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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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1 hour ago, Jorge Soto said:

Coincidentemente assisti esta tarde esse ai com a patroa, que decerto curtiu bem mais que eu. É filme de vinganca de muié indie bem feitinho e tals, estiloso, boa trilha mas principalmente bem atuado pela Carey sei la o que. Mas é filme panfletario..vide Me too. Nao que seja problema mas que a insistencia em passar esse sermao o prejudica. 

 

Cuidado que a armadilha do filme está preparadíssima: Um homem não gostar.

Mas pra ser justo, o filme critica as mulheres também, como por exemplo, no lance de elas não se ajudarem, se enxergarem com desconfiaças, enquanto os homens montam logo uma espécie de fraternidade para se protegerem.

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(6)

Vi o excelente "Almanaque de Outono", de 1984, do húngaro Béla Tarr. Um de seus únicos filmes a cores, e que cores! Verdes e azuis doentios, para registrar 5 pessoas terríveis vivendo debaixo do mesmo teto. Uma idosa enferma; seu filho; uma enfermeira e os dois amantes dela. Parece um arranjo familiar estranho, e é, mas a rotina está estabelecida. Muito Nelson Rodrigues...

Nunca vemos o exterior, não há uma visão de janela, nada. Ficaremos quase 2 horas no interior dessa casa, vendo os quatro personagens tentando arrancar dinheiro da velha, roubá-la. Como se ela fosse muito rica!, pensei. Talvez aí esteja embutida uma crítica social...A Europa do socialismo tão empobrecida aquela altura, que qualquer coisa parece riqueza...

Brigas, segredos, confusões, confidências...Já vi muitos filme centrado em um apartamento, mas esse é um dos mais fluídos, se não for o mais. A câmera se move com muita leveza, diferente dos planos estáticos longuíssimos dos filmes mais recentes dele. Tão livremente, que vai parar, certa hora, debaixo do assoalho de vidro, e vemos uma briga dos personagens, por baixo! Bati palmas!

 

Almanac of Fall (1984) - IMDb

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Naked Gun Trilogy

Corra que a Policia Vem Aí 

Corra que a Policia Vem Aí 2 1/5 

Corra que a Policia Vem Aí  3 1/3 o Insulto Final.

 

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http://br.web.img3.acsta.net/c_310_420/medias/nmedia/18/87/78/97/19961568.jpg 

 

Trilogia com o excelente Leslie Nielsen, que caiu como uma luva nesse tipo de humor com suas expressões quando nota que fez alguma besteira suas narrações em off ou suas barberagens. Nós voltaríamos a vê-lo como presidente em Todo Mundo em Pânico 3. Temos também bela Priscila Presley como seu par romantíco, o bom George Kennedy como o parceiro do Frank Drebin e O. J Simpson numa época em que ele tentava uma carreira no cinema. O terceiro filme é de 1994, mesmo ano em que O J Simpson foi acusado de assassinato. 

Adoro esse tipo de humor, acho ótimos. Os três filmes conseguem manter o nivel, o terceiro o filme opta por parodiar filmes. As cenas na cadeia são ótimas.. Coisa que seria feito á exaustão nos filmes Todo Mundo em Pânico.

Os filmes são dirigidos por David Zucker e produzidos por David Zucker,  Jerry Zucker e Jim Abrahams, trinca que trouxe pro cinema Top Secret!, Apertem Os Cintos o Piloto Sumiu 1 e 2 e Todo MUndo em Pânico 3, 4 e 5. 

 

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14 hours ago, Big One said:

Naked Gun Trilogy

Eu tambem curto esse tipo de humor mais visual, das gags, bem pastelao, etc e tal...pior que consegue fazer graca sem ser vulgar , como faz essa atual dupla Marlon e Damon Wyams..é o mesmo, mas enfiam peido e toda escatologia apelativa possivel pra fazer rir..

O primeiro assisti no cinema e so depois fiquei sabendo que a trilogia era baseada num seriado oitentista, Police Squad, que depois assisti completo em VHS, surrupiando as fitas da locadora Hobby Video onde trabalhava na época, no Jd América..?

 

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  • Administrators
4 hours ago, Jorge Soto said:

primeiro assisti no cinema e so depois fiquei sabendo que a trilogia era baseada num seriado oitentista, Police Squad, que depois assisti completo em VHS, surrupiando as fitas da locadora Hobby Video onde trabalhava na época, no Jd América..

Show, valeu pela dica 

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(7)

Um avião, um navio, e agora uma carroça. Paul Greengrass vem nos conduzindo por muitos caminhos, sempre com tramas de muita tensão e velocidade. "News of the World" tem uma pequena parte de ação, mas é um filme mais paciente, emotivo, e familiar do que estamos acostumados a ver no cinema dele. Eu gostei mais do que pensava, mas o filme não tem nada de espetacular. É comum. Um western, primo de "Bravura Indômita", primo de "Rastros de ódio", sem o brilhantismo daqueles. E sem...criatividade...

Depois de um superjornalista premiado em "The Post", agora um jornalista primitivo, que lê notícias de vilarejo em vilarejo. Tom Hanks mais uma vez dá uma aula de simpatia na tela. Não merece ser indicado ao Oscar, já vimos essa faceta dele. O lance é que é uma faceta adorável, muito eficiente. É raro um ator atuar tanto para o público como ele. Se for indicado, certamente Helena Zengel também o será, como Atriz Coadjuvante, pois o filme é a relação dos dois personagens.

O que eu mais gostei: Design de Produção de David Crank (criminosamente nunca indicado), e Figurino de Mark Bridges (sempre festejado). A boa Trilha Sonora é  assinada porJames Newton Howard, que depois de 8 indicações, tem passado em branco com a Academia. 

É notório porém que a recepção ao filme tem sido fria. Porque trata-se de um filme normal, comum. Acho que em geral exsuda uma falta de criatividade da Direção em fazer daquelas caminhos poeirentos um novo caminho cinematográfico.

News of the World | Veja o pôster do novo filme de Tom Hanks

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The True Adventures of Wolfboy é uma boa fábula que parece ser feita sob medida pra pirralhada, tipo Extraordinário, mas é mais adulta do que se pensa, uma vez que flerta com a temática lgbt+. É um indie bem intencionado e bem atuado, principalmente pela presenca de pontas famosas em papéis bem pontuais. O formato da narrativa em capítulos reforca o tom fabulesco da trama. Tim Burton ficaria orgulhoso com esta producao. No entanto, o desfecho abrupto depoe contra, dando aquela sensacao de coito interrompido. 8-10

The True Adventures of Wolfboy « Triple A

 

 

The Dark Divide é um bom drama de aventura na mesma vibe do badalado Livre ou Into the Wild. na verdade é um filme sobre perdas e recolher os cacos no caminho, que se vale unicamente do seu ótimo ator principal, o tal David Cross. É um filme de imagens espetaculares de cartao postal, perfeitas pra aliviar a tensao da quarentena, etc e tal. Entretanto, o filme perde muito quando tenta ser engracadinho, coisa que faz com muita frequencia e foi o calcanhar de Aquiles de outro filme similar, Walk in the Woods. 8.5-10

Le fond sombre movie information

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(8)

"Ser ou não Ser", de 1942, uma comédia de Ernst Lubitsch, que se integra ao esforço de guerra do período. Um grupo teatral tenta impedir que um espião alemão entregue nomes da Resistência polonesa para a cúpula da Gestapo.

É legal ver a tiração de sarro contra os nazistas, seguindo a onda de "O Grande Ditador", mas risada, risada mesmo, não me gerou. Pensei em "Argo", Hollywood tentando resolver uma crise diplomática.  Aqui a salvação vem do teatro.

Útimo filme da linda e talentosa Carole Lombar, que infelizmente morreria aos 33 anos em um desastre aéreo.

Bom, hoje a tevê está mais instigante do que o cinema...

Ser ou Não Ser - 1942 | Filmow

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(9)

Que filme!!! Surpresa da temporada pra mim. Não esperava tanto. "Pieces of a Woman" é extremamente refinado, elegante, e pertinente.

O parto também é uma ponte; precisa ser seguro. Em minha cidade, por exemplo, gastou-se milhões de reais para abrir uma "Casa de Parto Humanizado", e alguma associação de médicos conseguiu impedi-la de funcionar na Justiça, já que o risco médico era elevado. Dinheiro jogado fora, nunca funcionou. No entanto, mais e mais mulheres escolhem dar à luz em casa, "na banheirinha", ouvindo a música que gostam... "Pieces of a Woman" não politiza, mas também não esconde a situação. 

Os primeiros 30 minutos de "Pieces of a Woman" são de elevada tensão. Já podemos prever que algo dará errado, mas os detalhes, os detalhes são chocantes. Vanessa Kirby, que ainda não é mãe, conseguiu passar muita verdade nas suas difíceis cenas, assim como Shia LaBeouf. Depois o filme se apazigua, torna-se mais lento - como negativo, alguns tempos mortos desnecessários - mas mesmo assim, muito rico, cheio de camadas. É preciso dizer que a Vanessa Kirby tem pelo menos umas 5 cenas dignas de clipe de Oscar. Mas a cena final dela, gente, é de aplaudir. Que atuação! 

Ellen Burstyn, uma de minhas atrizes favoritas, comparece pouco, mas tem a grande cena do ano até aqui, ao discutir com a personagem da filha. A cena é boa, emociona pela atuação das duas, mas o mérito maior é do texto, o texto é irretocável! As palavras são de copiar em um caderno! Se as duas atrizes saíssem com as estatuetas seriam dignas vencedoras. Infelizmente,tenho percebido um problema de dicção na veterana atriz, que deveria ter umas 5 estatuetas no currículo, mas tem tudo pra ser a Atriz (ou ator) mais velho indicado a um Oscar, aos 88 anos de idade, superando o Plummer.

Não esperava um Figurino tão lindo e elegante! Mas não só isso. É um figurino ,além de tudo, funcional. Moletons, malhas de frio, que escondem e protegem o corpo dos atores, nas cenas de sexo, ou na cena de parto. Ficaram críveis, elegantes, conzidentes com o inverno da região, e protegeram um pouco da intimidade dos atores, ao não revelar demais. Revela-se algo sim, mas pouco. Ficou lindo. Rachel Dainer-Best, que o assina.

A Trilha Sonora é linda, do mito Howard Shore. Gostei demais.

Filme lindo. Amei.

Pieces of a Woman | Drama da Netflix com Vanessa Kirby ganha trailer;  Confira!

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The Bee Gees How Can You Mend a Broken Heart é um bacanudo documentário da famosa banda pop, que nao dava nada (assisti á forca por causa da muié) e no final tava lá eu cantando hits e rebolando feito o Travolta?. Sao duas horas que passam voando com muitas imagens de arquivo, depoimentos e entrevistas com músicos atuais falando da influência e tal. Ta tudo lá, Saturday Night Fever, mudanca de estilo, do falsete, tretas internas, drogas, preconceito, da reinvencáo ao declinio do disco, etc.. só acho resumir 5 decadas arriscado pois fugiu de temas mais espinhosos. No entanto o resultado é acima da média prum documentário. 9-10

FRANK MARSHALL DIRECTS THE BEE GEES DOCUMENTARY - MUSE

 

 

Sibéria é mais um filme existencialista-contemplativo-surreal-e-cheio-de-viagens-da-maionese do Ferrara. É amar ou odiar..eu to ainda vendo o que achei pois é muito metafísico pro meu gosto. É meio que um road movie e peregrinacao do corpo e da alma, manja? Nao é filme de fácil digestao e creio que sua duracao curta o favorece nesse sentido. Dafoe ta estupendo, como sempre, e de certa forma o filme me lembrou muito a Ultima Tentacao de Cristo nessa busca espiritual de redencao do personagem. Opcao psicotrópica pesada em forma de celulóide, ja vou falando.. 7.5-10

Siberia: il film di Abel Ferrara nelle sale dal 20 agosto

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(10)

Lindeza esse penúltimo Truffaut, "A Mulher do Lado", de 1981. Um homem feliz no casamento, estabelecido na carreira, com um filho adorável, vê sua vida entrar num turbilhão de emoções, quando para o lado de sua casa, muda-se uma antiga paixão, hoje também casada. Imagina se essa ex-amante tiver a beleza estonteante de Fanny Ardant. É pra enlouquecer mesmo! Eu, particularmente, não conseguia nem ter (as, os) exs no Orkut, quanto mais como vizinhos.

Por ser um romance, muita gente acha que é um filme menor. Eu não acho, não. É quase um filme que rompe seu gênero, quase um suspense. Acho muito bem dirigido, e com bons diálogos. Há um excelente quando a personagem de Ardant ironiza o conselho sempre repetido nessas horas de que deveria "Virar a página": "E se essa página pesar 100kg?". Muito bem colocado.

O final é surpreendente.

Trilha ótima, do oscarizado no ano anterior, Georges Delerue.

Sección visual de La mujer de al lado - FilmAffinity

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(11)

"Oleanna" talvez seja um dos textos mais aclamados do dramaturgo americano David Mamet. Ele mesmo é o diretor deste filme de 1994, que tenta, sem sucesso de cariz cinematográfico, transpor a concentração do teatro para a tela grande.

São apenas dois personagens, um professor e uma aluna. Uma "má" aluna. Ela procura o professor para reclamar de uma avaliação negativa em seu curso, e a conversa progride para uma situação meio dúbia de assédio. Uma figura ressentida, mal amada, como a estudante, encara qualquer palavra, qualquer gesto, como uma afronta, e pior, como uma afronta de cunho sexual. O professor, pedante, crescendo na carreira acadêmica, vivido de maneira excelente por William H. Macy, dá uma de superior o tempo todo, e sim há um certo flerte, mais por vaidade do que por qualquer atração física irresistível.

No final, o jogo de poder muda. A estudante consegue expulsar o professor da faculdade. É ela quem manda agora, alçada a uma posição de vítima. O "ressentido" é um ser que almeja ser visto como "prejudicado". É preciso ter muito cuidado com gente assim. O roteiro é um ringue de palavras. Muito blá-blá-blá, até cansativo, embora inteligente. Mas os últimos 5 minutos finais são soberbos, inesquecíveis.

 

Oleanna 1994 British One Sheet Poster at Amazon's Entertainment  Collectibles Store

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(12)

Dia chuvoso, ambiente ideal para o inigualável "Cães Errantes", de 2013, de Tsai Ming-liang, um dos caras que mais fez o cinema avançar nas últimas décadas, reeducando nosso olhar, investindo no silêncio, na umidade, na desesperança sexual.

Este filme segue um pai e seus dois filhos pelas ruas de Taiwan. Pobres, vivem em um prédio abandonado, alimentam-se muitas vezes de amostras grátis de supermercado, enquanto o pai descola algum dinheiro sendo homem-placa pelos cruzamentos movimentados da grande cidade, anunciando um condomínio de luxo, mesmo em dias de grande temporal.  A desumanização implícita no roteiro permite que vejamos a família como uma "matilha". E é chocante quando vemos a família adentrar o prédio, pela primeira vez, à noite, e dar de cara com os cães vadios da cidade, também moradores da construção abandonada. Um encontro entre vira-latas.

Bom, há a questão social, do homem pobre diante das dificuldades da vida urbana em uma grande cidade. Os filhos se lavam e escovam os dentes em banheiros públicos, etc...Sim, há questões sociais inclusive apenas insinuadas, por exemplo, a mãe das crianças, que, no primeiro plano do filme, aparece vigiando o sono dos filhos, enquanto penteia os cabelos por uns 4 minutos, e que depois simplesmente desaparece do filme. Será que ela fugiu da situação, ou o marido, que, em vários momentos do filme, age com violência, deu um fim a ela, como se ela fosse também "uma cabeça de repolho" (Quem viu o filme entenderá a metáfora)? Violência que ele também praticará contra os filhos, ao tentar abandoná-los em um rio, numa noite de tempestade (Agora que parei pra pensar, exatamente como certas pessoas maldosas fazem com filhotes indesejados).

Mas o que "Cães Errantes" tem pra mim de mais fascinante, de genial mesmo, não é sua crítica social, são suas perguntas cinematográficas. Afinal de contas, em qual outro filme, dois personagens ficam olhando para um painel na parede por 18 minutos? Tsai constrói um plano mudo e estático. Dezoito longos minutos assim, sem acontecer nada. É o espectador vendo o ato de olhar. Narrativa da narrativa. A cabeça voa. Faz-me pensar: Esse momento de contemplação dos personagens não mudará em nada a vida deles. Bem como eu olhar esse filme não mudará em nada a minha vida real, "de homem-placa" privilegiado, preso nesta cidade em que chove, onde as coisas fenecem, as paredes escurecem, e o tempo escorre...

Maravilhoso.

Cinema Guild on Twitter: "Poster for Tsai Ming-liang's STRAY DOGS. Opens  9/12 in NYC @FilmLinc. http://t.co/VKVdQPJzva"

 

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(13)

"Pret-à-Porter", de 1994, foi esculhambado pela crítica na época. Karl Lagerfeld chegou a ir para os jornais desancar o filme. Porém, acho que ele é mais um bom exemplo dos filmes paineis de Altman, nos quais as histórias se cruzam, fragmentam-se, complementam-se, nos quais os atores dialogam com personas reais. Seu cinema é a composição de um mundo. Um mundo feito eminentemente de pessoas sociais.

Neste filme, Altman está interessado na Moda como Teogonia; Thierry Mugler, Paolo Bulgari, Gianfranco Ferré, Lacroix, Jean Paul Gaultier, Issey Miyake fazem participações especiais; e está interessado na Moda como caricatura; com os atores representando seus aspectos de competitividade, mesquinharia, luxo, superficialidade. É aí que parte do mundinho fashion não gostou. Queria aprofundamento, recebeu a farsa. Poxa, é uma comédia. Mesmo Paris - capital da Moda - é retratada apenas como uma cidade onde você pisará inevitavelmente em cocô de cachorro.

Dos atores, acho que poucos receberam material suficiente para brilhar. Quem mais tirou proveito desse pouco? Richard E. Grant, Forest Whitaker, Kim Basinger, Julia Roberts, e Anouk Aimée. A francesa, responsável pela grande cena do filme, a única que sobreviverá para o cinema: Ao resolver sua crise de criatividade, com um desfile de modelos nus. A melhor forma de homenagear a beleza.

Ready to Wear 1994 U.S. One Sheet Poster at Amazon's Entertainment  Collectibles Store

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The Place of No Words é daqueles dramas infantis indies fofuchis que pode parecer estranho a principio, mas uma vez habituado ao vai-vem dos flashbacks nos inteiramos que esta singela producao trata do escapismo pela fantasia á crueldade do luto. Sim, ja foi visto várias vezes isso, em Onde Vivem os Monstros e Sete Minutos pra Meia-Noite. Mas a garotinha principal é um achado de tao fantástica que é, que o filme vale somente pela sua presenca em tela. É curto, o que ajuda bastante e tem todos aqueles cacoetes que fazem festa em qualquer producao de baio orcamento. 8-10

فيلم The Place of No Words 2019 مترجم اون لاين

 

Shadow In The Cloud é uma montanha russa que provoca muitas emocoes, muitos gêneros misturados com resultado mais que satisfatório. Misture monstros, machismo, misoginia, Segunda Guerra, etc.. é isso! Um filme B que a eterna Chloe “Hit Girl” Moretz carrega nas costas com sua canastrice, onde nem é preciso suspensao da descrenca pra assistir. Pois parece um episodio de Além da Imaginacao (e de certa forma o é, do filme de 84) com Memphis Belle, a Fortaleza Voadora! Um filme trash de empoderamento femenino divertido, pra desligar cérebro e mandar ver com esta sub-Ripley chutando bundas da forma mais inverossímil possível. 8.5-10

Shadow in the Cloud (2021) - Novo Pôster | Cinema & Afins

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(14)

Ontem à noite, essa surpresa, adquirida pela Netflix, "The Forty-Year-old Version". A comédia ganhou o prêmio de Melhor Direção em Sundance 2020, Melhor Primeiro Filme em Nova York, e o prêmio de Nova Geração em Los Angeles, todos para sua figura máxima, Radha Blank, que a escreve, dirige, e protagoniza. 

Uma professora de teatro escolar que, prestes a entrar nos 40 anos, escreve uma nova peça que seja seu reaparecimento na cena de Nova York, mas ao mesmo tempo, descobre a pujança criativa do hip hop. Eu amei essa divergência.

Precisa se adequar ao mundinho estabelecido do teatro novaiorquinho, comandado por brancos, financiado por brancos (que pensam em montar "Fences" com elenco não negro) então escreve uma peça de cunho militante, sobre a gentrificação do bairro do Harlem, todo conformado na direção de agradar o público universal. É aí que seus alunos adolescentes, meio sem querer, chamam-lhe a atenção sobre a pujança do hip hop como linguagem. Ela vai atrás, e descobre um mundo muito mais vibrante, mais revolucionário, todo feito por negros, autenticamente "de rua", que estão off off off Broadway. Enfim, eu amei o tema. Qual o caminho certo a seguir para uma pessoa dessa idade? Arriscar ou finalmente ter a chance de trilhar o conhecido?

Como é um primeiro filme, percebo aquela vontade louca de impressionar, que acaba sendo desnecessária, como, por exemplo, a mudança do padrão fotográfico, seja em cores, ou razão de aspecto. E tem ainda um sotaque forte de televisão, como deixas de humor de sitcom (Não à toa, Radha foi produtora da ótima série "Ela Quer Tudo"). Compreensível. 

Spike Lee é como uma entidade que paira sobre o filme: ele ensinou como dar essa roupagem pop, meio chula, sexy, a problemas contemporâneos dos negros americanos.

Gostei bastante.

 

The Forty-Year-Old Version - 9 de Outubro de 2020 | Filmow

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(15)

O título em português "Minha Terra, África" num primeiro momento dá uma sensação de nostalgia ou de sentimentalismo. Mas um segundo depois compreendemos que é alguém reivindicando a posse. O título em inglês "White Material", contudo, é melhor, mais frontal.

Se se pedir"Me dê um nome que represente o cinema de fluxo", os cinéfilos muito provavelmente dirão Claire Denis. A francesa, neste filme de 2009 - um dos mais celebrados de sua carreira -  contudo, apresenta aqui uma linguagem quase convencional. É sua narrativa mais acessível e fácil de entender.

Isabelle Huppert é a proprietária de uma fazenda de café em um país africano (nunca situado) que está atravessando uma Guerra Civil. Como não pensar na obra-prima, o estupendo "A Fazenda Africana" da dinamarquesa Karen Blixten, que deu origem ao ganhador do Oscar "Entre Dois Amores"? O mesmo elemento central: Uma branca europeia comandando uma fazenda de café... Porém, aqui há zero grau de romantismo, ou de etnocentrismo. Aquela realidade lá era pré-guerra, aqui é o pós-colonização, mais à frente. Não há luxos. Tudo é um buraco só. A terra sendo disputada por grupos de guerrilheiros, com fácil acesso a armas, mas pouco acesso a desenvolvimento econômico.

O filme é muito bom. Mas, pessoalmente, acho que há problemas de enredo, como a do insuportável filho da protagonista. Era melhor se ficasse o dia todo dormindo, já que orgulhosamente não ajuda a mãe. Mas cria uma subtrama esquisita na história...Também, já disse aqui, que não gosto de abordagens amplas na geografia (vide "Beasts os No Nation"). 

A dedicatória do filme, ao final, talvez seja seu elemento mais provocador. O filme é dedicado aos rebelde, ao assssinos locais! E é dedicado também à "Marie", representada pela Huppert, como se ela fosse tão africana quanto eles, por, vamos dizer assim, amar tanto aquela terra. Como se o amor a fizesse  passar para o outro lado. Não sei como.

 

White Material (2010) movie poster

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(16)

"Cops and Robbers" / "Polícia e Ladrão" é um dos primeiros candidatos ao Oscar na categoria de Curta de Animação a despontar no cenário.

São apenas 7 minutos, de uma poesia multimídia. Vários artistas do mundo todo colaboraram, com diversas técnicas de animação, para ilustrar uma espécie de poema contra a violência policial e o racismo. A partir de metáforas com o universo infantil, desde a brincadeira de policía e ladrão, passando pela figura do (para nós) bicho-papão, a animação milita contra a altamente condenável perseguição racial.

Há uns poucos momentos de live-action, com o roteirista e diretor, Timothy Ware-Hill, aparecendo como ator, sendo a própria face do projeto. Não sei se as regras da Academia permitirão esses poucos momentos não animados.

Sinceramente, eu não gostei da realização. As muitas técnicas empregadas distraem a atenção do texto, falado muito rápido, e, francamente, sem nada de realmente muito especial nele em si.

Apesar do esforço, não o indicaria.

Cops and Robbers Movie Streaming Online Watch on Netflix

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(17)

Principal candidato da Amazon na temporada de premiações, "One Night in Miami" é um bom filme, que adapta uma peça de Kemp Powers (de "Soul"), imaginando como teria sido o encontro de 4 amigos, 4 grandes personalidades negras, nos Estados Unidos dos anos 1960, em um quarto de hotel em Miami, a comemorarem a vitória do então Cassius Clay no Campeonato Mundial de Boxe.

O encontro é factual, mas as conversas naturalmente são ficção. Nelas podemos sentir que a alegria do sucesso profissional dos quatro retratados vem acompanhada por uma sensação de dever para com a comunidade negra. Eles têm consciência de seu papel de exceção, mas, quanto ao agir, os quatro têm modulações diferentes no campo do enfrentamento social, digamos assim. Como diz o jargão, "É sobre isso".

O texto é muito bom, saboroso; as atuações dos quatro atores são ótimas. A meu ver, Kingsley Ben-Adir, como Malcom X, teve o papel mais difícil, mas Leslie Odom Jr., com aquela voz excepcional, é quem acaba ganhando os corações dos espectadores, principalmente na canção final. Penso que ele já foi mais favorito na categoria de Ator Coadjuvante do que encontra-se hoje, mas é favoritíssimo ao Oscar de Melhor Canção Original, "Speak Now", de sua autoria e Sam Ashworth. Se a canção é boa, a trilha de Terence Blanchard nem se faz notar. Não me chamou a atenção mesmo. Jamais a indicaria.

No fim, acho um despautério Regina King estar cotada para ser indicada a Melhor Direção. Não dá nem pra comparar com o trabalho de, por exemplo, Spike Lee, nem falar de Kelly Reichardt.  É um filme de texto. O maior trabalho dela é não atrapalhar os atores, não chamar a atenção para si. É um mérito, mas não é suficiente pra mim. 

 

 

Regina King's One Night in Miami gets a poster and trailer

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(18)

Impressionado com a classe de "Pieces of a Woman", fui ver outro filme do Kórnel Mundruczó. É "Deus Branco", "White God" (Ou dog?), de 2014. É uma fantasia de crítica social. Na Hungria do presente, cães vira-latas, em razão da mestiçagem de raças, são perseguidos, explorados, ou simplesmente viram "sabão". Uma analogia (meio grosseira?) com o tratamento daquele país aos imigrantes, que destoa de seus pares da União Europeia, no que tange à acolhida.

Infelizmente, não gostei, mas não por que o filme é ruim. Simplesmente, não sou o público-alvo. Sou muito vegetariano e protetor de animal para conseguir assistir ao filme. Não consigo ver certas cenas de abatedouros, canis inóspitos, maus-tratos, e principalmente rinhas. Taí uma coisa que não suporto ver, nem no noticiário, nem no cinema. Tive que avançar alguns minutos.

O filme tem um tratamento realístico em sua primeira hora, para depois virar uma fantasia. Os cães, em razão da violência sofrida, enfurecem-se, tomam a cidade, matam os locais... Uma revolta social canina. Imagino o trabalho insano para filmar cenas passagens.

Nos créditos iniciais e finais, é informado que todos os muitos cães do filme conseguiram ser adotados, arranjaram um lar, além de ganharem a Palm Dog em Cannes 2014.

É uma parábola, como diz o cartaz. Metáfora. Mas cujo o efeito se esgota rapidamente.

Cada vez mais reitero meu pensamento que metáforas não são a figura de linguagem mais interessante no cinema, como todos acreditam. Prefiro a metonímia, a parte pelo todo. São figuras de linguagem com certa identidade, mas com efeitos diferentes. Penso na obra-prima "Umberto D.", de de Sica, na cena no qual velho e cão mendigam usando o chapéu, com mais sucesso para o cão.

Novo poster português para "Deus Branco" (Fehér Isten) - filmSPOT

 

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(19)

Responda rápido: "Filme de Kubrick em que há uma louca perseguição de machado"? "O Iluminado", com certeza; mas você poderia responder "Killer`s Kiss"/A Morte Passou por Perto", de 1955, o segundo longa do diretor.

Não sou um ás do cinema de Kubrick, mas neste curtinho filme (de 67 minutos) é possível identificar algumas sementes de suas futuras obras, mais conhecidas e celebradas. Não só o uso do machado por um vilão; mas, por exemplo, o protagonista em certo momento alimentar os seus peixes no aquário, e a câmera por trás do artefato enquadrar o protagonista quase como se detrás de um capacete espacial ("2001"); ou, mais óbvio, este filme ser um noir, cujo uso da luz, mais dura, seria um preparativo para a fotografia a vela de "Barry Lyndon". Não sei se são coincidências projetadas, ou se a mente do espectador reconhece necessariamente aquilo que quer ver...

Bom, o filme é a história de um boxeador interiorano (aliás, um dos documentários de Kubrick, "O Dia de Luta", era sobre um boxeador. Mais uma coincidência? Ou minha mente reconhece o que quer ver?), que é doido por uma vizinha, dançarina de boite( boite dos anos 1950 - vale dizer) que por sua vez é alvo de ciúmes do patrão. As vidas dos dois se cruzam, meio que se apaixonam, e decidem deixar Nova York em direção a Seattle. Até que o manager da carreira dele é morto, por engano, a mando do patrão da mocinha. 

Pelo descrito, claramente um noir (seja gênero, ou estilo; como quiserem): femme fatales, perseguição policial, ambientação urbana, sombras geométricas...

Em todo caso, pra mim, mais cativante é perceber o contraste não de luz e de sombra; mas o das vidas dos personagens. A Nova York (terra natal do diretor) surge triunfante, iluminada pelos letreiros da Times Square, uma terra de sucesso, de oportunidades, mas os personagens não têm nada. São modestos nos haveres. Não alcançaram a glória do dinheiro, a glória do ringue, ou a glória dos salões. Só a "glória feita de sangue".

Mas isso é um outro filme...

 

A Morte Passou por Perto - 21 de Setembro de 1955 | Filmow

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Palm Springs é uma boa comédia romântica que bebe da fonte de loop temporal e o escambáu, algo recorrente na franquia Happy Death Day. Imagina um Feitico do Tempo só que sao duas pessoas presas no mesmo dia...é isso! É divertidinho e tals, embora muito confuso pela profusao de situacoes que se repetem á exaustao.E sao estas situacoes (ou suas pequenas variantes) que fazem a diferenca deste tipo de filme. O casal principal segura bem a peteca mas é o JK Simmons que rouba cada cena onde aparece. 8.5-10

Filme & TV allgemein - Fantasy FilmFest Fan Forum


 

Girl é um thriller de vinganca bem fraquinho apesar do elenco comprometido. Parece um Telecine com trocentas reviravoltas (todas previsíveis) um tiquim acima da mèdia, e só. As revelacoes sao bem novelescas e as cenas de acao sao comprometidas pela fraca edicao. Um filme que beira exploitation B com muito humor involuntário, é isso! No entanto, este filme me surpreendeu mesmo unicamente por ver o quanto que o Mickey Rourke ta zuado de tanta plástica no rosto! ?7.5-10

Bella Thorne quer se Vingar de seu Pai Abusivo no Thriller “Girl” | Trilha  Do Medo

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(20)

Em outubro passado, vi "Ana e os Lobos" de 1973, e me prometi ver rapidamente sua propalada sequência "Mamãe Faz 100 anos" de 1979, que, inclusive, foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1980, perdendo, claro, para o magnífico "O Tambor".

Só agora consegui ver a essa "sequência". Entre aspas, pois jamais o filme seria uma sequência lógica, dado o final aterrador daquele. Melhor dizer que é uma segunda história. Mesmo local - aquele casarão envelhecido (uma representação da Espanha franquista) - mesmos personagens, mesma família maluca, todos reunidos agora com o propósito de festejar o centésimo aniversário da matriarca, a impagável personagem de Rafaela Aparício. Agora, os filhos e a nora pretendem matá-la para dividerem a herança. Só a personagem de Geraldine Chaplin, voltando casada, é quem lhe dará amor verdadeiro, alguma proteção.

Se o primeiro filme era muito mais metáforico sobre a Espanha de Franco, agora o clima é assumidamente mais de comédia. Ri um pouco mais. Porém, o excelente final daquele filme dá de 1000 no final deste. 

Penso que "Os Excêntricos Tenenbaums", e outros filmes, beberam um pouco na fonte de Carlos Saura. É sempre inspirador conhecer de onde saiu o primeiro filete de água.

Mamãe Faz 100 Anos poster - Foto 2 - AdoroCinema

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(21)

Confesso que estava achando o filme meio "flat", plano, cheio de pequenas cenas adoráveis, ternas, mas ficava toda hora me perguntando se iria aparecer uma grande cena arrebatadora. E ela vem ao final, ao redor dos 15 minutos. Uma cena mais forte, mais emocional.

"Minari" é muito bom, mas não peguei paixão, não. Acompanhamos a luta de uma família de origem coreana estabelecendo-se no meio-oeste americano, sem muito dinheiro, mas com sonhos. Talvez o mérito possa passar até despercebido para a grande maioria das pessoas: Criticar a ideia de Sonho Americano, aproximando-o de uma conotação de ilusão econômica. A maioria das pessoas vai se apegar ao filme pela defesa do ideal de família, e ficar satisfeita com isso. Eu, mais cínico por natureza, esperava que essa crítica econômica se fizesse mais contundente.

Trilha muito boa, direção "ok", Steven Yeun ótimo mais uma vez, a criança adorável...Mas se tem algo realmente excelente no filme, digno de prêmio, é a atuação da grande Youn Yuh-jung! Acostumada a roubar para si os filmes onde aparece, como em vários dos maratonados de Hong Sang-soo,  aqui o faz outra vez. Está excelente, com perfil de prêmio. Quem sabe um Oscar?

Minari poster - Foto 2 - AdoroCinema

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(22)

Temos que falar de "Umbrella". Dirigido pela brasileira Helena Hilário e pelo italiano Mário Pece, está entra os 96 curtas de animação hábeis a passarem pelo longo processo de seleção do Oscar, na categoria.

A animação é lindíssima, padrão Pixar. Não tem nem o que falar. A história é ambientada nos Estados Unidos.  Friso, pois tem gente reclamando de falta de brasilidade, falta de cor local, e outras bobagens, o que não tem nada a ver, já que não é/será concorrente oficial do país. 

A história envolve imigração e orfanato. Dadas as premissas, a emoção é "fácil" de ser obtida, convenhamos. Porém, nessa categoria tudo é historicamente meio assim, "fácil". Ao final, descobrimos que envolvem acontecimentos factuais.

Sinceramente, acho que tem chance de ser indicada sim. Vejam!

7 minutos.

Umbrella': Curta brasileiro quer te emocionar e disputar o Oscar -  07/01/2021 - UOL Splash

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