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"Cities of Last Things" é mais um caso de filme de cronologia inversa, acompanhando a vida (mas começamos pelça morte, numa ótima cena - diga-se) de um homem em três etapas diferentes. 

Pode-se ficar meio perdido no início, mas depois torna-se compreensível. Mas mesmo compreensível tenho certeza que a maioria das pessoas não vai gostar. Faltou um pouco de ajuste, de calibre, nessas conexões para trás.

No fundo, é um roteiro de justificação da violência, afinal, todos temos um passado...

 

Cities of Last Things (2018)

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Voando Alto (Eddie The Eagle, Dir.: Dexter Fletcher, 2015) 2/4

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Cinebiografia que o ator Taron Egerton e o diretor Dexter Fletcher fizeram antes de Rocketman, conta também com a presença do Wolverine, Hugh Jackson. O atleta Eddie Edwards, retratado aqui, é um atleta bem atípico mesmo, e assim o filme tem situações interessantes. Não cresce muito, mas é tudo muito bem feito no geral: roteiro, atuações, direção e etc. É uma boa 'Sessão da Tarde'. **O ponto alto pra mim, era trilha que simulava mesmas trilhas de filmes do gênero dos anos 80.

 

Jogador Nº 1 (Ready Player Number One, Dir.: Steven Spielberg, 2018) 2/4

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O forte do filme é mesmo as referências mil que faz a diversas coisas da cultura pop. Spilbão fazendo a galera nerd tremer na basa a cada referência que faz. Fora isso, o filme é uma boa aventura juvenil. Outro que vai sobreviver muito bem nas Sessões da Tarde.

 

P.S.: Curioso desses 2 filmes é eles tem 2 músicas em comum na trilha sonora.: Jump do Van Hallen e You Make My Dreams Come True do Daryl Hall & John Oates.

 

 

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Nossa, "O Bar Luva Dourada" é um filme muito pesado do Fatih Akin, com um trabalho maravilhoso de Design e de Maquiagem, que teve a árdua tarefa de enfear o Jonas Dassler (do recém-indicado ao Oscar "Never Look Away"). 

Tudo para contar a história real de um serial killer de Hamburgo nos anos 1970. Muita violência, e muita feiúra, em todos os níveis. Pode parecer uma encenação gratuita, mas, nos créditos finais, percebe-se a verossimilhança. A vida é real e de viés.

 

Jonas Dassler in Der goldene Handschuh (2019)

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Anna é um thriller de ação e espionagem bacaninha mas esquecível, onde o Luc Besson revisita e turbina seu hit Nikita. Aqui é basicamente a mesma coisa, com muito mais correria, tiroteios e pancadaria, a despeito de sua protagonista principal ser totalmente inexpressiva. O filme seria mais um genérico do gênero não fossem duas coisas: o formato, com trama cheia de reviravoltas e flashbacks que desenham tudo que foi visto sob outra perspectiva; e a sempre ótima Ellen Mirren, que ofusca facilmente a personagem título. 8,5-10

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The Furies é um divertida produção australiana que é, resumidamente, uma versão terror de Jogos Vorazes com Massacre da Serra Elétrica. Vai vendo, praticamente não tem enredo - que se resume á corre-corre das presuntas dos mascarados - e tem um gore de dar gosto, lembrando filme dos anos 80 nos efeitos práticos. Quiçá seu diferencial seja seu toque sutil de empoderamento femenino que evita de descartá-la logo de cara, mas é um slasher rural simples e eficiente em sua proposta. 8-10

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A Netflix disponibilizou esse curta de documentário da NOVA, intitulado aqui "Fuga do Holocausto", sobre a fuga de judeus através de um túnel na cidade de Vilna na Lituânia, durante a Segunda Guerra Mundial. 

Pra além de mais um caso tristíssimo do Holocausto, encontramos a ciência da geologia/arqueologia, aliada à mais alta tecnologia, na busca pelos vestígios desse túnel, na busca pela confirmação histórica do que aconteceu.

É bem bom.

 

Holocaust Escape Tunnel (2017)

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"It:Capítulo Dois" tem uma brincadeira recorrente sobre escritores que não sabem escrever bem os finais. Pois coube à perfeição.

Quase três horas de muita "barriga", uma coleção gigantesca de sustinhos ou sustões, um segundo ato que é pura repetição, que, como eu não li o livro, podem ser também quem sabe chamadas de "fidelidade". Há várias referências às obras do King, que podem ser atrativas para os fãs. Tomara que eles não se incomodem com várias situações de humor forçadas, do tipo, a pessoa está quase sendo assasinada da pior forma possível mas ainda encontra um jeito de fazer uma blague...Eu me incomodei.

 Pra ser sincero, o primeiro filme é mais coeso e cativante. Não era o final.

Bill Skarsgård in It Chapter Two (2019)

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Cara...eu li e amo o livro...eu te digo...essa parte que vc reclamou ficou fiel...mas no livro faz sentido pois há uma ideia de ciclos que se fecham...fica uma maravilha...ainda mais pq o livro inteiro salta no tempo...indo pra decada de 50 e depois pulando pros abos 80...agora no filme ficou um lixo.....

Aliás esse filme é um caminhão de decisões erradas...quando adaptaram erraram muito e quando foram fiéis também erraram. Considero o It 2 um filme bem fraco.

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Ainda bem que fiz bem em nem assistir o primeiro. Também sou dos que leu o livro (ou seria Biblia??) no século passado, amou e se desapontou com a versão noventista. É daqueles livros impossíveis de adaptar sem perda de material. Prefiro ficar com essa boa e nostálgica lembrança. E olha que curto o gênero. Se não tivesse lido quem sabe me aventurasse nisso aí.. mas 3hrs realmente não dá.. ?

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11 hours ago, frossit said:

Cara...eu li e amo o livro...eu te digo...essa parte que vc reclamou ficou fiel...mas no livro faz sentido pois há uma ideia de ciclos que se fecham...fica uma maravilha...ainda mais pq o livro inteiro salta no tempo...indo pra decada de 50 e depois pulando pros abos 80...agora no filme ficou um lixo.....

Aliás esse filme é um caminhão de decisões erradas...quando adaptaram erraram muito e quando foram fiéis também erraram. Considero o It 2 um filme bem fraco.

Valeu pela informação. E aquelas piadas? É do roteiro ou do livro, você diria?

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Assisti ontem esse IT2, não curti também, não... Primeiro bem melhor. 

Tem umas cenas de morte (umas 2) meio perturbadoras (perturbadoras mais pelas vítimas do que pela cena em si), fora isso, não sobrou muita coisa de mais notável. Mas concluiu a história, ok.

***Na sessão que assisti, ouvi o povo rindo a cada momento, até nas cenas que supostamente deveriam passar medo. Enfim.

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4 hours ago, SergioB. said:

Valeu pela informação. E aquelas piadas? É do roteiro ou do livro, você diria?

Também gosto do IT de 2017.

As piadas são bem presentes no livro...especialmente na fase criança e por fazer parte da personalidade do Ritchie. Mas não me lembro de nenhuma piada usada para quebrar o clima nos momentos de perigo. Eu nem falo horror...porque não considero IT uma obra de terror...mas sim uma fantasia...com subtexto de passagem para a vida adulta, fechamento de ciclos, manutenção dos sonhos, do encanto e do idílico da infância na vida adulta....mas enfim...achei que algumas piadas foram bem fora de propósito no filme...talvez funcionasse melhor se o filme se assumisse como um TERRIR...mas ele acaba ficando no meio termo ..e aí é outro fator do porquê a porca torceu o rabo nessa continuação...o filme parece não conseguir definir o que quer ser.... 

Sobre a fidelidade...a construção para a luta final com a Coisa foi um tanto parecida (e por isso ficou quase idêntico ao primeiro filme...fato que também me incomodou)....mas o enfrentamento foi radicalmente diferente...especialmente o ritual de Chud...que eu considero impossível de se filmar (por ser absolutamente psicodélico e meio metafisico)  e que é feito no livro pelo clube dos Otários quando crianças e também como adultos. A solução dada no roteiro para isso foi ridícula...era melhor ter limado esta parte...assim como toda a sequência de procura dos objetos...cheia de flashbacks da infância que não fizeram o roteiro caminhar e nem evoluir (O que interessaria neste filme seria desenvolver e aprofundar a vida deles como adultos)

Também não curti o tom aventuresco dado pelo filme ao embate final como forma de substituição ao tom mais viajante do livro...deveriam ter adaptado de outra forma

Enfim...tenho outros N pontos a comentar...mas tenho que voltar ao trabalho rs r s rs....se o papo render mais...continuamos depois...

Abraços

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Se você não esteve alheio aos gêneros de suspense e terror psicológico nos últimos anos, deve ter assistido a "Hereditário" ou pelo menos ouviu falar no nome do seu promissor diretor, Ari Aster. Em seu novo filme, intitulado "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite" (2019), somos levados a uma jornada hipnotizante e macabra de redescoberta pessoal, familiar e espiritual, juntamente com reflexões sagazes sobre sexualidade.

A história gira em torno de Dani, que após uma tragédia pessoal, vai com o namorado Christian e um grupo de amigos até a Suécia para participar de um festival interiorano de verão, onde acabam presenciando um culto sinistro. Apesar deste filme pertencer a um subgênero chamado "horror rural", Aster coloca o drama e mistério em primeiro plano, o que traz um ótimo senso de unidade e linearidade para uma trama que lida com problemas de relacionamento (familiares e amorosos) e a necessidade de encontrar novas perspectivas a partir disso tudo.

Florence Pugh entrega uma intensidade excepcional para a sua complexa personagem Dani, que é a força motriz do filme. E Jack Reynor faz do seu Christian um tipo babaca que, de forma funcional à história, nos faz ter algum ódio do seu personagem desde o início. Os outros personagens possuem lá seus momentos - incluindo passagens que beiram o humor negro -, mas acabam tendo funcionalidades que não vão muito além do episódico.

Aster não economiza nos simbolismos, alguns deles óbvios e outros impenetráveis para quem não entende de paganismo e afins. Ainda assim, é fácil encontrar referências cinematográficas que vão de “O Homem de Palha” a “Dogville”, em cima de uma ambientação que gera o sombrio a partir de um céu de claridade quase total. Os excelentes aspectos técnicos de som e imagem também nos causam arrepios em cenas memoráveis, como por exemplo: a que mostra um pós-tragédia, as de rituais com desfechos tensos, ou a de um sexo bem esquisitão.

Apesar de algumas pontas soltas e certa previsibilidade - além de não ser tão assustador quanto “Hereditário” -, o fato é que "Midsommar: O Mal Não Espera a Noite" é um ótimo filme sobre rupturas psicológicas, paradigmas de gênero, e necessidades de pertencimento. É uma narrativa que, lenta e gradualmente, vai te puxando para um pequeno universo bucólico que vai assombrar o seu imaginário durante um bom tempo. Todos nós passamos pelo inferno pessoal de Dani vez ou outra, logo alguns expurgos extremos acabam sendo bastante convidativos...

Nota: 8

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Estava precisando ver algum registro mais antigo, para não perder a noção de como chegamos até aqui em matéria artística. Como a nova série do Canal "Meu Tio Oscar" será sobre o ano de 1948, escolhi ver um dos indicados, "Na Cova da Serpente", "The Snake Pit", estrelado pela hoje centenária - 103 anos! - Olivia de Havilland. A década de 1940 é quase dela, várias vezes indicadas, duas vitórias. Não ganhou por este, mas está excepcional, tanto que, por muito tempo, foi a única a vencer por unanimidade o Festival de Nova York.

Tido historicamente como o primeiro filme a mostrar uma instituição mental e os desafios da psicanálise nessas instituições. Nos Estados Unidos, de então, instituições bem desumanas, tanto que ajudou a propagar uma série de mudanças nelas. Ataques, choques elétricos, memória, fala, transferência, cura...Um bom roteiro extraído da autobiografia de um médico que vivenciou as situações.  Pode paracer didático hoje, mas naquela época, fez muito bem em sê-lo. No papel do médico, Leo Genn, bom ator, hoje esquecido, indicado por "Quo Vadis".

Mas quem brilha intensamente é mesmo Olivia de Havilland. Ela foi das primeiras a fazer pesquisa de campo para a personagem. Frequentou por meses instituições mentais, conheceu pacientes, viu algumas situações depois incorporadas ao filme...Não ganhou o Oscar, pois já havia ganhado pouco tempos antes, e naquela ano havia Jane Wyman no espetacular "Jhonny Belinda".

Por fim, trilha excelente de Alfred Newman, em uma das suas muitas dezenas de indicações. O Filho, Thomas, segue pelo caminho das múltiplas indicações, mas sem ainda ganhar nenhuma estatueta. Este ano tem "1917"...Vamos ver...

Nada como um filme antigo para limpar os nossos olhos.

 

Olivia de Havilland in The Snake Pit (1948)

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22 hours ago, Jorge Soto said:

Ainda bem que fiz bem em nem assistir o primeiro. 

Como assim, SOTO? Pelo visto você realmente não gostou do filme, pois até esqueceu que assistiu, pois tem comentário seu do primeiro filme com nota e tudo lá no tópico do "19 dias de Horror". ?

 

13 hours ago, Jailcante said:

Assisti ontem esse IT2, não curti também, não... Primeiro bem melhor. 

Tem umas cenas de morte (umas 2) meio perturbadoras (perturbadoras mais pelas vítimas do que pela cena em si), fora isso, não sobrou muita coisa de mais notável. Mas concluiu a história, ok.

***Na sessão que assisti, ouvi o povo rindo a cada momento, até nas cenas que supostamente deveriam passar medo. Enfim.

Bem isso, JAIL

Comentei algo parecido lá no tópico do "19 Dias de Horror" . Eu curti o filme, mas ficou a anos luz de ter o mesmo impacto do primeiro. Dá um encerramento só ok pra história.

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4 hours ago, Questão said:

Como assim, SOTO? Pelo visto você realmente não gostou do filme, pois até esqueceu que assistiu, pois tem comentário seu do primeiro filme com nota e tudo lá no tópico do "19 dias de Horror". ?

 

pra você ver que "curti" tanto que até deletei da minha memória..? 

minha expressão e ansiedade pra assistir o segundo..

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Burn é um bom thriller indie que se passa num único ambiente e o diretor consegue dar um dinamismo incrível a essa limitação. Claro que tem que ter muita suspensão da descrença pra engolir algumas coisas mas o resultado é satisfatório, tenso e eficiente. Mas claro que tudo se torna palatável por conta da estupenda atuação da Tilda Harvey, que aqui faz uma espécie de Travis Bikle de saias. Jeitão de telefilme, mas dos bons. 8-10

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Gwen é um bom thriller psicológico (ou seria drama histórico?) que flerta muito com A Bruxa e Lady McBeth. Tem muitas coisas admiráveis pra representar o macabro: sua atmosfera mórbida, seu desenvolvimento moroso e a atuação sincera da atriz que dá nome ao filme. A sutileza da sugestão pontualmente rompida pela ultraviolência geram toda hora uma leve sensação de incomodidade nesta fita irlandesa, a despeito do desfecho que achei borocoxô. 8-10
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Mais um filme de 1948. "Key Largo", no Brasil, "Paixões em Fúria", quarta e última parceria de Bogart e Bacall. É um noir bastante curioso: Um noir na Flórida, um Noir na praia - naquelas últimas ilhas da península - um Noir com direito à furacão... Mas as outras características do estilo estão lá: detetives, crimes, suspense, femme fatales, sombras, gradientes de cinza...

Falei acima no casal, mas eles são eclipsados pelas atuações maravilhosas dos coadjuvantes Edward G. Robinson e  Claire Trevor, na interpretação de uma cantora alcoólatra, que lhe valeu o Oscar de Coadjuvante em 1949.

John Houston estava com tudo. Como ele escrevia bem! O texto dele tem uma naturalidade, um humor classudo, masculino, que me encanta. Olhem que frase bonita dita pelo Humphrey, com aquele charme habitual: "A minha primeira namorada foi um barco".

Houston haveria de ganhar o Oscar de Melhor Diretor daquele ano, sim, mas por outro filme..."O Tesouro de Sierra Madre".

Um dos donos do cinema.

Lauren Bacall, Humphrey Bogart, and Edward G. Robinson in Key Largo (1948)

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A Bruxa - Parte 1: Subversão

Tenho uma queda pelo cinema dos olhos puxados...definitivamente Coréia do Sul, Japão e China me encantam, por isso vezes ou outra caço produções destes países. Esta está no Netflix. É uma bagaceira maluca coreana que começa de um jeito e dá uma inversão insana do meio pro fim. Pegue elementos de Matrix, J Wick, Quem quer ser um milionário, K pop, muita violência gráfica, vilões ruins, bata tudo em um liquidificador e você terá algo parecido com esse filme. Se é bom? Não...não é !!! Mantém a atenção e a curiosidade ? Sim ! Nem que seja pela bizarrice e pela ótima performance da protagonista. Pior de tudo que vou querer ver o capítulo 2. Cotação = razoável. Visto no netflix. 

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Burn Your Maps é um drama bem fofuchis que faz do road movie metáfora da viagem da alma e válvula de escape deliciosa da treta principal, no caso, o luto da morte de um bebê. Com ótimas atuações de Vera Farmiga e Jacob Tremblay, traz uma bela reflexão sobre a religiosidade budista. A estória é estranha, tem algumas extravagâncias e há exploração cultural sim, mas é daquelas Sessões da Tarde que te deixa no final não somente com sorriso no rosto, mas com choro gostoso. 8-10

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A.I Rising é um scy-fy dramático de baixo orçamento que só vale pela curiosa procedência, a Sérvia. É daqueles filmes minimalistas, ambientados num único espaço e onde se desenvolve a relação dum astronauta e sua robô (ou seria roboazuda?). Sim, o filme é interessante em estética mas desenvolve a pouco contento a relação homem-máquina. Sobra o quê? Trocentas cenas de putaria que flertam com soft-porn. Melhor ficar com Blade Runner, Ex-Machina ou o ótimo e (e pouco conhecido) Uncanny. 7-10

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"Love is the Devil: Study of a Portrait of Francis Bacon" é um filme maravilhoso de 1998, contando a vida do pintor inglês Francis Bacon, mas, propriamente, seu doentio relacionamento com um ex-criminoso.

A direção, a fotografia, a montagem, são feitos emulando ao máximo possível a pintura de Bacon, de um jeito intensamente artístico e criativo. 

O roteiro é uma distribuição de petardos! Há diálogos incríveis, profundamente dolorosos:

_ "Te amo, Francis!"

_ De onde você tirou isso, George? Da televisão?"

Outros:

 _ Quando me abrirem, vão encontrar um coração tatuado "perdedor".

_ Tão interessante quanto um vaso com duas tulipas.

Nunca poderia imaginar que Francis Bacon fosse tão nojento, inteligente, sarcástico, sem carinho humano nenhum. Na cama, é um masoquista; na vida pública, um sádico. Um dos maiores artistas do século XX. Uma mente muito desagradável, mas muito instigante.

O elenco é divino. Daniel Craig dá um show, é quase uma cicatriz ambulante, ainda assim, uma estátua de beleza e juventude. Aparece nu várias vezes...Creio que seus fãs mais ardorosos ainda não descobriram esse filme...

Tilda Swinton em um papel menor, mas, mesmo aqui, caracterizada, já uma outra persona. 

Mas Derek Jacobi, coadjuvante em tantos papéis no cinema - de "Gladiador" a "Gosford Park" - tem o papel de sua vida, como protagonista. Uma atuação espetacular, num papel dificílimo.

Filmaço de John Maybury. A quem só conhecia de dirigir o vídeoclipe do meu amado Morrissey, "Our Frank".

Love Is the Devil: Study for a Portrait of Francis Bacon (1998)

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Eeire é um terror filipino que é muito bem ambientado e começa até legal, mas depois cai na mesmice numa estória que seria versão da loira do banheiro daquele país, entupido de sustos fáceis e trechos bem morosos. Falaram tanto que dava maior cagaço (na Netflix ta como Testemunha Fantasma) mas creio que a criatividade e tensão ficou só no cartaz e no desfecho, estilo Sexto Sentido. 7,5-10

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Trespasers é outro "home invasion" apenas correto, sem mais. Já viu Os Estranhos? Pois é, mesma coisa só que aqui se passa no deserto do Mojave. Fora a ambientação diferenciada o filme não acrescenta mais nada ao gênero, mas consegue divertir um pouco com o nonsense dos protagonistas e algumas situações que se esticam além do necessário. Os últimos 20 mínutos são a coisa mais legal. 7,5-10

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"Na Presença de um Palhaço" é um dos últimos filmes de Bergman, um telefilme de 1997, que é sobretudo a respeito do processo de criação. Estamos em 1925, e um diretor, internado em um hospício (ou não..), deseja criar uma técnica semelhante a um primeiro filme falado (antes portanto de "O Cantor de Jazz", que é de 1927) para contar a parte final da vida de Schubert.

Não é um filme fácil, é muito subjetivo, e tem um caminhão de texto, como de costume. Algums diálogos são magistrais, como só ele sabia escrever:

"A liberdade interior é, por mais ameaçada que pareça, um fato fascinante e inquebrantável que seguramos nas mãos quando as elevamos para a luz eterna."

Mas como cinema é um Bergman menor.

Destaque apenas para a cena do aparecimento do palhaço. E também para uma ironia dramatúrgica maravilhosa: quando o cinema falha, sempre se tem o teatro. 

Essa é a conclusão, a meu ver. O teatro como base do processo de representação.

Larmar och gör sig till (1997)

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"Jane Fonda in Five Acts" é um doc feito pra gente cair de amores por essa mulher!

Que atriz! Que beleza! Que cérebro! 

Embora não foque tanta assim o lado atriz, conseguiu reunir pelo menos umas 3 grandes cenas dela no cinema. Como o seu final no maravilhoso "A Noite dos Desesperados"; sua entrevista em forma de improviso em "Klute"; e a conversa com o pai em "Num Lado Dourado". Só faltou a eletrizante cena de sexo em "Coming Home"...Mas...ok...

Na parte humana, não faltou nada. Jane filha sem amor, Jane militante, Jane malhação, Jane esposa, e, agora, depois de tudo, simplesmente Jane Foda!

Que vida extraordinária!

Jane Fonda in Jane Fonda in Five Acts (2018)

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