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Forum Cinema em Cena

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Domino é mais um filme borocoxô do De Palma que dá a certa impressão de ter pouca autoralidade de tão genérico que é. Sim, estão lá os cacoetes visuais que caracterizaram o diretor, mas o filme não tem a força de Os Intocáveis, Carrie ou Vestida pra Matar. Resumindo, é uma produção que apenas os fãs xiitas do cabra devem gostar pois é totalmente esquecível. Quer fazer filme de ação? Faça algo do naipe do primeiro Missão Impossivel!  7,5-10

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Damsel é um faroeste cômico que não vale sequer a visita. Antes tivesse lido a sinopse pois fui mesmo pela atriz e, em parte, pelo novo Bátima. Sei lá, essa mistura de comédia feminista não dá liga alguma num gênero dominado pela testosterona. Nem os atores se salvam, caricatos até o sabugo da unha. É uma tentativa falida de fazer algo que o Mel Broks ja fez e muito melhor. 7-10

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Sanei uma vergonha cinéfila ontem. Nunca tinha assistido a esse celebrado filme argentino de 2007, que tanto fez sucesso em Cannes. 

Gostei bastante de vários aspectos do roteiro, pois, já disse aqui, que costumo gostar de todos os filmes que veem a sexualidade também como uma fonte de tormento. A questão hermafrodita, da intersexualidade, é pouco tratada pelo cinema, e acho que ficou muito bom, sobretudo ao mostrar bem as reações familiares, e seu aspecto de "fuga". Quando há algo diferente, de quebra da cisnorma, as famílias fogem da conversa, fogem das perguntas, fogem, como no filme, até de cidade. É um mecanismo de defesa. 

Falando da direção, algumas metáforas visuais são bem ruins, como a mãe cortando uma cenoura, ou um camaleão (?) subindo no corpo da personagem...Não dá!

Meu livro favorito de todos os tempos é o vencedor do Pulitzer, "Middlesex", de Jeffrey Eugenides, que conta a história de um gene (!!!) atráves de gerações, que vai resultar em um indivíduo hermafrodita, o narrador da história. O livro é de 2003, e compartilha alguns momentos com esse filme. Quando a personagem torna-se adolescente, o livro se torna escandalosamente maravilhoso e doído, nos mesmos moldes do filme. No livro, é preciso escolher. No filme "XXY", ainda não é a hora. Está quase chegando a hora.

 

XXY (2007)

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Que delícia de filme!! Musical biográfico de muito carisma. Não esperava por tanto, ainda mais que...não sou dos maiores fãs da música do Elton.

Confesso que até o primeiro terço do filme eu estava achando só "muito bom", mas aí veio o plano de "Your Song"...Que isso! Encantador! Os dois atores (Mais a Gemma Jones. Quero chamar a atenção para ela na cena, pois é a única da família que o amava. A mãe permanece na cozinha egoisticamente) estão incríveis! A dinâmica de uma relação de amizade entre um homem hétero e um homem gay expressa no olhar, acompanhada por um embevecimento pelo talento de alguém especial. Posso ver essa cena 1000000 vezes na minha vida, que vou gostar.  Dali pra frente, o filme decolou para mim, mas, confesso, o número final não me prendeu tanto. Faltou um pouco de "punch" no final, salvo a fala do abraço (Que o Pablo não gostou, chamou de constrangedora. Eu a aceito.). O roteiro não colocou a sexualidade dele como algo sombrio, algo a ser escanteado, é um mérito; porém acho que a composição dos pais foi bastante unidimensional, um ponto abaixo. Mas somando tudo, eu gostei pra caramba desse trabalho do Dexter Fletcher.

Vou mudar minhas Previsões de Oscar...Figurino da Julian Day, uma das poucas coisas boas de "Bohemian Rhapsody" e não foi indicado, agora se torna obrigatório. Maquiagem, eu já previa, o envelhecimento dos atores ficou muito bom e natural. Acho que agora é certo de entrar. Canção, eu também já a previa...Mas eu não previa Ator! Performance "para sempre" do Taron Egerton. Dança, canta, toca, beija de lingua...Por muito menos, certos atores que interpretam artistas aí ganham o Oscar...

Também não previa Filme! E agora acho que será indicado. As plateias exigirão.

Como eu gostaria de ver o Jamie Bell indicado em Coadjuvante! Que atuação linda! Arrasando desde criança...Quando perceberão o magnífico ator que ele é?

 

Taron Egerton in Rocketman (2019)

 
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I am Mother é um bacanudo scy-fy pós-apocaliptico que pode ser visto como spin-off de Exterminador do Futuro, mas sua leitura vai além. Trata, em suma, dos limites e sequelas da maternidade. Bem feitinho e, principalmente, atuado pelas atrizes principais, a película é tensa e te prende a todo momento, o que é elogio. Pra finalizar, tem 2 ou 3 grandes reviravoltas que te deixam repensando tudo o que foi visto assim que os créditos finais surgem. Continue assim, Netflix! 9-10

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Endzeit é um curioso filme zumbi alemão que não relaciona o holocausto aos nazistas, mas que se torna um porre pelo tom intimista e moroso pacas. Tem que ser guerreiro pra acompanhar este road movie pós-apocaliptico que carece de algo de dinamismo na narrativa, uma vez que existem bons filmes europeus do gênero que conseguem ser melhores, tipo The Night Eats the World e Berlin Undead. Resumindo, não é o pior que há, mas ta longe de ser um zombie movie divertido. 7-10

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"Meu Eterno Talvez", comédia romântica da Netflix, é uma tentativa do serviço de streaming de falar com a comunidade cada vez mais forte de coreanos nos Estados Unidos. Quantos filmes, mais leves, desimportantes, mostram atualmente a culinária coreana, o modo de ser das famílias, a ambição capitalista?!

O filme em si é legalzinho, com piadas realmente boas, ainda que sofra de todos os clichês do gênero, talvez o mais batido dos gêneros. Ali Wong e Randall Park escreveram o roteiro também, além de aturarem. Ele, bem melhor do que ela, diga-se de passagem. Tem mais tarimba, mais experiência (Aquaman, Homem-Formiga e a Vespa, etc...), mais talento.

Há a participação especial de Keanu Reeves interpretando a si mesmo, bem do jeito da ficção que o rodeia: ególatra, metido e "dá pá virada". E há uma piada claramente chamando a Emma Thompson de chata...

Bom entretenimento. E bom aceno ao dinheiro coreano. A Ásia quer mandar no mundo. O interessante é que a "cultura mesmo", autóctone, é substituída por expressões da cultura ocidental. Afinal, agora são os descendentes falando diretamente. Do lado de cá.

 

Randall Park and Ali Wong in Always Be My Maybe (2019)

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Não vou falar que é decepcionante, por que eu já não esperava mais nada dessa série. Mas, gente, é muito ruim.

É muito "limitado", uma ação apequenada, eu não sei como eles conseguiram gastar mais de 300 milhões de orçamento, pois na tela não está, salvo se for salário dos atores. Os conflitos parecem todos requentados. Não vi novidade nenhuma. Como não li a HQ, não posso falar nada sobre a fidelidade da história, ou se o filme fez jus ou não. De atuação, a Sophie Turner não segurou o filme não. Ficou demais para ela. 

Nada na parte técnica me pareceu original. Trilha do Zimmer, Montagem do Lee Smith, nada, nada tem frescor.

Ao final, fiquei feliz apenas pelos grandes atores que vão estar libertos desse contrato. É um princípio do marketing: Não adianta criar demanda, se você não tem produto. Se você não tem mais produto.

(Saudade da emoção que eu senti no cinema ao ver "X-Men 2", de 2003).

Nicholas Hoult, James McAvoy, Michael Fassbender, Andrew Stehlin, Evan Peters, Jessica Chastain, Jennifer Lawrence, Kodi Smit-McPhee, Alexandra Shipp, Sophie Turner, Tye Sheridan, and Kota Eberhardt in Dark Phoenix (2019)

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Assim como o @Jorge Soto, eu gostei muito, gostei demais.

Tem muita classe no design, fui olhar, Hugfh Bateup, de "A Viagem", "Matrix", entre outros. O roteiro é ótimo, mostrando, muito sutilmente, esse lado psicológico de filha desafiar a mãe quando chega a adolescência, bem como retratar várias facetas do instinto materno.

Quanto às atrizes, a Hilary Swank sempre se destaca nesses papéis físicos. A voz da Rose Byrne encontrou o tom certo entre suavidade e mistério. E essa Clara Rugaard foi uma bela escolha.

O final será decepcionante para muitos, mas pra mim não. Deu o recado, pra mim, bem claro.

Parabéns, Netflix!

I Am Mother (2019)

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Em 1997, fomos presenteados com o primeiro “Homens de Preto”, uma surpreendente mistura de ficção científica, investigação e comédia, e que ainda trazia um peculiar subtexto sobre a possibilidade de termos milhares de seres alienígenas disfarçados entre nós - algo que ainda dialoga com a esquisitice cômica que nós mesmos podemos apresentar como terráqueos. Após duas sequências, temos agora “MIB: Homens de Preto - Internacional” (2019), uma obra que renova a equipe e as ambientações, mas perde boa parte do charme sarcástico da franquia.

A história amplia a agência secreta ‘MIB’ a nível internacional, sendo que agora o foco é a sua sede londrina. A nova agente M (Tessa Thompson) se junta ao H (Chris Hemsworth), e a dupla tenta descobrir um complô alienígena que envolve um traidor da própria organização. Ao longo da narrativa, eles são orientados pela agente O (Emma Thompson) e High T (Liam Neeson).

O diretor F. Gary Gray deve ter pensado, erroneamente, que seria uma boa ideia se direcionar apenas ao caráter investigativo - que funciona razoavelmente -, sem usar a ironia do primeiro filme, aquela que à época fez o espectador refletir até sobre a ignorância e a arrogância que possuímos sem nos dar conta de que somos meros “pontinhos” num vastíssimo universo...

De toda forma, a gama de alienígenas adoravelmente exagerados ainda pode encher nossos olhos - em especial o simpático Pawny, que parece ter vindo da Pixar -, à medida que alguns personagens terráqueos também possuem suas qualidades: Tessa Thompson confere um real senso de encantamento como novata daquela agência, e Chris Hemsworth consegue ser divertido na composição de um agente que se alterna entre o habilidoso e o quase pastelão. Emma Thompson e Liam Neeson também possuem seus brilhos próprios. Por outro lado, Rebecca Ferguson faz uma alienígena que parece um tanto indefinida na história.

A ação e as pequenas reviravoltas são "ok". Já a diversidade de locações parece servir apenas para nos trazer uma pitada de “Missão Impossível” para a franquia ‘MIB’... isso é, algo diferente e com algum frescor visual, porém sem real fluidez narrativa. E os vilões são tão “memoráveis” que podemos esquecer das suas presenças e motivações logo após a sessão...

“Homens de Preto - Internacional” é uma tentativa irregular de ampliar o universo ‘MIB’, e que ainda desperdiça a potencial ideia de criar entrelaces efetivos com a realidade terráquea de 2019. No fim, ele não consegue ser mais do que um rasteiro e “engraçadinho” filme episódico, do tipo que até pode ser esquecido sem necessidade de que os divertidos agentes M e H utilizem um ‘neuralizador’ para apagar nossas memórias... A propósito, de qual filme falávamos mesmo?

Nota: 5

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O buzz em torno de "Ma" era que se tratava de "uma filme de terror protagonizado por uma atriz  negra". Mais um caso de relevância social tentando prevalecer sobre o mérito artístico. É uma praga. Está em todas as artes.

O diretor é Tate Taylor (que também atua no filme), de "The Help" e "A Garota no Trem", ou seja não dá pra esperar grande coisa. Como cinema, é fraquinho. Lembra aqueles filmes de terror dos anos 1990, cheios de adolescentes explodindo hormônios, vítimas mais de suas próprias trapalhadas do que do assassino misterioso. O problema é que naqueles filmes havia suspense, neste não há nenhum. Susto não há - a começar pelo cartaz oficial, puro spoiler. Não se enganem. Esse cartaz é proposital! Nos tempos de hoje, o susto foi substituído, vejam vocês, pela consciência social! Interessa é o por quê.

Os últimos 20 minutos salvam a experiência do fracasso total.

Octavia Spencer está muito bem, tenho que dizer. Boa atriz, e muito querida em Hollywood. É curioso ver como ela (a partir de seu Oscar)  deseja e está conseguindo o estrelato, eu diria.

Octavia Spencer, Dante Brown, McKaley Miller, Corey Fogelmanis, and Gianni Paolo in Ma (2019)

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"Crianças de Sarajevo" é um filme de 2012 da Bósnia e Herzegovina mostrando, em tese, o pós-guerra no país, mas na real, a onipresença da guerra em suas cicatrizes culturais, cicatrizes econômicas e cicatrizes familiares. Estas, do tipo: o que o país fez com os órfãos crescidos? Internato, e, na fase adulta,  abandono. Que se virem.  Se virem sem dinheiro, com baixa educação, traumatizados, além do preconceito "são os órfão", os problemáticos, os que precisam de ajuda...

Sempre com a câmera na mão, a direção segue a atriz protagonista o tempo todo, em longas tomadas. De vez em quando faz um carinho nela, mas, em geral, é sempre tudo melancólico.

Bom filme! Premiado em Cannes, na seção "Um Certain Regard", foi candidato do país ao Oscar. Não entrou.

Djeca (2012)

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Starfish é uma scy-fy dramática que é mais uma experiência pessoal de perda do diretor que faz mais sentido á ele que pro espectador. Inssossa, rara, experimental, videoclipeira, é um filme com um relato meio caótico em argumento que não se submete ás convenções do gênero. A idéia é até boa, mas nem sempre funciona na tela á despeito da boa performance da atriz principal. 7,5-10

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Boots on the Ground é mais um "found footage" meia boca que tinha cara de ser bom, algo como os ótimos Predador ou El Paramo em primeira pessoa mas nem. Performances ruins, câmera epilética, gritaria e muita escuridão onde não se enxerga nada da ação completam a péssima experiência onde não se entende nada do que aparece na tela. Até agora não entendi lhufas o final, se todos se ferraram ou nem... 6-10

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Zoo é uma curiosa produção dinamarquesa que é um drama de relacionamentos numa embalagem de "zombie movie". Mas o uso deste subgênero é apenas metáfora das dificuldades de manter o casório em pé, pois o surto surge bem no meio duma DR de casal. É divertido e bem diferenciado, repleto de ironia e humor negro. Bem atuado, é uma variante mais romântica do ótimo francês pós-apocaliptico The Night Eats the World.  9-10
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Murder Mystery é uma comédinha apenas razoável tendo em vista seus protagonistas. O enredo é uma espécie de Assassinato no Expresso Oriente só que tocado na galhofa, é isso! O problema é que é bem pouco engraçado e parece que os atores se divertiram mais do que quem está assistindo. E pra qualquer um ja calejado em thirllers ja prevê quem é o assassinon no final. Resumindo, apenas a quem curte o boçal Sandler e a Aniston de Friends. 7,5-10

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Eu vi "Z" na adolescência e lembro-me de ter achado chato. Ontem, bebendo cerveja no frio com os amigos do rock, um deles, o mais culto, me intimou a rever o filme. Missão cumprida, nessa ressaca de sábado.

Na adolescência eu não tinha maturidade pra assimilar o poder desse filme, enquanto cinema, muito menos pra poder relativizar o planfletarismo do cinema de Costa-Gavras. É panfletário? Sim. E tudo bem que o seja, desde que seja bom.

Ele dirige muito bem, e eu gosto como ele usa o recurso fácil do "dolly in" para chegar tantas vezes na cara de pau dos poderosos. Direção indicada ao Oscar, diga-se de passagem. A abertura é bastante celebrada até hoje, com uma metáfora botânica caracterizando os militares como "anticorpos" para combater o "mofo", os militantes de esquerda. O roteiro tem outras passagens inspiradas, como quando um militante de esquerda é identificado como judeu pelo coronel. E depois ele se corrige: "É pior. Um meio judeu! Se crê melhor do que o judeu". Adoro também a cena de Irene Papas, logo ao saber da morte do marido (Yves Montand), indo ao banheiro de sua casa, e abrindo o frasco do perfume dele. Como um aficcionado por perfumes que sou, entendo isso perfeitamente. Amo essas sutilezas de roteiro (que incorpora elementos de vida e não texto), também ele indicado ao Oscar. 

Mas, pra mim, claro, a aula é de montagem. Um dos Oscars mais bem dados nessa categoria, para a francesa Françoise Bonnot, falecida o ano passado. O outro Oscar foi de Filme Estrangeiro, para a Argélia (ganhando da França).

Também muito interessante ver o papel de um juiz acusador, aquele que conduz a investigação em busca de provas, e não o Ministério Público, como é hábito em muitos países. Como não pensar na discussão que o Brasil travou nesta semana?

O alfabeto, de fato, perderia toda a graça sem a letra z.  

Z (1969)

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Vaiado em Cannes em 1992, mas progressivamente vai ganhando fãs. Sobretudo os da série. 

É uma cacetada no cérebro, mas a música de Badalamenti e aquele clima, ora de telenovela, ora de filme de horror, me fascina. Por mais que eu não continue entendendo todo o desenho lógico. Nunca irei.

Sheryl Lee in Twin Peaks: Fire Walk with Me (1992)

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"Country", ou "Minha Terra, Minha Vida", é a cara dos anos 1980. Permanentes nas cabeças, calça jeans até o umbigo, mas, mais importante, um feminismo "família", um feminismo sob controle, desabrochando. 

Começa com um tornado na fazenda, prenunciando a temporada de problemas; e depois tem nevascas e tudo o mais;  as condições climáticas no cinema sempre servindo como suporte à ação heróica. A heroína aqui é Jessica Lange, em uma linda atuação, assumindo o controle da fazenda deficitária, e o controle da família ante o alcoolismo do marido, interpretado por Sam Shepard. Seria a terceira indicação dela ao Oscar, perdendo, em 1985, para Sally Field. E depois viriam outras, em sua passagem vitoriosa pelos anos 1980. 

Bom filme. Pouquíssimo visto.

Country (1984)

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Será que teremos Martin Scorsese indicado ao Oscar em Documentário no ano que vem?

"Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story"  é um documentário a respeito da turnê encabeçada por Dylan para levar grandes compositores e poetas para "dentro" dos Estados Unidos. Entre eles, gente do calibre de Allen Ginsberg, Joan Baez, Joni Mitchell, em menos grau, Patti Smith...É um punhado de gente maravilhosa cantando coisas maravilhosas, falando coisas maravilhosas, sendo maravilhosos...Pouco mais de duas horas com talentos gigantescos sendo jogados na sua cara o tempo todo.

Para contar um evento do passado, documentaristas se valem de imagens de arquivo e entrevistas. É a estratégia basilar. Já disse muitas vezes que eu dou mais valor ao documentário sobre o "presente", com imagens vivas, captadas na hora da filmagem. Mesmo quando as imagens de arquivo são extraordinárias, como o são nesse documentário (Ginsberg e Dylan visitando o túmulo de Kerouac, por exemplo), mesmo quando as imagens de arquivo são testemunhos do talento colossal de um gênio como Dylan. Fica um documentário de "ilha de edição", de pura pesquisa e sorte. 

Scorsese, porém, fez algo a mais. Pois sabe de cinema, sabe que cinema é algo a mais. Criou falsidades. Espalhou inverdades, e testemunhos falsos a respeito da turnê - o que deve ter sido de agrado do cantor. Portanto, há uma aproximação com a vertente mockumentary, para celebrar esse artista impossível de ser classificado, irreduzível, "que não está lá".

Uma beleza!

Bob Dylan in Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese (2019)

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Obra-prima da Agnès Varda.

Tudo já foi dito a respeito desse filme, sua inovação, seu feminismo, sua graça...Mas me fez pensar naqueles cineastas contemporâneos que dividem seus filmes por capítulos, com uma tela preta sisuda, e nesta película de 1961, os capítulos estão dividados por minutos de uma maneira tão delicada - a fração das duas horas na vida da personagem.

Tantos rostos neste filme, tantos rostos, acrescento, parisienses... Como não pensar nos rostos estampados nas construções de "Visages, Villages"?

A cena de Corinne Marchand (ainda viva) e Michel Legrand cantando, entre os filhotes de gato, e as folhas partituras, é deliciosa. 

Pode ser uma hora e meia ( da narrativa em tempo real), ou duas horas, se nos deixa feliz, apredemos com a personagem, aquele momento é eterno.

"Cléo das 5 às 7" concorreu à Palma de Ouro em Cannes e perdeu para o nosso "O Pagador de Promessas".

Cléo de 5 à 7 (1962)

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Aniara é uma boa ficção sueca que lembra um Titanic espacial, com elementos de Wall-E. Mas a embalagem scy-fy é mera fachada pra fazer um interessante estudo sobre a natureza existencial humana aqui na nossa terrinha, e que estamos fudidos de qualquer jeito. Não é pra todos os gostos pois não existe espetáculo pirotécnico nem ação vertiginosa, pois sua proposta é mais intimista e cerebral. Incrivel ver o que os vikings fizeram com pouca grana e boas atuações. 8,5-10

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The Poison Rose é um fraco thriller investigativo que tenta ser o novo Chinatown, mas que mostra um roteiro fraquíssimo que não se sustenta nem com os bons atores que tem, que foi o chamariz que me fez assisti-lo. Personagens caricatos, ação modesta, diálogos mediocres, ar de telefilme e uma reviravolta sem vergonha fazem desta produção unicamente ser opção pro caso de estar sem opção nenhuma. Pois é, um "neo-noir" pra ver e esquecer... 6-10

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Se eu tivesse de escrever 20 linhas sobre "Men In Black: Internacional", eu não conseguiria. 

A primeira meia hora é muito legal e divertida; o segundo terço é legalzinho e divertidinho; o terço final pouco legal e pouco divertido. No caminho, portanto, o filme esfria. O que é prejudical para um filme de comédia e pior ainda para um filme de ação.

O que segura as pontas é a dupla de atores Chris Hemsworth e Tessa Thompson muito carismáticos. Estou "in love" pela carreira dos dois.

Há uma piada a respeito da organização, que caiu bem nessa onda feminista. Mas o roteiro é tão previsível. Tudo é tão previsível, até o vilão...Jura que é "ele"? Mal podia imaginar...

Se lembrarmos como o filme de 1997 foi inovador na cultura, a ponto de ser indicado a 3 justos Oscars (Maquiagem, Direção de Arte, e Trilha Sonora) em 1998 (ganhando Maquiagem); ficamos decepcionandos com a sequência da franquia. Não se foi além tecnicamente. Parece que tudo já foi visto e explorado esteticamente.

Liam Neeson, Emma Thompson, Chris Hemsworth, Tessa Thompson, and Kumail Nanjiani in Men in Black: International (2019)

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  • Administrators
13 hours ago, SergioBenatti said:

ficamos decepcionandos com a sequência da franquia. Não se foi além tecnicamente. Párece que tudo já foi visto e explorado esteticamente.

Vc o viu o terceiro?..acho-o subestimado...gosto muito...encerra muito bem a trilogia...

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"Casal Improvável" é uma comédia, com toques de romance, não consigo escrever "comédia romântica", pois acho que faltou uma dose de "enternecimento" - na falta de palavra melhor. Não é o casal que é improvável, o roteiro que o é. Há inúmeras forçações. 

Mesmo assim, é engraçado. Vale a pena assistir.

E fica-se mais uma vez estabelecido: Ninguém é mais bonito do que Charlize Theron.

Charlize Theron and Seth Rogen in Long Shot (2019)

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Obra-prima máxima e absoluta do gênio japonês Sion Sono.

3 horas e 57 minutos (maior filme que vi este ano, superando "um Elefante Sentado Quieto") de magia cinematográfica.

"Love Exposure", de 2008, é uma "Comédia Romântica Gore Épica de Suspense e Artes Marciais". Ufa! Não, é mais que isso. É inclassificável. Não há nada parecido.

Eu rolei de rir na primeira hora, me encantei na segunda, mas...reconheço que a segunda metade não é tão legal. Mesmo assim, recomendadíssimo.

Uma gangue de fotografar calcinhas é uma ideia em si maravilhosa!

No fundo no fundo, uma grande obra contra todos os cultos religiosos e um elogio à sexualidade humana!

Viva, Sion Sono!

(A "mãe" em "Shoplifters" é a vilã deste filme. Desde novinha, excelente atriz)

Ai no mukidashi (2008)

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The Mustang é um bom drama de redenção/reconciliação/recomeços capitaneado pela ótima performace do ator principal, cujo aspecto carrancudo cai como luva no filme. É uma versão mais intimista do The Rider, outro filme que usa pocotós como metáfora do que rola com o personagem. Poderia cair facilmente no melodrama mas não, a direção e a narrativa tem seu diferencial, por exemplo, a linda cena dos detentos cavalgando no deserto e, claro, a cena final que é de partir o coração. 8,5-10

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A Street Cat Called Bob é daqueles "filmes de bichinho" que aparenta ser matinê Sessão da Tarde ou até Disney mas não, é bem mais. O bicho em questão é mera muleta narrativa pra outro tema que dificilmente passaria isento pelo tio Walt...drogas! E essa curiosa mistura funciona muito bem neste "feel good movie" britânico redondinho onde destoa de longe a atuação do personagem principal e, claro, do bichano em questão. E olha aí.. Goose da Capitã Marvel precisa comer muito feijão pra chegar no naipe do personagem título.. e sem CGI algum. 9-10

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