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Blinded by the Light é uma dramédia musical bunitinha e bem água-com-açúcar. O mote são as músicas do Bruce Springsteen, que ajudam o protagonista a realizar o sonho americano e blábláblá. Atuações corretas e somzeira do The Boss neste "feel good movie" sobre amadurecimento e superação baseado num caso real. Sessão da Tarde fofuchis pra ver com a família e esquecer logo depois. Impossível não sair cantando alguma coisa ao final, a despeito do insosso titulo que recebeu aqui (A Música da Minha Vida) porque o original faz mais sentido. 8,5-10

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Body at Brighton Rock é um pequeno thriller de sobrevivência com terror psicológico (e físico) com premissa bem simples e interessante. O lance deste indie feito a toque de caixa é bem minimalista e lento, quase parando, podendo desagradar quem procura ação. A atriz protagonista se empenha bastante mas a gente não consegue sentir seu perrengue, saca? A reviravolta final também não acrescenta nada, mas vale o esforço da proposta, que creio com mais recursos teria ficado tão bom quanto o ótimo Backcountry. 8-10

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Dá uma sensação de "Estava esfregado na nossa cara!!!"

Lembro-me que todo mundo achava estranho aquela craiançada toda em volta dele. Mas ninguém levantava a voz para sugerir algo a mais.

Quatro horas de imagens de arquivo, fotos, e depoimentos impressionantes.

Se eu acreditei nos depoimentos dos dois caras? Definitivamente.

O caso de Michael Jackson força até o limite a capacidade de separar a admiração pelo artista e pela obra.

Leaving Neverland (2019)

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El Amor Menos Pensado é uma comédia romântica simples porém eficiente, que relata as idas e vindas de um casal em crise. Clichêzado até o talo e de duração excessiva, o único que sustenta o filme são os bons protagonistas principais neste que é clone dum Harry & Sally argentino ou áquela trilogia Antes do Amanhecer. Dá pra ver de boa, mas o Darin já fez coisa muito melhor. Filmes de relacionamentos tenho certa dificuldade de engolir. Curiosidade é que na trilha sonora tem até o Wando.."Meu iaiá, meu ioiô.." 8-10

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Deadsight é mais um "zombie movie" de baixo orçamento que ao menos tem uma premissa que foge do tradicional e te mantêm preso á película: um cego e uma policial grávida unem forças pra sobreviver no apocalipse desmorto. Mas apesar disso e a precariedade do orçamento, as idéias logo se diluem e tudo se estica além da conta apesar do empenho evidente da dupla protagonista. No final fica a sensação de que com mais grana e melhor direção teria vingado coisa bem melhor neste Fargo do terror. 7,5-10

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On 9/20/2019 at 10:07 AM, SergioB. said:

Dá uma sensação de "Estava esfregado na nossa cara!!!"

Lembro-me que todo mundo achava estranho aquela craiançada toda em volta dele. Mas ninguém levantava a voz para sugerir algo a mais.

Quatro horas de imagens de arquivo, fotos, e depoimentos impressionantes.

Se eu acreditei nos depoimentos dos dois caras? Definitivamente.

O caso de Michael Jackson força até o limite a capacidade de separar a admiração pelo artista e pela obra.

Leaving Neverland (2019)

Fica a pergunta. Teve uma certa conivência dos pais?. O Michael enchia os moleques de dinheiro, espectativas, privilégios e acessos. Enfim, quem teria coragem de ir contra o The King of Pop, alguém tão famoso e poderoso? 

Vendo o incrível Making off daquela última turnê que nunca aconteceu. Vemos um cara de voz baixa, tímido, sempre dizendo nas observações que ele fazia. Que tudo era dito com amor. 

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Falavam tão mal desse filme dos irmãos Dardenne, que eu demorei anos para vê-lo.

"A Garota Desconhecida", de 2016, tem uns primeiros 40 minutos encantadores, mostrando a vida de uma médica dedicada, inteligente e, solidária, que ama sua profissão, mas, depois, quando o filme se torna uma história de investigação, cria um problema para si mesmo, pois o conflito de fato não é bem resolvido. Ele é apenas dito. Outro problema que cria para si mesmo, um problema esse exterior, fruto das expectativas,  é vir depois de "Dois Dias, Uma Noite".

Adéle Haenal, contudo, está excelente.

 

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Clara é um drama scy-fy de baixo orçamento que funciona a contento, alavancado principalmente pela dupla principal. Mistura de Contato com I Origins este filme esconde seus clichês em trocentos jargões científicos/matemáticos, e deve fazer sucesso entre nerds/geeks de exatas. Mas a metáfora da solidão no universo adaptada ás relações sociais é bem interessante e te gruda á película. Bem feitinho em sua simplicidade e com tomadas fantásticas tiradas do Hubble o filme é uma opção diferenciada de romance estelar. 8-10

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D-Railed é um terror bizonho que são 3 filmes em um e não se resolve em qual quer ser. Começa até bem como thriller de mistério feito Assassinato no Expresso Oriente, mas daí surgem 3 reviravoltas inesperadas e vira um survival com clones do Monstro da Lagoa Negra (!?). Sim, creio que esta produção quis ser original e se perdeu totalmente nesses 3 giros, sem falar que a duração é curta demais pra desenvolver tudo que se propõe. Atuações canhestras, furos nababescos e um desfecho sem sentido completam o pacote desta pérola da bizarrice involuntária. 4-10
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Haunt é terror indie típico, correto, previsivel, porém bem efetivo. Mescla Escape Room com elementos slasher com homenagens ao terror oitentista de rodo. A boa ambientação e o roteiro oferecem diversidade na forma de pegar peças ao espectador de forma a não cair no slasher convencional. Mas fica a impressão que com um elenco melhorzinho e um desfecho mais potente teria vingado um baita filmão. Depois vi que os roteiristas são os mesmos do Lugar Silencioso, mas aqui foram mais preguiçosos pois ta cheio de furo. 8,5-10

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Midsommar se diz filme de terror mas é mesmo um thriller de mistério pois todo desenrolar da estória nada mais é que metáfora do relacionamento do casal protagonista..alías, do término dele. O roteiro tenta ser inteligente mas o filme só me prendeu no quesito das bizarrices daquela comunidade alternativa sueca. Visualmente é lindo e deixa-se ver de boa, atuações idem.. mas é justamente esta pretensão de simbolismos que faz a experiência (pelo menos a minha) não ser plena. Pelo menos foi menos broxante que Hereditário. 8-10
 

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Certamente um dos 10 filmes mais bonitos que eu vi neste ano, "Conquistar, Amar e Viver intensamente" é uma aula de roteiro livre.

Estou muito encantado, muito emocionado, e mais consciente de como somos condicionados a ter que haver uma história que tenha "desenvolvimento", um passinho depois do outro, e páh! Mew, não! Esquece. Veja esse filme, sinta esse filme.

O roteiro é livre, assim como as relações. Homens beijam homens, que beijam mulheres, que beijam alguém mais novo, depois alguém mais velho, e sem ciúme, e sem drama, sem sentimentalidade.  Pessoas com AIDS, vejam só, também são seres desejantes. E, olhem só, seres desejados! Por que uma pessoa com HIV não poderia ser atraente ainda? E querer tomar vinho à noite no Sena, e querer dançar em uma boate, e andar à noite pelas ruas de Paris (repete-se em parte a Paris noturna de "Canções de Amor", do mesmo Christophe Honoré). Por que alguém que está muito debilitado, com sarcomas pelo tórax, ou pelo pescoço, tendo que fazer pulsão duas vezes por dia, com intensa diarreia causada pelo coquetel, não pode dar uma fodidinha ainda? Por quê? Só não pode ser ainda um mecanismo desejante aquele já morreu. Esse filme é um ENORME SIM para a vida!

Vizinhos que se gostam e dormem um na casa do outro; amigos que respeitam o amor uns dos outros; famílias desnucleares "sem tempo, irmão" para bolsonarices... A liberdade inteira, inteira mesma, como se apresenta neste filme, só pode ser mostrada se não houver segredos. Por isso a nudez não choca, o sexo não choca, a criança ver a intimidade adulta não choca, nada choca. É tudo permitido e natural.

Toda essa liberdade de caçar, sentir, amar, transar, apoiar-se mutuamente, é embalada em uma trilha sonora de extremo bom gosto, com lindas canções. Toda essa liberdade é apoiada em poemas, em pôsteres de grandes filmes como "O Piano", "Querelle"; os personagens frequentam museus, leem livros, visitam com honra o túmulo de Truffaut. E através desses signos culturais, uma geração pode conviver com a outra, aqueles que chegam e aqueles que já estão saindo de cena, ambas, contudo, tentando aprender a viver. 

Filme para adultos que já transaram alguma vez no banheiro público, ou que já abriram alguma vez um livro envelhecido.

MA RA VI LHO SO!!!!!!

Pierre Deladonchamps and Vincent Lacoste in Plaire, aimer et courir vite (2018)

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"The Price of Everything" é um ótimo documentário a respeito do mundo da arte contemporânea. Feito pelo diretor Nathaniel Kahn, já duas vezes indicado ao Oscar na categoria, é uma produção que sempre nos surpreende, ao mostrar o que é arte na visão dos colecionadores, na visão dos artistas, na visão dos galeristas, e na visão das grandes casas de leilão.

É incrível ver famosas obras de arte dentro de alguns apartamentos de Chicago ou Nova York...Um impacto tão grande na cultura mas para deleite de poucos.

Gostei muito.

The Price of Everything (2018)

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Minha vez de ver "Midsommar".

Embora eu não tenha gostado, jamais posso dizer que é ruim.

Gosto de ser um terror atípico, de dia, e só isso, já conta pontos. Não há sombras, não há sustos, não há a ideia tradicional de pegar desprevenido alguém...Parabéns pelo trabalho nesse viés.

Mas, sendo sincero, aquele visual "Nosso Lar", ou da novela "A Viagem", ai...me cansa total. O Soto escreveu que o filme é de um simbolismo pretensioso...comigo a experiência também foi assim. Tô nem aí pra cultura pagã, seja de onde for, mermão.

Florence Pugh in Midsommar (2019)

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Clássico japonês de 1954, "O Intendente Sanshô", de Kenji Mizoguchi, foi agraciado na época com o Leão de Prata em Veneza, em honra da sua beleza e emoção.

Toda a luta de uma família para ficar junta, após serem separados e feitos escravos, no Japão do século XI. 

O intendente do título, na verdade, é mais uma representação do mal, pois aparece relativamente pouco. O que importa são os bons, as ações dos bons.

Uma direção sóbria e lindíssima para a época.

Ao final, vemos a reação dos poderosos frente ao fim do sistema escravocrata. Pelo mundo afora, deve ter sido assim.

Sanshô dayû (1954)

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"Yesterday" é o novo filme do Danny Boyle, uma comédia romantica musical bem gostosinha, que serve de homenagem aos Beatles.

Para desespero de minha mãe, nunca fui fã da banda, e, pessoalmente, me desagrada ver a todo momento do filme o tratamento que os ingleses dão a si mesmos, como se fossem sempre os responsáveis pelas maiores façanhas da humanidade: "Os maiores artistas do mundo", "As músicas mais lindas de todos os tempos", afff...

Diverte entretanto, apesar do final do filme ter sido mal resolvido no plano das ideias. Melhor ser mediano e feliz na vida? É isso?

Se o roteiro enveredasse pelo tema do "fim das canções", enquanto arte - pois é isso que está acontecendo em todo o mundo -  eu acharia o filme mais inteligente, mais sagaz.

Himesh Patel and Lily James in Yesterday (2019)

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In the Shadow of the Moon é um bom thriller scy-fy que é filme de investigação policial com viagem temporal.. sim, é isso mesmo! As vezes embaralha gêneros mas o filme se dá melhor quando foca mais na investigação policial pois os ecos de Predestination ficam pros finalmentes. Bem atuado e produzido dentro de sua simplicidade, seu trunfo é o roteiro mostrar duas linhas temporais (uma avançando e outra retrocedendo) simultâneas e uma premissa interessante. Com boa reviravolta o ruim foi o final, onde não precisava aquele monólogo desenhando o desfecho pro espectador. 8,5-10

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Stuber é o tipico buddy movie só que aqui tem o Dave "Drax" Bautista e o indiano de Doentes de Amor, produção que já diz a que veio e todos sabem o que esperar e até como termina, tipo Dupla Explosiva, Máquina Mortifera, Bad Boys, etc. Apesar de problemas na narrativa e incongruências, a química dos protagonistas é boa e o nível de porradaria ta até acima da média. De longe a melhor cena é a interminavel briga de rua, quiçá homenageando o oitentista They Live, do Carpenter. Opção pipoca pra dar algumas risadas e logo mais esquecer. 8-10

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11 hours ago, SergioB. said:

"Yesterday" é o novo filme do Danny Boyle, uma comédia romantica musical bem gostosinha, que serve de homenagem aos Beatles.

Para desespero de minha mãe, nunca fui fã da banda, e, pessoalmente, me desagrada ver a todo momento do filme o tratamento que os ingleses dão a si mesmos, como se fossem sempre os responsáveis pelas maiores façanhas da humanidade: "Os maiores artistas do mundo", "As músicas mais lindas de todos os tempos", afff...

Diverte entretanto, apesar do final do filme ter sido mal resolvido no plano das ideias. Melhor ser mediano e feliz na vida? É isso?

Se o roteiro enveredasse pelo tema do "fim das canções", enquanto arte - pois é isso que está acontecendo em todo o mundo -  eu acharia o filme mais inteligente, mais sagaz.

Himesh Patel and Lily James in Yesterday (2019)

Eu também não achei nada demais,  mas absorvi de forma menos amarga a ideia do filme. 

Entendi como,  "sendo o que não somos de fato é impossível ser feliz."

 

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Um Sokurov de 2003, focando dessa vez, como evidencia o título, a relação pai e filho, já que anos antes, houve o extraordinário "Mãe & Filho". É tanto amor que o pai tenta viver a vida do rapaz, superprotegendo-o, e o controlando. Esse mega-amor quase confunde as pessoas com sugestões de incesto e homossexualidade, tanto que o filme recebeu algumas críticas em Cannes nesse sentido, que deixaram o diretor louco da vida na época. É que os primeiros minutos de "Pai & Filho" são realmente muito fortes e enigmáticos...

Fotografia belíssima, dourados medicinais, ângulos de câmera incríveis, e aquele maldito trabalho de som que nos perturba sempre.

É Sokurov.

Otets i syn (2003)

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O Coringa é possivelmente o vilão mais apreciado do grande universo do Batman, seja nos quadrinhos ou nas adaptações cinematográficas do herói. Seu anarquismo e sua insanidade o colocaram num patamar de misticismo que, até então, dispensou a necessidade de uma história de origem bem detalhada. Agora, finalmente temos uma imaginação bastante humanizada dessa origem, representada no tenso e dramático filme “Coringa” (2019).

A história se passa na Gotham City dos anos 1980, e nos apresenta o Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) como um comediante fracassado que tenta se sobressair em meio a seus problemas psicológicos, e em meio a uma sociedade que o rejeita. Alguns elementos da graphic novel “A Piada Mortal” são usados, mas o diretor Todd Phillips cria seu próprio universo hermético, com várias cenas e elementos narrativos que não escondem nem um pouco as influências dos filmes “Taxi Driver” e “O Rei da Comédia” (ambos de Martin Scorsese).

O tom geral da obra é muito mais melancólico do que irreverente, como representação da falta de talento cômico do protagonista. Há um estudo intrigante sobre depressão, inseguranças, traumas familiares, esquizofrenia, e sobre como podemos adquirir um cinismo e egocentrismo perigosos quando notamos a total falta de empatia que nos rodeia diariamente. Phillips evoca um desconforto que transforma a experiência em algo bastante claustrofóbico, seja através de suas cores fortes, ou por sons que dialogam com o estado mental do personagem.

Sim, tudo gira em torno de Arthur Fleck, que é interpretado aqui por um Joaquin Phoenix intenso, multifacetado, e digno de Oscar! Ele caminha por uma Gotham que é tão suja quanto Nova York, e vai chafurdando gradualmente em sua própria sujeira, à medida que acumula fracassos e frustrações. Sua mãe, interpretada por uma misteriosa Frances Conroy, não chega a ser memorável mas possui utilidade narrativa. E Robert De Niro, divertidíssimo, faz aqui um apresentador de televisão que acaba sendo o catalisador de algumas reviravoltas importantes...

No fundo, “Coringa” não romantiza a psicopatia e o crime, e nem apela para o ‘fan service’ em torno da personalidade final do personagem. É um drama violento sobre um ser humano ainda oscilante e instável, rumo a um destino que nos trará a seguinte reflexão moral ambígua: será que ele se perdeu, ou se encontrou? O ato final do filme é excepcional, gera um gostinho de “quero mais”, e faz valer até algumas redundâncias de autopiedade no roteiro. Talvez a vida tenha que ser mesmo uma comédia, afinal.

Nota: 9

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O que esperar de um documentário de Ron Howard?

Tudo é feito de maneira correta, sem polêmicas, sem arestas, dando retorno emocional ao público, do mesmo jeito que ele concebe todos os filmes dele. Não há nada de "artístico" na forma, nenhuma inovação, nenhuma criatividade. Arquivos, arquivos, arquivos; entrevistas, entrevistas, entrevistas. Escorados todos na figura solar e imensa do tenor.

"Pavarotti", que está na minha quinta posição em termos de Previsão para o Oscar, agradará a muita gente. Mas, em termos de cinema, não é nada.

É um Globo Repórter ou um programa de tevê qualquer.

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Não gostei muito de "Ad Astra". As pessoas tem reclamado do ritmo lento do filme, mas não gostei mesmo foi da história, com uma premissa vista e revista. 

É tudo tão apático, orgulhosamente sem batimentos cardíacos...A direção basicamente se ocupa dos vincos do rosto do Brad Pitt da maturidade, enquanto uma narração ocupa o vazio emocional.

Por anos a fio, reclamou-se de um universo retratado com som, e, pronto, tá aí, um filme com cenas de ação sem som. Resultado: não tem graça.

Só gostei bastante da Trilha Sonora do Max Richter.

Tendo visto o filme, não acho que ele tenha fôlego no Oscar, a não ser em Efeitos Visuais (num ano aparentemente fraco) e talvez, quem sabe, nas categorias de Som.

 

Brad Pitt in Ad Astra (2019)

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Rambo: Last Blood era uma tragédia anunciada desde o trailer e eu assisti (baixado, claro) por me recusar em ver na telona algo já podre, apenas por curtir muito a franquia desde o século passado e ver no que ela terminou se tornando. Parece telenovela mexicana e todo aquele auê xenófobo não tem nada a ver..o filme é ruim mesmo, o pior da franquia. Atuações bizonhas, melodrama vergonhoso...e a ação? Sim, ela ta aí boa de ver, mas somente nos finalmentes. Isso não é Rambo. E não basta pra segurar este triste fecho da saga do herói oitentista. 6-10

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Once Upon a Time in Deadwood é um faroestinho picareta que pega vácuo no título do filme do Tarantino mas que mesmo assim diverte, pelo menos. Tem jeitão de telefilme, as atuações são bem vergonhosas, tirotéios toscos e o filme mesmo não se leva a sério, o que conta positivamente. Não é nenhum Eastwood, Ford, Peckimpah ou Leone, mas ao menos serve pelo seu humor involuntário. Destaque pras sacadas do herói, um clone canastra do  Charles Bronson.  7-10

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Só hoje pude ver "Praça Paris", da Lúcia Murat, e, com isso, conferir mais uma performance da nossa Viola Davis, a super Grace Passô. Se esse nome não diz nada a você, acredite, você precisa conhecê-la o quanto antes. Começe pelo fenomenal "Temporada". É a melhor atriz do Brasil dos últimos 4 anos pelo menos.

O filme começa muito bem, explorando a necessidade e os limites de uma Psicologia Social. Os moradores dos bairros cariocas de periferia realmente precisam de uma assistência psicológica muito próxima, para suportarem tanto estresse, tanta violência. Essa vivência é muito bem explorada pela personagem da Grace Passô.  Porém, depois de uma hora de filme, ocorre uma mudança de tom inesperada, e o drama vira um thriller paranóico, centrado agora na psicóloga portuguesa, personagem vivida pela atriz Joana de Verona. 

A ideia é até boa, mas a Lúcia Murat pesou demais a mão.  Pesou com o discurso, o tradicional da esquerda brasileira: a polícia, os ricos, os brancos, a colonização, são os responsáveis pelas nossas mazelas. Até as mais interiores.

Praça Paris (2017)

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