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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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(127)

Ao contrário do nosso amigo montanhista @Jorge Soto, eu achei esse filme "Land" terrível, e em nada verdadeiro. Gosto de graça da Robin Wright, mas achei essa sua estreia na direção de longas bem problemática. 

Antes de tudo, devo dizer que a todo o momento o filme me pareceu uma estranha conversa com "Into the Wild" (meu filme preferido, como vocês sabem), curiosamente de seu ex-marido Sean Penn. Desde a escolha do tema, a, por assim dizer, "cura geográfica", até cenas de um quase congelamento em um lugar isolado, a aparição de um urso, o descarte de um celular fazendo paralelo com a queima do dinheiro do filme de 2007...Essas comparações não diminuem o filme, são algo exterior. Mas, de todo jeito, me pareceram estranhas... Por que exatamente esse projeto? E, no final, após descobrimos a razão de ela ir para a montanha, há um retorno à moral familiar-burguesa, faltando apenas um: "A Vida só é Real Quando Compartilhada"! Imagino o Sean Penn dando risada incrédulo desse filme.

O que é de fato problemático é em pleno 2020 uma diretora, e roteiristas mulheres, projetarem um homem salvando uma mulher, ou a reconectando com a vida, insinuando um romance, pois do contrário ela passaria por maus bocados...Socorro! 

Achei muito fraco.

Land (2021) online sa prevodom | Online Sa Prevodom

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(128)

Vi, o muito adiado pela pandemia, "Saint Maud". Creio que os apreciadores do Terror psicológico daqui do Fórum @Jailcante, @Questão, e @Jorge Sotodevem gostar ou ter gostado. O filme está com duas indicações no BAFTA, e poderiam ser mais. Eu adorei o Figurino, o Design em beges, e atuação da atriz principal Morfydd Clark.

Sempre escrevo que o Terror é o melhor gênero para se estrear no cinema. A diretora Rose Clark mandou bem neste seu primeiro longa. Faltou algo aqui e ali no enredo mesmo, entretanto o clímax do filme, digo a cena de maior susto, foi muito bem construída. 

O confronto sexualidade x religiosidade rende sempre boas discussões. Acho que as duas coisas deveriam ficar em lugares distintos do corpo, para o indíviduo andar bem nesta vida: Sexo nunca deveria estar na alma, a alma nunca deveria estar no sexo. Minha opinião de quem já viu muita gente enlouquecendo por confundir estas duas instâncias...

Ainda deu tempo para o filme homenagear imageticamente alguns clássicos, por todos, inequivocamente, "Carrie".

Gostei bastante.

 Saint Maud': Novo terror da A24 ganha pôster oficial e imagens sinistras;  Confira! | CinePOP

 

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Pacarrete é um bom drama nacional que eu achava que era uma coisa e revelou-se outra. Esperava uma comédia mas a pelicula revelou-se muito mais do que aparenta. Fala sobre lugar do idoso na sociedade e a resistencia da arte, no caso, o balé da protagonista. Bem feitinho, montado e fotografado, o filme cai todo nas costas da subestimada atriz de Hora da Estrela, iluminada aqui, lembrando muito o arco da Amelie Poulain. A ponta do Joao Miguel nao deixa por menos. Resumindo, um bom nacional que eu nem sabia da existencia e acredito que aqui, em terras tupiniquins, continue assim infelizmente. 8,5-10

Pacarrete – Vitrine Filmes
 

 

Cosmic Sin é o prego no caixao na carreira Bruce willis, ator que eu adorava mas agora nao da, pelamor... eu bem que tentei acompanhar e dar forca pra ele mas seus ultimos trampos parece que faz pra pagar somente as contas, sem amor ao que faz. Filme tosco, nem como producao B scy-fy serve! Roteiro saido do vaso sanitario e por ai vai... acho que so o bom Frank Grillo se salva. Eu tinha jurado nao ver mais filmes dele e quebrei a promessa, tomei na tarraqueta! So volto a prestigia-lo se tiver mais alguma sequencia de Duro de Matar ou dos Mercenarios, onde ele divide a responsa com outros brutamontes. Fujam desta m..... estao avisados!  4-10

WIN a Double Pass to COSMIC SIN - In Cinemas March 11 - Adelaide

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(129)

Candidato da Costa do Marfim ao Oscar de Melhor Filme Internacional, "Night of the Kings" parou nas semifinais. Eu não gostei do filme, mas não posso dizer que seja um filme ruim. Mas não sou o público-alvo. Não era para mim. E nem pro Oscar! Jamais este filme seria indicado.

Um detento entra em uma  penitenciária superlotada, na qual os presos comandam a bagaça toda. O líder de todos está com problemas de saúde, vê seu comando ameaçado, mas tem energia ainda para cumprir com as tradições do lugar. Se bem entendi, o protagonista chegou à cadeia em época de lua vermelha, e por isso deve se tornar o contador de histórias oficial do lugar. Deve entreter a rapaziada, até de manhã, até o final, quando será - pelo que entendi - executado. Uma coisa meio Sherazade.

Alguns detalhes: um detento veste uma camiseta escrita Brasil; Denis Lavant faz uma pontinha como um detento "pancada"; ao final, os presos se perguntam "Quem já viu aquele filme brasileiro Cidade de Deus"? E grande parte levanta a mão. No início, também há uma perseguição à galinha...(A segunda deste Oscar). Como o filme do Meirelles é forte!

Não gostei do enredo. É fantasioso, quase teatral. Os presos em vários momentos simulam o que ouvem. Porém, o maior problema é que história contada pelo protagonista abre campo para outras imagens, em outros lugares, outros personagens...E na real ela não é sequer interessante! Mas o final do filme é muito bom. Reforça o poder da ficção para nos manter vivos.

 

Night of the Kings (2020) - IMDb

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(130)

Godard uma vez disse de Robert Bresson: "Ele é o cinema francês, pois Dostóievski é o romance russo, e Mozart é a música alemã".  Em "Quatro Noites de um Sonhador", de 1971, temos um Bresson baseando-se na novela "Noites Brancas" de Dostóievski, mas, consertando a frase acima, agora com música brasileira. Ou, mais preciso, música brasileira-angolana, do antigo grupo Batuki, do mineiro de Pirapora, já falecido, Marku Ribas (que depois atuaria como ator no cinema nacional)...

É legal ver a transposição do universo, da São Petesburgo para Paris, do cais do Nievá para o cais do Sena. Mas a trama se mantém, uma garota apaixonada prestes a se suicidar da ponte, que é salva por um jovem, com quem mantém um diálogo, ambos contando suas histórias de vida, o que resulta em uma aproximação de matizes platônicos.

O formato sentimental, emocional, claro, inexiste. É Bresson. Tudo é mínimo, seco, gelado. Os atores parecem robôs, assim, escrevo eu, como a maioria das pessoas. Encouraçados! Nesse sentido, é extremamente realista. A protagonista é Isabelle Weingarten, de semblante misterioso, morta em 2020, que fora casada com Wim Wenders. A cena mais quente,sensual, é quando ela se despe ao lado do quarto de seu inquilino, por quem está apaixonada, e enquanto tira a camisola, revelando seu belo corpo, ouve-se português, a canção "Musseke". Aprendo, agora, ao escrever isso, que na versão de "Noites Brancas", de Visconti, de 1957, havia também uma canção brasileira, "Olé muié rendeira", do filme "O Cangaceiro". O cinema está unido, sabe? Um filme contém o espectro de outros mil filmes.

Outra canção, "Porto Seguro", é ouvida mais perto do fim, com o mineiro em plano frontal. Que honra! Engraçado que Bresson é classificado como "anacrônico", ou antiquado, mas o quanto de transcultural tem esse filme?

Um filme muito bom. Frio, sem emoção. Sempre os jovens como protagonistas no cinema de Bresson, como pessoas "em potência"... Jovens que olham para baixo o tempo todo. Como se as angústias existenciais estivessem em cima das costas.

Quatro Noites de um Sonhador - 1971 | Filmow

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(131)

A Netflix disponibilizou "Rambo: First Blood"/ "Rambo - Programado para Martar", de 1982, em seu catálogo, junto aos demais primeiros capítulos (Acho que não constava antes), e a nostalgia me fez revê-lo depois de mais de 15 anos...

 Quando criança, a camiseta que eu mais gostava tinha a figura dele estampada, e eu vivia com ela pra cima e pra baixo... Hoje atribuo esse sucesso colossal ao filme número II, mas "First Blood" é muito bom. O filme veio na onda de "The Deer Hunter", "Apocalypse Now", e tantos outros, mas acho que tem mais a ver com "Coming Home", pois este Rambo também é "pós-guerra", e não Guerra, entendem? Também é sobre o efeito psicológico em um soldado.

O carisma do Sylvester Stallone...é muito difícil um garoto não gostar dele! Mas em termos de atuação quem de destaca mesmo são os ótimos Richard Crenna e Brian Dennehy (falecido no ano passado)...

Amo o diálogo do final. É muito verdadeiro. Em "Os Melhores Anos de Nossas Vidas", aquele filme extraordinário de 1946, os veteranos, da outra guerra, também não encontraram respeito ou apoio social, quando regressaram. Foi a origem do tema. Aqui, sua descendência pop, masculina, testosterônica, de Guerra Fria, Republicana...

Aflitiva a cena na caverna com os ratos.

Inesquecível ver a sombra dele com a metralhadora e o colar de balas nas paredes. Um personagem é uma imagem, uma imagem é um personagem. Vai estampar a camiseta de uma criança no Brasil. Coisa dos anos 1980. De pais despreocupados dos anos 1980, pré- problematização, pré-mimimi.

120 ideias de Rambo_ Sylvester Stallone | filmes, filmes de ação, rambo

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Galera, sei que posso ter esse post removido daqui porque, de fato, não se trata de um filme, posto que tem sido vendido e é anunciado como uma série, mas trata-se de um projeto tão genial, tão foda no seu conceito, tão inusitado na sua concepção que fica difícil enquadrá-lo seja como série, seja como filme. Particularmente, dado o tempo de "projeção total" e o conjunto da obra do que se "vê"; encarei a empreitada como uma experiência sensorial e imaginativa coesa e que se justifica como uma coisa só, se fechando de forma magistral no final...

Falo da série da AppleTV "Calls".

Gente... Posso estar empolgado e sob efeito do entusiasmo de ter visto e AMADO o troço, mas falo que é a coisa mais criativa e bem bolada no gênero de ficção-científica que "vejo" em ANOS!! Fácil. E porque as várias aspas? Porque trata-se de uma obra que se baseia 99,999% apenas em...som (no caso, áudios de ligações telefônicas ou comunicação por rádio)!!

Os 0,001% de imagens do "filme" são compostas por figuras, composições e distorções gráficas, daquelas parecidas quando geradas por um gerador de ondas e sinais, representando de forma GENIAL o tom, a urgência, as emoções, enfim, as tramas que se desenrolam.

E por que decidi postar aqui em "Filmes"? Porque são apenas 8 epis com tempo médio de 16 min, cada. Logo, no total,  dá pouco mais que 2 horas de entretenimento. Nem dá pra chamar de maratona...rs

Interpretações excelentes, histórias intrigantes, diálogos enxutos e muito, muito bem dirigido pelo Fede Alvarez (esse cara arregaçou aqui!). Lembrei muito de "Vastidão da Noite" (outro que depende muito do som, de áudios) e entendi perfeitamente porque Orson Welles deixou em pânico quase 2 milhões de pessoas quando orquestrou a transmissão de uma invasão alienígena pela rádio.

Imaginação é tudo!

Obra imersiva e foda!! Altamente recomendado. Apague as luzes, use um bom par de fones de ouvido, divirta-se e se emocione!!

 

Calls.2021.S01.jpg                 

  

   

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(132)

"Rambo II -  A Missão"/ "Rambo: First Blood Part II". Pois é. É assumidamente a sequência do I, como diz o filme em inglês. Mas o conceito de pós-guerra vende menos do que o de uma guerra, convenhamos. Então, com tintas fortes de patriotismo patrocinado, mostra-se agora inteiramente o supersoldado, em uma guerra que ainda está. Roteiro de Stallone e James Cameron, direção do italiano George Pan  Cosmatos. 

Se o roteiro perde inteireza de conceito, ganha em sequências de ação inesquecíveis. Vendo agora, a primeira, dele preso no helicóptero, me pareceu muito ruim, escura demais. Mas a caça aos vitenamitas mercenários na selva, muito mais simples, mas tão bem desenvolvida, me ganha toda vez. O momento disfarce de lama é inesquecível. Assim como ele atirando em meio a cachoeira, explodindo os inimigos, com o shape trincado, trincadíssimo...É demais.

A linda Julia Nickson faz as vezes de Bond Girl, mas de forma competente, e dá um (breve) momento de alegria ao nosso herói. Como sofre o nosso John Rambo!!!

É um filme eterno dos anos 1980. De 1985 para sempre. Muito merecido.

A única coisa que eu não gosto desse filme é que o sucesso foi tão colossal que a tv vivia inundada de concursos de Rambos brasileiros, vocês se lembram?

Rambo II - A Vingança do Herói (1985) • filmes.film-cine.com | Rambo,  Filmes de ação, Filmes antigos de faroeste

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Concrete Cowboy é um bom drama que fala de resistência da cultura vaqueira nos tempos modernos e junto a isso emenda outros plots de conflito geracional e racismo. O filme é bem esquemático mas te prende pelos bons diálogos e, principalmente, afiado elenco. Elba e o moleque de Strangers Things mandam bem nos papeis principais de pai e filho, respectivamente. Tem algumas partes meio morosas, mas o resultado ao todo vale a bizoiada. 8.5-10

Concrete Cowboy' Review: Horses in the Back - Black Nerd Problems
 

 

Slaxx é um divertido terrir que nao dava nada mas me rachei de rir com o plot absurdo de uma calça jeans assassina!? Sim, isso mesmo?! É daqueles filmes quanto pior, melhor... Tem um quê de Dawn of Dead pelo confinamento numa loja de departamentos, mas o legal mesmo sao as mantanças da indigo blue. O roteiro absurdo aproveita pra fazer critica ácida ao consumismo, ao trabalho escravo no terceiro mundo e ao corporativismo. Nem menciono as atuacoes, todas dao pro gasto. 8-10

Scott Lyus on Twitter: "And now for our first film of Day 5 of @FrightFest,  the awesome looking SLAXX! #Horror #Frightfest #Halloween ??… "

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(133)

E em 1988, em ritmo acelerado de fim da União Soviética, e da guerra entre eles e o Afeganistão, vem "Rambo III", do inglês Peter MacDonald, em sua estreia na direção. 

Na minha opinião,o pior da trilogia original. Fraco de câmera, sem conseguir lançar uma imagem pop mais forte, como o segundo tem aos montes. Já disse aqui que filmes com ação em excesso acabam me desligando...Muita bomba, muito tiro, muita explosão, mas sem muita invenção de direção. Só gosto do começo do filme, ainda na úmida Tailândia (antes do seco Oriente), com aquela luta inicial, e Rambo dizendo ao final "A minha Guerra acabou". Claro, o Vietnã, para o cinema, àquela altura, já tinha dado tudo o que tinha pra dar...

É até engraçado como este filme foi arrasado pela História política internacional. Virou um retrato da interferência americana na região, e da antiga parceria de armamento,e treinamento, entre Estados Unidos e futuro Talebã. Infelizmente, uma patriotada acrítica.

Engraçado como os três filmes terminam da mesma maneira, congelando a imagem de repente...

Poster Cartaz Rambo 3 - 30x42cm | Mercado Livre

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(134)

Vinte anos depois, chegava às telas, em 2008, o esperado "Rambo IV", com direção do próprio Sylvester Stallone, que; por sinal, sempre assinou os roteiros, interfirindo desde o primeiro; mas neste chegou ao controle total. E o resultado é fraquíssimo! Sem imaginação alguma, um filme de resgate, como o dois e o três, numa história mais rasa do que um pires, explicando mal na introdução o que se passa na Birmânia, hoje Myanmar. A falta de imaginação revela-se em vários aspectos, desde iniciar o filme em uma arena de lutas pitoresca do oriente; ou  haver a presença de mercenários de guerra de caráter duvidoso. Repetecos chulés.

Uma dos aspectos que mais gosto no personagem é sua inocência/simplicidade por trás da brutalidade. Aqui elas foram trocados pelo ressentimento da solidão. E o resultado, ainda que compreensível, me distancia da figura. Rambo aqui é só amargor pelo mundo.

O que chama a atenção é a violência tratada via computação gráfica. O impacto dos tiros, ou das bombas, é mostrado como em um videogame. Sabe-se que no filme III Rambo mata 58 pessoas, aqui nem dá pra contar...Pra mim, o muito se esvazia. A falta de imaginação se dá também aí, no plano final, de posse de uma supermetralhadora, resolve-se grandemente a situação. Numa posição única, sem disfarce de lama, sem truques, sem helicópteros. Essa forma "parada" não cria muitas sensações diferentes.

Eu não gostei.

ewmix.com: Rambo IV - Blu-ray

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(135)

Terminando essa inusitada revista ao universo "Rambo", com o inédito para mim "Rambo: Last Blood"/ "Rambo: Até o Fim", de 2019, entendido como o capítulo final, o "The End" da franquia.

O filme foi massacrado pela crítica, muito por associá-lo imediatamente à política da Era Trump, de xenofobismo contra a população mexicana. Na tela, o país latino aparece como um lugar terrível, cheio de estupradores (uma acusação de Trump)  e é dito do país que é sujo, poeirento, sem polícia. Só "coisas boas". 

Mas vou fugir disso e me concentrar no universo Rambo. Olha, eu até que gostei do filme.  Sério. Foi dirigido por Adriann Grunberg, ou seja, o fiasco da direção de Stallone no IV serviu para pelo menos contratarem alguém mais afeito à coisa. Aquilo que eu critiquei muito no filme anterior, de falta de imaginação, de concentrar a ação em uma única arma, sem as peripécias visuais do filme II, parece que aqui encontraram eco. O diretor conseguiu criar um plano final criativo, dinâmico, com lances sagazes, que nos levam ao universo do segundo capítulo. Foi especialmente disso que senti falta no IV. 

Agora, é violentíssimo! Minha nossa! Porque vemos as mortes individualizadas, e não daquele modo concentradão do III, ou do IV. Sai o conflito geopolítico, entra o conflito urbano, cartelizado, na sua sujeira, na droga, no sexo. 

Se limparam o visual do Rambo, aqui sem bandana, sem cabelo grande; conseguiram respeitar elementos clássicos, como a faca, como o arco e flexa, como a fabricação de explosivos, e até se lembra do pedaço de lona do primeiro filme. Em determinado momento do filme IV, menciona-se a possível existência da figura do pai dele, sentado em uma varanda no Arizona. Houve essa ligação.

Pena que o personagem original foi caindo aos pedaços pelo caminho, no sentido de ser ele, em si, uma vítima (psicológica) da guerra orquestrada por superiores hierárquicos, para ser apenas entendido como um herói solitário, um soldado ad eternum sempre a expurgar o mal dos quatro cantos do planeta. O personagem caminhou de uma luta contra o estado corruptor, para ser um colaborador extraoficial do Estado, para no fim defender os poucos dos seus.

Tendo visto agora todos os filmes da franquia, meu ranking "Rambo" fica assim:

1) "Rambo: First Blood";

2) "Rambo: First Blood Part II";

3) "Rambo: Last Blood";

4) "Rambo III";

5) "Rambo IV"

 

Rambo: Até o Fim [DVD] | Amazon.com.br

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(136)

A série "Rambo" tem mais profundidade do que esse filme "Cherry"! Que trem horroroso! As críticas ao novo filme dos irmãos Russo foram devastadoras, mas o filme ganhou uma indicação ao Sindicato dos Fotógrafos pelo trabalho de Newton Thomas Sigel, mas não recebeu a nomeação mais aguardada, ao Oscar. Curioso, ele é "sempre uma noiva". Em "Drive, de 2011, ou mesmo em "Três Reis", ou mais atrás, "Os Suspeitos", todo mundo contava quantas estatuetas ele receberia ao longo da carreira...

O trabalho de fotografia neste filme é apenas variado. O filme é dividido em capítulos, e em cada um deles é possível observar uma técnica diferente, ou um uso de lente distinto, ou um ambiente diferente. Mas nem por isso é um trabalho maravilhoso, ou especial. Muito prejudicado pelo conteúdo, por que, em verdade, o que a câmera captura é um nada vezes nada.

A história é pífia, amparada em clichês. Um jovem perdido se alista no Exército, deixa a namorada, fica com sequelas psíquicas de guerra, volta a casa, conhece as drogas, parte para o crime...Isso nem é spoiler! Isso não é um roteiro, é uma redação de colégio, um projeto de estudante.

"Cherry" transpira sentimentalismo e piedade de si. Dos piores filmes que eu vi neste ano, com uma atuação completamente forçada e inexperiente do Tom Holland.

Queria desver.

Cherry | Tom Holland é o destaque no pôster oficial do filme; Confira!

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17 hours ago, SergioB. said:

(136)

A série "Rambo" tem mais profundidade do que esse filme "Cherry"!

Corajoso hein, Serjao? Eu comecei a assistir isso aí  estes dias e te juro, nao consegui chegar até o fim!  Resetei meu cérebro depois disso! E olha que isso é raro de ocorrer... Sério...apaguei do HD e comecei a assistir outra coisa que eu ganhava mais.... Muito ruim esse treco, credo! Alias, o Holland so ta entrando em roubadas quando nao ta no MCU.. o ultimos filmes dele foram bem ruinzinhos..

 

Thunder Force é uma comédia pastelao bobinha de doer que pega carona no batido tema dos super herois. Na verdade é mais comédia física, estilo Trapalhoes, manja? Mas as situacoes engracadas sao repetitivas demais e calcadas unicamente na Mellisa Macarty. Fora isso, uma ou outra referência irônica á alguma producao da DC ou Marvel que serve como gracejo extra, mas no geral o saldo fica abaixo do esperado... parece filme feito pra crianca. Nessa seara, prefiro as aventuras do intrépido Libélula no divertido Super Heroi, o Filme.. 7-10

Melissa McCarthy (@melissamccarthy) | Twitter


 

Doors é uma antologia scy-fy razoavel sobre portais interdimensionais que aparecem na Terra, e as 4 historias do filme falam sobre diferentes formas de contato com esses negócios, que sabe-se-la-o-que sao.. Como curtas independetes sao irregulares, pois eu curti mais o primeiro e o último. O ruim é que como um todo nao tem coesao e muito menos dao eplicacoes, ao final. Outra, a precária producao deste indie ate se empenha em disfarcar a falta de orcamento, mas nao rola... muito fraquinho como todo, apesar do empenho dos diretores. 8-10

MovieSiri - Page 2 of 10 - No.1 Movie Download Site

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2 hours ago, Jorge Soto said:

Corajoso hein, Serjao? Eu comecei a assistir isso aí  estes dias e te juro, nao consegui chegar até o fim!  Resetei meu cérebro depois disso! E olha que isso é raro de ocorrer... Sério...apaguei do HD e comecei a assistir outra coisa que eu ganhava mais.... Muito ruim esse treco, credo! Alias, o Holland so ta entrando em roubadas quando nao ta no MCU.. o ultimos filmes dele foram bem ruinzinhos...

E ainda é longo! 140 minutos de tortura! Do meio para o final é ainda pior, Soto!!

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(137)

Ano em que "Mank" leva às pessoas a rediscutirem "Cidadão Kane", e, quem sabe depois, a assistirem o filme que desbancou o filme de Welles do Oscar de Melhor Filme no Oscar de 1942. É "Como Era Verde o Meu Vale", de John Ford, baseado em um romance de sucesso, que seria uma espécie mais doce de "Germinal" inglês. O escritor Richard Llwellyn, é originário do País de Gales, onde se passa a história, e, olhem que legal, residiu algum tempo no Brasil.

É um retrato da vida na aldeia. Embora haja um narrador mais velho, uma voz que relembra sua infância, acompanhamos a vida de muitos personagens de sua enorme família, bem como membros da comunidade local. Uma cidadezinha protestante, cujos homens trabalham nas minas de carvão. O começo é idílico, almoços de família, pessoas ganhando seu dinheirinho honestamente, o amor florescendo, harpas e violinos na trilha sonora de Alfred Newman, até que a ganância da indústria extrativa começa a atingir os homens. Começam a ganhar pouco, ou a serem descartados, degradados. Os trabalhadores mais jovens tentam organizar um sindicato, para não terem que migrar para a América. Os irmãos mais velhos do narrador entram em conflito com o pai, um defensor da atividade, e contrário às pregações marxistas. 

O filme tem vários lados. Este lado econômico, mais interessante. O lado sentimental, por parte da deslumbrante Maureen O`hara apaixonada pelo pastor da comunidade. O lado infantil, do menino-narrador obediente, delicado, vítima de agressões na escola...Como eu escrevi, é um retrato da vida na aldeia. Os atores estão excelentes, principalmente Donald Crisp, ganhador de Melhor Ator Coadjuvante pelo papel do pai.

Um filme sem grandes invenções cinematográficas, se comparadas a seu rival "Cidadão Kane". Mas um filme muito emotivo, simpático, simples, e encantador. Características que aquela obra-prima, de fato, não têm.

John Ford, depois de ganhar seu terceiro Oscar, partiria para a guerra, retrataria o mal da Segunda Guerra em documentários. E, sim, diante daquilo, teria mais motivos para olhar para o passado com nostalgia.

 

Amazon.com: Movie Posters How Green was My Valley - 11 x 17: Posters &  Prints

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(138)

Vi finalmente o ótimo e pioneiro "Madre Joana dos Anjos", filme polonês de 1961, tido como o marco zero dos filmes de possessão e exorcismo. Dez anos depois, ele viria a influenciar decisavamente a obra-prima de Ken Russel "Os Demônios", e doravante "O Exorcista", etc. O exemplo mais claro dessa influência é que é aqui, neste filme, particularmente na cena do exorcismo, que a freira possuída se contorce em "ponte"; cena que em "Os Demônios" se repete, com Vanessa Redgrave andando de costas; e depois Linda Blair descendo a escada...

A primeira metade deste filme é excelente. Razão de aspecto diminuta, preto e branco assustador, a atriz principal dando um banho de atuação...Mas a segunda metade perde um pouco do ritmo, e do foco. A pensata religiosa sobre o que é o mal toma conta, com uma cena longa entre um rabino e o padre exorcista conversando...Chamou-me a atenção como o filme é silencioso. Não se usa trilha para duplicar os poucos momentos de terror. 

O cerne do fillme, no entanto, não é propriamente a expulsão dos demônios, como se poderia esperar. Quem for atrás disso vai se decepcionar. O cerne do filme, a meu ver, é mostrar como a repressão sexual, e a repressão do modo de vida no geral, pode fazer as pessoas literalmente pirarem, seja em forma de histeria, seja em forma de perversidade. O padre exorcista, por exemplo, foi criado desde criança com religiosos, diz que não sabe nada da vida, não sabe nada do mundo. As freiras estão enclausuradas por diversas razões, menos a fé. Em uma canção do tipo madrigal, bela e alegre, que se canta em dois momentos do filme, a letra diz que elas preferem ser freiras a serem agredidas pelos cajados dos maridos...

A repressão sexual, expresada no celibato, enlouquecerá os homens e as mulheres impedidos de manifestarem sua libido. 

Um filmão. Mas que deve ser assistido pelos motivos certos. Não é Hollywood para adolescentes.

Prêmio do Júri em Cannes, 1961.

Mother Joan of the Angels - Wikipedia

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(139)

Adorei "Amor e Monstros", indicado ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais. Aliás, muito bem indicado. Teria o meu voto. O filme é um ótimo passatempo, muito legal, daqueles de ver com a galera, que envolve uma história de aventura pós-apocalíptica somada a um"coming of age". Nesse sentido, fiquei comparando a situação mostrada no filme, de um adolescente trancafiado em um bunker impedido de vivenciar o seu amor, com o que estamos vivendo agora durante a pandemia. Os nossos jovens infelizmente estão perdendo uma parte deliciosa da juventude por causa desse vírus maldito.

A história só dá uma engasgada no final, com o aparecimento de personagens mal desenhados. Mas a trajetória do jovem, interpretado por Dylan O`Brien, e um cachorro, enfrentando seus medos pessoais e monstros, ficou muito legal. 

Os monstros são incríveis! Eles não aparecem o tempo todo, e essa ausência, essa não presença, torna os aparecimentos mais especiais. Isso ficou muito bom! O mais legal é que eles não são "de outro mundo", são animais da Terra mesmo, superdimensionados em sua estranheza.

Gostei muito.

Tendo visto todos os indicados na categoria de Efeitos Visuais, meu voto seria para "Amor e Monstros". Aliás, o melhor filme entre todos os selecionados.

Amor e Monstros - Filme 2020 - AdoroCinema

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18 hours ago, SergioB. said:

(139)

Adorei "Amor e Monstros", indicado ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais

apesar de ser um Zumbilandia com monstros, eu curti esse também mas com ressalvas.. acho que a boa trilha sonora que elevou meu parecer sobre ele.😁

 

Piola é um bom drama geracional chileno que emula aqueles filmes onde várias histórias se cruzam no final, tipo Crash. As atuacoes dos jovens seguram todo filme e seus dramas também. Bem montado, o ruim é que ficam muitas pontas soltas assim que sobem os créditos finais, dando a impressao que esqueceram algo na sala de edicao, tipo o fim da cadelinha Canela. Dá pra ver de boa, mas com ressalvas. 8-10

Piola (2019) - IMDb
 

 

Chocante é uma divertida comédia nacional que nao dava nada e assisti apenas porque a patroa encheu saco pra isso. Parece aqueles filmes da Globo, mas é muito bem feito e atuado, embora nao saiba reconhecer os atores. Serve como retrato nostálgico das boybands dos 80/90 e como filme pipoca bem light. Na boa, a trilha sonora gruda na cabeca feito chiclete! Diversaozinha despretensiosa, previsível e esquecível. 8-10

chocante nacional poster | Arroba Nerd

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(140)

"N`um vou nem falar nada!!"

Ual, que filmão! "O Raio Verde", de Éric Rohmer, ganhador do Festival de Veneza em 1986, talvez seja meu filme preferido do diretor francês. Estou abismado com tanta beleza, e tanto entendimento das relações e da arte do cinema. 

Marie Rivière interpreta com brilhantismo uma secretária parisiense solitária, na casa dos trinta anos, que acaba de ver sua companheira de viagens dar para trás, e tem de enfrentar o período de descanso a cargo apenas de ela mesma, com suas limitações, fantasmas, e desejos. Durante esse tempo de férias, até aceita um convite para ir com outros amigos para o campo, ou seja, agregada a planos de outras pessoas,a gostos de outros pessoas, mas em determinado momento do filme viajará sozinha para o balneário de Biarritz, no sul da França.

Gente...Que entendimento de personagem. Já escrevi aqui que amo quando o cinema fala de astrologia, e que legal ela ser capricorniana, tudo a ver, devotada ao trabalho, a criatura solitária que precisa cursar o caminho mais íngrime até o alto da montanha...Signo de gente chata, acrescento. E é isso que os amigos, ou os espectadores, acabam achando dela. Não gosta de viagens de barco por que passa mal (como eu!); é vegetariana (Como eu! E enfrenta a clássica situação de os amigos ficarem preocupados com o que ela vai comer, ou com sua saúde. Vegetarianismo, reconheço, um traço de chatice social); ela está sempre com um livro na mão (Como eu! Aqui, vibrei quando vi, "O Idiota", de Dostoiévski, um dos livros mais chatos que existem...), demonstrando seu afastamento do mundo vulgar; enfim, uma personagem que se ressente de sua anulação amorosa (Como eu! Nesta pandemia.); mas que não está exatamente disponível aos eventuais interessados (Como eu!), pois acredita no poder do acaso (como eu!), no "Raio verde" (o último raio de sol em um entardecer). Rolou uma identificação bruta! 

Mas além do entendimento dessa alma, o entendimento de cinema é incrível. Rohmer, um literato - sempre confiante no poder da naturalidade das falas. Richard Linklater e Hong Sang-soo são discípulos deste tipo de cinema em que nada acontece, apenas a vida passa, por meio das palavras, e nenhuma delas "vestida para matar", para causar!

É maravilhoso perceber o uso da montagem. Contrapondo-se a Godard, a montagem para ele não interessa ser demonstrada. Tudo flui, sem chamamentos de atenção. Os planos são longos, para caber os amplos diálogos. E quando acabam, suas transições são propriamente as transições do "espaço" dos personagens em cena. Não é a velocidade de tempo que muda, é o espaço.

Na sua viagem solitária, a protagonista conhece na praia uma linda sueca, de alma livre, aberta, cheia de talentos. Tornam-se amigas. Por contraste, vemos dois tipos de pessoas. A que todos gostam, e a que é difícil de gostar.

Porém, ao final, o acaso, esse raio verde, essa generosidade do destino, aparecerá, para nos encher o coração. Em uma estação (Como eu!). Há tempos atrás.

Sublime!

O Raio Verde (1986) | Leitura Fílmica

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(141)

Encerro a maratona do Oscar, vendo a última das 56 produções, o indicado a Melhor Filme Internacional, representando a Bósnia e Herzegovina, "Quo Vadis, Aida?". Filme escrito, protagonizado, e dirigido por mulheres; como as análises estão gostando de frisar. É a segunda indicação na categoria daquele país, que ganhou em 2002, pelo duríssimo "Terra de Ninguém". 

É um filme de guerra. Retrata a inapetência da ONU para proteger a população de Srebrenica, durante o conflito agudo de 1995, quando o que era para ser um bolsão de proteção internacional virou um bolsão de massacre, com a população sendo atacada e capturada pelos sérvios. Daí, um genocício, organizado e sistemático, principalmente contra os homens acima de 12 anos de idade, sendo considerado o pior genocídio da história na Europa pós-Segunda Guerra Mundial.

Gostaria muito de dizer que o filme é espetacular, e tudo, mas não é verdade. A protagonista é uma intérprete, que faz a ponte comunicativa entre a população local e os militares da ONU. A diretora não conseguiu fugir da principal armadilha: a repetição de falas. Se fala-se em bósnio-croata, a informação é transformada em inglês, e vice-versa. As cenas se estendem... Vira uma armadilha, pois o espectador já entendeu o significado, quando não pelos gestos ou expressões físicas da tradutora. A direção não oferece saída para isso, nem cria nenhuma cena cinematograficamente mais interessante.

Até os 20 minutos finais! Os últimos vinte minutos são muito fortes, graças a feroz interpretação da atriz principal. Aliás, por esses momentos, ela talvez devesse estar indicada ao Oscar.

E a cena derradeira, que muita gente pode não entender, onde só há foco nos rostos de meninos, é uma bela imagem de esperança.

Tendo visto todos os filmes indicados a Melhor Filme Internacional, e lamentando que o ano não tenha sido lá muito forte, meu voto iria para "Quo Vadis, Aida?".

Quo Vadis, Aida ? poster - Foto 2 - AdoroCinema

 

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(142)

Não me lembrava muito da trama de "Sleepers", de 1996, que a Netflix voltou a colocar em cartaz. Só me lembrava como esse filme era um queridinho nas videolocadoras nos anos 1990. Elenco, né? Robert de Niro ainda era "o " cara para a maioria das pessoas, e Brad Pitt estava no auge da popularidade.

É a história, com traços de biografia, de quatro amigos que cometem um grave ato infracional, e vão parar no reformatório, onde sofrem abusos mil. Resumi em uma frase, o que leva-se quase 3 horas para se contar. Pode-se dividir o filme em duas partes, a primeira, a melhor, com um elenco infantil; e a segunda, muito engessada, com os atores adultos. Aliás, fui ver alguns comentários, e a dificuldade de identificar quem se transformou em quem não foi só minha. Faltou uma clareza maior.

No mais, é um filme de pegada anos 1980, bem sentimental, bem Barry Levinson, que não traz nada de novo à arte do cinema,e  aos filmes de Júri, no qual Levinson se destacara previamente como roteirista de "...Justice for All", de 1978. O lado sentimental é reforçado pela trilha sonora, indicada ao Oscar, de John Williams, naquele ano, a única do filme. 

 

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Nobody é um divertido thriller de acão que nao dava nada mas o filme revelou-se um misto da finesse cínica de True Lies com a porradaria acerebrada de John Wick. É uma filme que parece genérico em sua concepcão mas feito de forma diferenciada, e isso o favorece. A atuacao do Bob Odenkirk no personagem titulo soma muitos pontos a favor, misto de John McLane com o já mencionado personagem do Keanu Reeves, tao um filme com gde potencial de virar franquia. E que venha logo.. 9-10

Nobody (2021) | Take Cinema Magazine


 

The Marksman por sua vez é um thriller de acão genérico que nao acrescenta nada á carreira do sempre bom Liam Neeson, onde aqui ele faz um misto de Clint Eastood com seu personagem de Taken. Nao bastasse é previsível até a medula e fraco no quesito acao, que seria seu principal diferencial deste subgênero. Dá pra ver mas é totalmente esquecível e dispensável, a diferenca do filme acima, onde se nota bem a diferenca de criatividade de roteiro e montagem. 7.5-10

The Marksman Trailer, Movie Interviews, Movie Trailers | FlickDirect

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(143)

Serm muito tempo, vi o média-metragem feito para a tevê polonesa, como integrante do cultuado "Decálogo", o episódio VI, "Não Cometerás Adultério" ou "Não Cometerás Atos Impuros", de 1990. Não tenho conhecimento católico para explicar a diferença de nome, mas aqui, neste curta, não estamos definitivamente diante de uma violação do casamento, e sim de algo mais amplo. Trata-se de um jovem de 19 anos que observa ardorosamente sua vizinha mais velha pela janela, apaixonando-se por ela. Se há alguma infração ao mandamento, é dela, que tem um namorado (não um marido). 

Krzystof Kielowski já tinha feito "Não Amarás", o longa, de 1988, então aqui, com a mesma produção, mudou algo da história. Ou seja, são obras irmãs, mas não são idênticas.

A história é boa. O jovem e inexperiente observador começa a praticar alguns atos para se aproximar da bela vizinha. E consegue. O que ele não esperava é que a mulher fosse ceder à investida. O desejo então atinge uma zona de perigo: pode se realizar. O cara entra em pânico. Desejar era melhor do que obter.

Então, não temos um thriller de Hitchcocok em "Janela Indiscreta", nem algo exatamente próximo da moral-religiosa, mas algo mais próximo da psicanálise. 

Muito bem atuado, e bem dirigido.

Ewa Bajek The Decalogue 6th Krzysztof Kieślowski Polish Posters PIGASUS  Polish Poster Shop

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(144)

"A Carta" saiu com o Prêmio do Júri, em Cannes, em 1999, num agrado ao longevo português Manoel de Oliveira, por que é, em si, um filme bem mais ou menos...

Tem a graça de trazer uma história de Madame de La Fayette para a França contemporânea (agora que lembrei que resenhei outro filme inspirado naquea autora este ano, "A Bela Junie", do Honoré), e, o que muita gente não pesca, colocar aqueles dramas antigos na boca de quem ainda pode vivenciar aqueles dramas: Uma alta burguesia bastante preocupada com posicão social...Certas coisas não mudam.

Um dos papeis principais ficou com o cantor português Pedro Abrunhosa, aquele que não tira os óculos escuros...Chiara Mastroianni (filha de Catherine Deneuve e Marcelo Mastroianni) é apaixonada por ele...Dá pra acreditar?

Bom, é uma história de resignação amorosa. De amor contrariado. Aliás, uma vez Freud respondeu, com sua graça particular: "Qual é o amor que mais dura? ", "O amor contrariado". É bem isso.

Não gostei muito.

Manoel de Oliveira (11 de Dezembro de 1908) | Artista | Filmow

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