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Drama sensacional da lavra de um dos melhores diretores portugueses da atualidade, João Pedro Rodrigues. "Morrer como Um Homem", de 2009, conta a vida de uma travesti, de nome "Tonia" (em homenagem a nossa Tônia Carrero!!) que de fato viveu pela "terrinha".

Muita sensibilidade, realismo temático, e ousadia estética. Muito chique em elaborar o marginal, diga-se de passagem.

Morrer Como Um Homem (2009)

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Dogman é um interessante drama italiano repleto de simbolismos, a começar pela domesticação (ou não) do homem, suas relações humanas zicadas e bullying social. O paralelismo com o cachorro é uma boa sacada, mas a morosidade da película depõe contra apesar das ótimas atuações do elenco. Dá pra ver sim esta fábula neo-realista, mas com um pé atrás... 8-10

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Lamem Chop é uma bonitinha produção sino-niponica sobre volta ás origens pra resgatar uma relação familiar zicada, etc e tals.. e se vale da comida pra ilustrar isso tudo. É legal e bem fofuchis sim, apesar de eventualmente cair no melodrama ou confundir com a penca de flashback. É daqueles filmes gastronômicos pra assistir, de preferência, de barriga cheia senão passa fome.. 8-10

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Reclamo muito da Netflix por não disponibilizar mais filmes antigos, ou filmes de diretores consagrados, mas a parte de documentário de guerra é excelente. Este "O Contador de Auschwitz", embora seja pequeno, é muito profundo, revoltante, didático, e bem realizado. 

Chama-me a atenção que em nenhum momento os termos prescrição/imprescritibilidade são debatidos, como seria natural no Brasil (e não o é em outros ordenamentos) já que aqui apenas 2 crimes podem ser dignos de punição pela vida toda (racismo e ações de grupo armado contra o Estado). O debate se é justo alguém de 93 anos ser punido por algo que cometeu aos 20 é substituído pelo "alcance" dos atos de comando: eles abrangeriam também os soldados, os funcionários do campo? Uma questão muito profunda. Que envolve ainda os limites éticos do perdão.

Que horror essas pobres pessoas viveram, minha nossa! A parte da "mala que chora" me deixou sem chão.

Amei.

Oskar Gröning in The Accountant of Auschwitz (2018)

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El Chicano é um filme apenas marromenos de "super herói" que tenta pegar vácuo num nicho sequer tocado pela Marvel, o mercado latino. Resumindo, é uma espécie de Batman ou Demolidor mexicano, um justiceiro que arrebenta e faz. Mas a pobreza da producão o faz parecer B, quase anônimo e sem personalidade. Tem boas intenções, mas creio que se este produto tivesse na mão da Marvel ele seria bem mais palatável. 7-10

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Rasga Coração é um bom drama de conflito geracional atualizado pros tempos atuais, repletos de intolerância, internet e mimimi politicamente correto. As vezes tem uma tendência pra cair no melodrama, mas felizmente não o faz de forma completa. Baseado numa peca que nunca vi, o filme ao menos te envolve, tem boas atuações, comunica e faz pensar. 8,5-10

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Não tenho nada a acrescentar ao muito que já foi dito.

Só registrar minha experiência: houve, em virtude da técnica escolhida, uma desconexão entre o filme da fala e o filme da imagem. Em muitos momentos - como tenho uma cabeça muito louca- me vi pensando na arte do fantoche. Em como o mundo da fala acontece num nível e o mundo imagético em outro.  Em como a emoção é dita e não mostrada.

Para ser justo, efeitos visuais deslumbrantes. Seria um Oscar merecido.

Quem no mundo irá preferir esse filme ao filme de 1994?

 

James Earl Jones and JD McCrary in The Lion King (2019)

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Depois de muitos anos sem ver, continua sendo o melhor filme do David O. Russell, ou talvez o segundo. Tem sátira, tem certa dose de afetação, bem como já é detectável o mesmo tom de "folhetim trapalhão" dos horríveis "Joy" e "American Hustle". Mas em "Três Reis" esse aspecto está mais bem calculado. Talvez o tema do filme seja melhor, ou talvez o gênero de comédia de guerra o permita. 

Trilha sonora incrível do Carter Burwell (Como ele não tem Um Oscar ainda?), e ouso dizer que a  trilha de "Birdman" se inspirou bastante nesse trabalho.

Excelente fotografia de Newton Thomas Singel ("Drive", "A Viagem"), nunca lembrado.

George Clooney, Mark Wahlberg, and Ice Cube in Three Kings (1999)

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Eu acho que não é pirataria porque uma coisa é distribuir os filmes pata assistir (ilegal), outra coisa é distribuir um link que leva a um site que só dá para baixar um filme (legal), aliás os filmes que desponivilizo são filmes que compro, depois distribuo de graça, claro que depois revendo o dvd, a partir do momento que compro o dvd decido e tenho o direito de espor o conteúdo dele(legal).

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Finalmente vi o "Dogman". Entre outros prêmios, Melhor Ator em Cannes 2018.

Gosto das proporções e dos paralelos entre homens e cachorros, fracos e fortes, dóceis e violentos, fiéis e traíras.

Bom filme, mas também não vai mudar a história do cinema italiano. Não é pra tanto.

Dogman (2018)

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Que filme maravilhoso! Não sei como demorei tanto tempo para ver  "Um Estranho no Lago".

Seu invólucro de pornô gay (com muito, muito, muito sexo explícito) esconde um filme de detetive e, mais importante, discute o nada das relações, a liquidez dos relacionamentos (simbolizada no lago), a busca viciosa, e, como o desejo e a solidão irrefreáveis expõem as pessoas ao perigo. 

"Como que um de vocês é morto e vocês continuam com a caça?" 

Deixa eu te explicar... Vai levar uns trinta anos de terapia...

Valeu todo o auê em Cannes 2013 mesmo!

Que cartaz!

Christophe Paou and Pierre Deladonchamps in L'inconnu du lac (2013)

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Não se preocupe. Se "Amor até as Cinzas" , "Ash Is Purest White", for o seu primeiro filme do chinês Jia Zhangke, você irá achá-lo ótimo. É apenas uma história de reencontro amoroso. Todo mundo gosta.

Mas se você também for um devoto do cinema dele, como eu sou, você vai pirar. Em certos momentos, eu estava vendo e falando, "Olha, isso me lembra 'Plataforma'; "Olha, isso me lembra 'As Montanhas se Separam', e, como EU AMO/SOU A-LU-CI-NA-DO pelo sublime "Em Busca da Vida" (Leão de Ouro em Veneza, entre outros mil prêmios), eu comecei a perceber mais nitidamente que eu não estava enlouquecendo...Zhangke colocou vários pedaços de seus filmes anteriores na narrativa dessa nova história! Vejam, não estou falando de referência ou metalinguagem. Estou falando de algo maior. De repetir para criar algo novo. E quando não colocava, repetia o figurino, um pedaço de trilha sonora, ou o jeito do cabelo da mesma atriz de sempre - Tao Zhao - ou o mesmo enquadramento da Usina de Três Gargantas...

É muito cinema. É um banho. É um banho de recriação e um banho de criação. Sim, nesse caso, criação vem depois de recriação...Pois o que surge é algo novo na narrativa.

Preciso falar da cena estonteante que fecha a primeira parte, com a protagonista resolvendo uma briga de rua.

E preciso falar de um diálogo amoroso que me arrancou palmas: 

"Não sou canhota. Eu atirei com a mão direita"

Viva o cinema chinês!

Tao Zhao and Fan Liao in Jiang hu er nü (2018)

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Little Boy é uma fábula sobre infância e guerra bonitinha e nada mais, bem água com açúcar pra Sessão da Tarde. É um O Tambor edulcorado numa vibe Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas. Repleto de pontas famosas aqui e ali, quem se destaca de longe é o pirralho que dá nome ao filme. Tem algumas falhas de roteiro e eventualmente descamba no melodrama barato, mas ainda assim deixa-se ver de boa. 8-10

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Brinquedo Assassino é um razoável reboot atualizado do Chucky que reinventa o boneco com prós e contras. Contra tem a origem, a voz robótica do Hammill e a primeira tediosa meia hora, já a favor tem o humor negro, as atuações, o "modus operandi" das mortes e o gore bem generoso, quase oitentista. Resumindo, é um filme que diverte mas dificilmente vai convencer fãs devotos da franquia pelas diferenças pontuais em relação ao boneco. 8-10

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Clássicão, de 1963.

Um texto muito forte de Nelson Rodrigues, com frases antológicas, que debate a honestidade por vários prismas. Honestidade, enquanto sinônimo de virgindade; e a honestidade enquanto limite para a ambição. No primeiro caso, soa datado; no segundo atualíssimo.

Enquanto cinema, os problemas técnicos onipresentes da época.

Salve, Odete Lara, melhor Ritinha, ad aeternum!

Otto Lara Rezende ou... Bonitinha, Mas Ordinária (1963)

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Mid90s é um drama bunitinho sobre amadurecimento infantil do naipe de Projeto Florida, só que na década de 90. Parece filme feito pela antiga MTV pela naturalidade teen da gangue de skatistas. Mas claro que todo mérito do filme cai nas ótimas atuações, todas incrivelmente espontâneas e genuínas, a começar pela do mini protagonista principal, que merece uma indicação pela sua participação. 8,5-10

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WiJ já é um drama teen holandês que te prende por dois motivos: pela temática, onde grupo de jovens descobre como faturar apelando pra pornografia e prostituição; e pelo formato, feito em 4 capítulos sob perspectivas distintas. É uma produção que parece um thriller mas não é pelo documento quase realista e cru dos acontecimentos, quase um Kids, com muita putaria. E claro que as atuações naturais ajudam muito. 8,5-10

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Tenho adorado esses documentários educativos que chegam pela Netflix.  Este é sobre a descoberta do primeiro fóssil das Américas, perdido em um fosso aquático, no México. Curiosamente, Naia, uma adolescente,  desbancou a nossa Luzia, como o fóssil mais antigo das Américas - Luzia, vale dizer morta duas vezes, mais recentemente pelo incêndio no Museu Nacional. Pois nem mesmo um cadáver de 11 mil anos pode resistir à incompetência dos gestores brasileiros.

Acho fascinante a Antropologia. Pode-se aprender inclusive que a chegada do Homem nas Américas dizimou os grandes mamíferos que aqui viviam. Nosso desejo ancestral por carne. Sim, observação de um vegetariano...Euzinho aqui, 13 mil anos depois.

Nova (1974)

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"O Senhor das Moscas" de 1963, do diretor Peter Brook, é uma aula de concisão, limpeza, e dignidade. A última cena resume o filme. Pena que alguns atores mirins não estavam à altura dos personagens, mas, mesmo assim, há um certo encanto no amadorismo.

Concorreu à Palma de Ouro em 1963.

Professores de Sociologia veneram essa história. Como seria diferente?

Lord of the Flies (1963)

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The Red Sea Diving Resort é um thriller de drama histórico do mesmo naipe de Argo ou Hotel Ruanda, mas sobre uma missão humanitária no inicio dos 80. É bem feitinho e tanto o ex-Capitão América e o elenco de apoio seguram bem a peteca. O único ruim é a exagerada romantizacão da crise dos refugiados a qual se refere. 8-10

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Belzebuth é um terror mexicano que cumpre a contento seu objetivo. Sim, ele pega elementos ianques e os revitaliza com produção caprichada, reviravoltas e um gore gostoso. O único ruim são as atuações e os efeito computarizados..só marromenos. Destaque disparado pra estupenda cena do "Cristo falante". 8,5-10

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A franquia "Velozes & Furiosos" se expandiu de tal forma que, poderíamos prever até umas continuações envolvendo viagens espaciais, viagem no tempo e multiversos... e com carros munidos de inteligência artificial e questionamentos existenciais. Por ora, temos o derivado "Hobbs & Shaw" (2019), um filme de menor escala, e que se mostra bem sucedido na arte de colocar em seu caldeirão um pouco de 007, um tanto de Missão Impossível e... esteroides!

A história é simples: O policial Luke Hobbs se junta ao fora da lei Deckard Shaw para combater um megalomaníaco terrorista, numa tentativa de eliminar um vírus que pode mudar o rumo da humanidade. Típica trama de espionagem moderna, recheada de perseguições, tiroteios e porrada, além de bons momentos cômicos – incluindo referências aos clichês do próprio gênero. O diretor David Leitch continua hábil na área da pancadaria estilizada – e muito bem colorizada -, para nos mostrar que certos elementos de “John Wick” e “Atômica” ainda seguem atuais...

Dwayne Johnson e Jason Statham brilham como Hobbs e Shaw, com uma inesperada química à la “buddy cop versão brucutu”, e numa trama que também aborda questões familiares do passado dos seus protagonistas. E Idris Elba faz um vilão que transita bem entre a agressividade e a elegância. Já Vanessa Kirby, que faz a irmã de Shaw, não atinge grande destaque além da sua importante função na narrativa. De brinde, Helen Mirren e mais dois atores "misteriosos" (sem spoilers) fazem pontas engraçadíssimas, e nos deixam com um gosto de “quero mais”...

A ação é de um deleite visual e sonoro que são superiores à maioria dos ‘blockbusters’ atuais, o que pode ser confirmado em duas hipnotizantes cenas de perseguição: uma nas ruas de Londres, e outra envolvendo caminhões e um helicóptero. A montagem também gera boa fluidez nas viagens realizadas pelos personagens. Por outro lado, a história fica um pouco “cansada” na segunda metade do filme, especialmente por ser de uma ação mais... “família”, digamos assim – outro exemplo de como uma classificação baixa pode cortar a liberdade artística de uma obra.

Em “Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw”, podemos dizer que David Leitch conseguiu “tirar leite de pedra”, no sentido de trazer alguma elegância cinematográfica a uma trama que, não apenas é bastante batida, como também repete o caráter episódico e “leve” que se tornou obrigatório em filmes da marca “Velozes & Furiosos”. Temos aqui uma diversão acima da média, e que não deixa de ser um dos melhores e mais bem dirigidos filmes dessa longa e irregular franquia. Hobbs e Shaw estão bem desenvolvidos agora, e prontos para novas aventuras em dupla.

Nota: 7

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