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Forum Cinema em Cena

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Nos primeiros 40 minutos, é comédia de exagero, italianadas do sul da Bota. A hora final é a força do ser humano, seus truques para viver, sua força para se levantar da miséria do pós-guerra - uma grande "banana" às convenções morais e sexuais. Indicado a dois Oscars em anos diferentes: Filme Estrangeiro em 1966; e Atriz, em 1965, pela divina atuação da Sophia Loren, em sua segunda e última indicação.

Outro grande acerto é a montagem, pois o público acompanha 20 anos da relação, em boa parte do tempo, de forma fragmentada. Mas tudo flui.

Quem leu a extraordinária série de Literatura de Elena Ferrante ( A Amiga Genial, História do Novo Sobrenome, História de Quem Foge e de quem Fica, História da Menina Perdida) irá se encantar com a Nápoles dos anos 1940, e identificar vários elementos bem próximos dos livros com o filme.

Vittorio de Sica, dono da alma italiana.

Sophia Loren and Marcello Mastroianni in Matrimonio all'italiana (1964)

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 Visto EM FAMÍLIA

 

 Resultado de imagem para em família 1971

 

 Competente drama setentista brasileiro comandado por Paulo Porto (que também atua). O ponto de partida já foi visto em alguns filmes, onde um casal de velhinhos (vividos por Rodolfo Arena e Iracema de Alencar) incapazes de continuar pagando o aluguel da casa onde viveram a vida toda, recorrem a ajuda dos cinco filhos para que os ajudem a financiar uma nova casa, ou que os receba. Claro que todos alegam serem incapazes de ajudar no tal financiamento, e resolvem separar o casal.  Dona Lu indo morar no Rio de Janeiro com o filho (Paul Porto) casado e pai de uma adolescente, enquanto o velho Seu Souza vai morar com a filha Corinha (Anecy Rocha), casada e com um bebê de colo.

 Como dito antes, a trama do grande numero de filhos que entra em um jogo de empurra com os pais idosos, absortos demais com seus próprios problemas já não era nova na década de 70, mas Porto conduz o seu filme com grande sensibilidade. O casal de idosos é o destaque, mas a participação de atrizes como Fernanda Montenegro e Odete Lara também é digna de nota.

 

Não é uma pérola esquecida, mas vale a conferida.

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Nas dores do parto do Cinema Noir, encontra-se esse "O Falcão Maltês/ Relíquia Macabra" de John Huston - sua estreia na direção. Penso eu que é mais correto falar em estilo Noir e não gênero, mas, em todo caso, todas as características estão aqui: tom policialesco, iluminação por zonas e sombras, preto-e-branco em alto contraste, mulheres-fatais...  Revendo-o ontem à noite, fiquei pensando quão incrivel foi para a época  um roteiro (indicado ao Oscar - naquela bizarra fase de três categorias para tal) tão carregado de palavras, tão veloz, tão cheio de reviravoltas, formado completamente por personagens eticamente duvidosos - feitos de chumbo - "the stuff that dreams are made of."

Humphrey Bogart, Peter Lorre, Mary Astor, and Gladys George in The Maltese Falcon (1941)

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Até que enfim a Netflix resolveu presentear as pessoas com bombons mais finos!  Adorei esse noir do Orson Welles, também um de seus filmes mais populares. O preto-e-branco e o uso das sombras são igualmente lindos. Indicado ao Oscar de Roteiro em 1947.

Não só aborda o nazismo como faz questão de mostrar imagens reais de campos de concentração. Aumenta a densidade.

Orson Welles and Loretta Young in The Stranger (1946)

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Dunkirk: Tinha receio que uma das melhores experiências sensoriais que tive em sala de cinema não fosse sobreviver na telinha. Ainda bem que minha suspeita não se confirmou. Continua sendo um grande filme, gosto demais da montagem fragmentada indo e voltando e da trilha sonora nervosa causando tensão e desespero. Saber ainda que muito daquilo aconteceu melhora em muito a imersão. Assistido no Now - HBO. Cotação = Ótimo. 

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 "Mamma Mia!", de 2008, é das piores coisas que já vi na vida. Mas o diretor e roteirista Ol Parker, de "O Exótico Hotel Marigold", conseguiu fazer uma continuação decente/agradável. Muito, mas muito melhor do que o primeiro. Conseguiu dar sentido para a história; conseguiu enxertar as canções na trama; conseguiu atender os pedidos dos fãs; conseguiu fazer um ABBA filme: puerilidade, alegria, cafonice.

Todo o elenco está bem, principalmente Christine Baranski, Julie Walters, e Lily James. Em compensação, a participação da Cher é bem reduzida.

Meryl Streep... é a melhor atriz do mundo. Faz uma cena e bota todo mundo no bolso. 

 

Pierce Brosnan, Colin Firth, Cher, Andy Garcia, Meryl Streep, Stellan Skarsgård, Christine Baranski, Julie Walters, Dominic Cooper, Amanda Seyfried, Hugh Skinner, Jeremy Irvine, Alexa Davies, Lily James, Jessica Keenan Wynn, and Josh Dylan in Mamma Mia! Here We Go Again (2018)

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Outro Noir via Netflix. Por sinal, tido por muitos como o melhor. A sequência inicial é um escândalo de virtuose técnica do Welles, assim como há outros diversos planos belíssimos no filme. Contudo a história de "A Marca da Maldade", na real, é um pouco "truncada". É lindo, é incrível, é importante, mas...pessoalmente, não gosto tanto.

Chega a ser divertido pescar quantas participações especiais de atores importantes há nesse filme, algumas nem creditadas: de Mercedes McCambridge a Zsa Zsa Gabor a Marlene Dietrich.

1998 Rerelease poster, 1 sheet

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"2036 Origin Unkwow" é uma scy-fy indie até o sabugo da unha que chupinha "2001" até seu último frame. Não chega a ser ruim, mas a precariedade da produção faz com que só engrene nos 15min finais.  8,5-10

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"Higher Power" é uma scy-fy independente que parece spin-off de "Watchmen" com Dr Manhattan, ou uma variação B de "Poder sem Limites". Demora pra engrenar e o resultado ta bem caprichado pro mirrado orçamento, que redefine o conceito de produção indie. Mas ainda assim não foge do ar de telefilme.. 8-10 
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"Plac Zabaw" é um polonês porreta pra deixar estupefacto, ao final. Demora pra engrenar mas não tem como ficar indiferente a esta dura reflexão sobre a crueldade de crianças. Do naipe de "Irreversible", "Serbian Film", "Funny Games", etc.. Muito recomendável, mas é soco no estômago. 9-10

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Persona: Recuso-me a chamar este filme pelo seu patético título nacional rs ...mas que coisa louca isso...uma personagem começa a virar a outra...se fundem...voltam pro mesmo lugar e tudo fica aberto no final...não gosto do termo datado...mas o filme de Bergman continua inovador até hoje. Cotação: Excelente. Visto no Telecine Play

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3 hours ago, frossit said:

Persona: Recuso-me a chamar este filme pelo seu patético título nacional rs ...mas que coisa louca isso...uma personagem começa a virar a outra...se fundem...voltam pro mesmo lugar e tudo fica aberto no final...não gosto do termo datado...mas o filme de Bergman continua inovador até hoje. Cotação: Excelente. Visto no Telecine Play

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Se interessar, leia o artigo da Susan Sontag sobre o filme. Está no livro "A Vontade Radical". Ela aborda o filme sobre o ângulo do emudecimento nas artes.

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Thor Ragnarok: Minha nossa...mas que filme surtado ! Como adaptação do arco de HQs é bem fraco...mas diverte muito. Gostei muito da psicodelia da coisa, dá pra perceber influências do lendário quadrinista Jack Kirby nos designs. Cotação=Bom. Assistido no Telecine Now.

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Depois de um incesto, um estupro, muita violência mental, duas baratas despedaçadas e dois gatos mortos, o filme entra numa rota menos perturbadora. No geral, um riff de guitarra em cima de "O Enigma de Kaspar Hauser", nesse controverso filme australiano de 1993, que quase tirou o Leão de Ouro de " A Liberdade é Azul" e "Short Cuts: Cenas da Vida" (pois houve empate). O roteiro não é apenas o que relatei acima, é também esperto o bastante para encaixar as poucas falas que o personagem aprisionado por 35 anos ouviu ao longo da sua triste vida nas mais diversas ocasiões.

De pouco a pouco, torna-se um clássico.

Atuação espetacular de Nicholas Hope.

 

Bad Boy Bubby (1993)

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Qual o maior artista sul-americano vivo? Artista, no geral, englobando todas as artes? Para mim, não há a menor dúvida: Alejandro Jodorowsky (Vargas Llosa e Caetano Veloso em seguida). Poderá ser lembrado pelas obras-primas "El Topo", "A Montanha Sagrada", "A Dança da Realidade", ou "Poesia sem Fim". Mas certamente todo mundo lamentará a não filmagem de seu projeto mais ambicioso: "Duna". Concebam um filme com a magnitude do livro, mais a magnitude espiritual desse senhor,  juntamente a Salvador Dalí e Orson Welles como atores? O excelente documentário de Frank Pavich conta a história desse fracasso artístico, interrompido na hora "h" pela burrice de Hollywood, que no final das contas redundará em sucessos imaginativos como "Alien", "Star Wars", e outros...

Na espera pela recriação de Villeneuve.

Jodorowsky's Dune (2013)

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"Qual o maior artista sul-americano vivo? Artista, no geral, englobando todas as artes? Para mim, não há a menor dúvida: Alejandro Jodorowsky (Vargas Llosa e Caetano Veloso em seguida). Poderá ser lembrado pelas obras-primas "El Topo", "A Montanha Sagrada", "A Dança da Realidade", ou "Poesia sem Fim". Mas certamente todo mundo lamentará a não filmagem de seu projeto mais ambicioso: "Duna". Concebam um filme com a magnitude do livro, mais a magnitude espiritual desse senhor,  juntamente a Salvador Dalí e Orson Welles como atores? O excelente documentário de Frank Pavich conta a história desse fracasso artístico, interrompido na hora "h" pela burrice de Hollywood, que no final das contas redundará em sucessos imaginativos como "Alien", "Star Wars", e outros...

Na espera pela recriação de Villeneuve."

 

Em compensação os fãs de quadrinhos ganharam muito...já que várias idéias descartadas foram usadas em Incal, Metabarões e outras obras primas do SCI FI em "banda desenhada"

 

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3 hours ago, frossit said:

"Qual o maior artista sul-americano vivo? Artista, no geral, englobando todas as artes? Para mim, não há a menor dúvida: Alejandro Jodorowsky (Vargas Llosa e Caetano Veloso em seguida). Poderá ser lembrado pelas obras-primas "El Topo", "A Montanha Sagrada", "A Dança da Realidade", ou "Poesia sem Fim". Mas certamente todo mundo lamentará a não filmagem de seu projeto mais ambicioso: "Duna". Concebam um filme com a magnitude do livro, mais a magnitude espiritual desse senhor,  juntamente a Salvador Dalí e Orson Welles como atores? O excelente documentário de Frank Pavich conta a história desse fracasso artístico, interrompido na hora "h" pela burrice de Hollywood, que no final das contas redundará em sucessos imaginativos como "Alien", "Star Wars", e outros...

Na espera pela recriação de Villeneuve."

 

Em compensação os fãs de quadrinhos ganharam muito...já que várias idéias descartadas foram usadas em Incal, Metabarões e outras obras primas do SCI FI em "banda desenhada"

 

Mostra-se bem isso no documentário.

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Existem filmes de arte e existem filmes "de resposta", aqueles últimos cujo resultado é esperado.

Megatubarão é um filme de resposta, todo trabalhado no clichê, do tipo que podemos antecipar qual o coadjuvante da vez que irá morrer. Em todo caso, diverte, vale a pipoca, principalmente pelos seus eletrizantes 20 minutos finais.

No final - não é spoiler - tremula a bandeira da China. É a última coisa, o último signo, que vemos. Mas na real é só a continuação de tudo que vimos antes, desde o início. O dinheiro chinês que financiou o filme bancando o imaginário social, 1/3 do elenco, 1/3 da língua. 

Para quem ainda não se atentou que o futuro é asiático, os blockbusters já se deram conta disso.

The Meg (2018)

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Panico 3: Quando eu era um jovenzinho tinha muito preconceito com essa franquia....achava filminho de adolescente. Pura ignorância ! Claro que é filme de adolescente....mas é divertido demais...e é do Wes Craven ! Esse aqui é o menos admirado, mas eu gostei muito. Metalinguagem para todos os lados, filme dentro do filme e gozação com todos os clichês do gênero filmado por um dos mestres do mesmo. O ponto negativo é não trazer o mesmo frescor dos dois primeiros. Cotação: Bom. Assistido no Telecine Play.

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Há 80 anos, um filme sobre ética médica.

Indicado a quatro Oscars em 1939, "A Cidadela" não levou nenhum, mas em tempos de "Doutor Bumbum" e "Pati Bumbum", continua relevante. Meu pai tem o livro e disse que é ótimo.

Robert Donat, indicado aqui e ganhador no ano seguinte, tinha um jeito meio antigo de interpretar, levemente posado, mas estranhamente não é ruim. Rosalind Russell, muito mais natural e linda, não foi lembrada. Sempre bom ver Ralph Richardson e Rex Harrison.

Foi a quarta indicação à Direção de King Vidor em menos de 10 anos, numa época que todo mundo achava que mais cedo ou mais tarde ele ia levar. Resultado, como sói acontece: nunca ganhou.

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Lento, delicado, melancólico e terno. Portanto: ninguém vai ver. Ainda mais se disserem que é sobre virgindade. Problema dos outros, o filme é muito bonito e inteligente! Fiquei surpreso.

Fidelíssimo ao livro, "Na Praia" foi adaptado pelo próprio McEwan, e conservou o refinamento habitual das palavras dele. Quão moderno ele consegue ser mesmo em se tratando de um assunto em tese ultrapassado.

Billy Howle e Saoirse Ronan estão excelentes, com destaque para a cena de núpcias.

 

Saoirse Ronan and Billy Howle in On Chesil Beach (2017)

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"First Reformed" pode dar a primeira indicação ao Oscar - acreditem se quiser - a Paul Schrader. Ainda mais que a categoria de Roteiro Original está esvaziada. 

O filme é ótimo, principalmente passados os mornos 40 minutos iniciais. Mistura religião + ambientalismo + terrorismo, de um jeito bastante singular. Em referências, o Bergniano "Luz de Inverno" e, muito na cara, "Taxi Driver" - qual o problema copiar a si mesmo?

Ethan Hawke está divino. 

First Reformed (2017)

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Pretty Baby: Menina Bonita: Tipo de filme que não se faz mais, sobre uma época que passou e cujos valores e atitudes são estranhos a nós. O filme choca e incomoda sem cair na banalidade. Continua essencial e importante para compreendermos a necessidade da manutenção da inocência. As Violets ainda estão por aí. Cotação= Muito bom. Assistido no Telecine Play.

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