terceiro elemento no triangulo dessa relação. E geralmente esse elemento costuma ser da família e castrador, no caso, o irmão de uma delas (religioso xiita) q desaprova o relacionamento. A oportuna mensagem anti-islãmica, no entanto, não justifica a realização videoclipeira (e caótica) q ate certo pto chega a ser entediante. Vale mais como curiosidade de ver um tema desses  - a homofobia iraniana -  vindo de um pais árabe, assim como das duas espetaculares atrizes, morenaças boazudas em tds os sentidos.Destaque pra divertida cena delas ouvindo "Total Eclipse of the Hearth" , da Bonnie Tyler; e da blitz da “policia da moralidade”. 9/10

 

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Jorge Soto2012-01-23 07:07:07
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Meu Ódio Será sua Herança

The Wild Bunch - 1969

 

Comprei esse filme numa promoção da locadora aqui do bairro, mais pelo titulo, que achei phodão, do que pelo gênero em si, já que eu não conhecia.

 

Este é um faroeste icônico para o cinema, já que é considerado no meio da crítica especializada como o “Clube da Luta” da época, em relação aos filmes de faroestes. Entre as muitas quebras de paradigmas, este clássico foi o primeiro a enfatizar as mortes com maior violência gráfica, além do uso da câmera lenta. Considerado extremamente violento, logo fez historia sendo imitado por muitos posteriormente.

 

IMDB: 8,1

NOTA: 8/10

Recomendado para quem gosta de um bom western.

 

 

 

 

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Vi o Tintin! Bastante divertido e tecnicamente perfeito! Mas só isso! Nada de profundo ou fora do comum. Bem banal! Comentei no tópico. 6' date='5/10[/quote']

 

Acho que as pessoas esperam demais das coisas. Nem todo filme precisa ser "profundo" pra ser bom e, pra ser sincero, se Tintim fosse profundo seria uma grande chatice. Qualquer um que conheça os originais do Hergé sabe que não há nenhum envolvimento emocional com o garoto topetudo, não sabemos nada sobre sua família ou sobre sua vida pessoal. Basicamente, a ideia era ter diversas aventuras bastante dinâmicas, em que os personagens principais passavam de uma a outra situação inusitada num piscar de olhos, enquanto tentavam desvendar um mistério. O carisma, via de regra, deveria vir daí. Se qualquer diretor tentasse enfiar no meio uma família disfuncional ou um romancezinho de quinta (e, quando é o Spielberg, todo mundo já fica esperando esse tipo de coisa) estaria simplesmente desvirtuando o personagem e a sua concepção, o que eu, particularmente, acho um grande desrespeito. É o que o Guy Ritchie fez com o Sherlock Holmes naqueles filminhos mequetrefes dele.

 

Neste caso, achei que Spielberg foi particularmente genial, pois seguiu à risca o foco das histórias e, ainda assim, pôde imprimir algumas marcas pessoais e uma direção vigorosa e bastante interessante. Claro que não consigo fazer um comentário imparcial sobre o filme (na verdade, ninguém pode), porque era fã das histórias quando criança. Fato é que a animação não traz aquele mesmo grau de emoção sentimental que os filmes da Pixar (alguns, não todos) evocam, mas um tipo de emoção diferente, vindo diretamente das matinês dos anos 40. É mais ou menos o mesmo espírito dos filmes do Indiana Jones (com exceção do último), que também não primavam pela profundidade ou densidade dos personagens. Um cinema mais simples, dinâmico e completamente hollywodiano. Sinceramente, um cinema que eu amo.

 

 

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Vi o Tintin! Bastante divertido e tecnicamente perfeito! Mas só isso! Nada de profundo ou fora do comum. Bem banal! Comentei no tópico. 6' date='5/10[/quote']

 

É mais ou menos o mesmo espírito dos filmes do Indiana Jones (com exceção do último), que também não primavam pela profundidade ou densidade dos personagens. Um cinema mais simples, dinâmico e completamente hollywodiano. Sinceramente, um cinema que eu amo.

 

Talvez seja esse meu problema leomaran. Claro que cinema é entretenimento, diversão e muitas vezes não deve ser levado a sério, como Ritchie não se leva, principalmente nos dois Sherlock que dirigiu. Mas para eu gostar de filmes feitos apenas para me divertir, tem que rolar identificação com o personagem. E a minha com Sherlock é propria, particular: gosto do senso apurado e da percepção inteligente dele acerca das coisas ao redor. E isso o Ritchie respeita ao extremo, por isso faz efeito comigo.
Como não sou tão fã do tintim porque não lia suas histórias quando criança, não consegui me conectar com esse universo que você citou. Então fiquei esperando algo mais palpável e que fizesse sentido pra mim. Mas não é um problema do filme, de modo algum. Entendo que é meu mesmo! Quando não conheço os personagens, tenho me conectar ou com eles ou com a história de alguma forma. Isso não aconteceu aqui! Mas o filme é bom, não deixa de ter seu mérito!
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Talvez seja esse meu problema leomaran. Claro que cinema é entretenimento' date=' diversão e muitas vezes não deve ser levado a sério, como Ritchie não se leva, principalmente nos dois Sherlock que dirigiu. Mas para eu gostar de filmes feitos apenas para me divertir, tem que rolar identificação com o personagem. E a minha com Sherlock é propria, particular: gosto do senso apurado e da percepção inteligente dele acerca das coisas ao redor. E isso o Ritchie respeita ao extremo, por isso faz efeito comigo.
Como não sou tão fã do tintim porque não lia suas histórias quando criança, não consegui me conectar com esse universo que você citou. Então fiquei esperando algo mais palpável e que fizesse sentido pra mim. Mas não é um problema do filme, de modo algum. Entendo que é meu mesmo! Quando não conheço os personagens, tenho me conectar ou com eles ou com a história de alguma forma. Isso não aconteceu aqui! Mas o filme é bom, não deixa de ter seu mérito![/quote']

 

Se conectar com o personagem é importantíssimo. E, apesar de o Ritchie respeitar essa característica do Holmes que você citou, aos meus olhos, ele simplesmentes transformou o personagem em um bufão espalhafatoso e escapou de todas as outras coisas que o tornavam interessante pra mim. É o caso, por exemplo, do seu foco único na investigação e em tudo aquilo que ela engloba, a ponto de não saber que a Terra gira em torno do Sol (eu sei que isso acontece, só não lembro em qual livro). Ou sua seriedade. Até mesmo sua assexualidade costumava ser um aspecto importante na caracterização original. O Ritchie foi pra um lado diferente e deixou de colocar a investigação e o mistério no centro pra por as caras e bocas do Downey Jr. e ceninhas de ação com edição "esperta" como coisa principal. E aí eu simplesment perdi o gancho da coisa.

 

Ao mesmo tempo, o Tintim é exatamente o mesmo personagem que eu costumava acompanhar. Não sei se eu gostaria tanto do filme se já não fosse familiarizado com a história, mas desconfio que sim.

 

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Primos 2011 (Daniel Sánchez Arévalo)

 

 

 

Boa comédia espanhola sobre Diego (Quim Gutiérrez) que é deixado pela noiva as vésperas do casamento, totalmente destroçado já na igreja no dia em que seria o casamento achando que a noiva iria se arrepender, ele e seus primos Julián (Raúl Arévalo) e José Miguel (Adrián Lastra - indicado ao Goya por este filme) resolvem dar uma virada, partem para a cidade em que eles passavam o verão na adolescência em Comillas, chegando lá o objetivo depois do acontecido é re-conquistar a sua namorada da adolescência a Martina (lindíssima atriz Inma Cuesta), lá eles reencontram os velhos conhecidos e acontecem as mais variadas situações engraçadas.

 

 

 

Destaque para o pai bêbado Bachi (Antonio de la Torre) e seus intermináveis mergulhos e suas referencias cinematográficas, a lindíssima Inma Cuesta que preenche a tela com a sua beleza, recebeu indicação Goya além de ator revelação (Adrián Lastra), outra indicação de melhor ator coadjuvante para Raúl Arévalo, tem um pouco de tudo, principalmente os personagens são cheio de sensibilidade, amizade com uma pitada de romance, onde vivem uma nostalgia nos tempos em que eles cantavam e entravam no palco fazendo seu numero de Backstreet Boys num filme confortável, familiar (no filme porque tem frases vulgares) e natural. Angellus Lestat2012-01-24 10:30:10

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Se conectar com o personagem é importantíssimo. E, apesar de o Ritchie respeitar essa característica do Holmes que você citou, aos meus olhos, ele simplesmentes transformou o personagem em um bufão espalhafatoso e escapou de todas as outras coisas que o tornavam interessante pra mim. É o caso, por exemplo, do seu foco único na investigação e em tudo aquilo que ela engloba, a ponto de não saber que a Terra gira em torno do Sol (eu sei que isso acontece, só não lembro em qual livro). Ou sua seriedade. Até mesmo sua assexualidade costumava ser um aspecto importante na caracterização original. O Ritchie foi pra um lado diferente e deixou de colocar a investigação e o mistério no centro pra por as caras e bocas do Downey Jr. e ceninhas de ação com edição "esperta" como coisa principal. E aí eu simplesment perdi o gancho da coisa.

Ao mesmo tempo, o Tintim é exatamente o mesmo personagem que eu costumava acompanhar. Não sei se eu gostaria tanto do filme se já não fosse familiarizado com a história, mas desconfio que sim.

 

Pra mim o Holmes tem maior parte do seu universo respeitado. Se o Ritchie não levou em conta uma ou outra coisa, com certeza foi por conta de tentar dar um caráter mais comercial á história. Não que essa justificativa seja válida, até porque eu também adoraria ver um Holmes mais sério, soturno e interpretado com contornos mais dramáticos pelo Downey Jr. Mas, como eu disse, o Ritchie não se leva a sério, não se propõe a isso. Então não dá pra você cobrar isso dele. Assim como o Spielberg também não se propõe a isso no Tintin, eu entendo. Mas a diferença do que me atraiu em um e me distanciou do outro foi realmente o universo. Ambos são muito bem criados mas, talvez, o Spielberg tenha feito um filme pra quem era fã incondicional e acompanhava todas as histórias do Tintin, o que não é meu caso. Por isso devo ter sentido falta de alguma coisa. Já o Ritchie fez os dois: ganhou aqueles que já acompanhavam o personagem e aqueles que não eram tão fãs assim.

 

Não que isso esteja certo ou errado. Só que comigo deu certo no caso do Sherlock. E não desgostei do Tintin! Apenas não o considerei um baita filme!
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Drama
Misto de “Copia Fiel” , “Os Sonhadores” e o israelense “Bubble” , esta produção chilena trata de três estudantes de teatro vivendo no limite segundo os preceitos do “Teatro da Crueldade”, do dramaturgo francês Antoin Artaud, buscando o sucesso e autoconhecimento a qq preço. Nisso, vão se descobrindo em tds os sentidos, incluindo sexualmente. O resultado é uma viagem lisérgica q alfineta de forma sutil a sociedade e religião, onde fantasia e realidade se confundem. Estariam eles representando ou seriam eles mesmos naquele triangulo amoroso biba? Trio principal de jovens  protagonistas ok, direção de arte ok. So peca por ser demasiado arrastado e nada profundo. Opção de cinema pra lá de alternativo, experimental e modernoso, se é q me entendem. 8/10
 

 

 

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SUPER 8

Os filmes que Spielberg dirigiu e produziu nas décadas de 70 e 80 fizeram sucesso porque estabeleciam uma conexão poderosa com fantasias pueris - e duradouros - da plateia que os adoravam. A emoção e o encantamento afloravam porque a criança, ou melhor, o sonhador dentro de cada um era fisgada por tramas que envolviam o contato com o desconhecido, a aventura localizada no ou próximo do próprio bairro, a passagem para a adolescência, o companheirismo entre amigos, dilemas familiares, a jornada de volta para o lar, um toque de romance inocente. Era algo além do escapismo vazio que almeja somente fazer com que os pagantes de ingressos se distraíssem, passivos, esquecendo dos problemas cotidianos por uma hora e meia, sem nada a sentir nem absorver da experiência. O toque spielbergiano passava uma sensação de satisfação pois os lugares da mente e do coração a que levava o público eram qualquer coisa exceto insignificantes. Era como se o Midas de Hollywood fosse capaz de manter uma ligação psíquica com suas 'vítimas', tal qual a criatura de Super 8, sabendo o que fazia incandescer a imaginação.

 

J.J. Abrams fez uma emulação retrô-nostálgica perfeita dos elementos que constituíram esse quase subgênero do passado. É lindo, e pode causar lágrimas em quem nunca deixou de amar os presentes especiais que o hoje sexagenário Spielberg legou.

 

A-

 

 

Cremildo2012-01-25 17:43:02

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Pra mim o Holmes tem maior parte do seu universo respeitado. Se o Ritchie não levou em conta uma ou outra coisa' date=' com certeza foi por conta de tentar dar um caráter mais comercial á história. Não que essa justificativa seja válida, até porque eu também adoraria ver um Holmes mais sério, soturno e interpretado com contornos mais dramáticos pelo Downey Jr. Mas, como eu disse, o Ritchie não se leva a sério, não se propõe a isso. Então não dá pra você cobrar isso dele.[/quote']

 

 

 

Não sei se você já leu as histórias do Sherlock Holmes, mas, se já, vai concordar comigo. Respeitar o universo não é simplesmente colocar personagens com o mesmo nome em um determinado contexto temporal e dizer "pronto, estes são o Sherlock Holmes e seu fiel amigo Watson". Neste último Sherlock Holmes, que assisti agora há pouco, a preocupação clara é montar grandes cenas de ação, com o uso em escala Zack Snyder de câmera lenta. Não há nenhum grande mistério no fundo nem a mínima tentativa de haver um. Ok, a escolha do Ritchie era fazer um filme de ação. De qualquer forma, tenho o direito de achar uma péssima decisão e, sim, de achar que ele poderia fazer um filme melhor ou mais interessado por seu material original. Aliás, acho uma pena que o detetive nunca tenha sido retratado de uma maneira melhor ou mais instigante no cinema, mesmo considerando os filmes mais antigos, que também não são grande coisa.

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Pra mim o Holmes tem maior parte do seu universo respeitado. Se o Ritchie não levou em conta uma ou outra coisa' date=' com certeza foi por conta de tentar dar um caráter mais comercial á história. Não que essa justificativa seja válida, até porque eu também adoraria ver um Holmes mais sério, soturno e interpretado com contornos mais dramáticos pelo Downey Jr. Mas, como eu disse, o Ritchie não se leva a sério, não se propõe a isso. Então não dá pra você cobrar isso dele.[/quote']

Não sei se você já leu as histórias do Sherlock Holmes, mas, se já, vai concordar comigo. Respeitar o universo não é simplesmente colocar personagens com o mesmo nome em um determinado contexto temporal e dizer "pronto, estes são o Sherlock Holmes e seu fiel amigo Watson". Neste último Sherlock Holmes, que assisti agora há pouco, a preocupação clara é montar grandes cenas de ação, com o uso em escala Zack Snyder de câmera lenta. Não há nenhum grande mistério no fundo nem a mínima tentativa de haver um. Ok, a escolha do Ritchie era fazer um filme de ação. De qualquer forma, tenho o direito de achar uma péssima decisão e, sim, de achar que ele poderia fazer um filme melhor ou mais interessado por seu material original. Aliás, acho uma pena que o detetive nunca tenha sido retratado de uma maneira melhor ou mais instigante no cinema, mesmo considerando os filmes mais antigos, que também não são grande coisa.

 

É verdade leomaran! Vc está certo mesmo! Muito da parte intrigante, misteriosa e até certo ponto angustiante das histórias de Sherlock não foram retratadas por Ritchie. Não é uma história de suspense ou um drama com tons fortes e pesados. É um filme de ação, todo concebido pra não ser nada além disso! Poderia ser melhor? Sim, é claro! Sempre pode ser. Mas ele não se propôs a isso! É uma grande diversão, pura e simples, sem maiores compromissos, assim como a de Tintin. A diferença, pra mim, é que gosto bem mais do que Ritchie apresenta com seu Sherlock do que do universo de Tintin! É uma questão de identificação que acontece quando vejo ou leio Sherlock e que simplesmente não ocorreu com o Tintin. Talvez porque não tenha lido e não conheça suas histórias. Não digo que um filme seja melhor do que o outro: só funciona mais comigo!
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A SEPARAÇÃO - 8.5/10 - É um drama familiar iraniano e por causa disso muito da carga dramática da narrativa se dá por todo o contexto social que envolve as relações entre as pessoas, especialmente entre homens e mulheres e os conflitos são explorados de maneira competente. O casal Naader (Peyman Moaadi) e Simin (Leila Hatami) está envolvido em um processo de divórcio, quando ele é acusado de provocar o aborto de Razieh (Sareh Bayat), cuidadora do seu pai que sofre de Alzheimer, por causa de uma agressão. A partir daí, o filme se volta na disputa judicial entre os envolvidos, inclusive a filha do casal (Sarina Farhadi) e Hodjat (Shahab Hosseini), marido da vítima, e nas implicações familiares e nos dilemas morais que este evento provoca na vida de todos os envolvidos. Aliás, as consequências e a repercussão que isto gera nos envolvidos acaba sendo mais importante do que o embróglio jurídico que toma até mais tempo do que devia, inclusive na solicitação de testemunhas, mesmo que chame a atenção pela "informalidade". O diretor Asghar Farhadi assume uma condução quase que documental o que dá uma legitimidade ao filme que acaba fazendo toda a diferença assim como as atuações contundentes de seu elenco. Apostando em um plano final corajoso e que certamente irá incomodar boa parte dos espectadores (nem tanto os mais cinéfilos), a complexidade humana dos personagens envolvidos e o tom adotado pelo diretor fazem de "A Separação" uma pequena fotografia do Irã para o mundo.

Thiago Lucio2012-01-25 14:04:09
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A Vida Em Um Dia

Life in a Day - 2011

 

O Youtube em parceria com o cineasta Ridley Scoot tiveram a idéia de pedir através do youtube que as pessoas gravassem um vídeo sobre um dia de sua vida e encaminhassem para que eles fizessem um filme com este material. Resultado:  Foram aproximadamente  4.500 horas de imagens de 80.000 vídeos, enviados de 192 países, e  este material se tornou um longa de 90 minutos e não me engano, o primeiro documentário colaborativo. 

Quanto ao filme em si, assistam e tire suas próprias conclusões. Eu particularmente gostei muito mais da iniciativa do que do resultado.

 

IMDB: 7,8

NOTA: 5/10

Para quem gosta de experimentalismo no cinema.

 

 

 

 

Guastinha2012-01-25 14:16:09

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Turks Fruit/ "Louca paixão" (Paul Verhoeven, 1973)"

 

10/10

 

Classico 70's da fase europeia do verhoeven impregnado de talento!
Visceral e Profundo.Pure Drama + Pure Romance.
by Paul Verhoeven, em seu auge. 

 

Esse é MUITO ph***.16

 
Calvin2012-01-25 21:54:49
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2 Coelhos É possivelmente o filme mais cool do cinema brasileiro, e - inesperadamente - a mistura de influências não apenas dá certo como resulta em um ótimo filme. 4,5/5

 

 

 

 

 

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As Aventuras de Tintim Visualmente, é de tirar o fôlego, várias cenas chegam a te deixar embasbacado com a qualidade técnica da animação. No entanto, não posso dizer isso do filme como um todo. Me pareceu um filme que se desgasta rápido e vai ficando um tanto quanto desinteressante: as cenas de ação não são empolgantes o bastante, os personagens não são carismáticos o bastante, o alívio cômico não é engraçado o bastante... Bem formulaico, e que empalidece se comparado a tantas ótimas animações lançadas nos últimos anos. 3,5/5-felipe-2012-01-26 00:13:51

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Querida voy a comprar cigarrillos y vuelvo 2011

 

 

 

Bom filme argentino e criativo pelo geral da obra, o filme conta a história de Ernesto, um cidadão argentino de 63 anos no fim do mundo, numa cidade pacata, com uma vida ordinária, sem grandes realizações, até que um sujeito entra no restaurante em que ele está e faz uma proposta, passar dez anos em uma época qualquer do seu passado a troca de um milhão de dólares, esses dez anos seriam 5 minutos na vida real e depois disso ficaria rico.

 

 

 

O que você faria se voltasse ao tempo?, então, Ernesto tenta de uma forma engraçado mudar muitas coisas, desde tentar ganhar grana criando o Big Brother na Argentina a 10 anos atrás até copiar uma musica nos anos 70 do John Lennon para ganhar fama, tudo de uma forma engraçada onde o protagonista acaba quebrando a cara em todas as situações.

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Flores da Guerra
Bacana o último longa do Zhang Yimou q se passa durante um episodio da guerra sino-japonesa, o “Massacre de Nanquim”, no inicio do século passado. Nesse contexto, narra as desventuras de um gringo trambiqueiro ao se passar por padre pra sobreviver num convento ( “Não Somos Anjos” ?), e involuntariamente torna-se protetor tanto das  jovens internas como de experientes biscates, tb refugiadas no local e dão titulo à pelicula. A mudança de comportamento mútua é o q dita o filme ao longo de td projeção. Bonito e mto bem feito, tem uma trilha sonora e fotografia impecáveis. Substituindo facas e espadas ( “Herói” ), o diretor aqui usa e abusa das armas de fogo em cenas bem violentas. O elenco femenino ta mto bom, mais até q o “Bátima” Bale, q retoma o tema com qual estreou ( “Imperio do Sol” ) e faz um “padre” apenas razoável, onde é impossível não lembrar seu personagem tb de batina em “Equilibrium” . Apesar do desfecho meio q forçado e inverossimil, é um melodrama de guerra acima da média q vale uma visita. 9/10

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O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS

 

Em sua crítica, Roger Ebert identificou um tema sob o manto denso, distanciado e desorientador que compõe o approach seco, cerebral de Tomas Alfredson a esta readaptação do manuscrito de John LeCarré: o desalmamento acarretado pelo mundo da espionagem profissional em quem a exerce.

 

De fato, basta observar a fisionomia do veterano George Smiley para chegar à conclusão de que provavelmente não é apenas o avançar da idade que a torna decadente - ainda que o intelecto permaneça aguçado quando focado em questões relativas à sua função dentro do 'Circo'. A corrosão física e mental causada pela tensão indissipável é o objeto sobre o qual o olhar da câmera de Alfredson prefere recair, daí porque no lugar de fugas ou assassinatos a la James Bond cedem espaço para a captura de comportamentos suspeitos, silêncios significativos, expressões, posturas, entonações, ambientação. Os personagens parecem cifras; tanto o texto quanto a narrativa evitam explicitar suas motivações e ligações com outros, de modo que a atenção requerida é superior à média.

 

Indicado para quem sente-se estimulado por quebra-cabeças estilosos (ainda que algo estéreis) e não para quem procura altas emoções (mesmo que complexas).

 

B  

 

 

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Turks Fruit/ "Louca paixão" (Paul Verhoeven' date=' 1973)"

 

10/10

 

Classico 70's da fase europeia do verhoeven impregnado de talento!

Visceral e Profundo.Pure Drama + Pure Romance.
by Paul Verhoeven, em seu auge. 

 

Esse é MUITO ph***.16

 
[/quote']

 
Quanto tempo não via alguém comentando este filme! Tenta ver Conquista Sangrenta, estilos parecidos.
 
 
 
 
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Os Homens Que Não Amavam as Mulheres

Finsher voltou ao genero q nunca deveria ter saido e com mto estilo, depois dos medonhos Rede Social e Benjamin Botão , nesta refilmagem do tb mto bom homonimo sueco. Contudo, dei com os burros nágua ao afirmar q o original era insuperavel... Finsher o melhorou, omitindo ate momentos soltos do original. Noutras, temos um filmao de suspense..um thriller empolgante pra quem nunca leu o livro ou sequer viu o filme sueco. Comparacoes serao inevitaveis, claro. Mas aqui sao pra melhor. Td caça redondinho aqui, desde a fotografia lugubre ate o desfecho final. Temos algumas pequenas (e sutis) diferencas em relacao ao original, q nao vale a pena menciona-las sem dar spoillers. A Rooney Mara carrega o filme nas costas, tal qual Noomi Rapace no original. Ela é a alma da pelicula. E com acrescimos! Ja Craig ta Craig basicão. Os coadjudvantes tb estao bem. O unico porem desta pelicula esta justamente naquilo q havia frisado desde o inicio: a sequencia do estupro, q no original continua insupoeravelmente crua e impactante.; aqui o Finsher fez de uma brutalidade algo somente bonito plasticamente. No entanto, o saldo é mais q positivo. Vale muito a visita. 9,5/10

 

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Jorge Soto2012-01-28 14:33:58
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LA PIEL QUE HABITO

************************S  P  O  I  L  E  R  S******************************

 

Almodóvar é um artista que prima pela originalidade e ousadia. Por causa disso, A Pele que Habito transcende sua premissa básica, que é um conto de vingança, alcançando terrenos perturbadores, especialmente se quem estiver assistindo pertencer ao sexo masculino.

 

O diferencial reside na opção por inverter a ordem costumeira dos fatos: somos apresentados, sem perceber, ao resultado da desforra do obcecado e aético cirurgião vivido por Antonio Banderas antes de compreender totalmente o que está ocorrendo e por quê. O que seria o desfecho ou o epílogo em fitas rotineiras se desenvolve desde o início, a olhos vistos, e a 'reviravolta' cruel de Almodóvar dá-se pela metade da projeção, alterando nossa percepção do que veio antes e do que virá a seguir. O baque é insidioso, sutil - sua potência vai aumentado à medida em que as revelações se avolumam e a ficha cai diante de tamanha violência física e psicológica. Jamais se refreando em tomar caminhos trágicos e cruéis, a trama induz o espectador a considerar o quão devastadora seria a obrigação de viver num corpo que não reflete seu gênero sexual.

 

É um horror conceitual, desapaixonado, mais escandaloso no espírito do que na execução e, apesar de absurdo, encenado com convicção por Almodóvar.  

 

B+

 

 

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