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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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Minha jornada pela extensa filmografia de Hong Sang-soo continua. Agora, um recente, de 2018, "Grass". Apenas 66 minutos, contando a sucinta história de um café onde uma mulher, acostada à janela, de posse de um computador, observa, ouve, e, por vezes, interage, com vários clientes do estabelecmento, a saber, um ator cuja carreira começa a ingrenar, um ator falido, um escritor iniciante... Todos com histórias de idas e vindas no amor, idas e vindas na carreira, desembolando-as com amigos, a base, claro, de muito soju.

Por ser filmado em preto-e-branco, pode nos levar à associações imediatas com o estupendo "O Dia Depois", ou com o fraco "O Dia em que Ele Chegar", mas vi mais pertinência com "A Câmera de Claire". O grande lance do filme  é saber se a personagem de Kim Min-hee está testemunhando ou, quem sabe, imaginando, criando tais pessoas, tais encontros, tais conversas.

Sang-soo Hoing é acusado de espelhar os filmes demais em si mesmo. Talvez nessa recente obra ele queira dizer que um escritor ou um roteirista de cinema tira suas ideias principalmente da vida ao redor, basta, para isso, ter olhos e ouvidos. Basta ficar no canto de um café; atento.

Grass (2018) - IMDb

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Longa de estreia do romeno Cristian Mungiu, "Occident", de 2002, é uma comédia de humor negro, que entrelaça três histórias de gente que faz de tudo para migrar para o Ocidente, uma terra de oportunidades em comparação com a estagnada Romênia. Ou seja: a fuga das consequências do comunismo continua [ Sempre digo que o brasileiro é o único pelotudo que diante do Muro de Berlim pularia para o lado de lá]...

O filme é ótimo, existem diversas piadas que mais parecem saídas de "A Comédia da Vida Privada", de um jeito bem brasileiro. E todo o humor embute uma certeira crítica social, mostrando os romenos como um povo atrasado, cujo maior sonho é comer no Mc Donald`s, um povo que não pode nem quer perder mais tempo: precisa de dinheiro, emprego, casa, inglês, e diversão pop.

Na melhor história, uma jovem poeta é instigada pela mãe a conhecer homens ocidentais interessados em casamento por correspondência, como uma forma rápida dela evadir-se do país. Quando aparece um cara cujo perfil finalmente vale a pena, eis a surpresa. O candidato ideal, italiano, editor de livros, rico... é negro. O preconceito social de uma sociedade engessada explode na cara dos personagens.

Cinco anos depois, o segundo longa de Mungiu: "4 Meses, 3 Semanas, 2 Dias"' - aquela coisa!

5 Filmes - Cristian Mungiu - Legendados 24,90 Cada - Club Cu - R$ 24,90 em  Mercado Livre

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"Tão Distante", de 2001, é o terceiro longa do japonês Hirokazu Koreeda, mas ainda o sinto aqui a procura de um estilo - até finalmente encontrá-lo em sua próxima obra, o estupendo "Ninguém Pode Saber", de 2004, e continuar com ele desde então.

A trama é muito boa. Quatro parentes de indivíduos ligados a uma seita terrorista, que cometeu um atentado matando centenas de pessoas e depois praticou um suicídio coletivo, se reúne três anos depois do sucedido, para investigar os por quês, lamentarem-se, investigarem as razões, enfim, de por que seus entes cometaram tal atrocidade. No fundo, é um filme sobre a culpa como herança ( algo que os japoneses não assumem ou põem em discussão tanto como os alemães). 

Pena que as decisões do diretor sejam ainda imaturas. Filma-se em luz natural, mas sem charme nenhum. Resultado: O filme fica todo apagado. Pode até ser uma metáfora para a história, mas não constitui nem um mecanismo criativo depois de um tempo. Filma-se também por tempo demasiado nas costas dos personagens, acompanhando suas jornadas pelo local ermo onde o grupo se reunia, de um jeito que quase nada é filmado frontalmente. Um estilo inconvencional, querendo aparecer, que ele felizmente abandonaria dali para a frente em sua maravilhosa carreira.

Até sentimos a delicadeza, a característica suprema do diretor, em algumas cenas. Mas fora elas, não foi um filme que me apeteceu. Distante disso, na verdade. 

Distance (2001-Japan) dir. Hirokazu Koreeda | Titulos originales ...

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Filmes vistos em 2020 (até aqui!):

* Graças à pandemia, consegui neste meio-ano ver mais filmes que os, salvo engano, 323 de 219!  Se não fizesse esse levantamento hoje, no final do ano teria de ficar o dia inteiro olhando para a tela. Estranho sentimento. Misto de orgulho e incredulidade. Compadre, @Jorge Soto, imagino o senhor...

 

1) "Um Dia de Chuva em Nova York" - 8.7

2) "Dolly Parton: Here I Am" - 9.2

3) "After the Wedding" (2019) - 8.4

4) "A Rede" (2016) - 9.9

5) "We, the Marines" - 7.9

6) "Richard Jewell" - 8.4

7) "High Noon" - 10!

8 ) "Little Women" (2019) - 9.4

9) "two Cars, One Night" - 9.2

10) "Abominável" - 6.7

11) "Nefta Football Club" - 9.7

12) "The Neighbors` Window" - 8.8

13) "Hair Love" - 9.7

14) "Kitbull" - 9.8

15) "Brotherwood" - 9.7

16) "Sister" - 8.9

17) "Hors Piste" - 9.8

18) "Flaming Creatures" - 9.8

19) "Walk run Cha-Cha" - 6.3

20) "Life Overtakes Me" - 7.9

21) "In the Absence" - 9.4

22) "Mémorable" - 9.8

23) "Wild Rose" - 7.3

24) "Daughter" - 8.4

25) "Une Soeur" - 9.5

26) "Superação: O Milagre da Fé" - 6.5

27) "Saria" - 9.3

28) "1917" - 9.5

29) "Just Mercy" - 8.2

30) "Seberg" - 8.5

31) "Na Praia à Noite Sozinha" - 9.9

32) "Mormaço" - 7.3

33) "Sócrates" - 7.7

34) "What Did Jack Do?" - 9.6

35) "Retrato de uma Jovem em Chamas" - 9.8

36) "Memórias de um Assassino" - 10!

37) "Cão que Ladra Não Morde" - 8.8

38) "Tokyo" - 9.8

39) "Monos" - 8.6

40) "The Cave" - 8.6

41) "A Sun" - 6.4

42) "Waves" - 8.8

43) "The Good Liar" - 7.9

44) "Honeyland" - 9.7

45) "O Preço da Verdade" - 8.8

46) "A Hidden Life" - 9.0

47) "Honey Boy" - 9.2

48) "O Jovem Ahmed" - 9.3

49) "Learning to Skateboard in a Warzone (If you`re a Girl)" - 9.9

50) "Corpus Christi" - 9.1

51) "Crazy Thunder Road" - 8.0

52) "St. Louis Superman" - 8.8

53) "Entre Realidades" - 7.8

54) "Céu e Inferno" - 9.2

55) "Sérgio" (2009) - 9.2

56) "Os Dias São Contados" - 9.2

57) "Para Todos os Garotos: P.S Ainda Amo você" - 4.5

58) "Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa" - 6.9

59) "Vítimas da Tormenta" - 9.1

60) "Andrei Rublev" - 9.6

61) "Através das Oliveiras" - 9.7

62) "O Vento nos Levará" - 8.9

63) "O Beco das Almas Perdiadas" - 7.9

64) "Howl" - 9.1

65) "Fogo-Fátuo" - 9.8

66) "Boogie Nights: Prazer Sem Limite" : 10!

67) "Sonic: O Filme" - 8.9

68) "Simonal" - 9.0

69) "Meu Amigo Totoro" - 9.3

70) "A Vida Invisível": 8.5

71) "Akira" - 9.1

72) "Aquarela" - 9.3

73) "O Assassino" (1961) - 9.2

74) "Porco Rosso: O último Herói Romântico" - 9.6

75) "À Meia-Noite Levarei Sua Alma" - 9.6

76) "The Last Thing He Wanted" - 5.9

77) "American Pop" - 9.7

78) "Joan Didion: The Center Will not Hold" - 8.7

79) "Chuva de Luz na Montanha Vazia" - 7.0

80) "Todos os Homens do Presidente" - 9.8

81) "Os do Norte" - 9.0

82) "Wildlife" - 8.8

83) "Superman: Red Soon" - 8.6

84) "O Serviço de Entregas da Kiki" - 9.7

85) "Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa" - 8.3

86) "Soldado Anônimo" - 9.5

87) "O Martírio de Joana D`Arc" - 9.9

88) "Deslembro" - 9.8

89) "Por Lugares Incríveis" - 7.1

90) "Dente por Dente" - 9.7

91) "Princesa Mononoke" - 10!

92) "Le Morte Rouge" - 8.6

93) "Wendy" - 6.8

94) "Mississippi em Chamas" - 9.8

95) "De Volta para Casa" - 7.3

96) "Chuck Norris vs Comunismo" - 8.2

97) "Onward" - 9.0

98) "This is Where I Leave You" - 8.3

99) "Jonas/ I Am Jonas/ Boys" - 9.1

100) "Sauvage" (2018) - 9.8

101) "Troco em Dobro" - 8.5

102) "Tempo de Decisão" - 8.4

103) "Lost Girls" - 9.0

104) "O Homem Invisível" (2020) - 9.4

105) "O Homem Invisível" (1933) - 9.3

106) "O Professor de Vigevano" - 8.4

107) "Anatomia do Inferno" - 7.8

108) "Eu posso Ouvir o Oceano" - 5.8

109) "And Then We Danced" - 9.7

110) "The Current War" - 8.4

111) "Of Gods and Men/ Homens e Deuses - 9.8

112) "No Silêncio da Noite" - 9.6

113) "O Poço" - 8.1

114) "I Saw the Devil" - 9.7

115) "J`Accuse"/O Oficial e o Espião" - 9.3

116) "Os Melhores Anos de Nossas Vidas" - 10!

117) "The Way Back" - 8.4

118) "Lili Marlene" - 9.6

119) "O Grande Truque" - 9.6

120) "Allegro non Troppo/ Música e Fantasia" - 8.8

121) "Taking Off/ Procura Insaciável" - 9.7

122) "Death Proof/ À Prova de Morte" - 9.3

123) "Hogar/ A Casa" - 8.3

124) "Upstream Color"/ Cores do Destino: 9.2

125) "O Túnel" (1952) - 8.0

126) "A Day Off" (1968) - 9.6

127) "A Assassina" (2015) - 8.0

128) "Gladiador" - 9.0

129) "Bronson" - 9.3

130) "The Hero" (2017) - 8.9

131) "Queen & Slim" - 9.7

132) "O Declínio" - 6.8

133) "Dersu Uzala" - 9.7

134) "O Homem do Braço de Ouro" - 9.4

135) "Depois de Horas" - 9.8

136) "Little Tony" - 8.9

137) "A Canção de Bernadette" - 9.3

138) "O Castelo Animado" - 9.2

139) "O Círculo" (2000) - 9.4

140) "Naked" - 9.2

141) "Skyfall" - 9.3

142) "Crônicas Sexuais de Uma Família Francesa" - 8.1

143) "Nascido em Quatro de Julho" - 9.4

144) "Undergound: Mentiras de Guerra" - 9.9

145) "Eles Não Usam Black-Tie" - 9.9

146) "A Flor do Meu Segredo" - 9.2

147) "O Ornitólogo" - 8.6

148) "Papicha" - 9.5

149) "Call Me By Your Name" - 10!

150) "3 Faces" - 9.3

151) "Sergio" (2020) - 8.1

152) "Never, Rarely, Sometimes, Always" - 9.0

153) "Clemency" - 8.7

154) "Duna" (1984) - 4.8

155) "Starman" - 8.9

156) "Meio Irmão" - 8.7

157) "Atrás da Estante/ Circus of Books" - 9.5

158) "O Reino de Deus/ "God`s Own Country - 8.2

159) "Resgate" - 9.4

160) "A Qualquer Um o que é Seu/ Condenado pela Máfia" - 8.9

161) "Pendular" - 8.8

162) "Bad Education" - 9.4

163) "Pixote: A Lei do mais Fraco"- 9.9

164) "Millenium Mambo" - 9.6

165) "Emma" - 8.8

166) "Lámen Shop" - 8.4

167) "Macbeth" (1948) - 8.9

168) "O Homem Elefante" - 9.9

169) "Vagas Estrelas da Ursa" - 8.7

170) "Os Irmãos Willoughby" - 8.3

171) "Toda Nudez Será Castigada" - 9.5

172) "It Must Be Heaven"/ O Que Resta do Tempo - 9.7

173) "Antígona" (1961) - 9.1

174) "Cabra Marcado para Morrer" - 10!

175) "The Half of It/ Você nem Imagina" - 5.1

176) "Ilha do Medo" - 8.7

177) "La Strada" - 9.8

178) "Clemência - A História de Cyntoia Brown" - 8.1

179) "Os Companheiros" (1963) - 9.9

180) "Batman vs Superman: A Origem da Justiça" - 6.0

181) "La Cravate" - 9.8

182) "Batman Begins" - 9.2

183) "Paisagem na Neblina" - 9.9

184) "Ober" - 9.4

185) "Becoming" - 8.9

186) "Enter the Void/ Viagem Alucinante" - 9.7

187) "Os Esquecidos" (1950) - 8.9

188) "The Painted Bird" - 8.9

189) "Rosetta" - 9.9

190) "A Dupla Vida de Véronique" - 8.9

191) "Bye, Bye, Brasil" - 9.3

192) "Uma Mulher, uma Arma, e Uma Loja de Macarrão" - 7.8

193) "If..." - 9.0

194) "Zero de Conduta" - 9.4

195) "Scooby" - 8.8

196) "Phenomena" - 9.6

197) "O Cavalo de Turim" - 9.8

198) "O Anjo (2018) - 9.0

199) "O Piloto Retorna" - 5.0

200) "Uma Mulher Alta" - 8.4

201) "Natalie Wood: What Remains Behind' - 8.7

202) " A Dama do Lotação" - 9.2

203) "8 1/2" - 9.8

204) "Um Crime para Dois" - 8.1

205) "Um Lugar Tranquilo no Campo" - 9.8

206) "Borgman" - 9.1

207) "Crise" (1946) - 8.6

208) "Delicatessen" - 9.3

209) "Miami Vice" - 9.4

210) "Space Jam" - 7.9

211) "O Homem de Palha" (1973) - 9.5

212) "A Noite é Delas" - 7.9

213) "Memórias do Cárcere" - 9.3

214) "Coração Satânico" (1987) - 8.2

215) "Next Goal Wins" (2014) - 9.7

216) "Gosto de Sangue" - 9.4

217) "Gata Preta, Gato Branco" - 9.9

218) "A Vastidão da Noite" - 9.5

219) "Alguns Dias na Vida de Oblomóv" - 8.9

220) "No Tempo das Diligências' - 9.9

221) "Le Locataire"/ O Inquilino - 9.7

222) "Parasita" - 10!

223) "Shiraz : A Romance of India" - 9.6

224) "A Garota do Adeus" - 9.2

225) "Shirley" - 6.6

226) "Les Mistons"/ Os Pivetes - 9.4

227) "Filho Único" (1936) - 9.8

228) "Da 5 Blood"/ Destacamernto Blood - 9.6

229) "La Bête/ O Monstro" - 8.8

230) "Watchmen" (2009) - 9.2

231) "Barravento" - 8.8

232) "Terra em Transe" - 9.7

233) "Antônio das Mortes - O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro" - 9.4

234) "Um Homem e uma Mulher " - 9.8

235) "The Sunshine Boys / Uma Dupla Desajustada" - 9.2

236) "Viver Por Viver' - 8.3

237) "Maranhão 66" - 9.5

238) "The King of Staten Island" - 9.0

239) "A Idade da Terra" - 4.7

240) "Di-Glauber" - 9.5

241) "Orlando" - 9.0

242) "Claro" - 8.9

243) "The Personal History of David Copperfield" - 8.9

244) "Amazonas, Amazonas" - 9.0

245) "Bala Perdida" - 9.3

246) "O Sabor do Chá Verde sobre o Arroz" - 9.5

247) "O Leão de Sete Cabeças " - 8.9

248) "Jorjamado no Cinema" - 9.7

249) "Japón/ Japão (2002) - 9.6

250) "1968" - 7.0

251) "Câncer" - 9.7

252) "As Armas e o Povo" - 7.9

253) "Certo Agora, Errado Antes" - 9.9

254) "O Dia em que Ele Chegar" - 8.4

255) "O Pátio" - 4.0" ( Lamento, Glauber ! Acho que está entre os piores filmes que já vi.)

256) "As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant" - 9.8

257) "Zama" - 9.1

258) "História do Brasil" - 6.5

259) "Deus e o Diabo na Terra do Sol" - 9.8

260) "Arizona Dream" - 9.0

261) "Hamilton" - 9.9

262) "O Beijo da Mulher-Aranha" - 9.5

263) "O Homem que Virou Suco" - 9.8

264) "Nunca aos Domingos" - 9.7

265) "O Jogador" (1992) - 9.9

266) "Boy Meets Girl" - 8.7

267) "The Old Guard' - 8.8

268) "Himizu" - 7.7

269) "O Grito" (1957) - 9.6

270) "Os Fuzis" - 9.2

271) "Palm Springs" - 9.2

272) "First Cow" - 9.9 (Melhor Filme do Ano, até aqui. Visto em 15 de julho)

273) "In July" - 9.5

274) "Síndromes e um Século" - 9.7

275) "Os Renegados" - 9.7

276) "Sol Secreto" - 9.8

277) "Édipo Rei" (1967) - 9.2

278) "Um Anjo em Minha Mesa" - 9.4

279) "Baisers Volés" - 9.7

280) "Ondas do Destino" - 9.8

281) "They Live By Night"/ Amarga Esperança - 9.7

282) "Videodrome" - 9.3

283) "Train to Busan" - 9.7

284) "O Desafio" (1965-1966) - 9.7

285) "Estranhos no Paraíso" - 9.5

286) "A Enguia" - 9.3

287) "Hard Eight"/Jogada de Risco - 9.3

288) "Nashville" - 9.8

289) "Canções de Amor"' - 9.6

290) "El Principe" (2019) - 7.7

291) "Climas" - 9.5

292) "A Barraca do Beijo 2" - 7.6

293) "O Silêncio" (1998) - 9.3

294) "Bom Dia, Tristeza" - 8.9

295) "Vida Cigana" - 9.7

296) "Sob as Cerejeiras em Flor" - 8.8

297) "Places in The Heart" - 8.9

298) "Kaili Blues" - 9.5

299) "O Homem de Ferro" (1981) - 9.0

300) "O Banquete de Casamento" - 9.1

301) "Endereço Desconhecido" - 9.0

302) "Crimes e Pecados" - 9.7

303) "Esse Obscuro Objeto do Desejo" - 9.6

304) "A Colecionadora" (1967) - 9.6

305) "Os Gritos do Silêncio" - 9.5

306) "The Bad and The Beautiful" / Assim Estava Escrito" - 9.9

307) "Face a Face" - 10!

308) "Cidade Pássaro" - 9.2

309) "Louca Paixão"/ Turkish Delight - 9.6

310) "A Cor do Paraíso" - 9.6

311) "Conflito Mortal" (1988) - 9.0

312) "Os Rapazes da Banda" - 9.9

313) "Aleksandra" - 9.0

314) " Onde os Homens São Homens" - 9.3

315) "Ninguém Sabe que Estou Aqui" - 8.7

316) "Pola X" - 9.8

317) "Tiranossauro" - 9.2

318) "A Missa Acabou" - 9.1

319) "A Noiva de Glomdal" - 9.6

320) "A Eternidade e um Dia" - 9.3

321) "Carancho" - 8.9

322) "Querelle" - 9.9

323) "Salò, ou Os 120 Dias de Sodoma" - 10!

324) "O Dia Depois" - 9.7

325) "À Espera dos Bárbaros" - 9.2

326) "Your Face (2018) - 8.4

327) "Um Filme Falado" - 9.0

328) "The Rental" - 8.2

329) "Mephisto" - 9.7

330) "Antiga Alegria" - 9.4

331) "Crip Camp: Uma Revolução na Inclusão" - 9.7

332) "Ligue Djà: O Lendário Walther Mercado" - 7.9

333) "Atleta A" - 9.4

334) "Os Amores de Henrique VIII" - 8.4

335) "El Pepe, Uma Vida Suprema" - 7.8

336) "O Cheiro da Papaia Verde" - 9.0

337) "A Humanidade"-  9.6

338) "Justiça Para Todos" - 9.2

339) "A Estratégia da Aranha" - 9.2

340) "Grass" - 8.8

341) "Occident" - 9.4

342) "Tão Distante" - 8.3

 

 

 

 

 

 

 

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11 hours ago, SergioB. said:

Filmes vistos em 2020 (até aqui!):

* Graças à pandemia, consegui neste meio-ano ver mais filmes que os, salvo engano, 323 de 219!  Se não fizesse esse levantamento hoje, no final do ano teria de ficar o dia inteiro olhando para a tela. Estranho sentimento. Misto de orgulho e incredulidade. Compadre, @Jorge Soto, imagino o senhor...

Nem tanto quanto você, meu caro. Procuro tentar assistir sempre alguma coisa a cada dois dias mas nem sempre isso é possível.  Sacumé.. vida corrida, pepinos domésticos, responsas, etc.. mas vamos que vamos.?

 

On 8/24/2020 at 1:11 PM, Jailcante said:

Invasão Zumbi (Busanheng/Train to Busan, Dir.: Yeon Sang Ho, 2016) 5/4

 

Peninsula é a sequência morna de Train to Busan que novamente traz zumbis velocistas e eleva a idéia ás últimas consequências, além de viajar demais na maionese. Dá pra ver de boa mas eu particularmente esperava mais. Outra, o filme nao tem nada a ver com o anterior. Vai vendo, aqui basicamente puseram zumbis num filme do Mad Max ou Velozes & Furiosos. Tem ação, tem. Boas atuações, idem. Mas a produção tem problemas de ritmo, roteiro e produção.. o último ato parece ter sido pra videogame. É bom passatempo mas bem esquecível, e não chega aos pés do primeiro que era mais humano. PS: Tem uma pirralha que deixa o Toretto no chinelo.? 7,5-10

NOTÍCIA | “Invasão Zumbi 2: Península” ganha trailer oficial e novas  imagens de divulgação - Teoria Geek


 

Gripped: Climbing the Killer Pillar é um filme de sobrevivência com escaladores que não chega aos pés dos ótimos Touching the Void ou de 127 Horas, mas o pouco que faz é simples e sincero. Sim, produção indie feita a toque merreca onde os próprios atores fizeram as cenas de escalada perigosas. O ponto positivo são as cenas de cartão postal de Sierra Nevada e a qualidade técnica do que é mostrado, percebe-se que o diretor manja do assunto, diferente do inverossímil Limite Vertical ou Cliffhanger. Ah, as cenas durante os créditos finais mostram making off divertidos. 8-10

Subscene - Gripped: Climbing the Killer Pillar English subtitle

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6 hours ago, frossit said:

Gente !!!! O SergioB e o Soto não sabem brincar ? que inveja de vocês rs rs...Eu só vou anotando as dicas e ficando desesperado com a inevitabilidade de que não vou conseguir ver tudo isso !!!

Hehehe Credito ao fato de que eu parei de sair com meus parças de boteco. A gandaia me tomava muito tempo. :)

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Um filme sobre a ascensão e queda de um político populista. Mas mais do que isso, "All the King`s Men"/ A Grande Ilusão, de 1949, ilustra a degeneração moral de um homem honesto, convertendo-se em um político escroque, ao assumir o poder. É um filme até hoje relevante do ponto de vista temático, e também se destaca por ter levado o Oscar de Melhor Filme em 1950, assim como os de Ator para Broderick Crawford, e de Atriz Coadjuvante para a estreante Mercedes McCambridge.

O problema do filme é a Montagem. A conversão do honesto em desonesto é rápida demais, muito brusca. E não apenas o caráter muda. Mas do nada ele está rico (insinuando que passou a se vender para os financiadores de campanha), e poderoso. Talvez por esses problemas de ritmo, Robert Rossen tenha perdido o Oscar de Direção para Joseph Mankiewicz...

Sempre escrevo a mesma frase quebrada, em anacoluto, quando se trata de política:

O poder; ele se esvai...

All the King's Men (1949) - IMDb

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Gente... Melhor filme do Ken Loach que eu já vi! Hands Down!

"Felizes Dezesseis" é um estudo de personagem fascinante a respeito de um adolescente cheio de problemas, cuja mãe está presa, a irmã se vira com um filho pequeno, o padrasto é um homem violento, tem um único amigo com quem deambula pelas ruas desoladas da Escócia. Claro, já vimos esse filme muitas vezes antes. "Nada de novo", dirão. Mas então por que cargas d`água esse filme ganhou Melhor Roteiro em Cannes 2002? Porque é maravilhoso.

O texto é tão real, mas tão real, sem firulas, só linguagem de rua escocesa podrona, que te suga para dentro de um pequeno universo, ou do "recorte" social da vez de Loach, que sempre denuncia as dificuldades de ascensão de vida dos menos privilegiados. O espectador, portanto, começa a torcer muito para esse garoto ter ao menos um pouco de alegria. E o mais legal é que ele aparenta conseguir, por meio do dinheiro fácil e enganador do tráfico de drogas.

A atuação do protagonista Martin Compston, em sua estreia no cinema, é de cair o queixo. Mesmerizante atuação.

Fotografia de Barry Ackroyd, indicado ao Oscar só uma vez por "Guerra ao Terror".

Amei.

 

 

Sweet Sixteen | British Cinema, Ken Loach, Martin Compston, William Ruane |  2002 original print | Japanese chirashi film poster in 2020 | Sweet sixteen,  Film posters, Film

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Estou vendo também tudo que posso do Leos Carax, na expectativa a mais não poder por "Annette". Encontrei, então, dois curtas-metragens dele. 

O primeiro que eu vi hoje chama-se "Gradiva", de 2014, com duração de apenas dois minutos. É ótimo! Uma mulher nua, com um corpo realmente escultural, sobe a escadaria de um prédio, e encontra uma estátua de bronze no balcão. Uma atrevida simulação de "O Pensador'" de Auguste Rodin! Aproveitando sua pose icônica, entendemos que ele está profundamente entediado com seu trabalho de "animador de museu". Pede, então, para a moça se aproximar. E ela o abraça, consolando-o ternamente. Quem conhece um pouco de arte percebe a ironia, já que a escultura tornou-se independente, autônoma, do conjunto maior chamado "Porta do Inferno". E Gradiva, por sua vez, é o nome de uma escultura romana, no Vaticano, representando uma figura grega que levanta seu traje, de um jeito sedutor.

Muito louco pensar que ele não lançou mais nada desde então.

‎Gradiva (2014) directed by Leos Carax • Reviews, film + cast • Letterboxd

 

O segundo curta-metragem que vi, "Sans Titre",  é de 1997. Tem pouco mais de 8 minutos. É um curta feito a pedido do Festival de Cannes, que naquele ano comemorava 50 anos do Festival. Queriam algo dele, que sinalizasse os rumos de seus pensamentos de então. É, antes de tudo, uma experiência formal de montagem, começando com imagens antigas - quem sabe? - do Festival francês, depois um mapa antigo localizando a cidade do sul da França, sua famosa escadaria, depois imagens de duas crianças indo dormir, todas elas com granulações fotográficas, dando ideia de antigo. Corte para imagens de desastres naturais, uma grande inundação levando casas (Será que isso se passou na história da cidade?), somadas a imagens de guerra, bombas, etc...Enfim, me levam a pensar que é um jeito de elencar alguns acontecimentos históricos da cidade...Por fim, há imagens desfocadas que lembram a mim "Pola X", o fantástico filme dele de 1999, que estava em construção, inclusive tais trechos remetem a grande cena do filme, pelo visto, já imaginada pelo diretor.

 

Sans Titre - 1997 | Filmow

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Outro curta-metragem visto hoje foi da diretora francesa Mati Diop, que foi bastante incensada ano passado por seu trabalho em "Atlantique". Em "Big in Vietnam", de 2012, ela segue uma diretora de cinema vietnamita que está rodando uma adaptação do clássico "As relações Perigosas" no meio da mata dos arredores de Marseille, quando seu ator principal desaparece. Então a diretora se recusa a continuar, e é substitúida. Ela então segue andando a esmo pelas ruas da cidade, e encontra um bar de karaoquê oriental, no qual conhece um refugiado vietnamita com saudades de casa. Ele então conta sua história de vida a ela. Uma história de luta para sair do país.

O roteiro parece dizer: Em vez de macaquear os clássicos, tantas vezes já contados, que tal explorar a história humana mais perto, mais preemente? Uma história que inclusive é mais frontal à diretora pessoalmente. Uma história da diáspora moderna dos cidadãos das ex-colônias francesas.

Gostei bastante. 28 minutos.

 

Film Big in Vietnam - Neon Production

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Bill & Ted Face the Music é o razoável terceiro fecho da trilogia noventista do Keanu Reeves e Alex Winter, uma versão live action de Beavis & Butthead. O problema é o roteiro que não tem nada novo a mostrar, se limitando a idas e vindas no tempo feito Back to Future pra salvar o mundo. Aqui deram mais destaque ás filhas dele, em atuação razoável. Sei lá, apesar da boa química da dupla e alguns bons momentos isolados (tipo o dueto do Mozart com J. Hendrix), o conjunto vale mais pela nostalgia afetiva mesmo pois não chega aos pés dos inofensivos filmes anteriores. Dá pra ver sim, mas creio que se eu tivesse 20 anos menos e fosse mais retardado teria gostado mais. 7,5-10

Bill & Ted Face the Music (PG) - Red Earth Arts Precinct : Red Earth Arts  Precinct

 

 

Rogue é mais um filme ruim de bicho assassino, no caso, uma leoa faminta por petiscos humanos. O filme começa até bem prometendo feito Predador low budget, mas logo mostra sua verdadeira cara. Edição ruim, roteiro ruim e até o bicho é mal feito. Atuações? Consegue imaginar a Megan Fox como uma foderosa lider mercenária? Resumindo, filmes de killer lion tem melhores, Prey, Uncaged e The Shadow & the Darkness. Agora pra quem curte produções do naipe Sharknado e humor involuntário é prato cheio. Não é meu caso, passo. 6-10

Cineuniversechile (@CINEUNIVERSECHI) | Twitter

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Outro dia, um colega do Fórum opinou aqui que "Ata-Me" tinha envelhecido meio mal. Claro, estamos numa época de neofeminismo desenfreado, e do Politicamente Correto permeando as produções...Mas, penso diferente, pelas lentes do humor, pelas lentes do exagero cômico, eu particularmente perdoo tudo, ainda mais se o "tudo" vem de Pedro Almodóvar, que usa o humor como ferramenta contra a hipocrisia moral. Em "O Que Eu Fiz para Merecer Isto?", de 1984, entre outros mil absurdos, a mãe dá em adoção o filho pré-adolescente a um dentista pedófilo, na maior naturalidade... Imagino o que escreveriam desse filme hoje!

Que filme surreal e engraçado! Me arrependo de não ter visto antes! Carmem Maura está excelente, mas quem rouba todas as cenas é Chus Lampreave interpretando mais uma vez uma avózinha louca com saudades de sua cidadezinha...Que figuraça!

Entre ex-nazista, abusador, prostituta, homem impotente, adolescente traficante, uma garotinha com poderes sobrenaturais, e um lagarto com nome de "Diñero", a figura de uma dona de casa estressada destaca-se como a personagem de corte mais real. Realmente, a mãe é o centro nervoso de uma casa.

Amei!

¿Qué he hecho yo para merecer esto? (1984)

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12 hours ago, Jorge Soto said:

Bill & Ted Face the Music é o razoável terceiro fecho da trilogia noventista do Keanu Reeves e Alex Winter, uma versão live action de Beavis & Butthead. O problema é o roteiro que não tem nada novo a mostrar, se limitando a idas e vindas no tempo feito Back to Future pra salvar o mundo. Aqui deram mais destaque ás filhas dele, em atuação razoável. Sei lá, apesar da boa química da dupla e alguns bons momentos isolados (tipo o dueto do Mozart com J. Hendrix), o conjunto vale mais pela nostalgia afetiva mesmo pois não chega aos pés dos inofensivos filmes anteriores. Dá pra ver sim, mas creio que se eu tivesse 20 anos menos e fosse mais retardado teria gostado mais. 7,5-10

Pra mim não tem nostalgia pois nuncai esses filmes.pssei batido....talvez veja esse último...

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Hellraiser - Caçador do Inferno (Hellraiser Hellseeker, Dir.: Rick Bota, 2002) 2/4

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6º filme da série Hellraiser, já sendo lançado direto pra DVD (só os 4 primeiros foram lançado nos cinemas). Esse, basicamente, copia a estrutura do filme anterior (Hellraiser Inferno) com o personagem principal perdido o filme todo, sem saber o que é real, sonho, pesadelo, alucinação ou ilusão, e Pinhead aparecendo pouco. Nisso, o filme vai jogando cenas e mais cenas que sabe-se lá tem realmente algum sentido ou só foram sendo jogadas aleatoriamente ali. Mas o final eu gosto, envolve a Kirsty Cotton, personagem do 1º e 2º filmes da série, que aqui é casada com o personagem principal. Ela desaparece depois de um acidente de carro e o marido passa o filme querendo saber o que rolou. Apesar da confusão geral na trama, o final meio que dá uma salvada (não deixa de formar uma trilogia junto com o primeiro e segundo filme, já que a Kirsty aparece aqui e meio que conclui a saga dela).

 

Contos de Nova York (New York Tales, Dir.: Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen, 1989) 3/4

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Um antologia de 3 histórias, com cada história sendo dirigida por um diretor mais-que-tarimbado. Gostei mais da história do Martin, não só a história é melhor mesmo, como a que rende mais, e a trilha sonora é um desbunde (sobre um pintor que toda vez que vai pintar coloca uma música que combina com o estado de espirito dele, aí o Martin só usa música foda). A do Francis Ford Coppola é a mais fraquinha, de uma menina que vive num hotel já que os pais vivem viajando e tenho que dizer que até esqueci do que rola nessa história. Desculpe. A do Woody é bem cômica sobre um cara dominado pela mãe, e assim tem problemas de relacionamento com outras mulheres (o filme foi feito antes do escândalo em família do Woody, então a Mia Farrow ainda aparece aqui como namorada dele). Talvez o problema é que por se chamar 'Contos de Nova York' se pedia algo que mostrasse mais a cara da cidade, mas acho que os diretores acabaram filmando outras coisas. Sei lá. A do Martin é a que melhor faz isso, já a do Francis e do Woody parece umas histórias aleatórias quaisquer. Enfim, no geral, tá tudo muito bom (só a história do Francis que leva o pacote um pouco pra baixo, mas ok). 

 

Bruxa de Blair (Blair Witch, Dir. Adam Wigard, 2016) 2/4

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Depois de ter ganho uma "sequel" bem ruim na época, agora, quase 20 anos depois, A Bruxa de Blair ganha uma continuação oficial e verdadeira. O 'A Bruxa de Blair 2' da época se passava num universo fora da história do filme original, contando sobre alguns fãs-débeis querendo explorar a floresta do filme. Aqui nessa nova sequel (simplesmente chamada 'Bruxa de Blair' sem o artigo 'A' no início) temos uma história que se passa dentro do universo do filmes original, com o irmão caçula da personagem do primeiro filme (Heather Donahue), anos depois querendo ir para floresta saber do paradeiro da irmã (ele teria uma pista de que ela estaria viva), ou seja um 'true sequel'. Particularmente, não sou fã desse sub-gênero "found footage" (gênero que 'A Bruxa de Blair' praticamente inaugurou e tornou febre no início do novo milênio), então não acho esse ruim. Pelo menos, acho essa sequel útil, no sentido que ficou um buraco na trama do original e esse aqui meio que conserta o lance (tinha um filmete no DVD que já arrumava esse buraco na trama original, mas ter esse tipo de explicação num filme oficial da série é bem melhor), além da gente saber melhor o "modus operandi" da Bruxa e até a sua origem. E o filme faz questão de mostrar que ter todo um aparato moderno (até drone tem) pra ir na floresta, não adianta muito e o povo vai se dar mal da mesma forma. Enfim, acho que complementou bem o filme original, pena que demorou muito a sair (talvez se tivesse saído na época, antes de mil e um filmes 'found footage' que surgiram, teria sido mais relevante).

 

Exterminador do Futuro Genesis (Terminator Genisys, Dir.: Alan Tayler, 2015) 2/4 

250px-Terminator_Genisys.jpg

Talvez a questão que fica agora é: Qual é o pior filme da série, esse Genesis ou o Destino Sombrio do ano passado? Eu prefiro esse. O do ano passado foi um desastre completo, já esse aqui, pra mim, nem tanto. Diria que esse teve uma ideia (ou ideias) melhor pra acrescentar algo a saga, mas a execução foi chula, já Destino Sombrio é o contrário, tem execução boa, mas a história é um lixo preguiçoso completo. Reciclagem de tudo que já tinha rolado na série. Nisso, talvez prefira esse que, pelo menos, tentou colocar algo relevante. 

O problema do filme é colocar mil e uma coisas, mas no fim não saber lidar com tudo. O que me irrita é colocar coisas do nada sem explicação nenhuma. Por exemplo, o T-1000 do segundo filme aparece em 1984, onde rola a história do primeiro filme, e até que seria interessante mesmo ver os 2 exterminadores principais da série no mesmo ano, tentando matar o povo por lá, mas o problema é que não explicam quem mandou esse robô extra pra 1984. Ele simplesmente aparece do nada e fim. Outra coisa também é sobre o passado da Sarah, que alguém mandou um monte de robô pra matar ela criança, e tem esse outro exterminador do bem que a salva e cuida dela, aí em 1984 ela já é um guerreira. É interessante isso, mas, mais uma vez: Quem mandou esse quilo de exterminadores pra lá? O filme simplesmente não fala. E isso vai indo até o fim. 

E o maior furo é o do John Connor: Se a Skynet transformou ele em máquina (cyborg), e ele está do lado da Skynet, então pra que mandar ele pro passado pra matar o pai e mãe? Isso não seria meio inútil? Ele já está trabalhando pra Skynet, e seria uma figura útil pra ela, então pra que exterminá-lo no passado? Pois é...

Acho que esse festival de histórias dariam certo num "What if" que nem o que a Marvel vai fazer: Histórias paralelas mostrando linhas do tempo alternativas da série, aí teria um ep. com o T-100 em 1984 atrás da Sarah e Kyle; outra do John Connor exterminador; outra da Sarah sendo atacada no passado quando criança, e etc. Mas colocar isso tudo junto num mesmo filme acabou confundindo tudo (só que como disse, achei melhor filme que o do ano passado que foi uma boshta).

 

O Expresso da Meia-Noite (Midnight Express, Dir.: Alan Parker, 1978) 2/4

230px-Midnight_Express.jpg

 

É um drama eficiente, mostrando um americano sendo preso na Turquia por posse de drogas e acaba que ele entra numa disputa diplomática entre EUA/Turquia da época (1970, época do Nixon), o que faz a pena dele subir de 4 pra 30 anos. Alan Parker foca aqui o drama dele na prisão turca, e a disputa diplomática fica no pano de fundo (talvez hoje em dia, tentariam mostrar esses bastidores, e não só o cara na cadeia). Tenho impressão que hoje talvez essa prisão turca não seria assim tão pesada (haveria outras bem piores já retratadas), já que o filme foca mais em mostrar o local sujo e imundo, e não tanto os conflitos entre os presos, filme só toca no assunto mas não o aprofunda muito (aqui o problema maior não seria os outros presos, mas os guardas que torturam os presos que não agem de acordo com o que eles querem).

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Lee Chang-dong é o diretor cult do momento. Do momento...mas, a rigor, faz uns 20 anos que ele arrebenta. Apenas seis filmes, e inúmeros prêmios e elogios mundo afora. "Peppermint Candy", de 1999, foi o seu segundo longa. Uma narrativa inversa, que retrocede 20 anos no tempo, em capítulos episódios, para descobrimos as razões por que um homem se suicida na frente de um trem gritando "Vou voltar atrás".

É um estudo de personagem. Temos um anti-herói. Desgostamos dele desde o início, mas cada vez que "avançamos" ao passado, à sua juventude, vamos descobrindo um machucado, bem como vamos conhecendo suas qualidades, até terminarmos em plena e ofuscante juventude inocente. Aliado à jornada pela sua personalidade, há também a jornada para conhecermos um amor que não deu certo. Os atores em questão, Kyung-gu Sol e So-Ri Moon,  são os mesmos do fenomenal trabalho seguinte do diretor, "Oasis" - um dos 10 filmes da minha vida. Lá, eles se amam, apesar de todos os problemas; aqui, os problemas vencem.

Os filmes do Lee Chang-dong são tão ricos, têm tantas camadas, que um dos seus maiores e fascinantes desafios, à medida em que que vamos assistindo, é destacar corretamente o tema principal. Depois de mais de uma hora desse filme ainda não tinha descoberto. Existe em "Peppermint Candy" uma questão política que não "viaja" muito bem para outros cantos do mundo, tenho certeza que os coreanos o identificarão mais rápido. Mas dá pra notar que o passado no exército coreano não é lá muita flor que se cheire. Percebo que ele critica como as Forças Armadas dos anos 1980, em permanente tensão de guerra, injetaram na polícia civil práticas muito violentas, como por exemplo a tortura dos desafetos, ou um machismo desenfreado. 

Então, sem muito spoiler, temos aqui um personagem suicida que perdeu tudo no cassino financeiro das bolsas do final dos anos 1990, que foi um policial violento no início daquela década, como também fora um oficial violentado, antes de ser um fotógrafo iniciante, um romântico com toda a vida pela frente. 

Viajar ao passado neste caso é contar uma história de amargura.

Meu ranking Lee Chang-dong:

1) "Oasis";

2) "Burning";

3) "Sol Secreto"

4) "Poesia";

5) "Peppermint Candy"

 

Bakha satang (1999)

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Sempre um prazer ver Sally Hawkins atuando, e em qualquer papel em que ela esteja no mínimo bem vêm os ingleses todos promovendo-a ao Oscar. É também o caso de "Eternal Beauty", deste ano, do jovem diretor Craig Roberts. Os ingleses tentam fazer campanha por ela na internet, mas não há nenhuma força intrínseca ao produto.

Hawkins interpreta uma esquizofrênica em que a característica da imaginação exacerbada é usada na primeira hora com fins humorísticos, daqueje jeito bem inglês, um humor bastante peculiar; e na meia hora final aquela característica leva o filme mais para o drama, mostrando a solidão dos pacientes mentais.

Um dos maiores problemas do filme é a verossimilhança. Para mostrar a juventude da personagem eles deliberadamente colocaram uma atriz que não se parece em nada com a Sally Hawkins. Talvez uma piada interna ao filme, em colaboração com o espectador: "Você também está imaginando coisas". Mas só causa estranhamento.

Um filminho, com uma boa atuação. Nada de mais.

Download> Eternal Beauty (2019)

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Ontem à noite..."Inception"/A Origem.

Respeito o gosto alheio, mas eu, data venia, não gosto do conjunto deste filme. Acho os momentos finais, com aquela ambiguidade, excelente. Poucos fariam melhor. Também gosto do começo, com a apresentação do problema, digamos assim. É bastante fascinante acompanhar o mundo dos sonhos, sem o viés do surrealismo, do psicanalismo estrito, ou da arte abstrata. Acho francamente bastante original enfocar o sonho como uma obra de arquitetura. Parabéns por isso.

 Mas o meio do filme...Aquela parte de "limbo"; pra mim, é uma coisa...só tem uma palavra...lunática! Faz me lembrar a terceira parte de "Interestelar", aquele disparate disfarçado de inteligência. Me revolta. Até parei pra analisar se se retirassem essas partes fariam tanta falta assim...

Tecnicamente, a melhor coisa são os Efeitos Visuais; e o Design de Guy Hendrix Dyas.  

A meu juízo: Leonardo DiCaprio debochado >>>>> Leonardo DiCaprio "tenso".

No entanto, é preciso ressaltar que Nolan tem uma ambição cinematográfica que 99% dos diretores não têm.

Na expectativa por "Tenet".

A Origem poster - Poster 1 - AdoroCinema

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El Robo del Siglo é um simpático e divertido filme de roubo a banco argentino que bebe muito da cartilha dos filmes ianques, tipo Plano Perfeito, Takers, Um Dia de Cão, etc. Não inova nada, mas o que faz é bem e correto. Muito bem produzido, o ponto forte disparado são suas atuações, principalmente a dupla Francella/Peretti, embora todos ali tenham seu tempo pra brilhar. Opção bem alto astral pra matinê larápia. 8,5-10

The Heist of the Century (2020) - IMDb


 

Ava é um thriller de ação genérico que tenta emplacar uma nova franquia nos moldes de John Wick e Jason Bourne, mas não chega nem no dedo mindinho deles. O problema é a profusão de clichês já vistos á exaustão antes. Bem que tentam colocar coadjuvantes de luxo do Farrel e Malkovich mas não basta. Outra, as cenas de ação que poderiam manter interesse são fraquíssimas e a Jessica Chastain tá longe de ter casca grossa e impetuosidade da Charlize Theron, de Atomica. Vale unicamente pra rever a sumida Geena Davis. 7,5-10

Ava - Sempre Se Pode Ter Mais John Wick! - POPSFERA

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Leão de Ouro em Veneza 2014, "Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência" é uma comédia (???)  sueca do diretor Roy Andersson, finalizando uma trilogia sobre o ser humano.
 
Formado por esquetes que remetem ao Teatro do Absurdo, os planos quase sempre são fixos, rigorosos, câmera estática, aquela coisa ...Os atores apresentam-se com uma maquiagem fúnebre, como se a vida fosse um fardo, mortos para a vida, em seus personagens sem dinheiro, sem esperanças, envelhecidos, atrelados a empregos bobos.
 
O filme é crítico à história da Suécia, e por isso não "viaja" tão bem. Em um dos esquetes, um rei comanda uma campanha de guerra fracassada; em outra esquete - que por acaso eu sei - lembra um trágico acidente de uma mineradora sueca no Chile nos anos 1980, cujos funcionários foram incinerados dentro de um cilindro. 
 
Um filme cujos méritos são propositalmente umbráticos, enigmáticos.
 
Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência poster - Poster 3 -  AdoroCinema
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"Mouchette" de Robert Bresson, de 1967, é apontado por muitos como o melhor filme, e o mais pessimista, do diretor francês. Adaptando o romance de Georges Bernanos, que, por acaso, viveu na década de 1940 em Barbacena-Minas Gerais, onde hoje sua antiga casa abriga um museu a ele dedicado.

Enfoca a vida de uma garota de 14 anos humilhada pelos vizinho, pela professora, com uma mãe entrevada, um irmão bebê que chora por comida, um pai brucutu alcoólatra...É Jó, no mundo rural. A vida para ela não é nada fácil; está cercada por todos os lados. Assim como os animais do bosque da cidade, constantemente caçados, alvo de inúmeras armadilhas. Só uma única pessoa a tratará com carinho...

A cena final é esplêndida, inesquecível. 

Mouchette - Robert Bresson film" iPad Case & Skin by Amberflash | Redbubble

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