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  • Administrators

Um Espião Animal

Um Espião Animal Poster

Sim, ví na telona com eu afilhado. Não é uma bomba que eu esperava, o filme até se sustenta. Com vozes de Will Smith e Tom Holland, o filme conta a história de um nerd em "trecnologias" que cria uma invenções malucas e o Will smith faz um agente tipo 007 turbinado ultra-foda-convencido-arrogante que por acidente vira um ou melhor uma pomba. O filme se sustenta com a piada de ele sempre ser pomba e tentando capturar o vilão (lembra um pouco o vilão do Big Hero 6) junto com o nerd e sim, outras pombas. O filme não economiza nas coisas nojentas de pombas, tipo comer qualquer porcaria que caia no chão....grande parte do filme se sustenta na piada da pomba e perde um pouco qdo não tem esse o Will Smith de pomba. O design de produção é excelente. 

ps. Vi uma critica no Rotten que dizia que o filme é uma mistura de Os Incríveis, depois vira Pets e termina como Despicable ...kkkk

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No início de 2019, pensáva-se que Helen Mirren e Ian McKellen seriam candidatos ao Oscar, por "The Good Liar". Confiávamos no talento deles. Porém, o filme foi um fracasso de crítica.

Hoje fui saber a razão. A história é muito forçada. Dá um golpe no espectador, ao superinventar seu desfecho.

A trilhas sonora do incansável Carter Burwell é bonita e serve bem à trama.

Ah, ok, os dois atores estão excelentes. Nunca duvidei.

Helen Mirren and Ian McKellen in The Good Liar (2019)

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Premiado em Sundance, no Festival de São Paulo, e no NYFCC, e mundo afora, "Honeyland" é uma das grandes surpresas da lista do Oscar, pois conseguiu, pela primeira vez, avançar em Melhor Documentário e Melhor Filme Internacional ao mesmo tempo. Representando a Macedônia do Norte, mostra a vida em um rincão montanhoso daquele país dos Balcãs, cuja escassa população rural ainda vive da subsistência. 

É um documentário de observação, nesse sentido, é o exato oposto do interventor "Democracia em Vertigem", já que em "Honeyland" a câmera é quieta, testemunhal, sem trabalho narrativo, sem off lacrimoso, sem definir os fatos pelas impressões pessoais dos diretores. "Honeyland" é cru. Pra mim, até demais, já que não suporto ver mau trato animal, e foi um suplício em certos momentos. Mas o sofrimento humano, da mãe da retratada, foi ainda pior. É pra destroçar o coração das pessoas.

Tenho sabido que "Honeyland" foi realizado ao longo de 3 anos, e que seus diretores não sabiam nem falar turco. Logo, não compreeendiam muito das dinâmicas ali. Não sei se é verdade. 

Seus temas: ecologia; defesa animal; saber tradicional; desamparo estatal; ambição exploratória...São muitas camadas. 

Tudo isso, sem lacração.

"You are so Beautiful", do grande Joe Cocker, pra mim, nunca mais terá o mesmo significado.

OBS: Apresenta-nos o pior vizinho da face da Terra. Quero apenas matá-lo.

Tendo visto todos os candidatos a Melhor Documentário; 4 excelentes; e 1 chororô chapa-branca;  meu voto iria para "American Factory".

Hatidze Muratova in Honeyland (2019)

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"Dark Waters"/O Preço da Verdade é o "Erin Brockovich" de Mark Ruffalo. Só que num caso real impensavelmente maior, de proporções planetárias, envolvendo a empresa química Dupont. O filme é muito bom, com uma ótima atuação do Ruffalo, fotografia esverdeada e azul do craque Edward Lachman, e montado pelo brasileiro Affonso Gonçalvez em sua maravilhosa carreira.

Porém, é um filme de advogado. Todd Haynes, sempre tão criativo, sempre tão elegante, não conseguiu acrescentar nada de novo ao filão. Depois do desacerto de "Sem Fôlego", acho que preferiu apenas fazer algo convencional. O que ele nunca faz.

Vale a pena ver, sim. É um bom trabalho. Só não é - digamos - um avanço artístico.

Mark Ruffalo in Dark Waters (2019)

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"A Hidden Life" é um Malick com enredo! Podemo comemorar! Anne Thompson esclareceu em entrevista que esse filme foi esquecido na temporada, mesmo a brilhante Fotografia de Jorg Widmer, por que ninguém em Hollywood está preparado para encarar quase 3 horas de Malick, depois dos últimos 3 filmes com "pessoas indo e vindo para lá e para cá". Ela completa que ele se queimou com os atores depois de "Tree of Life".

Bom, aqui estamos de volta a um tema. A um bom tema, caro ao cinema ("Sargento York; "Até o último Homem"): a objeção de consciência. É baseado em um caso real, durante a Segunda Guerra Mundial, quando um camponês austríaco se recusou servir ao Nazismo, tornando-se até posteriormente um beato reconhecido pelo Papa Bento XVI.

Contrariando a expectativa, não tem quase nada de pregação religiosa. A fé está internalizada. Um acerto do Malick. Fora que a câmera dele continua com aqueles movimentos de ir e vir, quase esbarrando nos personagens, como se quisesse filmar o pensamento deles (Sokurov também faz isso). Há aqueles contra plongée lindos de sempre, destacando o céu majestoso, as copas das árvores, as montanhas da Áustria, as cúpulas dos recintos...Gosto como ela realça a quietude da natureza em meio a guerra, mas de jeito nenhum como um lugar de paz, é um lugar de "ausência", de vazio, de infelicidade.

Valeram as 3 horas? Sim. Para ver como é possível falar de Nazismo - usando até imagens de arquivo de época - sem apelar para uma violência sádica e escorchante.

OBS: Último filme de Bruno Ganz.

A Hidden Life (2019)

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Dos filmes marginais à temporada do Oscar, aqueles que ficaram no "quase", que nasceram em Niterói, o melhor deles, junto com "The Farewell", em minha opinião, foi "Honey Boy". Principalmente pelo show de atuação do Noah Jupe, que é o melhor ator mirim dos últimos anos ("Extraordinário, "Um Lugar Silencioso", "Ford v Ferrari"). Impressionante o talento dele.

O filme é a biografia do polêmico ator Shia LaBeouf, que aqui também assina o roteiro e atua, interpretando seu próprio pai. Ele é encrenqueiro e tudo, mas...tem algo dentro. É bom ator. Gosto dele em "Ninfomaníaca" e "Docinho da América". No caso dele, penso que o papel precisa casar com sua personalidade. Precisa casar com o fato de ele ser uma bomba-relógio, um fio desencapado. O filme explica.

A diretora israelense Alma Har`el ganhou o DGA de Primeira Direção.

Noah Jupe in Honey Boy (2019)

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On 1/28/2020 at 1:22 PM, Jailcante said:

(E só pra constar: tem até 2 atores da Marvel no filme, ou seja...).

São dois??? eu só consegui identificar o Estranhoso... que vacilo! Qual o outro??  Com relação ao filme, na boa..é legal mas nada demais  e acredite, consegui dar altos bocejos aqui nesse pseudo plano sequência sem fim?.... Dureza foi semana passada ficar preso aos filmes que a patroa me intimou a assistir (os do Oscar, claro!)?, mas agora que ela deu um tempo voltei ás minhas preferências trash que correm pelas beiradas do cinemão comercial..?

 

On 2/1/2020 at 5:33 PM, SergioB. said:

"Dark Waters"/O Preço da Verdade é o "Erin Brockovich" de Mark Ruffalo.

Depois desse aí a patroa ficou com a pulga atrás da orelha quando pedi pra ela cozinhar um costela na única frigideira de teflon que tem aqui em casa..?

 

Colour Out of Space é mais um belo exemplo do quão difícil é adaptar HP Lovercraft pras telas. Se como adaptação (o alemão de 2010 dá de dez neste aqui!) deixa a desejar, como terror scy-fy é até razoável. Nicolas Cage surtado, estética oitentista e paleta de cores bacana, fora os bons efeitos especiais á moda antiga (com um tiquim de cgi). Contudo, tem muitos problemas de ritmo e é demasiado longo. No mais, vale assistir mas sem esperar clássico nenhum. Acredito que o resultado tenha sido irregular porque o diretor não pegava nada desde o século passado (!?). 8-10

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Hala é o batido drama indie sobre amadurecimento teen, mas o diferencial aqui é que se trata duma muçulmaninha rebelde na terra do Trump. E é um diferencial que realmente prende pelas diferenças culturais envolvidas, principalmente na metáfora do véu que o filme esfrega na sua cara o tempo todo. Atuações simpáticas, etc e tal...parece um filme do John Hughes, mas com muito mais sensibilidade. Tinha tudo pra cair num dramalhão mexicano, mas felizmente foge disso. 8,5-10

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Spell é um thriller psicológico indie com muitas semelhanças narrativas ao badalado (e bem superestimado) Middsomar, mas de baixíssimo orçamento e com uma pegada de jornada do herói mais noir. É interessante não apenas pela ambientação gélida da Islândia mas pela sua estrutura em capítulos. As atuações estão todas ok e o filme demora pra engrenar pois é meio que paradão e de difícil digestão. Mas da mesma forma que o badalado filme mencionado deixa a sensação que podia ter sido bem melhor. 8-10

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Os Órfãos (The Turning, Dir.: Floria Sigismondi, 2020) 0/4

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Todos já falam como é ruim esse filme (a trinca dos infernos da Universal - Cats, Dolittle e esse, lançados um atrás do outro), mas tive que ir lá conferir... Até porque revi recentemente o filme dos anos 1960 (Os Inocentes) e queria ver as diferenças. Ah! Primeiro: Esse não é 'remake' do filme dos anos 1960. Deixam claro que é nova adaptação do livro que deu origem ao filme anterior. "The Turn of the Screw" (até legendaram isso em português nos créditos iniciais do filme pra deixar claro - legendar créditos, algo que poucas vez vi), mas convenhamos, se o livro for parecido com isso aqui, é melhor passar longe dele... Então sim, com certeza, o filme é ruim que dói. Foi interessante sair do cinema e ver a cara de nojo de todo mundo ali com esse filme. Acho que nunca presenciei algo assim com nenhum outro filme nos cinemas por pior que fosse. hehehe Enfim, terrível mesmo.

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Prêmio de Melhor Diretor em Cannes 2019, "Le Jeune Ahmed"/ O Jovem Ahmed é mais um exemplar do cinema naturalístico e realista que os irmãos Dardenne produzem. De cara já somos jogados no meio da confusão, de cara já entendemos que o cara do título é um jovem muçulmano bastante religioso, sem pai, em conflito, vamos dizer assim, com as liberdades ocidentais: mulher trabalhar, sua mãe beber, a vida sexual livre de sua irmã... Valendo-se desse perfil psicologicamente instável, o imã da comunidade tentará influenciar cada vez mais o protagonista a cometer atos extremos de fé.

Demonstrando encarar a política global sem ingenuidade, os aclamados diretores parecem entender bem o que se passa na Bélgica atualmente:  Em nome de uma ampla política de bem-estar social, o país virou um abrigo de células terroristas muçulmanas.  Quantos atentados, ou incidentes menores, ocorreram lá nos últimos tempos? Mas esse contexto é só um hiperlink.

Em seus menos de 90 minutos, a estratégia de filmar é a estratégia vencedora de sempre: desenvolver um personagem forte e acompanhá-lo por todos os lados, até esgotá-lo intimamente

Sabem tudo.

Le jeune Ahmed (2019)

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Uau, já podem dar o Oscar de Melhor Curta de Documentário!! Que isso! Estou arrepiado! Lindo demais!

"Learning to Skateboard in a Warzone (If You`re a Girl)" (pegando a onda de tíitulos enormes e chamativos vencedores na categoria) é maravilhoso, maravilhoso! Primeira indicação da diretora Carol Dysinger. Ganhou Tribeca e o BAFTA.

O cenário é uma escola em Cabul no Afeganistão. Uma classe de meninas. Então a professora pergunta "O que é coragem?", e uma aluna responde "Vir pra escola e aprender a ler". Claro, no meio do caminho pode haver um ataque-bomba, ou elas podem ser sequestradas (o que acarreta uma desonra para a família), podem ser agredidas, podem ser  estupradas. Muitas das coleguinhas de classe, em idades diferentes, não sabem ler, escrever, fazer contas simples de matemática. Mas aprenderão. E aprenderão também a andar de Skate. Para dar coragem. Para não ter medo. Ganhar autoconfiança. Cair e levantar. E também terem um pouco mais de alegria. Antes só ficavam em casa, entediadas, ou trabalhando em serviços domésticos, em total ignorância, até a idade núbil. Essa escola - Skatestain- é mantida financeiramente pela comunidade internacional de Skate.

É muito encantador vê-las de joelheira, capacete, e seus hijabs. Aprendendo a fazer as manobras, os cortes, os saltos. Tudo isso, com o Talibã, à espreita, loucos para voltar a comandar a cidade de novo, ordenando o uso constante da Burka, e proibindo de novo a escola.

Um filme sobre skate, sobre analfabetismo, e sobre feminismo.

Volta e meio escrevo nesse fórum desdenhando a respeito do "neofeminismo" de hoje em dia. É porque estou cansado das pessoas se colocarem como vítimas. Esse curta mostra o feminismo de verdade, o que eu endosso 100%, quando as mulheres se recusam o papel de vítima, mas abraçam o de serem protagonistas da sua história. 

39 minutos.

(Agora só falta o impossível de localizar "St. Louis Superman". O mundo dos cinéfilos não aguentará mais um ano sem ver todos.)

Learning to Skateboard in a Warzone (If You're a Girl) (2019)

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Último filme que assisti no cinema, O Escândalo trata da revelação dos casos de assédio sexual partindo do então CEO da Fox News, Roger Ailes (John Lithgow, com uma maquiagem impressionante) para com suas funcionárias. A revelação do escândalo do título demora pra acontecer, visto que antes todo o universo, tanto da Fox News como das figuras contraditórias que nela habitavam, é bastante esmiuçado e tratado de forma didática, o que impede o espectador de perceber essa relação Fox-toxicidade sozinho. Depois, é mostrada a importância da âncora-estrela controversa, Megyn Kelly (mais um baita trabalho de maquiagem dessa vez na Charlize Theron), através de seus embates aparentemente antagonistas com o futuro presidente Trump mas que, de fato, refletiram as lutas de vale tudo pela audiência travadas pela imprensa. Eu esperava bem mais de um filme retratando um escândalo de tão gigantes proporções cujo as portas se abriram para o surgimento de movimentos em defesa da integridade sexual das mulheres irrompidos pouco tempo depois. A questão do assédio é um tanto superficializada e as personagens, exceto Megyn, não são tão bem exploradas como poderiam. Há críticas bem construídas (ambiente tóxico empresarial, carreira x justiça) e momentos constrangedores (como a cena da Margot Robbie na sala do Roger) que te deixam enojado. As atuações são boas, com destaque óbivo para Theron, que muda o jeito de andar e o tom de voz para compor Megyn, agregando demais à personagem. Contudo, o roteiro ficou com aquele gosto de quero mais e aquela impressão de que poderia ter maior profundidade se tivesse outro tratamento.

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Primo polonês de "Mudança de Hábito", quem diria?! O argumento do "falso padre" é bem explorado pela dramaturgia mundial, restam poucos caminhos de desenvolvimento, no entanto, funciona sempre. Talvez aquele seja o ponto mais fraco do filme, pois resulta em previsibilidade. Mais curioso ainda é que parece que é inspirado em uma história real. A arte imita a vida.

Com uma atuação sensacional do ator polonês Bartosz Bielenia, responsável maior por esse filme chegar onde está, acompanhamos um ex-presidiário que assume o lugar de um padre em uma pequena paróquia. Embora já tenhamos visto algo parecido muitas vezes, é legal acompanhar o protagonista em meio aos jovens, fumando, ouvindo eletrônico, tentando se comunicar de maneira mais direta com a comunidade, sem velhos sermões, sem velhos padrões. E, de quebra, sem ocultar seu lado sexy.  Todos podem se comunicar com Deus, diz o filme. Mesmo que de maneira não oficial.

"Corpus Christi" é muito bom filme, Fotografia e Direção bastante eficientes, mas também não avança muito artisticamente. Em certo momento, em uma cena de "confissão", uma informação é lançada e essa informação poderia ter sido mais bem trabalhada pelo roteiro. Poderia ter dado um peso ainda maior ao filme.

Vale a pena.

Boze Cialo (2019)

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The Unthinkable é um bacanudo thriller apocaliptico sueco que tem dois momentos bem definidos: a quase primeira hora só de dramalhão (chatinho) e o vamuvê de catastrofe (bem legal). Tenso, corrido e interessante, o filme te prende por não saber o que realmente ta rolando, tipo Rua Cloverfield. E a correria é muito bem feita, com destaque pruma ótima sequência que emula a cena do carro de Filhos da Esperança, elevada ao cubo. As atuações são corretas, bem produzido e tem um desfecho meio subjetivo, pra repensar. 8,5-10

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A Serial Killer's Guide to Life é uma divertida comédia inglesa com muuuito humor negro (finíssimo!) e sua estrutura narrativa lembra muito o igualmente bacana Sightseed. É um road movie narrado em capítulos com pegada de auto-ajuda(!?). Imagina um Beautiful Day in the Neighborhood com Thelma & Luise sociopata, é isso! A dupla principal ta ótima e a duração enxuta do filme ajuda na experiência. Outra, a reviravolta final serve de cereja de bolo neste pequeno grande filme que faz sorrir do início ao fim. 9-10

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Ana é um draminha razoável sobre opostos que se atraem nas adversidades, paternidade mal resolvida e blábláblá.. Em formato de road movie, a jornada da dupla principal (atuada apenas corretamente) soa simplista e genérica demais. Como Sessão da Tarde inofensiva ta ok, mas na boa, eu esperava bem mais do Andy Garcia e, principalmente, da pirralha promissora do Logan, a X-23.  Ficam as boas paisagens da América Central, onde o longa se passa. 7-10

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Começando o processo para me livrar da influência do Oscar, apelei para o cinema do japonês Sogo Ishii. "Crazy Thunder Road", de 1980, segundo filme do diretor, explora um conflito de gangues - japoneses à la James Dean - com jaqueta de couro e camiseta branca. Mas mais interessante é o "como". Muito rock, muito eletrônico, muito style, muitas cenas nada a ver, pouco dinheiro, uma influência direta de "Mad Max" (1979). Toda essa atmosfera muito louca, é, nada mais nada menos, do que "um trabalho de finalização de curso" do diretor quando se graduava pela Universidade do Japão.

É um conflito apenas pelo conflito, pelo prazer da briga. Não tem essa coisa brasileira, de luta pelo mercado do tráfico de droga, ou da busca pelo dinheiro. É uma busca apenas de supremacia do ego, de exercício da masculinidade. Coisa bem de jovens. No entando, ao final, a disputa pueril se exacerba e vira um protótipo do militarismo japonês, reavivando até a antiga bandeira do Império do Sol Nascente.

Talento nato.

 

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Tá aí o que você queria!!!

Já estava com um ranço enorme desse curta, imaginando que ele seria o "Never Look Away" do ano, mas, enfim, saiu a tempo do Oscar, estando disponível no VIMEO. Do ranço ao elogio! É muito bom curta. Produzido pela MTV, acompanha a vida de Bruce Franks Jr.,  deputado estadual e rapper do Missouri, conhecido como Superman, que luta para aprovar um projeto de lei considerando a violência infantil um tema de saúde pública emergente. Sua luta política é uma luta pessoal, pois o retratado perdeu, em 1991, um irmão de 9 anos que foi morto na frente dele em um tiroteio. Há o contexto do movimento "Black Lives Matter", mas há também a dimensão psicológica, pois ele, agora com 34 anos, um filho - um fofo, que rouba os olhares - parece sentir ainda mais a perda do irmão. Há uma passeata, no final, que é bastante inspiradora.

Muito bem fotografado, com uma trilha bonita, mas, sobretudo, com um tema importante. É o tipo de curta que ganhou a indicação pela seu tema, ademais dos méritos sinceros.

28 minutos.

Tendo visto todos os indicados em Curta de Documentário, o meu voto iria para o esplêndido "Learning to Skateboard in a Warzone (If You`re a Girl)".

St. Louis Superman (2019)

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Midway é o remake de filme de guerra que bem genérico mas que ao menos diverte dentro da patriotada, masculinidade e inverossimilidades videogame que transpira. Ta certo que quem vê o cinema do Emerich ja sabe que não vai assistir um 1917 e sim um cinema espetáculo. Repleto de estrelas que estão lá apenas pra bancar alguma prestação atrasada, é uma produção que deve ser vista com cérebro desligado, igual Pearl Harbor.  Na boa, o original setentista com Heston, Ford, Fonda, Mitchum, etc é muito melhor! 8-10

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Quien a Hierro Mata é um ótimo e tenso thriller espanhol quer trata resumidamente da espiral de vingança dos protagonistas principais. Uma espécie daquele francês Intocáveis só que mórbido. As atuações estão super bem, em especial o grande Luis Tosar, que aqui faz dobradinha novamente com o diretor de [REC]. O desfecho amargo serve de cereja de bolo desta obra que Hollywood decerto nunca faria igual. É um filme com ótima premissa e bem desenvolvido, mas que deixa a sensação que é bem inverossímil quado se pensa nele. E daí? tem na Netflix. 9-10

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Endzeit é um curioso filme de zumbi alemão que não inventa nada e não faz uso do nazismo pra justificar a si mesmo, o que já é alguma coisa. Tem formato de road movie e tem uma bizonha mensagem ecológica (!?), a despeito da pegada subliminar de lacração femenina em suas personagens principais. Resumindo, é algo ja visto em Walking Dead mas vale unicamente por sua procedência e estes pequenos detalhes. 7,5-10

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On 2/5/2020 at 1:12 AM, SergioB. said:

Uau, já podem dar o Oscar de Melhor Curta de Documentário!! Que isso! Estou arrepiado! Lindo demais!

"Learning to Skateboard in a Warzone (If You`re a Girl)" (pegando a onda de tíitulos enormes e chamativos vencedores na categoria) é maravilhoso, maravilhoso! Primeira indicação da diretora Carol Dysinger. Ganhou Tribeca e o BAFTA.

O cenário é uma escola em Cabul no Afeganistão. Uma classe de meninas. Então a professora pergunta "O que é coragem?", e uma aluna responde "Vir pra escola e aprender a ler". Claro, no meio do caminho pode haver um ataque-bomba, ou elas podem ser sequestradas (o que acarreta uma desonra para a família), podem ser agredidas, podem ser  estupradas. Muitas das coleguinhas de classe, em idades diferentes, não sabem ler, escrever, fazer contas simples de matemática. Mas aprenderão. E aprenderão também a andar de Skate. Para dar coragem. Para não ter medo. Ganhar autoconfiança. Cair e levantar. E também terem um pouco mais de alegria. Antes só ficavam em casa, entediadas, ou trabalhando em serviços domésticos, em total ignorância, até a idade núbil. Essa escola - Skatestain- é mantida financeiramente pela comunidade internacional de Skate.

É muito encantador vê-las de joelheira, capacete, e seus hijabs. Aprendendo a fazer as manobras, os cortes, os saltos. Tudo isso, com o Talibã, à espreita, loucos para voltar a comandar a cidade de novo, ordenando o uso constante da Burka, e proibindo de novo a escola.

Um filme sobre skate, sobre analfabetismo, e sobre feminismo.

Volta e meio escrevo nesse fórum desdenhando a respeito do "neofeminismo" de hoje em dia. É porque estou cansado das pessoas se colocarem como vítimas. Esse curta mostra o feminismo de verdade, o que eu endosso 100%, quando as mulheres se recusam o papel de vítima, mas abraçam o de serem protagonistas da sua história. 

39 minutos.

(Agora só falta o impossível de localizar "St. Louis Superman". O mundo dos cinéfilos não aguentará mais um ano sem ver todos.)

Learning to Skateboard in a Warzone (If You're a Girl) (2019)

Lembrei dessa sua postagem quando esse curta ganhou o Oscar!

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Jóias Brutas começa bastante estriônico e barulhento, cheio de falas curtas que parecem desconexas e com cenas que se acotovelam, cheias de gente falando ao mesmo tempo. Acredito que tenha sido proposta do diretor mesmo porque o filme segue um tanto desenfreado o tempo todo. Sei lá se eu percebi certo mas fiz um grande paralelo com a vida, cheia de altos e baixos, de coisas boas e ruins, de acertos e erros e que, no final, não quer dizer muita coisa (o final do filme esfregou isso na minha cara). Torci muito pelo personagem do Sandler (em boa atuação, supreendentemente), que vai tentando fazer o que está ao seu alcance do jeito que ele sabe para resolver os problemas (e eles são muitos). O roteiro é muito baseado nas ações dele, então tudo o que ele fez ou faz reflete diretamente na vida de todos (os outros personagens quase não possuem nuances). Também vejo outra escolha aí, já que não há uma trama propriamente dita, ainda que se forme um arco bem feito para o explosivo desfecho. Gostei bastante do filme justamente por essa coisa de tentar, errar, tentar, acertar, tentar de novo e errar e seguir tentando. A resiliência (teimosia?) dele talvez seja a principal lição do filme.

 

 

Joias brutas.jpg

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Come to Daddy é um bacanuda comédia negra que fala de reconciliação familiar com muita violência e humor ácido. É uma curiosa película que mistura vários gêneros e funciona que é uma beleza lembrando de certa forma a Pulp Fiction, e isso é um elogio. Entre as atuações se destaca a do Elijah Frodo Wood, cuja evolução de personagem é crível e coerente com a proposta. Grata surpresa que só o cinema indie oferece. e é bom ficar de olho nos próximos trabalhos desse jovem diretor. 9-10

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The Mandela Effect é um curioso thriller scy-fy cujo titulo se refere ao fenômeno das "falsas memórias" que todos temos. Mas o filme é um mix teórico de Matrix, Memento, Show de Truman e Efeito Borboleta com orçamento merreca mesmo, bem intimista e repleto de viagens de teorias enfadonhas. É interessante, mas a precariedade da produção depõe contra. Atuado corretamente (com destaque prum clone do Morgan Freeman) deve fazer sucesso apenaas entre geeks e a galera de exatas da Usp. 7,5-10

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IP Man 4 é o bacana fecho de trilogia (no caso quadrilogia) da saga do profe do Bruce Lee. É uma franquia que já se sabe o que esperar...porradaria com qualidade. De quebra, traça um panorama legal da história da China sem eduilcorar pilula nenhuma. Donnie Yen manda muito bem e os coadjuvantes de luxo não fazem feio. Na boa, vou sentir saudades de mais filmes do personagem com a mesma nostalgia que sinto do Indiana Jones, James Bond, Freddy Krueger, etc e tal. 8,5-10

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"Entre Realidades", produzido pela Netflix, demora a ficar interessante, mais de 40 minutos, e aí já me perdeu. E depois essa ficção científica, com estranhas lembranças a "Equus",  vai ficando melhor, mas realmente com muito non sense.

Não curti muito. Não é para mim.

Pena por que Alison Brie é muito boa atriz, mesmo.

Alison Brie in Horse Girl (2020)

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Bong Joon-Ho deu muitas entrevistas neste ano e falou muito sobre influências. Fiquei contente comigo mesmo por que confirmei que o maravilhoso "Mulheres Diabólicas" do Claude Chabrol serviu-lhe como inspiração, como eu afirmara de cara. Mas ele citou também "High and Low"/ Céu e Inferno, de 1963, filme de Akira Kurosawa, o qual eu nunca tinha visto, e fiquei curioso, evidentemente. Procurei o filme, mas só o encontrei em inglês. Ambos seriam filmes "verticais".

Pra começar, é sempre um prazer ver qualquer coisa do Kurosawa. É muita elegância nos enquadramentos, tudo é muito simétrico e limpo. Ademais, como ele é versátil. De samurais a doentes com câncer ( meu preferido, o estupendo "Viver"), e, aqui temos um filme de detetive! Os japoneses o classificariam como um "Gendaigeki", um filme de ambientação contemporânea, refletindo a modernidade. E bota modernidade nisso, pois tem até uma "cracolândia", no caso, vielas infestadas de viciados em heroína. 

Por ser um filme de investigação, a associação mais imediata foi com "Memórias de um Assassino", só que aqui os detetives são hipercompetentes, não são atrapalhados como os de lá da Coreia. Porém, ao final, e só no final, percebe-se por que ele pensou em "Parasita". Sem spoiler, debaixo da escala social, em suas casa onde faz frio insano ou calor escaldante, vê-se as vidas dos ricos, em suas mansões protegidas, no alto, no domínio da cidade. Planeja-se um crime.

Gostei muito. 

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Ótimo documentário realizado pela HBO, em 2009, mas que vi ontem na Netflix, a respeito do nosso grande diplomata Sergio Vieira de Mello, morto no Iraque, pela Al-Qaeda. Apesar de ser o esquema imagens de arquivo + entrevistas, o diretor Greg Barker conseguiu aliar um nível bem alto de informação e de emoção, muito por ter conseguido imagens internas do ataque à base da ONU, logo depois, nos seus primeiros minutos. O documentário, baseado no livro de Samantha Power, fez bastante sucesso à época, tanto que o diretor decidiu transformá-lo em um longa-metragem, que estréia em abril, com Wagner Moura no papel. 

O filme também se chamará "Sergio", pois nos é informado,ao final do doc, que em virtude de seu carisma e simpatia, apenas ele era chamado pelo primeiro nome dentro da estrutura da ONU. 

Recomendo.

Sergio (2009)

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"I Giorni Contati", no Brasil, "Os Dias são Numerados", ou "Os Dias são Contados"; naquela inconsolidação de títulos própria do mercado nacional da época. Seja como for, é a língua dos trabalhadores, é Elio Petri, um dos donos do meu coração. 

Segundo filme do cineasta romano, quando ele começa a trabalhar as questões de alienação. O enredo é sobre um encanador que, ao testemunhar uma morte,  simplesmente decide parar de trabalhar. Não quer mais, não deseja mais. Terá tempo assim, crê, para aproveitar a vida, os dias que lhe restam, e fazer assim tudo que nunca fez: ir a um aeroporto, presenciar um júri, jogar cartas à tarde com uma jovem moça; rever seu grande amor...

O problema é que o dinheiro começa a faltar; o tédio começa a tomar conta de si; seu papel social na comunidade começa a manchar-se de vergonha...

"I Giorni Contati", de 1962,  não é uma obra-prima como as dos anos 1970, que valeram a Petri a Palma de Ouro em Cannes, a indicação ao Oscar, ou a estatueta de Filme Estrangeiro, por aqueles trabalhos FODEROSOS: "A Classe Operária vai ao Paraíso"; e "Investigação Sobre um cidadão Acima de Qualquer Suspeita". Mas mostra o nascedouro de seu cinema político. No entanto, apresenta-se mais lírico e íntimo. Acho que vai crescer dentro de mim, ao longo dos anos.

Salvo Randone é o protagonista, em ótima atuação; mais tarde, o rosto máximo, imperial, de "Satyricon", de Fellini.

I giorni contati (1962)

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El Cuento de las Comadrejas é uma divertida comédia negra argentina que emula muito da produção de Billy Wilder com Crepúsculo dos Deuses. O filme é delicioso mas o que faz muita diferença é seu estupendo quarteto de atores veteranos, que deixam no chinelo o casal jovem. Os diálogos são afiados e a reviravolta final se antevê de longe, mas é gostosa de ver. Creio que seu único defeito seja a excessiva metragem, mas é ótima matinê. É um trabalho menor, porém bem simpático, do diretor do ótimo Segredo dos seus Olhos. 9-10

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The Bravest é um thriller de ação sobre bombeiros de procedência chinesa e é bem legal. É tipo o noventista Cortina de Fogo porém elevado á enéssima potência, tipo o coreano The Tower. Muito bem feito e com imagens impressionantes que deixam qualquer blockbuster ianque no chinelo, é o tipo de filme catástrofe que exalta a pátria, a corporação, a família, etc.. mas os ianques não fazem o mesmo? As atuações são corretas, de onde se destaca o fogo, que é mais um personagem bem ativo do longa. Filme pipoca de respeito.  8,5-10

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The App por sua vez é um drama scy-fy italiano beeem fraquinho. Pior que tem uma boa premissa mas é malo desenvolvida. Imagina uma espécie de Her e Mensagem pra Você mais dark, adaptada a tempos de obsessão de aplicativos de namoro. É preciso muita suspensão da descrença diante da sucessão de absurdos que desfilam em cena, não bastasse as atuações bem fraquinhas desses atores meia boca. Podia render muito mais e qualquer episódio de Black Mirror é muito melhor. 7-10

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