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Adu é um bom drama espanhol sobre refugiados africanos na Zoropa, etc e tal.. é barra pesada, mas fichinha se comparado ao soturno Feiticeira da Guerra. Aqui a narrativa principal se divide em três, estilo Crash, e tudo se junta no final. O garotinho que empresta nome ao filme e permeia toda narrativa é um achado, dá ate vontade de levar pra casa. O resto do elenco, como o otimo Luiz Tosar, sao apenas corretos dentro do que se espera. Longe de ser matinê devido á desgraceira mostrada, ainda assim deixa-se ver pra toda familia. 8.5-10

Mint ADU (Salvador Calvo) 2019 Poster 12"x18": Amazon.co.uk: Kitchen & Home

 


 

In the Earth é mais um daqueles terror-filosófico estilo Middsomar, mas este aqui nao me fisgou não. Assisti mesmo porque curto o diretor inglês Bentley nesta empreitada que pega vácuo no tema de pandemia. Até comeca bem como thriller de sobrevivência e te até um gore bom de ver, mas depois viaja demais na maionese e seu terco final, psicodélico demais, nao entendi lhufas! Pra mim ficou claro ser mais um exercicio de estilo em meio ao Covid que qualquer coisa, mesmo com boas interpretacoes em micro orcamento. Mas tem quem goste desse naipe de indies. 7-10

IN THE EARTH: New Poster Unveiled For Ben Wheatley's Upcoming Sci-Fi  Thriller! - Icon Vs. Icon

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(203)

Em alta na Netflix, "Alemão", filme de 2014, de José Eduardo Belmonte, passou batido por mim na época de seu lançamento. Já estava saturado com a temática. Hoje vi de boas, fazendo um esforço na minha cabeça para enquadrá-lo como apenas um filme de ação, desses que os Estados Unidos fazem aos montes de policiais infiltrados no crime. A questão é que os filmes brasileiros não se contentam em serem apenas exercícios de gênero, mas ainda querem "falar" da realidade social. E aí, o buraco é mais embaixo...

O filme é passado em 2007, quando o projeto das UPP estava em seu auge de popularidade (Antes de sabermos como era financiado. Obrigado, eternamente, Lata Jato!). Cinco policiais estão infiltrados na favela (Comunidade é outra coisa...) do Alemão, preparando a tomada do território, usando a linguagem da época. O bandidão-mor é o produtor do filme, um inconvincente Cauã Reymond, para mim, bem caricato, embora tenha ganhado muitos elogios na época. O elenco que faz os policias infiltrados é composto por vários bons atores, que, infelizmente, repetem a sina do cinema brasileiro, falando baixo o tempo todo, para serem "cool". É insuportável essa tendência. Outra coisa boba foi um dos personagens estar navegando no site do Omelete, um dos apoiadores do filme. Propagandinha desnecessária; eu, heim?!

O filme, como ação, é apenas bom. Depois de assistir ao estupendo "A Vizinhança do Tigre", qualquer dramaturgia passada em favela fica sempre igual, e sem nuance. São sempre as mesmíssimas situações e mesmíssimos jeitos de interpretar, ou de decorar as casas, ou de se fotografar. Camisa do flamengo, cordão de ouro pesado, akelas coisas..."Isso é verdadeiro", dirão. Ou é tão repetido como verdade, que quando vemos o filme de Affonso Uchoa, citado acima, temos a certeza do clichê facilitador. Já escrevi mil vezes que ODEIO como o cinema brasileiro em geral fala de pobreza. Só os diretores mineiros, João Dumans e Uchoa, mesmo, que conseguem algo novo, sem exploração.

O filme, como pensata social, tem vários pontos fracos. Hoje faz exatamente 1 mês da operação na favela da Maré, que deixou 28 pessoas mortas. Em plena pandemia, ações da polícia, como essas, estão proibidas por decisão do Supremo. No filme, há um vídeo do então Presidente Lula comemorando, dizendo que aquela era um primeiro passo (Obrigado, eternamente, Lava Jato!). Engraçado, hoje a esquerda, que o vê como esperança de voltar ao Planalto, pensa o quê a respeito dessa declaração do filme? Fecha com o ex-presidário e com seu antigo aliado, o notório Sérgio Cabral, ou fecha com os traficantes? Não sei o que é pior.

Mas divaguei. Não acho que o filme celebre as invasões, não. Só acho que mostra muito sutilmente, sem sublinhar, que há pessoas inocentes emparedadas pela guerrilha urbana. Pra mim, o ponto central da discussão. Como se fazer segurança pública sem expor a vida dos moradores? Este é o ponto cricial, que passa (não batido) muito sutilmente no filme. Parece que tiveram medo de criticar de frente, abertamente, as operações. 

O final emulando "Cães de Aluguel" é só outra ideia repetida, sem mais valor cinematográfico.

Alemão - Poster on Behance

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Acho que como grande parte das pessoas de minha faixa etária, eu havia assistido apenas "O Talentoso Ripley", de 1999.

Esta primeira adaptação do romance de Patricia Highsmith não tem os traços homossexuais da obra posterior (talvez aqui seja bi). Além disso, o Ripley de Matt Damon chega aos seus crimes por envolvimento emocional, misturando seus desejos de ser e ter o Dickie Greenleaf de Jude Law. Já o Ripley de Alain Delon me parece completamente vazio, que molda suas ações simplesmente porque pode; é até fascinante como René Clement faz dele um verdadeiro artista, mostrando seu "processo criativo". 

Nunca li o livro, então não sei dizer qual está mais próximo do original, mas só posso dizer que noves fora a história, esteticamente é um tanto de covardia comparar qualquer coisa com Alain Delon no brilhante sol do verão italiano.

images - 2021-06-05T174428.215.jpeg

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45 minutes ago, Muviola said:

Acho que como grande parte das pessoas de minha faixa etária, eu havia assistido apenas "O Talentoso Ripley", de 1999.

Esta primeira adaptação do romance de Patricia Highsmith não tem os traços homossexuais da obra posterior (talvez aqui seja bi). Além disso, o Ripley de Matt Damon chega aos seus crimes por envolvimento emocional, misturando seus desejos de ser e ter o Dickie Greenleaf de Jude Law. Já o Ripley de Alain Delon me parece completamente vazio, que molda suas ações simplesmente porque pode; é até fascinante como René Clement faz dele um verdadeiro artista, mostrando seu "processo criativo". 

Nunca li o livro, então não sei dizer qual está mais próximo do original, mas só posso dizer que noves fora a história, esteticamente é um tanto de covardia comparar qualquer coisa com Alain Delon no brilhante sol do verão italiano.

 

Concordo que a sugestão homossexual/bissexual é reduzida. Escrevi em abril sobre ele:

"Revi "O Sol por Testemunha", de 1960, de René Clément, adptando a obra de Patrícia Highsmith, história que as novas gerações conheceram pela lente de Anthony Minghella em "O Talentoso Mr. Ripley", de 1999 (é o ano é o ano é o ano) aliás versão maravilhosa, indicada a 5 Oscars. De diferentes, quase nada, certamente só a sugestão homossexual neste filme, em escala reduzidíssima. 

Truffaut dizia que Clément era um imitador, logo, não era um "autor". E seu filme mais conhecido, o que ficou para a posteridade, é justamente sobre um imitador (em outra acepção, um farsante). Seja como for, o filme funciona muito bem, contando com a beleza e o talento fora de série, de Alain Delon, Maurice Ronet e Marie Laforêt - mais bonitos, impossível.

Torcemos por Ripley, assim como não desgostamos de Phillipe ou Marge. São bonitos, ricos, estilosos demais. Juventude hedonista, endinheirada, de passeio pelos lagos da Itália. Os crimes mais terríveis não se comparam ao que têm de bom, aliás, ninguém ao redor desconfia, ou pode desconfiar de suas podridões. Um filme sobre a inveja, e nós os invejamos."

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Até O Irlandês, eu sentia que Martin Scorsese havia chegado num ponto que estava dirigindo no piloto-automático. A cada dois filmes, emulava Bons Companheiros. 

Por isso, fiquei feliz em voltar no tempo e chegar nesta obra, que até pouco tempo atrás era considerada "menor".

Griffin Dunne, saído de Lobisomem Americano, faz Paul Hacket, um homem solitário num trabalho absolutamente boçal e tedioso. Uma noite, lendo Henry Miller num café, ele conhece uma mulher, trocam telefones e recebe o convite para ir até a casa dela. Já tá tarde; amanhã é outro dia de trabalho, mas...por que não? Uma fuga e quem sabe uma trepada com alguém atraente? 

Aí inicia o que poderia ser chamado de "Uma Noite Alucinante": uma primeira derrubada num dominó, que causa um efeito manada total, encontrando todo tipo de personagens maníacos desta Nova York noturna, artística, ansiosa, drogada, gay, no armário, solitária e insegura.

O final desta noite fecha um ciclo de maneira genial e, nesta América Reaganiania e yuppie a sua segurança está na sua rotina, longe destas "perdições" que uma noite traz.

 

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Diescisiete é um bom drama "coming age" espanhol que enfia um "road movie" pra mostrar a evolucão do personagem principal.. tem ainda mais de tudo: drama prisional, filme de cachorro, treta familiar, etc... e o pior é que essa mistureba funciona que é uma beleza. Os atores mandam bem e o ritmo/dinamismo da producão ajudam bastante. Filme água com acúcar e muita responsa é isso aí, sem tirar nem pôr. E totalmente esquecível depois. 8-10

Diecisiete - Filme 2019 - AdoroCinema

 

Boys from County Hell é um razoável filme de vampiros irlandês que tenta fazer graca com pouco e consegue até certo ponto. É um terrir divertido e bem simplório dentro daquilo que se propoe. Aqui é atribuida uma nova mitologia aos sanguessugas e isso faz a diferenca tanto como confunde mais o espectador. As atuacões sao ok e nao se espera muito delas. Tem gore, tem reviravoltas no roteiro, tem humor bem ácido e piadinhas bem vergonhosas...enfim, deixa-se ver pra passar um bom tempo. 8-10

Descargar Boys from County Hell (2020) 720p Sub Identi.Online

 
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(204)

Pra distrair, "A Casa Monstro", de 2006, animação indicada ao Oscar em 2007. 

Lembro vagamente do debate de que a técnica de captação de performance seria contrária às regras da categoria. Não sei o que deu isso. Mas sei que o filme continua impressionante no design, mas justamente não no rosto dos humanos. Cabelos e textura da pele, mas principalmente cabelos, não acompanham a perfeição técnica do resto do filme.

O roteiro é muito bom, principalmente no registro da amizade entre os dois garotos, e no conflito da puberdade a respeito do que é coisa de criança e o que não é. Contudo, no final dá uma escorregada. Nenhum adulto nota que há uma explosão no bairro, por exemplo. A babá adolescente e o namorado roqueiro desaparecem sem mais da narrativa, bem como os policiais...

Mas é uma boa diversão.

A Casa Monstro: Fotos e Pôster - AdoroCinema

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Sequência do filme e livro A historia de O (não vi ou li), este Frutos da Paixão mostra "O", uma jovem francesa que chega a um bordel na China dos anos 20, acompanhada do inglês Stephen, por quem nutre uma paixão meio obsessiva, apesar da gigantesca diferença de idade. Ele impõe a ela que se prostitua para provar seu amor. 

Além deles, há um grupo rebelde lutando contra a ocupação inglesa e entre eles há um garoto, que se juntou ao grupo após se apaixonar por "O" e necessitando de dinheiro pra passar uma noite com ela.

Há uma grande paralelo entre colonialismo e dominação sexual, incluindo cenas de fetichismo sadomasoquistas e voyeurismo. Klaus Kinski, como Sir Stephen, parece uma outra versão vampiresca de seu Nosferatu e há a participação de Arielle Dombasie, atriz de Rohmer.

No todo, eu achei meio irregular, mas há algumas sequências, em especial duas envolvendo outras prostitutas do bordel: a "atriz" e a dominatrix.

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Dancing Queens é um divertida e inofensiva comédia dramática sueca que entorna a troca de identidades de Tootsie, o plot de superacao na danca de Flashdance e o tempera com ativismo LGTB+. Os atores sao muito bons, as coreorafias, etc e tal..mas parece que na direcão ou edicão faltou saber dosar algo mais pois o filme entretêem mas falta algo mais. É um filme inofensivo demais praquilo que se propoe realmente, com trilha que deixa  desejar. Visto na Netflix. 8-10

Tem um Coelho no Cinema: Netflix - Queens (Dancing Queens)

 

 

What Lies Below é um thriller scy-fy que comeca de um jeitoe termina como outro. Vai vendo, o filme comeca bem (por isso é bom nao ler sinopse nem trailer, que ja dá spoiler) tipo telefilme de putaria de afilhada com padrasto mas depois a producao ganha contornos Invasores de Corpos, etc e tal... dai sobra pra pirralha desvendar a parada, mas tudo é bem mal balanceado, sem contar que no final ficam mais perguntas que respostas ao que se assistiu. 7-10

Постеры - Что скрывает вода

 

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(205)

Tinha que começar com um "N`um vou nem falar nada!!!" para o trabalho de Jenny Beavan em "Cruella"! Cara***!! Vai ganhar todos os prêmios possíveis, com direito ao terceiro Oscar já encomendado e emplacado. Justíssimo, não só pela quantidade de peças, mas pela criatividade, beleza e referencial histórico de todas. Aliás, eis um filme em que o figurino é o centro da narrativa.

A disputa de moda entre as estilistas é, num outro plano, um embate imaginário entre a classe de Balenciaga/Dior e o street/punk Vivienne Westwood. É uma aula de fashionismo, sem nunca ser chato ou banal. Acho que Beavan conseguiu superar o divino exercício de estilo de "Mad Max: Fury Road". Palmas! O design de Fiona Crombie também é muito bom, assim como a música de Nicholas Britell, e a excelente Maquiagem e cabelo. Palmas, palmas!

Emma Stone e Emma Thompson (melhor performance dela em anos!) estão ambas excelentes, muito divertidas e donas da ação, ajudadas por um ótimo elenco de coadjuvantes, e pelos cachorros reais e irreais.

Não dava nada pelo filme, achei que fosse só uma releitura jovial para ganhar dinheiro, mas o filme é ótimo. A direção abusa de algumas coisas já vistas (como aquela manjada transição de idades da personagem olhando para o espelho criança e, depois, adulta), mas é tudo tão bem embalado, que passa batido.

Quando sai do cinema em "O Diabo Veste Prada" encontrei uma colega ( militante do PSOL, e isso já explica muito, coitada) que não tinha gostado do filme, enquanto eu estava exultante. Sabia que tinha visto algo especial, que cairia no gosto popular, no imaginário popular, e seria referência para o cinema. Este "Cruella" bebe muito daquela fonte. E se estivéssemos em um mundo normal seria um sucesso enorme de bilheteria. O Figurino do filme de 2006, de Patricia Field, foi indicado ao Oscar, apesar de ele ser uma "montagem", cedido em grande parte pelas grandes grifes. No caso de "Cruella", Beavan desenhou todos! Ual!

Amei!

Disney divulga primeiro pôster de 'Cruella', estrelado por Emma Stone -  Quem | Séries e filmes

 

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11 hours ago, SergioB. said:

Tinha que começar com um "N`um vou nem falar nada!!!" para o trabalho de Jenny Beavan em "Cruella"! Cara***!! Vai ganhar todos os prêmios possíveis, com direito ao terceiro Oscar já encomendado e emplacado. Justíssimo, não só pela quantidade de peças, mas pela criatividade, beleza e referencial histórico de todas. Aliás, eis um filme em que o figurino é o centro da narrativa.

alias, a figurinista meteu a boca no trombone contra a Disney estes dias por ter ficado de fora  do licenciamento de pecas oficiais inspiradas no filme, filao onde a empresa do rato fatura horrores com bolsas, roupas e calcados.🤣😂

https://www.metropoles.com/colunas/ilca-maria-estevao/figurinista-de-cruella-critica-a-disney-por-colecao-de-roupas-do-filme

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9 hours ago, Jorge Soto said:

alias, a figurinista meteu a boca no trombone contra a Disney estes dias por ter ficado de fora  do licenciamento de pecas oficiais inspiradas no filme, filao onde a empresa do rato fatura horrores com bolsas, roupas e calcados.🤣😂

https://www.metropoles.com/colunas/ilca-maria-estevao/figurinista-de-cruella-critica-a-disney-por-colecao-de-roupas-do-filme

Fiquei sabendo. Mais um motivo para o "branch" dos figurinistas apoiarem o trabalho dela. Vão vender os artigos com uma roupa qualquer? Não dá.

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(206)

Assisti pela primeira vez a este conceituado "Cerimônia Solene", de 1971, do japonês Nagisa Ôshima, mais conhecido por estas bandas por "O Império dos Sentidos". Sinceramente, não gostei muito.

É um drama sobre incestos e mais incestos em uma família tradicional do Japão do meio do século. Como acompanhamos os personagens ao longo de muitos anos, vamos testemunhando também uma mudança nos hábitos e costumes da numerosa família, tornando-os mais ocidentais, abandonando quimonos pelos ternos, os futons por cadeiras, adotando o beisebol como esporte, entre outras coisas. Particularmente, estava gostando mais do início do filme, pois fazendo um paralelo com "O Sol" que vi recentemente, o filme mostra como os japoneses, no acordo pós-guerra, tiveram de abandonar a Manchúria, bem como tiveram de admitir crimes de guerra na região chinesa. Todos ainda abatidos pelo então Imperador ter "virado uma pessoa comum", e não ter assinado a rendição, como mostra o filme russo.

Essa parte histórica, portanto, é muito instigante, mas depois de uma hora vira um dramalhão meio chato, ainda que bem dirigido.

Cerimônia Solene: Fotos e Pôster - AdoroCinema

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Blast Beat é uma comédia dramática colombiana com forte teor político, mesmo que superficial. É um filme que trata do sonho americano de uma familia colombiana na virada do século, sob a perspetiva dos dois filhos malucos. A trilha sonora é bem legal, misto de metal com pop colombiano. É m filme das consequências da imigracão forcada e a tentativa de adaptacão, cujo ritmo beira o documental. O problema é que ele quer jogar trocentas idéias em pouco espaco de celulóide, sendo que umas vingas e outras nao, mas as atuacoes dos dois moleques principais valem o filme. Ta longe de ser perfeito, mas este indie tem sim o seu valor. 8-10

Blast Beat - Filme 2020 - AdoroCinema


 

Endangered Species é um thriller survival cujo trailer promete uma coisa mas o filme se revela outro. Eu esperava um foderoso e tenso filme de sobrevivência sobre um grupo que passa perrengue num safari, mas o longa se perde em discursos ambientalistas pró-animais. Eu que esperava a bicharada fazer petisco do elenco caí do cavalo. Não bastasse, é bem precariamente feito sem contar as atuacões, onde sinto pena da eterna Mística dos X-Men e do eterno gordinho Vern, de Conta Comigo, na barca furada em que se meteram. Como filme B até presta, mas eu esperava coisa bem melhor. Vai vendo, até os dinos de Jurassic Park são mais convincentes e dignos de Oscar que os leões, rinocerontes e hienas de cgi deste filme. 7-10

Gdzie obejrzeć cały film Endangered Species online - Netflix, HBO

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A Quiet Place Part 2 é só uma boa sequência do bacanudo filme de 2018 onde, na falta de material original e inovacão resolveram entupir com mais acão e até mostrar os monstros em close direto, algo apenas sugerido antes. Mas o maior problema aqui é a ausência de um roteiro mesmo, pois o filme não sai do lugar, além de que ele termina abruptamente, assim do nada, vítima da necessidade de fechar tudo que construiu num terceiro filme. Com boas atuacões dá pra ver sim, mas eu esperava bem mais dele. Pelo menos aqui eles desenvolvem mais a mitologia dos bichos escrotos, inclusive se descobre outro ponto fraco deles que não vou spoilear. Mas ainda assim deixa a desejar em relacão ao primeiro filme. 8-10

Posts | Page 16 of 7618

 

 

Sin Hijos é uma inofensiva comédia familiar da Netflix, ideal pra passar uma tarde de boas, sem esperar nada. Vinda do México esperava cacoetes de dramaturgia basicos daquele pais, so que não, o que é elogio.Tem clichês, personagens carismáticos bem interpretados e segue a risca a cereja de bolo deste tipo de filme. Esbarra superficialmente em temas de paternidade em tempos onde isso nao é obrigacão e por ai vai... Tem um arco negligenciado (o do pai do protagonista) mal resolvido mas dane-se, deu pra ver de boa. Melhor que muita producão da Globo Filmes. É refilmagem de um espanhol de 2015 que nao assisti.  8.5-10

Sin hijos (2020) - IMDb

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(207)

Assisti a "Camille Claudel 1915" do diretor francês Bruno Dumont, filme do ano de 2013. O recorte biográfico é preciso: os anos de internação da escultora no manicômio, no qual viveu mais de 30 anos. Ou seja, não conta sua vida na infância, a descoberta artística, seu romance famoso, nada. É a vida dela como interna.

Uma situação terrível, tristíssima, pois definitivamente não era caso de reclusão compulsória. Ela padecia de debilidades mentais, como certa mania de perseguição, mas nada que requeresse esse tratamento rígido. O filme tem a sagacidade de mostrar como o seu irmão mais novo, o diplomata e esteta Paul Claudel, vivia, também ele, no "mundo da lua", preocupado com questões sensíveis das letras e da poética, enquanto mal visitava a irmã, e enquanto, em conjunto com sua mãe e outra irmã, admistrava o que sobrara da arte da escultora.

O filme é passado em uma casa de tratamento mental de verdade, com pessoas, não atores, nessas situação, mas tudo é filmado com máximo respeito e "ordenança". Não há cenas melodramáticas, ou gráficas. É Dumont: um cinema silencioso, frio, austero, de pedra. Um filósofo de formação, cujos filmes que vi, como este, registram o interior francês, o campo, como se assombrado por algum mal.

A emoção fica por conta da linda performance de Juliette Binoche como Camille, mostrando como a situação de uma artista longe de sua arte pode ser desesperador. Uma vida sofrida demais.

Renegada em vida pelos seus; num primeiro momento lembrada como amante de Rodin; tem seu nome e obra reabilitados nas últimas décadas, como a grande escultora que foi.

Camille Claudel, 1915

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O primeiro filme de Gabriela Amaral, "Animal Cordial", foi uma belíssima porrada de estreia, refletindo John Carpenter numa situação extremamente brasileira.

Não consegui ter esta mesma conexão com sua segunda obra, "A Sombra do Pai". Talvez pela energia, não tendo os diálogos afiados de Animal; talvez por não saber exatamente se quer ser um terror psicológico, místico ou político. 

Ainda assim, eu gosto de alguns elementos de "brasilidade". Pra começar, o Censo ao abrir o filme, algo que fica ainda mais notório para este 2021; o pretendente da tia da menina, que "vai trabalhar por conta", no que nada mais é que uma pirâmide financeira; segurança na construção civil e as misturas entre catolicismo e religiões de matriz africana (território bem conhecido da baiana Gabriela).

 

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(208)

Nem tinha reparado que a Netflix havia disponibilizado o primeiro filme do diretor chileno Pablo Larraín. Fiquei feliz, pois agora posso dizer que já vi todos. É "Fuga"/"Sinfonia Inacabada", de 2006. Uma estreia muito boa. O primeiro ato, de apresentação, é excelente. E a transição para o segundo ato, quando entendemos de fato do que se trata, é ainda melhor, apresentando um coprotagonista. Eu amei isso. Pena o desfecho. Não curti tanto o terceiro ato. Será apenas questão de gosto?

O elenco é formidável, com aqueles ótimos atores chilenos com quem vamos, filme a filme, nos familiarizando, entre eles Alfredo Castro, estrela de "Tony Manero", o filme posterior de Larraín; bem como com a presença do ótimo argentino Gastón Pauls. O protagonista maior, digamos assim, é vivido intensamente por Benjamín Vicuña, num papel muito difícil.

Aliás, Larraín parece desenvolver seu cinema ao redor de uma figura atormentada, seja este maestro enlouquecido, seja o dançarino assassino, seja um sacerdote perto do pecado máximo, seja uma primeira-dama posta sob a mira.

Valeu a pena. 

Tendo visto todos os filmes dele, meu ranking Pablo Larraín fica assim:

1) "No";

2)"O Clube";

3) "Jackie";

4) "Tony Manero";

5) "Neruda"

 

Fuga de cerebros (2006) - Filmaffinity

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(209)

Sou uma das poucas pessoas que defende abertamente o capitalismo, sou assim desde a escola básica até no tempo do campo minado da Universidade Pública, passando pelas rodinhas de cerveja. Sem medo da patrulha, nunca tive. O capitalismo é um sistema que beneficia continuamente a sociedade, pois, em termos simples, alguém oferece um produto ou um serviço melhor, inovador, ou mais barato.  

Esse nariz-de-cera aí de cima é para explicar por que evitei, pelo título, de assistir a "Filme Socialismo", de 2010, de Jean-Luc Godard. Mas hoje decidi vê-lo, e não encontrei de forma nenhuma uma crítica ácida ou forte ao sistema econômico predominante. Encontrei sim o tipo de cinema mais recente do francês. Por mais recente, quero dizer, mais caleidoscópico do que os da "nouvelle vague". Pois um inovador, ele sempre foi. Um radical ele sempre foi.

Não estudei cinema, então posso estar muito errado, me corrijam, mas se tem algo em que o francês se destaca é no seu apelo à montagem. Não a montagem imperceptível, da decupagem clássica. Mas uma montagem que se faz notar, que interfere o tempo todo. Mas não só a cascata de imagens uma em cima da outra. Mas também os sons se sobrepõem. Os textos se interpenetram ( É uma biblioteca desabando a cada instante, com tantas citações). Aliás, neste filme, se lê "As Benevolentes" (melhor livro deste século) e "Ilusões Perdidas" (que li recentemente).

Neste filme, acompanhamos uma família viajando de cruzeiro pelo Mediterrâneo. É "Um Filme Falado", do Manoel de Oliveira, de 2003? Ou o mais recente "Let Them all Talk" do Soderbergh? Risos. Um passeio capitalista, dirão. Vamos à costa do Egito, Turquia, Grécia, depois, na volta, Itália, Espanha e França. Um mar de citações, um mar de pensatas ao passado europeu. Patti Smith ( a artista a se apresentar no navio?) faz uma aparição no filme. Depois, em uma confusa segunda parte, vemos a família em terra, de volta a casa. E entendemos que eles não são milionários. São donos de um pequeno posto de gasolina. O garotinho, em dado momento, guarda da viagem uma imagem, e a reproduz em um quadro.

O passeio custoso gerou uma lembrança. Eu diria, o dinheiro ganhado no sistema gerou uma lembrança infantil. E um quadro. E um filme.

Um filme que curiosamente se encerra com imagens de Stálin, Lênin, e outros comunistas, mortos, ou pertencentes ao passado.

Film Socialisme

 

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47 minutes ago, SergioB. said:

(209)

Sou uma das poucas pessoas que defende abertamente o capitalismo, sou assim desde a escola básica até no tempo do campo minado da Universidade Pública, passando pelas rodinhas de cerveja. Sem medo da patrulha, nunca tive. O capitalismo é um sistema que beneficia continuamente a sociedade, pois, em termos simples, alguém oferece um produto ou um serviço melhor, ou mais barato.  

Esse nariz-de-cera aí de cima é para explicar por que evitei, pelo título, de assistir a "Filme Socialismo", de 2010, de Jean-Luc Godard. Mas hoje decidi vê-lo, e não encontrei de forma nenhuma uma crítica ácida ou forte ao sistema econômico predominante. Encontrei sim o tipo de cinema mais recente do francês. Por mais recente, quero dizer, mais caleidoscópico do que os da "nouvelle vague". Pois um inovador, ele sempre foi. Um radical ele sempre foi.

Não estudei cinema, então posso estar muito errado, me corrijam, mas se tem algo em que o francês se destaca é no seu apelo à montagem. Não a montagem imperceptível, da decupagem clássica. Mas uma montagem que se faz notar, que interfere o tempo todo. Mas não só a cascata de imagens uma em cima da outra. Mas também os sons se sobrepõem. Os textos se interpenetram ( É uma biblioteca desabando a cada instante, com tantas citações). Aliás, neste filme, se lê "As Benevolentes" (melhor livro deste século) e "Ilusões Perdidas" (que li recentemente).

Neste filme, acompanhamos uma família viajando de cruzeiro pelo Mediterrâneo. É "Um Filme Falado", do Manoel de Oliveira, de 2003? Ou o mais recente "Let Them all Talk" do Soderbergh? Risos. Um passeio capitalista, dirão. Vamos à costa do Egito, Turquia, Grécia, depois, na volta, Itália, Espanha e França. Um mar de citações, um mar de pensatas ao passado europeu. Patti Smith ( a artista a se apresentar no navio?) faz uma aparição no filme. Depois, em uma confusa segunda parte, vemos a família em terra, de volta a casa. E entendemos que eles não são milionários. São donos de um pequeno posto de gasolina. O garotinho, em dado momento, guarda da viagem uma imagem, e a reproduz em um quadro.

O passeio custoso gerou uma lembrança. Eu diria, o dinheiro ganhado no sistema gerou uma lembrança infantil. E um quadro. E um filme.

Um filme que curiosamente se encerra com imagens de Stálin, Lênin, e outros comunistas, mortos, ou pertencentes ao passado.

Film Socialisme

 

Não sou tão familiarizado com a obra de Godard pós-68, mas a relação dele com a(s) esquerda(s) me parece um tanto com a de Caetano Veloso. Há uma atração, mas ao mesmo tempo uma animosidade mútua.

E consigo entender bem estas dicotomias

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17 minutes ago, Muviola said:

Não sou tão familiarizado com a obra de Godard pós-68, mas a relação dele com a(s) esquerda(s) me parece um tanto com a de Caetano Veloso. Há uma atração, mas ao mesmo tempo uma animosidade mútua.

E consigo entender bem estas dicotomias

Acho que esse paralelo foi mais verdadeiro até os anos 2000. Mas tem a ver, sim.

Em "A Chinesa", por exemplo, Godard retrata criticamente os "socialistas de Iphone".

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Carnaval é uma comédia nacional que assisti á forca por conta da patroa, e olha que gostei um tiquim pelas muié.. confeso. Engracado que esta comédia se passa num carnaval agitado, coisa que este ano se tornou melancólica pela pandemia, e soa meio que filme fora de órbita. É filme estilo Globo Filmes mas bem caricato, previsivel e sei lá o que mais. Na boa, desliguei o cérebro e entrei na zuêra do quarteto de protagonistas numa balada mais light que American Pie. Tem moraleja esfregada de valorizar amizade ás redes sociais, etc e tal..aquela coisa. Mas o que mais curti foi o institucional de Salvador, lugar que preciso retornar diante da minha breve passagem por lá, ja feita faz séculos.. 7-10

Carnaval (2021) Altyazı - 339014


 

Marvel's Behind the Mask é mais um bom documentário com que a Disney + tenta preencher sua grade com material extra no seu streamming e ate dá pro gasto. Ele tenta fazer um apanhado da impacto da editora na cultura pop, com mais ênfase ao Pantera Negra, Miles Morales, Ms. Marvel, Luke Cage, os X-Men e Capitã Marvel. Como sempre, o melhor sao os depoimentos de artistas, roteiristas e a noção de identidades/alter egos para avaliar o conceito na evolução de direitos de igualdade, moldados com as tendências de cada geracão. É um bom documentário mas achei ele curto e superficial demais praquilo que se propõe pois material te mais daquele que apresenta. 8-10

Marvel's Behind the Mask (2021) | Documentary | Synopsis, Trailer, Release  Date & Latest News | Marvel | Marvel

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Raymond Chandler escreveu The Long Goodbye em 1953. Nessa época, o noir já havia passado de seu primeiro ápice.

Robert Altman e seu parça de Mash, Elliot Could, fazem esta adaptação, que é uma das primeiras revisões do gênero, que seria acompanhado depois por Chinatown. Phillip Marlowe acorda por seu gato no meio da madrugada e fica neste constante estado meio chapado durante todo o filme. Seu gato some (Schrodinger?) e ele acaba caindo numa trama de assassinatos e cobranças de dívidas.

Altman cria um desenho sonoro incrível, embaralhando falas e pensamentos de Marlowe, que mais soam como pensamentos. Além disso, o ritmo reflete o estado meio sonâmbulo de seu detetive, mas não impede que haja fortes explosões de violência, mais especificamente numa sequência que o ato pega todos de surpresa.

Interessante a participação de Sterling Hayden numa figura bastante inspirada em Hemingway e também uma rápida participação de Arnold Schwarzeneger, sem falas e no qual ele claramente olha pra câmera.

Não estou fazendo um especial Altman, mas bem que eu deveria

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(210)

Pior filme do Chan-wook Park que eu já vi, "Segredos de Sangue", de 2013, salvo engano, é sua primeira produção norte-americana, e conta com um elenco Hollywoodiano. Fui checar, e, ainda bem, ele não assina o roteiro, que é o ponto mais baixo. Que história bobinha! A intenção é mostrar a psicopatia como algo hereditário, mas nunca é instigante a esse respeito. Sabemos quem são os maluquetes desde os primeiros minutos. As revelações nunca nos chocam, ou nos seduzem. É bem flat.

Enfim, não gostei da história. Como pode entregar isso, e, no longa seguinte, "A Criada" - Aquela coisa?!

Na expectativa por "Decision to Leave". 

Novo filme de Park Chan-wook ganha vídeo promocional e pôster! | Notícias |  Filmow

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