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20 hours ago, Jailcante said:

A Lenda (Legend, Dir.: Ridley Scott, 1985) 3/4

Só revendo esse filme que Ridley Scott dirigiu depois do Blade Runner e estrelado pelo Tom Cruise que um ano depois viria a se tornar astro com Top Gun (esse dirigido pelo irmão de Ridley, Tony Scott). Curioso que nem Blade Runner e nem esse foram bem nas bilheterias, mas um virou clássico e esse virou cult.

É bem nostálgico pra mim, já que foi um dos primeiros que assisti no cinema e ainda tem valor. É uma fantasia com a clássica batalha do bem contra o mal, que talvez não tenha muita coisa a mais que outros do gênero, mas curto muito ainda o visual, trilha, personagens e etc (e esse visu do Tim Curry como vilão é bem assustador demais).

eu gosto bastante desse filme.. se tivesse sido feito na mesma época de Senhor dos Aneis teria bombado, mas é um filme grande demais pra mentes pequenas...kkkk..o diabão do Tim Curry é uma das melhores performances de capeta do cinema, e muito bem feito pelo mesmo maquiador de A Coisa e Robocop, Rob Bottin. A trilha sonora eu tenho tambem, tanto a instrumental do Jerry Goldsmith quanto a pós, da banda alemã Tangerine Dream.. adicionada depois por divergências do estudio (que queria uma trilha mais teen e menos clássica) e o diretor (que adora o Jerry). Sim, é um filme que tem duas trilhas sonoras em duas edicões distintas... quando passou na Sessão da Tarde da Globo foi com a trilha do Jerry Goldsmith..

 

O Homem Invisível é um telefilme feito pro Supercine, mas um dos bons. Eu tava com pé atrás nesta adaptacão (bem feita) e seu lado B não me incomodou em nenhum momento. Pelo contrário, joga a favor. No entanto, pela proposta do filme em jogar mistério em relacão ao que ta rolando o titulo do mesmo já é um baita spoiler. No mais, acho que minha muié gostou bem mais pq ela é ativista de causas femeninas. É um filme bem assistível mas com erros, por exemplo sua excessiva duracão..uma meia hora menos não prejudicaria em nada.. e uma reviravolta nos finalmentes, desnecessária. Mas dá pra ver de boas. Só não sei como vao expandir este trem com o resto dos monstros da Universal. 8-10

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, close-up e texto

 

Bloodshot é uma bobagem de porradaria que tive a infelicidade de assistir apenas porque meu sobrinho encheu saco pra baixar pra ele (sim, ja tem em qualidade tosca). Dai assisti ja meio que sabendo que era ruim e foi mesmo, afinal to pagando hd e conexão pra ele. Imagina um Soldado Universal sem carisma algum e uma penca de clichês, é isso. O filme até tenta não se levar a sério, o problema é que o cara de bidê Diesel se leva a sério, e isso ja fode a experiência. Cara sem carisma algum, pelamor.. Mas tem quem goste deste tipo de filmes e de Velozes e Furiosos. Pior que o ator disse que ta colocando a Marvel e DC em cheque com isto.. bobagem. 6-10

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Na onda do filme de ontem,  assisti pela primeira vez ao "O Homem Invisível" clássico de 1933, dirigido por James Whale, um dos filmes mais destacados da série de monstros da Universal.

Muita criatividade nos efeitos especiais, humor quase pastelão, a voz única de Claude Rains, a presença de Gloria Stuart (indicada ao Oscar por Titanic)...Gostei muito. E passei a gostar ainda mais do filme de 2020, pela atualização tecnológica (substituindo os fenômenos misteriosos da Química) que traz à história.

Parece que no livro de H. G. Wells há uma questão racial importante não tocada nos dois filmes.

The Invisible Man (1933)

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On 3/14/2020 at 11:40 AM, Jorge Soto said:

eu gosto bastante desse filme.. se tivesse sido feito na mesma época de Senhor dos Aneis teria bombado, mas é um filme grande demais pra mentes pequenas...kkkk..o diabão do Tim Curry é uma das melhores performances de capeta do cinema, e muito bem feito pelo mesmo maquiador de A Coisa e Robocop, Rob Bottin. A trilha sonora eu tenho tambem, tanto a instrumental do Jerry Goldsmith quanto a pós, da banda alemã Tangerine Dream.. adicionada depois por divergências do estudio (que queria uma trilha mais teen e menos clássica) e o diretor (que adora o Jerry). Sim, é um filme que tem duas trilhas sonoras em duas edicões distintas... quando passou na Sessão da Tarde da Globo foi com a trilha do Jerry Goldsmith..

Ridley Scot muito inspirado nessa época. Alien, Blede Runner, A Lenda. Hoje, ele parece que perdeu o rumo com os prequels do Alien, Robin Hood, Exôdus...

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31 minutes ago, Jailcante said:

Ridley Scot muito inspirado nessa época. Alien, Blede Runner, A Lenda. Hoje, ele parece que perdeu o rumo com os prequels do Alien, Robin Hood, Exôdus...

Ridley atualmente continua bom, mas poderia ser melhor pois filma no automático... atualmente ta gravando com Affleck, Damon e Driver, The Last Duel..outro filme de época...Brian de Palma é outro que ja foi bom.

Resultado de imagem para the last duel ben affleck

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On 3/14/2020 at 5:15 PM, SergioB. said:

Concordo com o @Jorge Soto,  também achei a reviravolta do final desnecessária. Mas "O Homem Invisível" é uma boa diversão, no final das contas. Amei, particularmente, a Edição de Som. Os Efeitos Visuais são do cara indicado ao Oscar por "Mad Max: Fury Road".

A cena do restaurante é do cacete.

Elisabeth Moss in The Invisible Man (2020)

On 3/14/2020 at 11:40 AM, Jorge Soto said:

O Homem Invisível é um telefilme feito pro Supercine, mas um dos bons. Eu tava com pé atrás nesta adaptacão (bem feita) e seu lado B não me incomodou em nenhum momento. Pelo contrário, joga a favor. No entanto, pela proposta do filme em jogar mistério em relacão ao que ta rolando o titulo do mesmo já é um baita spoiler. No mais, acho que minha muié gostou bem mais pq ela é ativista de causas femeninas. É um filme bem assistível mas com erros, por exemplo sua excessiva duracão..uma meia hora menos não prejudicaria em nada.. e uma reviravolta nos finalmentes, desnecessária. Mas dá pra ver de boas. Só não sei como vao expandir este trem com o resto dos monstros da Universal. 8-10

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Piadinha macabra no twitter: Esse filme aí vai levar todos Oscars ano que vem, por que? Porque é o único filme decente que vai ser lançado esse ano. Todos outros vão ser adiados pro ano que vem. Vai ganhar por W.O. 

hehehe

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On 3/11/2020 at 8:53 PM, SergioB. said:

Ainda influenciado pelo filme de ontem, fui conferir a produção que rendeu a Félix Maritaud um prêmio de revelação em Cannes 2018. Trata-se de "Sauvage", filme de estreia do diretor e roteirista Camille Vidal-Naquet. Um estudo de personagem pesadíssimo sobre um prostituto gay em Paris. Se fosse apenas o tema, não me chamaria tanto a atenção, mas o "tom" do roteiro me pegou de jeito. Eu já escrevi aqui que amo filmes que tratam o sexo pelo que ele pode ter de triste e amargurado, e não como "o" momento máximo de prazer de um ser humano. Quanto mais o tempo passa, torna-se risível, para mim, como essa ideia é falsa! As pessoas em geral sofrem muito mais do que gozam! Em uma sociedade neurótica, o prazer é desprazer - prazer que não pode nunca ser sentido como tal! Portanto, um filme que inverte a corrente, que mostra a figura de um prostituto como alguém que PRECISA de afeto, e não como alguém que vai proporcionar isso ao cliente, faz muito sentido para mim.

Tal realismo de ideias também se traduz em imagens. Há muitas cenas de nudez frontal, cenas fortíssimas de sexo, e uma em particular, talvez seja uma das mais fortes que já vi, e que não imagino um ator heterossexual submetendo-se a ela. Não imagino mesmo. Um plug anal GIGANTESCO GIGANTESCO GIGANTESCO sendo lentamente introduzido. É...Félix Mauritaud é um ator instintivo, abertamente gay, que misteriosamente não fala sobre seu passado, e que simplesmente topa fazer qualquer cena! E Já disse várias vezes algo bem inteligente:  é de queer para queer, mas os filmes não são queer. Sim, os filmes não precisam de rótulos. Qualquer pessoa de cabeça mais aberta vai ficar impressionado com esse filme.

Se há cenas de sexo bem pesadas, a cena mais forte, contudo, é a de um simples abraço. As pessoas podem morrer por um abraço.

Espetacular esse filme. Dos melhores do ano que vi até agora.

Visto em francês. Não o achei em português.

Félix Maritaud in Sauvage (2018)

Onde você assistiu, Sérgio?

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Outro filme de Elio Petri, da década de 1960, mais preciso, 1963. "O Professor de Vigevano" é essencialmente uma comédia, mas que tem como fito despertar a consciência social do espectador. Um professor primário, que gosta da profissão, é influencido por sua ambiciosa esposa a abandonar o ofício e com as indenizações devidas tentar abrir uma fabriqueta caseira de sapatos. Tudo para imitar o estilo de vida dos industriais ricos da cidade de Vigevano, um polo calçadista da hoje conflagrada Lombardia.

Na pauta: desvalorização social da profissão de professor; devaneios de riqueza; o homem tendo que se adequar à realidade social.

Não é dos melhores Petri, mas ainda sim importa. Alberto Sordi é o grande destaque, com sua nota acima de comédia física, muitas vezes, guardadas as devidas proporções, me lembrando o jeito de atuar do nosso Renato Aragão.

Il maestro di Vigevano (1963)

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The Call of the Wild é um filme bunitinho de cachorro (e amadurecimento) baseado na obra do Jack London, que tem outros clássicos do gênero, tipo Caninos Brancos. É um deslumbre visualmente e bem genérico em seu formato, matinezona mesmo, onde fora o elenco animal se destaca o Indiana Jones e o Omar Sy. O problema é seu personagem principal, o dog, humanizado e antropomórfico demais! Logo o filme é assistivel, mas esperando algo tipo Rei Leão ou Mogli. Antes tivessem usado um pulguento real e não um falsete digital pois a estória é bacana. Sim, não me acostumei a essa tecnologia empregada em bichos domésticos. 8-10

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Tito e os Pássaros é uma fábula simpática que tem o mérito de explicar a criança sobre cultura do medo. O visual expressionista do desenho é muito legal, mostrando uma Sampa peculiar e encantadora. Os personagens são cativantes e tem a deixa pra reflexão final, na verdade uma produção pra adultos e kids, pena que tenha passado em circuito tão restrito e não tenha divulgação estilo Disney. Vou repassar pros meus sobrinhos, creio que eles entendam o recado, simples e direto. 8,5-10

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On 3/15/2020 at 4:57 PM, SergioB. said:

Na onda do filme de ontem,  assisti pela primeira vez ao "O Homem Invisível" clássico de 1933, dirigido por James Whale, um dos filmes mais destacados da série de monstros da Universal.

Esse é legal..faz seculos que assisti mas recordo que gostei. Da mesma forma que a versão noventista escrachada do Carpenter com o canastrão Chevi Chase, Memorias de um Homem Invisível, e a do Verhoovem com Kevin Bacon, Homem Sem Sombra, mais próxima com esta última.. é uma adaptacão que teve varias releituras e todas interessantes, nenhuma ruim, pelo menos na minha opinião..

Miniatura

Minto, teve um indie menor que assisti ano passado que era sobre invisibilidade social, o cara desaparecia  conforme passava o filme, estilo A Mosca, sobre transformacão ou esquecimento, mas o filme era bem pobre mas cumpriu sua funcão...nem lembro seu nome.?.. acho que era The Unseen, algo assim..

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Não sei onde estou com a cabeça, nessa época de quarentena, mas só vejo filme erótico francês...

O filme da vez é o cult "Anatomia do Inferno", de 2004, da diretora feminista Catherine Breillat. Conta no elenco com Amira Casar ( a mãe de "Call me By Your Name", mostrando que é muito cabeça aberta mesmo - brincadeirinha!), e com o astro do pornô italiano Rocco Siffredi.  Tem de tudo nesse filme, menos prazer. Por "de tudo", closes em pau ereto, close em vagina lubrificada, e o que faz a fama do filme: um saboroso drink de menstruação...

Na verdade, em nível mais profundo, é como uma mulher controla um homem, a partir de sua beleza, de sua nudez, e de sua luxúria. Se no início o personagem masculino vê vantagem em um acordo com uma bela mulher, ao final, esse acordo o castrará psicologicamente, transformando sua libido em tédio.

Se eu gostei? Não [ É por que sou homem?]. Não recomendo. Porém, é chic falar que amou.

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13 hours ago, Jorge Soto said:

Tito e os Pássaros é uma fábula simpática que tem o mérito de explicar a criança sobre cultura do medo. O visual expressionista do desenho é muito legal, mostrando uma Sampa peculiar e encantadora. Os personagens são cativantes e tem a deixa pra reflexão final, na verdade uma produção pra adultos e kids, pena que tenha passado em circuito tão restrito e não tenha divulgação estilo Disney. Vou repassar pros meus sobrinhos, creio que eles entendam o recado, simples e direto. 8,5-10

 

Fui ver meu texto sobre o filme. Assisti-o em abril de 2019. Cara, por mais que o visual expressionista seja legal, eu, particularmente, não achei, na época, a história bem fundamentada, lé com cré. Mas coloquei no texto um comentário de que esse filme foi feito apenas com pouco mais de 120 profissionais, enquanto as produções do exterior contam com 4, 5 vezes mais profissionais. Fica o reconhecimento.

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"Eu Posso Ouvir o Oceano"/ "Ocean Waves" é um telemovie do Studio Ghibli, de 1993, dirigido por Tomoni Mochizuki, e que me desculpem os defensores ardorosos do Ghibli, mas é o pior filme deles. Uma novelinha açucaradinha, com aqueles romances idealizados da cultura japonesa, que só de pegar na mão a pessoa já pensa em casamento. Mas sem magia nenhuma, sem clímax.  A mocinha, objeto de amor dos dois rapazes, é um porre.

Em suma: faltou enredo. E há uma cena espantosa do rapaz batendo na menina!!!! Socorro!

Horrível!

Visto na Netflix.

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Realmente ótimo o candidato da Suécia ao Oscar deste ano, mostrando uma companhia de dança da Geórgia, aproveitando para assim apontar o dedo contra a cultura homofóbica daquele país. Paralelamente, ataca a Rússia naquela sua tentativa de anos atrás de modificar aos pouquinhos a fronteira física entre os dois países.

Como gênero, "And Then We Danced" é um romance entre dois caras de uma Companhia de Dança. O velho e o novo aluno; primeiro rivalidade, depois paixão. Tem tudo do básico do gênero, é óbvio pra dédeu, porém conta com a especificidade única de mostrar a pouco conhecida cultura da Geórgia: sua música, sua dança, seu balé, seus costumes. Como eu sempre digo, o Cinema é um professor de Geografia!  

 Os dois atores/bailarinos dão um show nas coreografias, mas também mostram que são grandes atores, passando, lentamente, os vários níveis da "brotheragem perigosa".

Há uma questão mais profunda também que pouco se fala. Sobre o movimento corporal dos gays. É diferente, sabe? Não é uma regra, claro, mas os homens héteros têm realmente movimentos mais "quadrados". Em uma cena, o professor de dança o repele "Você tem que ser como um prego" ou "Está mole". É dizer: A homossexualidade atua no corpo, em vários níveis.E o final do filme, em sua bela cena derradeira, é uma grande comemoração disso! Como poder ser do caralho a homossexualidade atuando no corpo!

Lindo e importante trabalho, que recebeu enorme contestação política por lá. Só de chatear político, seja em que canto for, eu já gosto.

Levan Gelbakhiani in And Then We Danced (2019)

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22 hours ago, SergioB. said:

Realmente ótimo o candidato da Suécia ao Oscar deste ano, mostrando uma companhia de dança da Geórgia, aproveitando para assim apontar o dedo contra a cultura homofóbica daquele país. Paralelamente, ataca a Rússia naquela sua tentativa de anos atrás de modificar aos pouquinhos a fronteira física entre os dois países.

Como gênero, "And Then We Danced" é um romance entre dois caras de uma Companhia de Dança. O velho e o novo aluno; primeiro rivalidade, depois paixão. Tem tudo do básico do gênero, é óbvio pra dédeu, porém conta com a especificidade única de mostrar a pouco conhecida cultura da Geórgia: sua música, sua dança, seu balé, seus costumes. Como eu sempre digo, o Cinema é um professor de Geografia!  

 Os dois atores/bailarinos dão um show nas coreografias, mas também mostram que são grandes atores, passando, lentamente, os vários níveis da "brotheragem perigosa".

Há uma questão mais profunda também que pouco se fala. Sobre o movimento corporal dos gays. É diferente, sabe? Não é uma regra, claro, mas os homens héteros têm realmente movimentos mais "quadrados". Em uma cena, o professor de dança o repele "Você tem que ser como um prego" ou "Está mole". É dizer: A homossexualidade atua no corpo, em vários níveis.E o final do filme, em sua bela cena derradeira, é uma grande comemoração disso! Como poder ser do caralho a homossexualidade atuando no corpo!

Lindo e importante trabalho, que recebeu enorme contestação política por lá. Só de chatear político, seja em que canto for, eu já gosto.

Levan Gelbakhiani in And Then We Danced (2019)

Olha eu de novo te enchendo o saco rsrsrsrs.....Queria saber onde tu viu. É que tenho um interesse imenso nesses filmes de temática LGBTQIA+, especialmente quando são europeus e é difícil achar na internet se não tiver em sites específicos. Desculpe o incômodo!

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O famigerado "The Current War". De pré-candidato ao Oscar a filme maldito do maldito Weinstein, que acabou sendo salvo, na bacia das almas, por Martin Scorsese. O novo corte do filme diminui-o em 10 minutos de duração, e tornou Edison uma figura mais dark.

Gostei muito da reconstituição de época, mas, salvo engano, até onde a minha cultura chega, há um flertamento com a falsidade histórica. O herói desse filme deveria ser o Nikola Tesla, que aqui aparece como um Coadjuvante, esmagado por um inventor sedento por glória e outro inventor (mais para investidor!) sedento por dinheiro. O verdadeiro herói da energia elétrica, a meu juízo, ficou sem a fama, sem o dinheiro, e sem o filme!

Complicado esse roteiro.

Nicholas Hoult, Michael Shannon, Benedict Cumberbatch, and Tom Holland in The Current War (2017)

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1 hour ago, bs11ns said:

Olha eu de novo te enchendo o saco rsrsrsrs.....Queria saber onde tu viu. É que tenho um interesse imenso nesses filmes de temática LGBTQIA+, especialmente quando são europeus e é difícil achar na internet se não tiver em sites específicos. Desculpe o incômodo!

Inbox.

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The Hunt é um divertido filme de caçada humana, daqueles ja visto ja trocentas vezes em O Alvo com Jogos Mortais, mas com um forte contexto político uma vez que divide os personagens em facções políticas, republicanos e liberais. Este thriller tem gore, acão, suspense e humor negro, nem sempre bem dosado em sua metragem. É um filme que não oferece nada de novo, mas diverte pelo menos, principalmente quando a Hilary Swank começa a chutar bundas.8-10

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Some Freaks é um drama teen bunitinho que emula os filmes oitentistas do John Hughes mas com dois "esquisitos" como casal principal. Este indie consegue ser emotivo e interessante o suficiente pra manter a atenção, mas tudo se deve as boas atuações do elenco principal. Lembra também um pouco uma atualização do noventista Três Formas de Amar, mas com enfoque bem mais sensível e até crítico em relacão á cultura reducionista do corpo. 8,5-10

Resultado de imagem para 一些 怪人


37 Segundos é um drama japa intimista e agoniante, de cortar o coração. É desses filmes teen de amadurecimento e independência mesclado com Meu Pé Esquerdo que tinha tudo pra escorregar no melodrama, mas não o faz por dois motivos: a direcão apurada e a carismática performance da atriz principal, portadora de paralisia cerebral mesmo. A cena em que ela contrata um garoto de programa é antológica por si só. 8,5-10

Resultado de imagem para 37 Seconds


Sorry We Missed You por sua vez é um drama social que segue á risca os filmes do diretor, tipo Eu Daniel Blake, mas aqui o cara esfrega até não poder mais o quão ruim é a uberizacão no mundo, tornando trabalhadores escravos. Um filme que a esquerda vai adorar. Mas tirando isso até que como filme funciona bem, calcado nas boas performances de todo mundo da infeliz família retratada nesta producão britânica com filmagem quase documental. 8-10

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Estava eu ontem lendo as primeiras páginas desta seção do Fórum, lembrando de vários colegas que não estão mais aqui, rindo das discussões seríssimas que se faziam aqui, veneno contra veneno, testemunhando como o @Jorge Soto vê essa quantidade colossal de filmes desde aquela época, e então esse filme surgiu como unanimidade entre os usuários. Eu o perdi na época, embora tenha sido premiado em Cannes 2011, e feito uma bela carreira internacional.

"Des Hommes et des Dieux"/ "Of Gods and Men"/ Homens e Deuses é realmente esplêndido! Filme de adulto é outra coisa, heim? Xavier Beauvois conta com muita contemplação e delicadeza a história verídica de 8 monges instalados nas montanhas da Argélia nos anos 1990, que ficam entre a crueldade de um grupo extremista islâmico e o exército do país, ainda confessamente magoado pelo colonialismo francês.

Acompanha-se a rotina dos monges, seus atos de fé, sua amizade, seus medos, seus estudos do Corão para entenderem-se melhor com a comunidade local, suas angústias pessoais, tudo de uma maneira muito lenta, mas é essa lentidão que transmite justamente a paz, a seridade do trabalho, a fortaleza da fé. 

Ao final, o espectador paciente será presenteado com uma cena inesquecível, uma "última ceia" ao som de O Lago dos Cisnes de Tchaikovsky, quando os monges não precisarão falar nada, só aceitarem seus destinos.

Os colegas de 2011, fundadores do Fórum Cinema em Cena, que tanto me ajudaram a refinar meu gosto cinematográfico, estavam certos: Maravilhoso!

Des hommes et des dieux (2010)

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O que menos importa na história de "In a Lonely Place"/ No Silêncio da Noite, clássico drama Noir dos anos 1950, é o aspecto policial. O romance entre os dois protagonistas é que será posto em investigação.

Com diálogos espertíssimos, e atuações excelentes, Humphrey Bogart e Gloria Grahame, antes de seus Oscars, nos prendem a atenção, e destilam rajadas de humor cínico não só diante da injusta investigação policial, como também ao mundo do cinema daquela época ( comparando cineastas formulaicos a vendedores de pipocas).

Como se sabe, Gloria era casada com o diretor Nicholas Ray na época deste filme, e o trocaria, 8 anos mais tarde, pelo enteado - com quem se casaria, num grande escândalo. Será que na cabeça do diretor, já naquela época, havia também alguma dúvida sobre o amor?

Humphrey Bogart and Gloria Grahame in In a Lonely Place (1950)

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"El Hoyo"/ "The Platform"/ O Poço é uma distopia que chegou ao primeiro lugar nos filmes mais vistos da Netflix Brasil no último final de semana. É uma alegoria sobre desigualdade social, que, diferente de seu parente "Snowpierce", muda o eixo, concentrando-se em ser uma viagem vertical.

Um Design de produção excelente, que, eu diria, tem muito do engenho do teatro, mas que serviu perfeitamente à história em seu mecanismo principal. A Fotografia...eu já falei aqui, que todo filme espanhol me parece igual...Não lhes parece? Não sei dizer a razão. Me ocorreu agora que Almodóvar trabalha com o brasileiro Affonso Beato (Tudo Sobre Minha Mãe, Carne Trêmula), por exemplo. Ou com o marroquino Alcaine (A Pele que Habito, Volver, Dor & Glória, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Má Educação). 

Quanto ao roteiro em si, é uma defesa romântica do socialismo - sendo o personagem principal inspirado claramente em um Dom Quixote (que enlouqueceu com tanta literatura), de caráter social. A mensagem da repartição dos bens aos mais desfavorecidos é passada eficientemente pelo filme. Mas eu, como sou um liberal clássico (na economia e nos costumes) só tenho uma pergunta aos incaultos por trás da câmera: "Quem produziu a comida?". A produção vem antes da distribuição, não o contrário.

 

El hoyo (2019)

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Flashdance - Em Ritmo de Embalo (Flashdance, Dir.: Adrian Lyne, 1983) 3/4

flashdance.jpg

Coloquei os sábados pra rever filmes nostálgicos (leia-se anos 80), e sim, Flashdance é um deles. Pior que nunca o tinha visto na época apesar de ter passado na Globo o tempo todo. Mas devido propagandas, acabou meio que ficando grudado na minha mente, já que é um filme muito bonito, então qualquer cena mostrada ali era meio notável (Só fui assisti-lo no começo dos anos 2000 quando resolvi comprar o DVD).

Mas Flashdance tem 2 grandes defeitos: 01) História totalmente nula (sem grande desenvolvimento de personagens ou conflitos maiores); e 02) A Jennifer Beals vai no banheiro toda vez que sua personagem vai dançar (e chato que fica bem claro que não é ela ali, devido a peruca estranha que colocam na dançarina). Ponto. Mas apesar disso gosto muito da fotografia de videoclip e músicas. Filme ficou bem nostálgico, pra mim, por causa disso. Não consigo falar mal. Aliás, considero esse é um musical mesmo, mas não tem números musicais convencionais, porque época pedia videoclips (MTV tinha acabado de nascer), então, é um amontoado de videoclips com um fio de história ligando um no outro (que no fim, funciona, pra mim, pelo menos). 

***Só pra constar: Footloose veio junto no pack com Flashdance, mas esse eu não curto mesmo - nem revi ele agora, por isso. Também é outro amontoado de videoclips ligados um no outro por uma história meio nula também, mas sei lá, não acho ele muito bonito visualmente e tem muita cena 'vergonha alheia' ali (exemplo: aquela cena do Chris Penn aprendendo a dançar é que nem um eclipse pra mim, não dá pra olhar direto pra aquilo...) Enfim.

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"I Saw The Devil"/ Eu vi o Diabo. Filme coreano de 2010, que poderia ficar assentado apenas em ser uma espécie de "pornô da violência", mas é tão bem construído, tão maravilhosamente bem fotografado, tão bem montado, tão bem dirigido, tão bem atuado...O que faz o Choi Min-Sik aqui? 

Um filme excelente, mas que não é pra qualquer um. A cena que eu mais gosto? Difícil apontar, mas a do "picadinho" no carro é incrível.

Min-sik Choi and Byung-hun Lee in Ang-ma-reul bo-at-da (2010)

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On 3/23/2020 at 11:52 AM, SergioB. said:

"El Hoyo"/ "The Platform"/ O Poço é uma distopia que chegou ao primeiro lugar nos filmes mais vistos da Netflix Brasil no último final de semana. É uma alegoria sobre desigualdade social, que, diferente de seu parente "Snowpierce", muda o eixo, concentrando-se em ser uma viagem vertical.

Um Design de produção excelente, que, eu diria, tem muito do engenho do teatro, mas que serviu perfeitamente à história em seu mecanismo principal. A Fotografia...eu já falei aqui, que todo filme espanhol me parece igual...Não lhes parece? Não sei dizer a razão. Me ocorreu agora que Almodóvar trabalha com o brasileiro Affonso Beato (Tudo Sobre Minha Mãe, Carne Trêmula), por exemplo. Ou com o marroquino Alcaine (A Pele que Habito, Volver, Dor & Glória, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Má Educação). 

Quanto ao roteiro em si, é uma defesa romântica do socialismo - sendo o personagem principal inspirado claramente em um Dom Quixote (que enlouqueceu com tanta literatura), de caráter social. A mensagem da repartição dos bens aos mais desfavorecidos é passada eficientemente pelo filme. Mas eu, como sou um liberal clássico (na economia e nos costumes) só tenho uma pergunta aos incaultos por trás da câmera: "Quem produziu a comida?". A produção vem antes da distribuição, não o contrário.

Esse filme é um Parasita com gore razoável.. ta cheio de simbologias, mas não curti os finalmentes com aquela alegoria religiosa. Mas dá pra se ver de boas.

 

Los Perros é um bom drama sobre ditadura, alienação, etc e tals, alavancado pela porralouca da protagonista principal, muito bem interpretado pela atriz em questão. É um filme que não dá mastigado e deixa pela metade deliberadamente, deixando indagações no ar. O uso do título do filme é bem matafórico e entrega até um paralelo do que é mostrado na tela, e as prórias indefinições narrativas servem como mola pra reflexão final. 8-10

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The Way Back é um bom drama esportivo de superação e volta por cima daqueles já visto trocentas vezes, tipo A Procura da Felicidade ou Coatch Carter. Esta produção não inventa nada, mas o pouco que faz é decente. No entanto, seu diferencial é o ator, o queixada Affleck, que parece interpretar a si mesmo como o bebum em reabilitação. Opção deprê e alto astral pra passar o tempo.. 8-10

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Dando desde já uma tremenda banana aos censores virtuais, essa gente carniceira de quinta categoria, conferi o novo trabalho de Roman Polanski, "J`accuse"/ "O Oficial e o Espião" . 

É um drama histórico. Propõe-se ser um estudo minucioso do famoso Caso Dreyfus, baseando-se em livro e roteiro do inglês Robert Harris ( autor de "O Escritor Fantasma"). A reconstituição de época (Design de Jean Rabasse - indicado ao Oscar por "Vatel"), os figurinos, toda a parte visual, são grandiosos, em tudo falando "épico". É um filmão, cheio de cenários, cheio de pompa, cheio de circunstância. 

Mas para mim fica evidente que veio de um livro. É muito detalhista na descrição abjeta das tramas do exército francês daquela época para envolver criminosamente o capitão Dreyfus. Conta-se a história tintim por tintim, o que, em cinema, pode ser meio cansativo. Mas...surpresa...quando se chega ao final, e sabemos que historicamente o final é "feliz", eis que...O filme acaba! O que seria a recompensa do espectador de ver finalmente a consecusão da Justiça, o filme acaba! Não gostei muito disso. Mas saúdo a inteligência de tirar o foco do escritor Émile Zola, cuja ação importantíssima no caso aprendemos até no colégio, e centrar-se na figura do Major Picquart, vivido com sobriedade e competência por Jean Dujardin. Aliás, quem fala mal dele como ator, poderá aqui vê-lo em grande atuação. Extirpa seu viés cômico, e seu jeitão de galã, atuando com muita economia, mas altivez. Lindo trabalho.

O título internacional, ao emparelhar as duas figuras, e deixar para lá o notório artigo jornalístico,  também vai nesse mesmo sentido feliz de fazer prevalecer a relação dos dois homens, os únicos do exército que não tiveram medo da verdade.

O mais importante do filme, no entanto, não está no filme, está fora do filme. Quis escrever a palavra filme várias vezes. É que tem gente preocupada demais com a vida real. Porra, deixa eu ver o filme! Polanski, aos 86 anos, faz claramente aqui um paralelo de Dreyfus com sua própria vida. Ambos sentem/sentiram a sensação de serem perseguidos pelo antissemitismo, e também, doravante, pelo mecanismo judicial, bem como pelas execuções sumárias, virtuais, apressadas, do populaxo sempre às portas do tribunal (e distante das provas).

Meu Ranking Polanski contudo permanece inalterado: O Pianista - Tess - Chinatown - O Bebê de Rosemary -  A faca na água.

Jean Dujardin and Louis Garrel in J'accuse (2019)

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