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M (Fritz Lang, Alemanha, 1931)

Tem alguns momentos esplêndidos, como o balão preso nos fios, que causa horror apenas sugerindo o mal que já aconteceu, depois da opressiva preocupação crescente de alguém que espera inutilmente (nada de cena familiar idealizada para ostentar a perda da forma mais melosa e óbvia possível). O vilão, com rosto de bebezão e os olhos comicamente arregalados, uma aparência não obviamente asquerosa, é tão asqueroso quanto possível. Bom suspense que explora a histeria coletiva e a necessidade de fazer o que se entende por justiça.

 

 

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L'enfant d'en haut (Ursula Meier, França, 2012)

Garoto sustenta a si mesmo e a irmã mais velha através de furtos numa estação de esqui. Forçado a crescer rápido demais porque as circunstâncias não permitem uma infância normal, transitando num ambiente privilegiado ao qual ele não pertence e vivendo uma relação instável com a irmã, ele é levado a uma busca por afeto e até um abraço precisa ser comprado. Ótimo filme e triste de certa forma, mas sem um clima melancólico. Traz uma interessante surpresa ligada ao relacionamento dos irmãos.

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Detona Ralph (2012): Gostei muito dessa animação. A trama se inicia meio devagar, explicando tudo detalhadamente, mas com um ótimo apelo visual. Os personagens são carismáticos e o roteiro colabora, mas o filme engrena mesmo com a chegada da Vanellope, que acaba tornando-se a protagonista do longa. Ponto para a Disney, que mesmo sem Pixar no meio, entrega uma filme divertido e que convence. Que venha a sequência, já encomendada pelo estúdio. Nota: 8,5/10.

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American Mary 

Tenso e bizarro este terror psicológico independente q prima pela evolução (ou deterioração?) do personagem-titulo, se valendo do universo das modificações corporais. Tem meio uma pegada do tb otimo "Excision" . Repleta de dividas, estudante de medicina entra no mundo das cirurgias plásticas clandestinas onde faz fama no submundo do crime, q tb irá convocá-la pra “bicos” como torturadora, etc. Lógico q ela vai prosperar no novo empreendimento, mas isso deixará mais marcas nela do q em sua exótica clientela. Roteiro sombrio, enxuto e cru, o destaque tb vai pra Katherine Isabelle como a ambígua anti-heroina, a “acougueira Mary”. Com gore e humor negro na medida certa, esta pelicula canadense só peca pelo final q não se resolve, deixando pontas soltas, mas ate la nos deixou grudados na cadeira. Destaque pra td a clientela surreal da jovem cirurgiã: pras gêmeas sádicas, da clone da Betty Boop e a socialite que quer ficar igual á Barbie. 9,5/10
 

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Alemanha Ano Zero (Germania anno zero, Roberto Rossellini, 1948) - Parte final da Trilogia da Guerra, e a única que não foca a Itália. A ideia central é a mesma de Roma, Cidade Aberta e Paisá: a guerra deixa uma herança maldita para aqueles que sobrevivem a ela, principalmente as gerações mais novas. Achei a fotografia menos inspirada neste aqui em relação aos dois anteriores. A estória tem mais cor e mais impacto quando envolve a família do personagem principal, embora a figura crucial para o desenrolar da trama seja a do ex-professor. É o meu menos-preferido da trilogia, mas ainda assim é um baita filme.

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As Sessões (The Sessions, 2012): Filme reflexivo, faz pensar como um simples detalhe pode fazer diferença na vida de uma pessoa. O simples fato do protagonista do filme ser virgem já em idade avançada e ao mesmo tempo incapaz de conseguir por sua conta "saciar" sua vontade, deixa claro que devemos dar mais valor a tudo o que possuímos, seja a coisa mais simples, tudo tem um valor. Os atores estão muito bem, merecida a indicação da Helen Hunt ao Oscar, ela está realmente muito bem. Nota: 7,5/10.

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The Loneliest Planet
Drama psicológico indie q é uma parábola perturbadora sobre a desconstrução dum casal, a semelhança do road-movie “De Jueves a Domingo”. Casal de jovens em noivado resolve cruzar por dias as montanhas do Cáucaso (limite da Europa-Asia) a pé, na cia dum guia local, colocando a prova a integridade da relação. Mas td mundo sabe q td peregrinação física (e emocional) num lugar remoto e inóspito é uma experiência pura, no limite, q amplifica as emoções e onde qq paso em falso pode mudar tudo. E o filme mostra á perfeição como uma pequena merda na viagem pode desestruturar o aparente equilibrio de forma irreversível. Noutras: numa trip td mundo mostra sua verdadeira cara. Arrastado, introspectivo, contemplativo. Com muito simbolismo e poucos diálogos, é quase um documentário e será de difícil digestão pra quem curtiu “Na Natureza Selvagem” , mas interessante na sua proposta em dissecar seus jovens protagonistas, antes e depois. 8,5/10

 

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Searching for Sugar Man

Imperdivel documentario sueco-inglês q faturou o Oscar deste ano na categoria. Comovente, insólito e cativante do inicio ao fim, acompanhamos a jornada investigativa dum jornalista atras dos rastros dum obscuro cantor folk ianque setentista cuja trajetoria é envolta em mto misterio. Detalhe: foi uma especie de Bob Dilan-Raul Seixas q nunca decolou e caiu no esquecimento nos States; no entanto, na Africa do Sul é mais famoso q Elvis pq suas musicas tocaram na ferida do povo de la, vitima do Apartheid!? Bem editado, com inserções aproriadas de depoimentos testemunhais, e td embalado em música de qualidade, eis um retrato biografico dum gde artista injustiçado q merece ser visto. E reconhecido. Baixando já a trilha sonora...10/10

 

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Brainscan (John Flynn, Canadá, 1994)

Passando despercebido desde T2, Edward Furlong se esforça no papel de um adolescente que enfrenta as conseqüências de um jogo violento e mais realista do que ele esperava, mas em alguns momentos é engolido pela comédia involuntária, como quando efeitos especiais risíveis aparecem. O vilão, com cabelo punk e cara de quem exagerou no face lifting, tenta ser assustador e engraçado ao mesmo tempo. Sem chegar perto de ser marcante, pelo menos ele não erra totalmente. A escolha feita para o final é questionável, mas aqui até que se encaixa. Mesmo perdendo a oportunidade de explorar bem a confusão, a culpa e o medo, o filme oferece alguma tensão e pode ser um pouco divertido para quem não exigir muito e não levar a sério.

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Love Story - História de Amor (Love Story, Arthur Hiller, 1970) - Belíssimo filme que tem uma clara pitada da dramaturgia clássica (inclusive Shakespeare) mas transportada para o mundo contemporâneo. A maturidade com que a trama se desenvolve deixa na poeira qualquer trama do Nicholas Sparks, que adora jogar um twist trágico para arrancar lágrimas das adolescentes da plateia. Aqui, não há twist, sabe-se logo de cara o que vai acontecer, e com isso vem a liberdade de demonstrar que o amor dos dois, embora jovem, é profundo e auto-consciente. Os diálogos - especialmente as provocações brancas entre os dois protagonistas - funcionam plenamente dentro do contexto do filme. Mesmo a clássica frase "amar é nunca ter que pedir desculpas", que pode facilmente ser ridicularizada fora do contexto, serve um propósito narrativo poderoso (e é também uma prova de amor notória) dentro da trama. Acho uma pena que este filme receba tão pouca atenção.

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Cubo (Cube, Vincenzo Natali, Canadá, 1997)

Pessoas aparentemente aleatórias acordam presas num cubo gigantesco cheio de compartimentos, alguns com armadinhas, uma espécie de labirinto. Elas percorrem o cubo tentando encontrar a saída, o que inevitavelmente leva a desespero, brigas e mortes. O filme é repetitivo sem ser chato, tem uma direção que tira proveito de uma história simples e absurda. Não há problema no disparate. O que vale são as sensações que o filmes desperta, e o mistério da situação serve para torná-la ainda mais aflitiva.

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After

Curioso terror psicológico canadense q é misto do clássico “Caçadores de Emoção” com o alemão “Urbex” , ao apresentar este novo “esporte” radical urbanoide q consiste em se infiltrar nas estruturas mais perigosas construídas pelo homem. Com estilo bem modernoso, acompanhamos três destes neo-aventureiros se metendo nos cafundós do metrô de Moscou atrás das masmorras de Ivan, o Terrivel. E lógico q vão se dar mal, quinem “Abismo do Medo” e "A Caverna" . O problema desta produção independente é q ela começa muito bem, promissora, mas depois termina se perdendo em suas pretensões, quiçá devido as limitações do baixo orçamento, inexpresividade do trio de atores (repletos de piercings) ou virtuosismo em demasia do câmera, q consegue nos deixar tontinhos. Os efeitos especiais deixam tb a desejar, bem pobres. No geral, tem uma premissa interessante, mas q poderia ter sido melhor explorada. E produzida. 7/10

 

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O VÍDEO DE BENNY (BENNY’S VIDEO/Michael Haneke/1992)

 

 

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Pergunta sincera para quem assistiu: quem assusta mais, o apático adolescente do título ou o pai-robô dele?

 

O único resquício de emoção humana vem da mãe, embora hajam indícios de que ela também não bate com as dez.

 

Que família adorável!

 

Assustador retrato da insensibilidade contextualizada numa época em que se simula o viver por meio de telas frias. Consiste, talvez, na epítome do desconforto do cerebral senhor de cabelos brancos que nos legou Caché, A Professora de Piano e A Fita Branca.

 

Num cotidiano cada vez mais dominado por imagens, uma obra-provocação como esta ganha em relevância. Haneke, em 1992, foi perspicaz (e misantropo) o suficiente para atingir certo grau de presciência.

 

Em entrevista que acompanha o DVD, diz o autor que matérias de jornal o motivaram a desbravar o tema da dissociação com a realidade e a consequente inabilidade de seres criados nesse meio sentirem empatia para com terceiros. Quando instadas a justificar atos incompreensíveis de violência, alguns criminosos diziam que agiram impelidos pela curiosidade de saber qual seria a sensação. Subentende-se que consumiam conteúdo duvidoso, protegidos pela confortável ciência de que a “realidade” – alternativa, simulada ou documentada – veiculada pela mídia era incapaz de atingi-los de fato. Vê-se condutas incomuns em programas televisivos e espetáculos cinematográficos, ou seja, em fantasias seguras, de faz-de-conta. Qual o risco de mentes predipostas à instabilidade acharem que ações perpetradas no mundo empírico terão ausência de consequências equivalente às das gravações limitadas ao tubo mágico?

 

Inócuo reagir a um tabefe-filme como O Vídeo de Benny apelando para resumos simplistas do tipo “gostei” ou “detestei”. Haneke dá de ombros para o conforto e a diversão sadia do espectador. Quem pretender ter convicções reasseguradas, fantasias encorajadas, lições de moral explicitadas que vá visitar a seção de comédias românticas na locadora do bairro.

Calculista, por vezes até presunçoso (como em Funny Games), Haneke semeia ideias tão inquietantes quanto reveladoras no imaginário de quem entra em contato com seu corpo de trabalho. Seria ingenuidade se subscrever por completo à negatividade e à frieza da visão de mundo do austríaco, mas ele trabalha com recortes em vez de tentar o impossível, que é abranger todas as minúcias da complexa sociedade sobre a qual se debruça. O diretor é inteligente demais para ousar propor que inexistem qualidades positivas nas figuras que busca estudar; o foco na perversidade se dá por ela trazer um terreno superior em fertilidade para a exploração de perspectivas críticas a respeito de recantos desagradáveis do mundo que habitamos. estrela2.gif?w=16&h=16estrela2.gif?w=16&h=16estrela2.gif?w=16&h=16estrela2.gif?w=16&h=16

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Pietá
Drama coreano barra-pesada q se vale de vingança edipiana pra crticar o capitalismo corrompendo relações humanas. Mix de “Mother” com “Oldboy” , acompanhamos a jornada de redenção dum frio e violento agiota, q mutila seus devedores inadiplentes afim de receber a grana do seguro, qdo tem sua vida revirada (emocionalmente) com o súbito aparecimento de sua mãe, q o abandonou qdo criança. E enqto começa a sentir afeto, deve se preocupar tb com possíveis represálias por parte do exercito de aleijados q deixou. Incesto, masoquismo, masturbação e canibalismo são apenas alguns ingredientes q completam esta forte crônica contextualizada no suburbio duma Seul de excluídos, decrépita e com fotografia escura. Lee Jung está magistralmente desprezível no papel principal, assim como Cho Min como titulo do filme, oportuna alusão á obra de Michelangelo. Destaque disparado pro ambíguo desfecho. 9/10

 

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Sonho de Duas Passagens

Drama independente q lembra vagamente o russo “Silent Souls” ao falar de morte e sua relação homem-natureza. Aqui acompanhamos a dura (e agoniante) jornada de dois irmãos pra sepultar a própria mãe, recém-falecida, nos cafundós selvagens do interior rural dos States. Contemplativo, simbólico e com ausência de diálogos, o filme poderia muito bem ser um Gus Van Sant tocando um episódio do National Geographic de ordem antropológica. Mas este estudo sobre isolamento, solidão, finitude e sobrevivência requer disposição e boa vontade pq não é uma produção fácil. Se topar a proposta encontrará mais significados nesta pelicula imagética, de fotografia deslumbrante e atuações maravilhosamente espontâneas, do q ela insinua. 7,5/10
 

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Love Story - História de Amor (Love Story, Arthur Hiller, 1970) - Belíssimo filme que tem uma clara pitada da dramaturgia clássica (inclusive Shakespeare) mas transportada para o mundo contemporâneo. A maturidade com que a trama se desenvolve deixa na poeira qualquer trama do Nicholas Sparks, que adora jogar um twist trágico para arrancar lágrimas das adolescentes da plateia. Aqui, não há twist, sabe-se logo de cara o que vai acontecer, e com isso vem a liberdade de demonstrar que o amor dos dois, embora jovem, é profundo e auto-consciente. Os diálogos - especialmente as provocações brancas entre os dois protagonistas - funcionam plenamente dentro do contexto do filme. Mesmo a clássica frase "amar é nunca ter que pedir desculpas", que pode facilmente ser ridicularizada fora do contexto, serve um propósito narrativo poderoso (e é também uma prova de amor notória) dentro da trama. Acho uma pena que este filme receba tão pouca atenção.

 

Também gosto muito de Love Story. O filme começa bem leve, bem humorado, e não perde a sagacidade mesmo quando envereda mais pro romance ou drama. Acho que o diretor conseguir dosar bem, e o casal de protagonistas é extremamente carismático. É realmente uma pena que o filme não receba mais atenção, acredito que o gênero romance é bem estigmatizado atualmente, e isso acaba prejudicando alguns ótimos filmes, como é o caso aqui.

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Valerie a týden divu (sem título no Brasil, conhecido internacionalmente como Valerie and her Week of Wonders, Jaromil Jires, 1970) - Tempos atrás eu caí num site que continha dicas de filmes de países aos quais não se costuma dar muita atenção. Este aqui veio da antiga Checoslováquia (atuais República Checa e Eslováquia). Trata-se de uma surrealista que aborda o início da puberdade de uma menina. Às vezes, as metáforas e representações visuais carecem de sutileza, e o trecho final se estende além do ideal; o resultado, entretanto, é bastante positivo. Há personagens interessantes e a estória avança a contento, é um filme que mistura bem a "maluquice" do surrealismo com fluidez narrativa. Há um tanto de nudez (inclusive da atriz principal, que à época tinha 14 anos), fica o aviso.

 

 

Também gosto muito de Love Story. O filme começa bem leve, bem humorado, e não perde a sagacidade mesmo quando envereda mais pro romance ou drama. Acho que o diretor conseguir dosar bem, e o casal de protagonistas é extremamente carismático. É realmente uma pena que o filme não receba mais atenção, acredito que o gênero romance é bem estigmatizado atualmente, e isso acaba prejudicando alguns ótimos filmes, como é o caso aqui.

 

Boa surpresa ver alguém mais defender o filme. Quando comentei com minha mãe que tinha visto, ela já emendou "fraquinho, né". Ela teve exatamente essa visão de que é só um filme de romance. Ah, e reclamou do jeito "nariz empinado" da personagem principal, hahaha.

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Um Sonho Diferente (Dream a Little Dream, Dir.: Marc Rocco, 1989) 0/4

 

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Terceiro filme com a dupla de Coreys (Fieldman e Haim), que fizeram sucesso nos Anos 80. No primeiro (Garotos Perdidos) ambos eram coadjuvantes, no segundo (Sem Licença Para Dirigir), o Haim era o ator principal e nesse terceiro, o Fieldman encara o personagem principal. Nessa, o Fieldman se deu mal, já que esse é disparado o pior dos três. O único realmente ruim (os outros dois são bem bons, aliás). Mais um filme de troca de corpo que virou um tema batido nos fim dos anos 80, devido a enorme quantidade de filmes que saíram sobre isso (Quero Ser Grande, Tal Pai Tal Filho, Vice Versa, De Volta aos 18). Esse até que chegou tarde (deve ter sido um dos últimos, já que estamos em 1989 aqui), e não acrescentou nada (também seria muito esperar que ele fizesse isso). É sobre um casal idoso que depois de um experimento acaba entrando no corpo de um casal de jovens. O que seria uma coisa simples, o roteiro acaba confundindo tudo quando o senhor lembra quem é quando entra no corpo do jovem, mas a mulher não, já que a garota continua lá (ou seja, duas num corpo só). Nem estou falando que o roteiro faça 100% de sentido, mas fica difícil embarcar na fantasia aqui, por essa confusão toda que o roteiro faz. E se fosse só isso, até dava pra levar, mas tem muita coisa ruim junto por aqui: O filme é longo demais (quase 2 horas - pra uma comédia adolescente isso é muito) e o filme é esticado assim porque abusa de cenas de videoclip, com vários momentos que pára para ficar simplesmente tocando músicas da moda; Corey Feldman não é um ator muito bom pra interpretar um velho, em nenhum momento temos a sensação que ele tá com um velho dentro do corpo; E pra piorar ainda, o visual dele tá MUITO RUIM  aqui, ele tá um clone vagabundo do Michael Jackson (inclusive quando dança), arde demais olhar pra ele; desperdiça um elenco velho muito bom (Jason Robards, Harry Dean Stanton). Enfim. Filme ficou desconhecido por aqui (nem lembro dele na época) e não sem razão.

 

A Morte Convida pra Dançar (Prom Night, Dir.: Nelson McCormick, 2008) 1/4

 

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Nem dá pra exigir muito, já que o original (pelo pouco que me lembro dele - vi faz um tempão na TNT todo dilacerado) não era grande coisa. Aliás, me lembro melhor das duas primeiras continuações (Baile de Formatura 2 e 3) que não seguem a história do original e investem num fantasma clone da Carrie, Mary Lou Malone, que voltava pro colégio pra vingar sua morte no Baile de Formatura. Ate acho que esse remake deveria ter ido em cima das continuações e não do original, até porque nem é um "remake" mesmo já que muda muito a história. Poderia muito bem se chamar "Prom Night 5", já que nenhuma continuação se baseia no original mesmo e esse remake também não.

 

O original é um filme que veio junto da onda do sucesso Halloween. Aliás, traz a mesma Jamie Lee Curtis do filme do Carpenter. A diferença é que trabalhava num assassino misterioso, que só seria descoberto no final do filme. Esse remake, passa por cima disso e desde o início a gente já sabe quem é o assassino, coisa que não curti muito, até porque o assassino é sem graça. Um ex-professor que fica obsecado por umas de suas ex-alunas (e a guria nem é tão bonita assim...), e passa a perseguí-la e matar quem chega perto dela. Pra um slasher, o filme é muito "clean" em tudo até nas mortes (vi no Mega Pix e nem sei se o canal cortou as cenas mais pesadas, mas creio que não, o filme deve ser assim mesmo), para um suspense, também é meio brouxa, já que a trama não envolve muito, personagens fracos, e não consegue criar muito mistério, com todas situações batidas já conhecidas. Daria um zero, mas vai uma nota 1, já que apesar de tudo deve ser melhor que o original (pelo pouco que me lembro dele, mas é bem inferior as partes 2 e 3 com a Mary Lou Malone).

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Grave Encounters

Prefiro chamar este filhote bastardo da “Bruxa de Blair” pelo seu nome original ao estúpido q lhe foi dado aqui, “Fenômenos Paranormais” ,na tentativa de pegar o vácuo de “Atividade Paranormal”. E olha até q ele dá pro gasto se não for esperar demais, dadas as limitações desse sub-gênero de falso documentário. Aqui acompanhamos uma equipe de caça-fantasmas charlatões do reality show (q empresta seu nome á pelicula) qdo decide passar a noite num antigo manicômio abandonado e assombrado pra, infelizmente, se deparar com fantasmas verdadeiros. E tome correria e gritaria! Clichezado? Sim, porém eficaz ao criar uma mitologia decente,ou seja, um “arroz com feijão” bem feito. Atores desconhecidos porém convincentes, efeitos simples, sustos legais mas com desfecho borocochô. Atente pra aterrorizante cena do cabelo. 8/10

 

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Caça-niquel dispensável q repete o enredo do original sob motivações estapafúrdias e elenco diferente. O único diferencial é o tom metalingüístico dado á trama, q faz do original apenas mais um filme, tal qual “Centopeia Humana 2”. É um filme dentro do filme. Ali conhecemos dos bastidores até os diretores, os Vicious Brothers, num momento de piada interna. Mas o filme se vende como terror e não comédia, e por estar longe de ser original esta bagagem não basta pra sustentá-lo por hora e meia. Arrastado, repleto de furos e atuações canhestras, há até cenas xerocadas de “Evil Dead 2”. Ate os fantasmas com bocarra, marca registrada da franquia, não assustam mais. Sem idéias, espremidas ate o sabugo, esta continuação não tinha razoes de existir. 4/10

 

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Wrong

Pra quem achou “Holy Motors” delirante prepare-se pra este indie francês q oscila entre o drama agoniante e a comedia surreal. O titulo já antecipa q algo ta errado e não se encaixa na realidade, qdo o fio condutor da “trama” se baseia na busca desesperada dum Zé Mané pelo seu cão perdido. Disto surgem situações e personagens igualmente desconexos, esquisitos e bizarros. Vai vendo alguns dos elementos lançados na tela: palmeira mutante, chuva dentro do escritório, realidade paralela, telepatia canina, relógio marcando 5:60, merda com memória, entregadora de pizza ninfomaníaca, etc.. A impressão é q estamos dentro dum sonho de tons pasteis e diálogos absurdos, mas a interpretação final cabe ao espectador dar o aval. Logicamente q esta é uma produção curiosamente original, cuja proposta em cada cena terá público bem seleto. Mas reconheco q fiquei instigado em conferir o filme anterior do diretor, “Rubber”, q fala sobre um pneu assassino (!?). 8/10

 
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A Caça
Fodástico drama dinamarquês q fala do poder devastador da mentira e de como transforma homens em monstros. A estória versa de como a vida dum cara (q trampa na creche duma pequena comunidade) desmorona qdo uma pirralha o acusa falsamente de tê-la molestado. Mas será q ele güenta o tranco p/ resgatar o q resta de sua dignidade? Mads Mikkelsen carrega o filme nas costas no papel principal, assim como a pequena Annika Wedderkopp, como a fdp q o dedura. Com ritmo compassado, fotografia fria e escura e quase ausência de trilha, acompanhamos a via-crucis deste infeliz como se estivéssemos diante um documentário, analisando a desconstrução dele como pessoa e de td seu circulo social. Destaque pra agoniante cena da igreja e pro amargo final, pq não deixa esperanças pra cruel natureza humana. 9,5/10

 

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Jack o Caçador de Gigantes (Jack The Gigant Slayer, Dir.: Brian Singer, 2013) 2/4

 

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Até que curti. Não consegue ser tão top como SDA, mas é uma boa aventura medieval. Dos filmes derivados de SDA, considero esse um dos melhores. Gosto da história do João e o pé de feijão e aqui foi bem explorado seus elementos. Mas faltou um certo "tchan" no filme.

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Ruby Sparks: A Namorada Perfeita (Ruby Sparks, Jonathan Dayton & Valerie Faris, 2012) - Uma premissa bem original que vira um filme arrebatador. A primeira parte, em que os personagens são introduzidos e a estranheza da nova situação se expõe, é muito interessante. Mas é a partir do momento em que o relacionamento dos dois protagonistas se estabelece que o filme se transforma em um monumental estudo tanto do personagem do Paul Dano, quanto de relacionamentos em geral. A instabilidade de um, refletida no outro; a ferocidade com que a mudança é desejada e combatida; a tristeza inevitável: tudo isso torna Ruby Sparks um filme com identidade própria, vida própria. O criador, por sua força, cria algo maior do que si mesmo. É meta. E é lindo.

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 O Mestre - 4,5/5,0

 

 Tipo de filme "em camadas" e que, por conta disso, renderia um texto longo, abordando as nuances da história e dos detalhes (personagens secundários, situações, metáforas...) que transitam ao entorno do cerne do filme (cujo título me soa quase como uma ironia fina e intrigante): Freddie Quell.

 

 Resumindo: desconfortável, estranho e fodástico nas interpretações - verdadeiro tour de force de Phoenix, Hoffman e Adams.

 

 Aliás, aqui, confirmei minha admiração pelo ator Joaquim Phoenix...Assombroso. Medonho. Insano. Entregue. Phoda.

 

 Filme difícil, mas imprescindível.

 

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