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Considero biografia o gênero mais difícil de cinema. Mesmo quando há respeito à figura retratada, mesmo quando há atenção à época retratada, aos costumes, etc, pode faltar a centelha do artístico.  Este "Colette" é bem bonito de Figurino (Muitos queriam vê-lo indicado na categoria), de Design, há boas atuações, mas não tem artisticidade nenhuma  nas mãos do diretor Wash Westmoreland (de "Still Alice"). 

Falei em respeito... Talvez "desrespeito" seja uma palavra para definir o que falta a esse filme. Desrespeito, no mais alto sentido.

No sentido que a própria Colette aprovaria.

Keira Knightley in Colette (2018)

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Foxtrot é um drama israelense sobre luto e aborrecimento militar. Os três atos do filme são bem diferentes mas igualmente emocionantes, incrivelmente com quase nenhuma fala. E as poucas que tem são precisas. É bom, mas precisa de paciência pra digerir. De longe, a cena da dança com o fuzil é a melhor do filme. 8,5-10

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Aos teus Olhos é um ótimo mdrama nacional  que tem a mesma construção de roteiro do europeu A Caça, mas adaptado aos tempos de rede social. Fora o tema de pedofilia, o assunto recorrente maior é o linchamento virtual que atualmente ocorre direto online, e como uma coisinha besta se torna uma bola de neve com consequências. O desfecho inconcluso foi boa sacada, pois fica a critério do espoectador decidir o veredito do infeliz da vez, interpretado brilhantemente pelo Daniel de Oliveira. 9-10

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The House That Jack Built é mais um porre surrealista cheio de humor negro do Von Trier, que não curto muito. Em formato episódico, tive que ver em duas partes esta cansativa obra do cabra, e olha que curto slasher. Mas este estilizado conto de chato não engoli bem. Passo. 7-10

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Solo não tem nada a ver com o famoso mercenário intergalático de Star Wars e este é um tenso e eficiente thriller de sobrevivência, do naipe de 127 Horas. É um survival minimalista cuja reflexão sobre solidão é seu defeito, mas se sobressai pelo empenho do ator principal e das deslumbrantes locações das Ilhas Canárias. 8,5-10

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Urso de Prata de Melhor Roteiro em Berlim, este é mais um ótimo filme mexicano. A história do assalto ao museu de antropologia é boa em si, mas como é filmado é ainda melhor. São quase 20 minutos de intenso silêncio, sem nem uma palavra trocada. É puro cinema.

Assim como entendemos sutilmente que a maioria dos acervos são também histórias de roubos.

Parabéns aos envolvidos.

Museo (2018)

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Essa cena...essas cenas...cinema...é bom ver filme e e reconhecer que vc está vendo Cinema. Mesmo que seja na tela pequena. Um filme onde o cidade pulsa...que trabalho incrível da câmera percorrendo as ruas com carros e pessoas passando por todo lado. A câmera de Cuaron sempre deslizando em planos abertos....que belas imagens..adorei a auto referencia ao seu filme Gravidade. 

Roma

 

Roma : Foto

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5 hours ago, Big One said:

Essa cena...essas cenas...cinema...é bom ver filme e e reconhecer que vc está vendo Cinema. Mesmo que seja na tela pequena. Um filme onde o cidade pulsa...que trabalho incrível da câmera percorrendo as ruas com carros e pessoas passando por todo lado. A câmera de Cuaron sempre deslizando em planos abertos....que belas imagens..adorei a auto referencia ao seu filme Gravidade. 

Roma

 

Roma : Foto

Eugenio Caballero, o Designer do filme, oscarizado por "O Labirinto do Fauno", esclareceu em entrevista que eles tiveram que CONSTRUIR A AVENIDA, com asfalto e tudo, pois aquele logradouro de infância (ele também, assim como Cuarón, morou no bairro Roma) encontrava-se bastante modificado arquitetonicamente, mormente depois do terremoto dos anos 1980.

O Cuarón contou que para fazer esse plano magnífico da praia, e filmar em uma única vez!, ele teve que construir um píer. Só isso.

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Tive que esperar até a última linha dos créditos para verificar se havia alguma menção à crueldade com os animais, e, ufa!, aquela frase tranquilizadora: "nenhum foi ferido", etc.  No meio dos créditos há também agradecimentos especiais a Nicole Kidman, Jamie Bell, Charlotte Gainsbourg... Como vocês veem, eu fui até o final, até o final mesmo!  Não saí do cinema vomitando, como muita gente ao redor do planeta...

Mas, como tava contando, ao final dos créditos, eu só pude pensar: Nunca vi nada parecido antes! A casa. A casa que o Jack construiu. É inimaginável. A cena em que ela aparece me arrepiou do mesmo modo de quando a personagem da Charlotte encontra a sua árvore em "Ninfomaníaca: vol. 2".

Lars Von trier tem uma mente artística, muito reflexiva, e inteligente.

Excelente. O resto é despeito.

Matt Dillon in The House That Jack Built (2018)

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9 hours ago, SergioBenatti said:

Eugenio Caballero, o Designer do filme, oscarizado por "O Labirinto do Fauno", esclareceu em entrevista que eles tiveram que CONSTRUIR A AVENIDA, com asfalto e tudo, pois aquele logradouro de infância (ele também, assim como Cuarón, morou no bairro Roma) encontrava-se bastante modificado arquitetonicamente, mormente depois do terremoto dos anos 1980.

O Cuarón contou que para fazer esse plano magnífico da praia, e filmar em uma única vez!, ele teve que construir um píer. Só isso.

 

Impressionante Sergio. Obrigado pelas informações. Além da cena da praia que me provocou muitas emoções. A casa, o bairro, as ruas me agradaram profundamente pois remetem a minha infância também.

 

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Ainda sobre "Roma":

Vocês sabem que existe PT/PSOL/PC do B/PSTU em todo lugar do mundo, né? Não é castigo exclusivo nosso. Os equivalentes dos Estados Unidos estão detratando o filme por que ele não daria "voz" à empregada, que é a classe média falando pela classe pobre, não existiria a emancipação da figura do trabalhador...

É uma doença.

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Pré-selecionado entre os 10 concorrentes ao Oscar de Curta Live Action, "Caroline" tem sendo proclamado o favorito. É sobre crianças deixadas em um carro, debaixo de um sol inclemente.

Com apenas 11 minutos, é bem forte, plausível, e incrivelmente bem atuado. Aliás, a codiretora e roteirista,.Celine Held, também atua neste curta, como a mãe das crianças.

Como fazer o que é certo? Adorei.

Caroline (2018)

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Surpresa do ano pra mim!

O filme é uma delícia! Saiu aquela megalomania de efeitos, aqueles filmes de excruciantes 150 minutos, para algo muito mais delicado, sintético, engraçado, romântico, oitentista...Neste primo grandão de "E.T", deve haver alguma orientação de Steven Spileberg como produtor, mas é seu diretor, Travis Knight,  indicado duas vezes pelas animações "Kubo and the Strings" e "The Boxtrolls", que deve ser mais louvado. Deve ter percebido que faltava alguém de igual carisma aos robôs, ou, mais específico, uma mulher. E pôs a atriz mais certa possível. Hailee Steinfeld é uma joia! Que beleza, que talento, que carisma, e ainda canta...

Em termos de Oscar, a franquia "Transformers" já conseguiu algumas indicações ao longo dos anos, inclusive em Efeitos Visuais. Mas em 2019 não poderá, já que parou nas semifinais. Mas segue possível a indicação em Mixagem de Som e Edição de Som, dessa vez com outro time, outra galera, por trás, mas com profissionais também tarimbados: Anna Behlmer, parceira de Andy Nelson (mas que nunca ganhou com ele),  com suas 10 indicações, em Mixagem de Som; e o novo queridinho da temporada, Brandon Jones, em Edição de Som, que neste ano recebe todas as glórias por " A Quiet Place".

Ótimo roteiro a respeito de amizades incomuns. Os anos 1980 foram todos assim? Tantos filmes icônicos sobre isso...Dessa vez, uma amizade de uma adolescente que ouve The Smiths e seu primeiro carro, sua primeira lata-velha intergalática. [Serei eu?, Serei eu?]

"And if a double-decker bus 
Crashes into us 
To die by your side 
Is such a heavenly way to die 
And if a ten-ton truck 
Kills the both of us 
To die by your side 
Well, the pleasure - the privilege is mine!"

 

 

 

John Cena and Hailee Steinfeld in Bumblebee (2018)

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The Appearance é um thriller de época que bebe da fonte de "O Nome da Rosa" e tem pegada de "A Bruxa" só que é mais dark e mórbido. Tem proposta interessante, boa fotografia, principalmente a presença da suposta bruxa do filme, mas seus defeitos são as demais atuações e a limitação do mistério que propõe.  7-10

The Appearance

 

 

Creed 2 é uma sequência desnecessária e tremendamente exagerada do bom filme anterior. Este aqui é visivelmente um caça-niquel encomendado ao fan-service da franquia, e olha que eu curto ela. Sim, tem momentos tocantes sobre relação familiar (principalmente a ótima quimica da Tessa e Jordan) mas tudo vai pro espaço quando parte pra virar repeteco de Rocky 4 em todos os sentidos (desde a montagem de treino até a luta final). As lutas em si sao boas mas nada memoráveis. Dá pra ver mas poderia ter sido melhor, principalmente pra quem queria ver o Rocky se pegando mesmo com o Drago numa revanche. 8-10

Resultado de imagem para creed 2 poster

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Não é um remake, não é uma continuação, é uma reimaginação, uma releitura. Como musical, olha...que bosta! As canções são terríveis - nem dá pra dizer outra coisa. Faltaram muitas colheres de açúçar pra criar algo bom. A campanha à indicação para a melhorzinha "The Place where Lost Things Go" segue à toda, mas a batalha está perdida para Lady Gaga. Em todo caso, a indicação vem. Assim como a quinta vaga à Melhor Trilha segue possível, defrontando-se com  "A Quiet Place" (creio eu). Como todo musical, a Mixagem de Som é certa no Oscar, e Edição...talvez.

A parte artística é lindíssima. O plano da porcelana é...maravilhoso. Mais um grande trabalho de John Myhre e Sandy Powell, ambos cotadíssimos para levarem seus terceiro e quarto prêmio, respectivamente, em Direção de Arte e Figurino.

Vou apanhar aqui, mas a Emily Blunt não traz absolutamente nada de novo à personagem. Nada. Reproduz (repete) o que todos queriam: a mesma Mary Poppins. Está em jogo a quinta vaga de Atriz. As outras estão consolidadas. Pois bem, entre o trabalho mimético dela, e o trabalho da Toni Collette e o da Yalitza Aparício, fico, sem pestanejar, com o dessas últimas.

O filme, em si, não foi o estouro do balão que a Disney queria em termos de bilheteria. Foi apenas regular. A Crítica está dividida também. Muitos jogando a culpa toda no roteiro assinado por David Magee (indicado por "Life of Pi" e "Finding Neverland"). Eu vou ser mais condescendente. É muito díficil fazer uma releitura de um filme tão icônico. Algumas soluções são até engenhosas, porém a parte da Meryl Streep ficou totalmente sem função.

O de 1964 ganhou as estatuetas de Atriz, Canção, e Trilha, entre outros, na cerimônia de 1965. Não vejo isso se repetindo, nessas categorias em 2019. Curioso é que o clássico perdeu Figurino (do maravilhoso Tony Walton) e Direção de Arte. São exatamente as categorias que eu vejo a versão nova mais forte.Em Efeitos Visuais há chance de entrar, pois a parte de animação é bem fofa. E é Disney, né?! Tem força.

Por último, o filme antigo é tão anticlichê, apontava para o futuro, talvez por isso seja perene. Este novo aponta para o passado, talvez por isso fique esquecido.

 

Emily Blunt in Mary Poppins Returns (2018)

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At First Light é um razoável thriller scy-fy voltado pro público teen que traz tudo que já foi visto em Starman, Stranger Things e, principalmente, Contatos Imediatos do 3º Grau. É uim filme pequeno, indie, simpático, bem honesto, feitinho e intencionado. No entanto, se não tivesse já visto tudo isso citado tivesse gostado bem mais.  8-10

Imagem relacionada

 

 

Trauma é um bacanudo terror vindo do Chile que tem tudo o que um fã do gênero quer: gore, incesto, torture porn, home invasion, rape e revenge, etc.. Não que ele invente roda alguma (tem uns absurdos de roteiro), mas recicla com gosto elementos de Funny Games e Viagem Maldita, e os insere num contexto ultra violento da ditadura de 70. O resultado é eficiente, tanto que o filme deveria se chamar A Chilean Film . 8,5-10

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A galera "topzera" da minha academia (se é que vocês me entendem...) estava toda falando desse filme, que era o melhor filme que já tinham visto na vida, etc...Fui ver, né?

Digamos que é um encontro de "A Quiet Place" e "Blindness".

Pessoalmente, detesto alegorias de todo tipo. Embora eu note os méritos da Montagem, e da Trilha. É a história mesmo que não tem nada a ver comigo. O roteiro, adaptado de um livro, torna-se  uma coleção de sustos em que o sentido é...nenhum!...todos!...qualquer um!...o sentido está dentro de você, amiguinho!...e outras chorumelas...

Cadê a minha venda?

Sandra Bullock, Julian Edwards, and Vivien Lyra Blair in Bird Box (2018)

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2 hours ago, SergioBenatti said:

A galera "topzera" da minha academia (se é que vocês me entendem...) estava toda falando desse filme, que era o melhor filme que já tinham visto na vida, etc...Fui ver, né?

Digamos que é um encontro de "A Quiet Place" e "Blindness".

Pessoalmente, detesto alegorias de todo tipo. Embora eu note os méritos da Montagem, e da Trilha. É a história mesmo que não tem nada a ver comigo. O roteiro, adaptado de um livro, torna-se  uma coleção de sustos em que o sentido é...nenhum!...todos!...qualquer um!...o sentido está dentro de você, amiguinho!...e outras chorumelas...

Cadê a minha venda?

o melhor são os memes que vem depois...povo criativo?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Bad Time at the Hotel Royale é um thriller de mistério bacaninha (mas não bacanudo) que se estende mais do que deveria com sua estrutura episódica que flerta com o noir. São várias histórias que se entrelaçam (ou são vista de óticas distintas) num climax apoteótico, tipo Crash e até Pulp Fiction. Bem feitinho e atuado, quem destoa de longe do seu elenco estelar é a desconhecida cantora atriz negra. Dentre os filmes de hotel, consegue ser divertido como Hotel Artemis ou Grande Hotel, por exemplo. Mas reconheço que esperava beeem mais deste novo filme do diretor do ótimo Segredo da Cabana. 8-10

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Molly's Game

 

A Grande Jogada : Poster

O que dizer? Coloque Jessica Chastain, Idris Elba e Kevin Coster com diálogos ágeis de Aaron Sorkin e temos um bom  filme que conta a história de uma ex-atleta que vê uma oportunidade em promover jogos de poker em hotéis.  O filme tem aquela edição de filmes de assalto onde explica-se como eh o plano/golpe. Tem  momentos de embate entre Chastain e Elba e Costner. Me surpreendeu positivamente. A parte do julgamento foi um pouco decepcionante..mas ei..se foi baseado numa história real....

Bring me Molly.

 

 

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