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Tensor
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Conferi o russo Leviathan.

Leviathan_Poster.jpg

 

Muito recomendado. Inteligente, muito bem atuado, lindamente filmado. Um olhar pessimista e literal na história de Kolya e sua família. Toca de leve em subtexto político, sem nunca perder o foco nos personagens desenvolvidos lentamente e com grandes quantidades de vodka. Assim como a besta mitológica homônima, Leviathan suporta diversas interpretações complicadas em uma história estranhamente simples.

 

Fotografia e áudio top de linha, muito bem transferidas ao blu-ray num disco que não deixa nada a desejar em termos de qualidade. Leviathan é colossal na técnica tanto quanto pelo drama de sua história. Adorei o nível de detalhes e a paleta de cores e certamente vou guardar esse como "disco de demonstração".

 

Meu único negativo seria a duração. São mais de 2h de um filme constante, sem alívio cômico ou ápice dramático, acabei sentindo que filme ficou longo demais.

 

Menção honrosa: Elena Lyadova. A mulher roubou a cena, além da beleza, mostra talento digno de uma carreira multi milionária em Hollywood.

 

Elena_Lyadova_a_p.jpg

 

Bound dos irmãos Wachowski.

bound_ver6_xlg.jpg[/center]

 

Eu tento evitar os clichês de linguagem, mas Bound é um suspense eletrizante no melhor sentido da palavra e muito recomendado. Confesso que não esperava grande coisa e fui surpreendido com um filme interessante em diversos níveis. Dirigido com sutileza que equilibra protagonistas sensuais dentro de um enredo cativante.

 

Atuações muito boas de todo elenco, diálogo maduro de personagens humanizados, exposição natural, sem complicação ou enrolação. O filme é um estudo de duas personagens fundido no ambiente de "filme de roubo" do segundo ato. Gostei da trilha sonora e do trabalho de câmeras e edição, em especial as transições de cenas.

 

Meus negativos, se for obrigado a arrumar alguns, seria a rara e ocasional "conveniência cinematográfica", mas longe de ser algo que tire da experiencia. Outro detalhe é a paleta de cores "batida" e cinzenta durante todo filme.

 

Interessante trabalho dos Wachowski, que repetiram bastante dos maneirismos em Matrix. A identidade é vísivel, seja num blockbuster que levou Oscar por efeitos especiais ou num filme de baixo orçamento. Só posso esperar que depois que Jupiter Ascending bombar, os irmãos tentem algo mais pessoal e focado em história, ao invés de tentar construir mundo energético com CGI (que também é ótimo, mas nisso já falharam mais vezes que acertaram)

 

Menção honrosa: Essas duas cinquentonas, eternizadas em forma jovial neste filme que celebra sensualidade sem sexismo.honrosa.jpg

 

Tusk, a mais recente aventura criativa de Kevin Smith, um diretor e escritor que aprecio bastante, tanto por seus filmes (nem todos) quanto por seus podcasts.

Kevin_Smith_Reveals_Tusk_Poster.jpg

 

Não vou dizer que é recomendável, muito menos direi que é ruim. Tusk consegue ser uma incógnita estranhamente perturbadora, assustadora, engraçada... As vezes tudo ao mesmo tempo. É daqueles que cada um tem que ver e tirar as próprias conclusões, pois pode ser estúpido e banal, perturbador e engraçado, ou alguma outra descrição que não me ocorreu. É simplesmente estranho. Um heterogêneo que esforça em horror provocante, comédia e drama, mas que nunca atinge o ápice em nenhum desses gêneros. Descrito pelo próprio Kevin Smith como "herpes para o cérebro", certamente causa uma memória nos que assistem.

 

Tusk cumpre a própria missão: Embrulhar o estomago com bom alívio cômico, contudo a mistura nem sempre funciona, o roteiro é esticado e maioria dos personagens é superficial.

 

As atuações são boas e diálogos interessantes. Personagem de Michael Parks certamente tinha mais histórias bizarras pra contar.

 

Pra balancear meus recentes indies, aí vai Teenage Mutant Ninja Turtles.

Teenage_Mutant_Ninja_Turtles_Poster_01_6

 

Vou dar uma recomendação fraca por que me divertiu, estava esperando um coliforme fecal, acabei vendo potencial não-realizado. É o típico blockbuster no pior sentido da palavra. TMNT tem más atuações, uma dúzia de clichês e um excesso de CGI, mas entrega na ação e não perde tempo com enrolação nos sub-arcos de humanos idiotas. Está milhas a frente de Transformers.

 

Os efeitos são bons, porém super-utilizados, a captura de movimento é sólida, mas nunca no nível Andy Serkis de qualidade. Megan Fox não me perturbou como sempre faz, ouso dizer que ela estava atuando. Ação é interessante e bem filmada, mas puramente CGI.

 

Os positivos param na ação e nos efeitos, o resto não presta. O vilão poderia ter sido muito mais que um simples desafio físico, parecia interessante até colocar armadura.

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The Equalizer

The_Equalizer_Poster_2.jpg

 

Recomendo. Denzel Washington, de volta com o diretor de Training Day, muito bem atuado e não tenta se perder em ficção, suspense ou comédia. Um filme de ação honesto, que entende a própria função, entrega muito bem na ação e um protagonista interessante, mas que não faz jus aos antagonistas clichês.

 

O filme segue Robert McCall, um cara "na dele" mas gente boa, gosta de livros e ajudar seus colegas de trabalho. McCall tem uma sutileza, vindo da atuação de Denzel e do roteiro, uma natureza detalhista e metódica. No primeiro momento agente já entende que tem algo "de errado" com esse cara.

 

Denzel não precisa comentar, é o cara, tanto em drama como em ação. Aparecendo aqui e acolá tem Chloe Grace Moretz, muito bem no personagem, menina tem talento, mas está no filme para ser o motivacional, a "donzela em perigo". É bom ver que protagonista é uma figura amiga para personagem de Moretz, quase paternal, ao invés do interesse romântico.

 

Também gostei do visual. A paleta subsaturada e cenas escuras bem usadas, não feitas pra "esconder" mas com estilo. Não é um elogio que eu geralmente dou pra esse tipo de filme.

 

Contudo, os antagonistas, clássica "mafia poderosa", passa imagem clichê e estúpida que já vimos antes. Gangue russa de sotaque forçado, AK 47 e vodka. Na zdoróvie!!

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01) Huckabees - A Vida é uma Comédia

02) Três Reis

03) O Vencedor

04) Trapaça

05) Procurando Encrenca

 

Tá faltando ver O Lado bom da Vida e A Mão do Desejo.

 

Meu favorito do O. Russel é O Lado Bom da Vida, contudo ainda tenho que ver Huckabees (que to procurando faz tempo).

 

Trapaça também gostei bastante, especialmente produção, figurinos, sons e as atuações, mas achei que filme perdeu muita coesão na história entrando no terceiro ator... 

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Caramba, por que demorei tanto pra ver Still Alice?

STILL_ALICE_onesheet.jpg

 

Muito recomendado. Alice é uma professora acadêmica inteligente que sofre de uma forma precoce e acelerada de alzheimer. Histórias de doentes não são incomuns em Hollywood, mas Still Alice tem uma pegada pouquinho diferente, é sútil e tem até uma certa "leveza" indigna do tema. Não tem nada de "dramalhão".

 

Suficiente já foi dito de Julianne Moore, merecida premiação no Oscar, e a ruiva vem acompanhada de ótimo elenco de co-líderes a altura, incluindo a Kristen Stewart que já melhorou bastante dos dias do Crepúsculo. Com 1h30m e ótimo passo, Still Alice termina num click, antes que você perceba tá acabando. Ótima direção, muito bonito de se olhar, com cores quentes e vívas. Tem até um ou dois alívios cômicos inesperados.

 

Achei trilha sonora bem inútil e não pronunciada, talvez intencionalmente pra dar sutileza no drama, mas não gostei, senti falta de uma trilha melhor. Alguns dos personagens menores, que talvez poderiam ter tido melhores atores, ficam meio soltos e sem conclusão. Kate Bosworth ainda tem que me impressionar.

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Electric Boogaloo

Delicioso documentário que disseca de forma nostálgica e saudosa a breve história da Cannon Films, que dominou geral o mercado de video na década de 80 com produções B lucrativas (tipo "American Ninja", "Desejo de Matar", "Cobra", "Delta Force", etc) e alavancou a carreira do Dolph Ludgren, Van Damme, Michael Dudickoff, e deu sobrevida ao gde Charles Bronson, entre outros. Divertida e bem dinâmica, a fita se favorece dos deliciosos causos de seus fundadores e de gente que passou por lá, até do Lou "Hulk" Ferrigno. Contudo, o trem peca justamente por se limitar a ser bem superficial em alguns aspectos, não ter depoimentos recentes do Golan & Globus, inclusive do seu maior ícone, o grande Chuck Norris. Ainda assim, é obrigatório pra quem viveu a década de 80 assistindo essas tranqueiras. 9/10

 

electric-bogaloo.jpg

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Ví o campeão de bilheteria dos indicados ao Oscar: American Sniper.

American_Sniper_Official_Poster_Banner_P

 

Vou recomendar. De cara deu pra entender o por quê da divisão de opiniões. O filme tem um certo apelo emocional profundo, mas específico, combinado com o protagonista humanizado e bem atuado. Por outro lado, nem todo mundo vai enxergar Chris Kyle da mesma forma, ainda mais saindo do segundo ato e entrando no terceiro, que parecem parte de outro filme menos interessante. No geral é um bom drama de guerra que envolve transtorno do estresse pós-traumático, ação bem filmada e executada, mas sem uma a narrativa boa o suficiente pra segurar as mais de 2h.

 

Apreciei bastante os valores de produção, apesar da ocasional CGI horrível e do bebê de borracha, as cenas no oriente médio são muito bem feitas. Sienna Miller está numa ótima fase, com Foxcatcher e American Sniper, e está fantástica especialmente aqui, onde faz um sotaque texano bem convincente. Direção do Clint é interessante, filme certamente tem sua identidade, sem ser invasivo ou gritante. Bradley Cooper é um grande ator, bastante diversificado, boa parte do que carrega o filme e ao contrário de muitos, achei merecida indicação ao homem dourado.

 

Sniper contudo é um tanto longo, repete os próprios momentos, e se divide demais, tentando cobrir vários aspectos da vida de Chris Kyle, mas acaba ficando sem foco. Me pergunto se o filme não seria melhor se tivessem tentado a mesma aproximação de Lincoln, onde pegam menor período de tempo e conta uma história menos abrangente. Clint deu passo maior que as pernas fezendo um filme de guerra, com pitadas de faroeste de vingança, misturado com drama de Kyle...

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Projeto Almanaque

Era o que faltava no sub gênero "found footage"... viagem no tempo em primeira pessoa! E é aqui nesta produção marromenos que a gente tem essa experiencia, misto de "De Volta pro Futuro" com "Poder sem Limites". Grupo de amigos inventa uma máquina do tempo e resolve curtir os beneficios que o aparelho traz: ficam ricos, paqueram garotas, vão a shows, vingam-se de desafetos, etc.. Mas logo percebem que cada viagem alterou profundamente seu presente, trazendo trágicas consequências. A idéia é até interessante e empolga até a construção da máquina, mas depois os acontecimentos se sucedem até ingênuos demais ("Big Bang Theory"?), falta alguma coisa pra dar uma liga. Mas no desfecho parece ganhar fôlego mas ai é tarde demais. Bem feitinho em sua simplicidade, com atuações corretas, eis uma diversão passageira e só mas nada excepcional. O legal mesmo são as referências a várias outras produções sobre o tema, tipo "Looper", "Timecop" e até "Bill & Ted" .7,5/10

 

Project-Almanac-poster.jpg

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Ex Machina - 4,0/5,0

 

Trama de ficção ancorada num suspense quase minimalista e 100% baseado numa premissa relativamente básica mas de desdobramentos e nuances complexas: gênio tecnológico (Oscar Isaac-Nathan) desenvolve um ser sintético (a delicinha Alicia Vikander-AVA) e, através de um concurso em sua própria empresa, seleciona um jovem empregado (Domhanll Gleeson-Caleb) para aplicar uma espécie de Teste de Turing "bombado" na entidade cibernética durante uma semana para comprovar o sucesso (ou não) de sua inteligência artificial.

 

O problema é que, dada à importância do invento e seus desdobramentos, tudo se passa numa casa-laboratório situada num local sigiloso, isolado de tudo e de todos, tipo um bunker, repleto de protocolos de vigilância e tendo, à princípio, apenas esses dois enquanto habitantes humanos mais uma serviçal japonesa muda chamada Kyoko. 

 

Quando os testes começam o fascínio de Caleb por AVA (e, dessa pelo rapaz) conduz a situação e o próprio teste à caminhos estranhos e perigosos, inflados pela personalidade ambígua e fria de Nathan até um ponto em que "o caldo entorna"...

 

O diretor tinha matéria para um terror bacana ou mesmo ter pesado a mão em teorias e elocubrações metafísicas e éticas mil, fazendo o filme ficar chato e ininteligível mas, ao invés, preferiu não ir muito fundo, apenas pincelando reflexões e abstrações acerca de algumas questões básicas (bem abordadas pelo roteiro inteligente e pelas falas críveis) que inevitavelmente emergem frente à possibilidade da criação de uma A.I e, assim, acerta o tom.

 

Com um final melancólico, triste, redentor e assustador (e como!) ao mesmo tempo, é o filme que "A.I" do Spielberg/Kubrick (?) deveria ser e falhou miseravelmente.

 

Recomendadíssimo!!!

 

PS: só não leva nota maior porque tem umas falhas "lógicas" em relação à composição do cenário onde rola a trama. Considerando a importância do projeto e as implicações de que alguma informação vazasse OU mesmo que AVA fugisse de lá, soa idiota e ridículas algumas falhas nos protocolos de segurança adotados. Mas, tá valendo...

 

 

 

  159657031_22d2f1.jpg

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"Ex machina" = "Her" robótico...eu achei só mais ou menos, muito blábláblá existencial pro meu gosto... prefiro o indie "The Machine" , que é o mesmo q "Ex-machina" , só que mais hardcore.... alias, era o que "Terminator 3" quis ser e não foi

 

 

Machine-Poster.jpg

 

Uai?! Então fui coerente sem querer...rsrs (adorei "Her" - obviamente por motivos 100% diferentes da maioria que viu e gostou, mas...Enfim.)

 

nem achei tanto blá-blá-blá assim, Soto. Muito pelo contrário. O filme é enxuto e ñ chega nem perto das discussões que poderia suscitar enquanto tema. O que foi abordado achei bacana e suficiente pra fazer pensar, refletir e divertir.

 

Vou conferir esse aí e depois falo o que achei.  

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Projeto Almanaque

Era o que faltava no sub gênero "found footage"... viagem no tempo em primeira pessoa! E é aqui nesta produção marromenos que a gente tem essa experiencia, misto de "De Volta pro Futuro" com "Poder sem Limites". Grupo de amigos inventa uma máquina do tempo e resolve curtir os beneficios que o aparelho traz: ficam ricos, paqueram garotas, vão a shows, vingam-se de desafetos, etc.. Mas logo percebem que cada viagem alterou profundamente seu presente, trazendo trágicas consequências. A idéia é até interessante e empolga até a construção da máquina, mas depois os acontecimentos se sucedem até ingênuos demais ("Big Bang Theory"?), falta alguma coisa pra dar uma liga. Mas no desfecho parece ganhar fôlego mas ai é tarde demais. Bem feitinho em sua simplicidade, com atuações corretas, eis uma diversão passageira e só mas nada excepcional. O legal mesmo são as referências a várias outras produções sobre o tema, tipo "Looper", "Timecop" e até "Bill & Ted" .7,5/10

 

Project-Almanac-poster.jpg

 

 

Poxa... Sério?! Tava animado pra conferir esse e você me dá esse banho de água gelada? :mellow:

 

De qualquer maneira, valeu demais sua outra dica de filme sobre "viagem no tempo" ("Time Lapse"). Filme beeeeeem bacana. Criativo, bem feito e, principalmente, coerente, não forçando situações para fechar a história.   

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Projeto Almanac tb tava na fissura de assistir, mas nao passa de produto feito pro publico adolescente mesmo...tem uma ou outra coisa q presta, mas no geral é dispensável....kkkk.... por issso q ultimamento to vendo mais terror, onde a galera ta postando mais dicas bacanas, no topico "19 Dias de Horror" ou algo do genero q nem lembro

http://forum.cinemaemcena.com.br/index.php?/topic/1061-19-dias-de-horror/page-86#entry1354640

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Eu acabei de ver Ex Machina e dispenso a resenha mais aprofundada. Tive múltiplos orgasmos durante o filme, gozei sem assistencia... Minhas expectativas estavam altas e foram superadas, achei Ex Machina o melhor sci fi desde Matrix e ouso dizer que esse é o Blade Runner dessa geração.

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Eu acabei de ver Ex Machina e dispenso a resenha mais aprofundada. Tive múltiplos orgasmos durante o filme, gozei sem assistencia... Minhas expectativas estavam altas e foram superadas, achei Ex Machina o melhor sci fi desde Matrix e ouso dizer que esse é o Blade Runner dessa geração.

 

 Então...Não achei toda essa maravilha, não, mas que é um filme beeeeem bacana e acima da média de muita porcaria sci-fi por aí; isso é. 

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Eu acabei de ver Ex Machina e dispenso a resenha mais aprofundada. Tive múltiplos orgasmos durante o filme, gozei sem assistencia... Minhas expectativas estavam altas e foram superadas, achei Ex Machina o melhor sci fi desde Matrix e ouso dizer que esse é o Blade Runner dessa geração.

 

 Então...Não achei toda essa maravilha, não, mas que é um filme beeeeem bacana e acima da média de muita porcaria sci-fi por aí; isso é. 

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 Então...Não achei toda essa maravilha, não, mas que é um filme beeeeem bacana e acima da média de muita porcaria sci-fi por aí; isso é. 

 

Eu ainda to bobiado com o tratamento dos temas do filme... Sem falar dos aspectos técnicos e atuação da Vikander.

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Madrugada acessa, conferi o mais recente do Matthew Vaughn.

 

Kingsman - The Secret Service

Kingsman_Poster.jpg

 

Recomendado, muito recomendado. Kingsman é um verdadeiro drink de filme de espião, com a própria mitologia batida não mexida e fatia de Austin Powers. O resultado é uma bebida de ação exagerada, muito bem filmada e com pitada de humor. The Secret Service também é violento e com grande pilha de corpos, as vezes literalmente. Kingsman ainda consegue ter certas viradas que funcionam e surpreendem.

 

Colin Firth tá legal, o velhote tá com mais de 50 anos, Oscar merecido na prateleira, e quebrando o pau aqui. A novata, Sofia Boutella, fez maioria das próprias cenas de ação complicadas, quero saber o que ela vai aprontar no futuro e mesmo vale pro rapaz protagonista que nunca ví antes. Sam Jackson também entregou um vilão funcional, não é exatamente multi-facetado, mas cheio de personalidade, parodiando os vilões exagerados e cartunescos de James Bond.

 

Vaughn, Matthew Vaughn é ótimo diretor, sabe fazer ação com estilo, rápida, elaborada e complicada, mas fácil de seguir e sem deixar perdido. Violência bonita, caos ordenado. Kingsman aproxima o cartunesco, combinado com a violência e sangue, pode acertar algumas pessoas da forma desconfortável. Pessoalmente adorei.

 

Negativos? A produção do filme é massa e estilosa, mas a CGI é descarada e barata. Ocasional "conveniência cinematográfica". Também é um tanto esticado, o final não acaba...

 

Menção honrosa? A princesa sueca. Bem, parte dela.

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Resolvi escrever algo depois de ver múltiplas vezes: Ex Machina. Adianto que gostei absurdamente deste filme que ao meu ver é o Blade Runner da era digital e não posso recomendar o suficiente. Basicamente, isso aqui é menos "critica" e mais "babação de ovo" pois adorei esse filme até não poder mais.

 

EM_Poster.jpg

 

Inciar pelos aspectos técnicos. Cada frame é mais bonito que o anterior com uso esperto de cinematografia digital "super-limpa" que adiciona na atmosfera do filme. A trilha sonora é econômica e eficaz, são tons eletrônicos e batidas usadas durante o filme pra manipular tensão. O personagem do poster, Ava, é misto de efeitos práticos e digitais, realista e imaginativo, com resultado de cair o queixo.

 

O roteiro usa sua premissa simples e explora temas complicados. Ava, a inteligencia artificial, é a encarnação do debate compatibilista, ela é livre, simula ser livre, determinista incompatibilista, determinista livre ou algo além? Como se não bastasse, Ava é particularmente assombrada com a auto-consciência e conhecimento das questões que representa... Problemas filosóficos estagnados, mas que recentemente ressurgiram na luz da neurologia e biologia. O filme expõem esses debates com maestria.

 

Esse personagem, Ava, só funciona com a atuação correta, e não tenho elogios suficientes pra atuação da Alicia Vikander. Já comecei a levantar a bandeirinha pro prêmio dourado... A moça acerta o meio termo perfeito entre máquina e humano. Ava é naturalmente robótica, racionalmente emocional, assustadoramente atraente e outros oximoros dessa forma. Plagiando linhas do filme "Não deliberado, não aleatório, algo no meio"

 

Oscar Isaac também arrasou. Seu personagem tem vários traços diferentes e muita personalidade. Um gênio associal com tendencia megalomaníaca e desdem suficiente, pela humanidade e por suas criações, para distanciar-se de ambos, mas nunca distanciar-se da garrafa. Um tipão bilionário-gênio-excêntrico só que mais cool.

 

Meus únicos problemas com filme, que notei na segunda ou terceira vez que assisti, parece que todas as cenas usam grande-ocular, distorcendo as bordas. Bobagem de quem tentou reparar em tudo. A atuação do Domhnall Gleeson é faz o serviço, mas não se destaca. Destacar-se depois de Vikander e Isaac também é esperar demais.

 

Alex Garland trabalha como escritor a certo tempo, mas este é seu primeiro filme como diretor. E por favor, alguém da 100 Milhoes de doláres pra esse cara fazer o filme do Deus Ex Human Revolution?? Se pessoal da Eidos por esperto já estão com ele na discagem rápida.

 

Agora vou ver Uma Cilada para Roger Rabbit para desarmar a cabeça.

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  • 2 weeks later...
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Clouds of Sils Maria

 

clouds_of_sils_maria.jpg

 

Tem boas performances, da Binoche e das novatas Moretz e Stewart. Clouds of Sils Maria toca em temas de idade na dramaturgia, celebridades, paparazzis e relacionados na forma da atriz Maria Enders, que contempla sua transformação de uma jovem atriz "quente" pra uma "velha" veterana quando é ofertada um papel no teatro de uma mulher decadente e de certa idade.

 

Não gostei. Maioria dos temas tocadas ficam só na superfície, sem relevância e sem importância. Gostei das atuações e do arco da Maria Enders (Binoche), mas dava pra ter feito isso em 1h, sem necessidade de esticar a trama em duas longas horas monótonas.

 

Uma pena, pois o filme toca num tema bem interessante.

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Tá aí um bem fraco:Unfaithful

Unfaithful_movie_poster_unfaithful_24541

 
Tem um romance forçado e atuação do Richard Gere ainda mais forçada. Diane Lane está maravilhosa por completo, atuação e o no corpo, e acaba sendo única coisa que salva nas duas longas horas de um filme medíocre em diversos níveis.

Diane Lane realmente é um bom vinho, envelhece mas continua uma delícia.
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  • 2 weeks later...
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Minha Mãe é uma Viagem (The Guilty Trip, Dir.: Anne Fletcher, 2012) 1/4

 

The_Guilt_Trip_Poster.jpg

 

Não é um filme necessariamente ruim, mas um filme nulo. Uma comédia que não tem graça. É um road movie convencional onde tem um personagem incômodo e outro que tenta suportá-lo (Como "Antes só que mal acompanhado" e "Um Parto de Viagem"), no caso, o filho que tem que suportar a mãe numa viagem, mas infelizmente o filme não introduz e nem trabalha bem nenhum dos personagem (acha que todo adulto no mundo tem essa imagem das mães como alguém incômodo, aí já nem introduz direito a situação) e então no fim o personagem que era pra ser incômodo acaba sendo o personagem melhorzinho e o outro acaba sendo só um emburrado mesmo.

 

2019 - O Ano da Extinção (Daybreakers, Dir.: Michael Spierig e Peter Spierig, 2009) 0/4

 

 

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Como convenceram Ethan Hawke, William Dafoe e Sam Neil a estrelarem essa boshta? E convencer um deles a entrar no filme, até vai, mas os três? P.Q.P. Parabéns, aos envolvidos (o Sam Neil depois desse aqui e o filme da Fifa tem que urgentemente trocar de agente). O filme tenta dar ao tema "sociedade de vampiros" certa relevância, mas acaba sendo tão raso quanto a "saga" Crepúsculo. É por aí mesmo o lance: uma versão adulta de Crepúsculo, ou seja, sem romance mela cueca, mas com mais ação e sangue, mas igualmente raso. Acho que até a atuação dos 3 principais é a única coisa relevante no filme. Eles realmente se entregaram ao projeto. Pena que esse projeto era um poço sem fundo.

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  • 3 weeks later...
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MINIONS

 

 

Assim como os Pinguins de Madagascar. Os Minions não conseguem protagonizar o filme. Eles funcionam bem em esquetes. Por isso a primeira parte, quando é contada a origem deles, do filme é bem mais divertida. Ainda sim será um bom sessão da tarde e as crianças vão gostar.

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MINIONS

 

Assim como os Pinguins de Madagascar. Os Minions não conseguem protagonizar o filme. Eles funcionam bem em esquetes. Por isso a primeira parte, quando é contada a origem deles, do filme é bem mais divertida. Ainda sim será um bom sessão da tarde e as crianças vão gostar.

 

Suspeitas confirmadas... Como já imaginava, minha filha ADOROU "Minions" (não curtiu "Divertida Mente"...). Sem ter visto esse último entendi rapidinho o porquê: o filme da Pixar NÃO É um filme para crianças pelo visto. Pelo menos, não para crianças de até uns 10 anos de idade (minha filha tem 6). Já Minions é uma enxurrada de gags protagonizadas pelas "gracinhas amarelas" que querem servir os malvados da vez, mas só conseguem ser desastrados e bonzinhos.

 

Me diverti com o filme? Marromeno. Ele é bem feitinho (tecnicamente), tem cenas engraçadas, é curtinho e inócuo, mas... Na boa? Tinham que pegar o "roteirista" (cof, cof, cof...) desse projeto e executá-lo em praça pública. Fiquei impressionado com a cara de pau do sujeito e de quem comprou a "ideia". Pelo visto o negócio deve ter rolado tipo assim:

 

Roteirista: "Então... Tá aí o roteiro." - entregando ao diretor 10 folhas grampeadas...

Diretor - depois de passar os olhos rapidamente pelo troço... "Você é louco ou o quê??! Isso aqui? Isso é um lixo!! Não serve nem pra limpar a bunda e..."

Produtor - sem sequer olhar pro roteiro... "Relaxe. Esquece. Faça o filme. Não interessa o roteiro. Já estamos ganhando rios de dinheiro vendendo bonequinhos, figurinhas, copos, mochilas, cadernos, joguinhos e todo tipo de buginganga pras crianças sendo os Minions coadjuvantes. Assim que fizermos deles protagonistas, um filme deles, vamos vender muito mais!! As crianças só querem saber que eles são bunitinhos, fofos e engraçados. Pode fazer o filme com isso aí mesmo.

 

Voilá!!

 

OBS 1: na sala tinha mais ADULTOS que crianças!!!!!  :huh:

OBS 2: 3D ridículo.

 

minions-image.jpg

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