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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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390)

Decepção da temporada para mim. "King Richard", no Brasil, claro, com o subtítulo bobo, "Criando Campeãs", é um filme típico daquilo chamado Oscar-Bait. Uma (duvidosa, questionável) história moral, de superação, com cenas sentimentais. Sinceramente, gosto do Will Smith como ator, acho que ele está excelente tanto em "Ali", quanto em "The Pursuit of Happyness", mas, especificamente, neste filme, pelo qual provavelmente ganhará o Oscar, não vi NADA de mais. Nada. Ele parece preso na caracterização física de um homem de meia-idade meio cansado, com uma postura meio corcunda...Não me emocionou em nenhum momento, mesmo nas suas duas principais cenas. 

Já a atriz Aunjanue Ellis, como a mãe, e as atrizes mirins, como as brilhantes atletas, estão formidáveis, mas principalmente a Ellis, que deve concorrer ao Oscar de Coadjuvante. Em qualquer cena dela, a menor que seja, ela brilha. 

Como um favorito sentimental, o filme poderia levar Reinaldo Marcus Green até à indicação de Direção. Mas agora acho que a competição ficou mais acirrada, entre gente mais tarimbada. 

De forma nenhuma interpreto o que vi como uma história "do poder da união familiar". Fico sempre perplexo diante de pais-empresários, mesmo que o filme tente a todo momento contornar uma visão mercantilista dos filhos. Não me convenceu. Parece, ao contrário, um cara que tenta depositar nos filhos seus insucessos pessoais, como uma forma hereditária de redenção.

A outra indicação ao Oscar - imerecida - será para Beyoncé, pela boba canção dos créditos, "Be Alive". 

King Richard movie large poster.

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391)

Um filme de vampiro bem diferente, isso é certo. É "O Vício", de 1995, de Abel Ferrara. O vampirismo como tese filosófica.

Uma estudante de pós-doutorado em Filosofia em Nova York, mergulhada em debates acadêmicos sobre o Vietnã, exposições fotográficas sobre o Holocausto, leituras de Sartre ou Heidegger, é mordida por uma mulher misteriosa em um beco escuro, e se transforma em uma mulher sedenta por sangue. Mas não lhe crescem os caninos, nem sua imagem some no espelho, nem tem pavor do alho, suas sede por sangue - se bem entendi, e isso é minha interpretação bem pessoal - é uma sede pela matéria em vez de uma busca pela metafísica. Assim, como o pensamento - grosso modo - de Heidegger. Sua mudança comportamental assemelha-se a um surto psicótico (ou a um excesso de conhecimento), e assusta suas amigas, professores e ambiente acadêmico, que serão suas futuras vítimas. 

O filme é em preto e branco, o que deixa o sangue, agora preto, como uma insinuação menos gráfica, e mais venenosa. Como se algo ruim saísse das pessoas. 

É um filme ruim? Não. Se eu gostei do filme? Também não. Na verdade, não gosto muito da obra do Ferrara. Embora deva conhecê-la melhor. 

O Vício - 4 de Outubro de 1995 | Filmow

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The Source of Shadows é uma razoável antologia indie de terror B que trata do medo ao desconhecido que conta com dez curtas, onde  quase metade sao tao curtas que nem desenvolve direito sua idéia, que é até boa (a da corda e a da besta, por exemplo). Restam as outras cinco que de fato se destacam a do telesexo que lembra o inicio de Pânico, do barco á deriva e do armário. Sei lá, estas antologias sao bem irregulares mas eu bato palma pra tentativa de fazer algo com muito pouco, vale apenas pela criatividade dos diretores envolvidos. 8-10

Download The Source of Shadows (2020) Mp4
 

 

Good Boy é um terrir até divertidinho dentro de sua premissa.. um pet que mata os desafetos do dono, premissa aliás ja vista e The Monkeys Shines, do Romero.. mas aqui é tudo tocado como terrir ate certo ponto, depois o filme tenta se levar a sério tentando ser mais dramático do que é, buscando solucoes até meio descabidas pro que tao vendo. Ate o ponto onde fica em xeque se é o pet que ta matando geral... sacou? A atriz principal manda bem, Judy Greer, mas o cachorrinho carrega o filme nas costas, e sem cgi envolvido diante do baixo orcamento envolvido! Dá pra ver, com ressalvas. 8-10

Picture of Good Boy
 

 

Reap é uma producao B até o sabugo da unha bem intencionada porém pobrinha em sua execucao. Imagina aquela franquia Premonicao com Coracao Satanico, versao teen...é isso! O filme até é bem intencionado mas é muuuuuito mal feito, mal atuado e muito mal montado... parece tcc de graduacao em cinema! O unico que se salva sao as atrizes gostosinhas e os diálogos, muito bem bolados. Mas o conjunto nao dá mesmo, portanto fuja desta producao paupérrima e todos os sentidos... 6-10

Reap - Elenco - Eu Assisti

 

 

The Trip é uma comédia de acao e horror divertidinha que as vezes exagera sem precisar. Vai vendo.. é filme de casal em crise que tem a casa tomada por criminosos... e tome acao e muito sangue espirrando! Imagina a Guerra dos Roses com Esqueceram de Mim! O filme tem uma pegada que ja vi antes, dai fui ver e o diretor é o mesmo do bacanudo Dead Snow.. Ta, ele exagera numas piadas sobre estupro e tal, mas se ignorar isso vai se divertir. Outra, o trio de viloes é muito mais carismatico que o casal principal. Olha que eu curto a fodona chutabundas sueca Noomi Rapace, mas aqui ela ta bem apagadinha e sem sal.. dando destaque aos viloes. E o marido dela no filme é tao expressivo e raso quanto um pires... vai vendo! 8-10

Ficha Técnica | The Trip (Original Netflix) - Entreter-se


 

Ghost Lab é um fraquinho filme terror dramático sobrenatural da Tailândia que até botava fé pela procedência asiática, que manda bem neste tipo de filme..mas neste aqui caí do cavalo, infelizmente. É praticamente um Linha Mortal oriental, sem tirar nem pôr.. Pior que o primeiro terco promete ser daqueles filmes bem cagantes, mandando varias cenas de gelar a espinha.. Mas quando a dupla de jovens cientistas comeca a pesquisa in loco a pesquisa de vida além da morte o filme se torna mais dramático do que precisava, fica até piegas..uma pena! Diluiu toda aquela expectativa com muito blablabla sentimental que nao vem ao caso, e pior que o elenco mandava até bem. Daqueles filmes que tinha potencial e foi tudo pro ralo. 7.5-10

Ghost Lab poster - Foto 2 - AdoroCinema

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392)

Aos poucos vou vendo todo o Decálogo, a série baseada nos Dez Mandamentos para a tevê polonesa, de Krzysztof Kieslowski. Hoje foi o Episódio 8, "Não Levantarás Falso Testemunho".

A idéia é fantástica. Durante a guerra, tentam esconder uma garotinha judia em uma casa de um casal católico, mas eles recusam a ajuda, alegando que não poderiam batizar a criança como católica ou criá-la por um tempo, pois incorreriam em falso testemunho. Falso Testemunho à lei de Deus e à Lei dos Homens. Quarenta anos depois, no entanto, a esposa se torna uma professoa de Ética na Universidade, e a garotinha, que acabou indo parar nos Estados Unidos e virando tradutora, se reencontram na Polônia comunista.

A questão é quando vale a pena mentir. Se esse Mandamento tem que proteger a verdade acima mesmo da vida humana. Do marido da senhora, já falecido, sabemos por ela que fora um membro da Resistência. Mas, todavia, fraquejou naquele momento. 

Pena que o filme é todo "indireto". A ação é com as duas atrizes já velhas. Sabemos do passado pelo diálogo. Uma pena. Teria sido efetivamente maravilhoso se víssemos a ação direta da recusa de ajuda. Ficou algo teórico. Uma discussão ética. Assim como àquelas que se passam nas aulas a senhora na Universidade, com o signo, ou não, da hipocrisia. Por trás de tudo...os católicos fizeram poucos pelos judeus. É essa a crítica subjacente. 

Como em toda a série, o filme é mais um passado em um conjunto habitacional comunista. Uma aura pesada em cima. 

Dekalog8.jpg

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1 hour ago, Lopes1974 said:

Sharknado 3

No meio de tanta estupidez encontra-se um filme que entretém bastante!

Quer pior filme? entao assista Attack of the Giant Blurry Finger e tente chegar ao final... eu juro que tentei mas nao consegui e olha que o filme é curto e eu fui empenhado nesse quesito...😲😖

 

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19 hours ago, SergioB. said:

Tô decepcionadasso com todos aqui que não viram ainda "Ataque dos Cães"!!

Cês tão perdendo rude demais!!!!

Eu assisti estes dias com a patroa, Serjao.. só não comentei porque na tua resenha já tava tudo o que precisava ser dito. No entanto, a patroa curtiu mais do que eu, que achei parecido com o noventista  Tomates Verdes Fritos..🍅😁

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393)

Revi "Paranoid Park", lançado e premiado em Cannes 2007, este que na época foi tido como um dos melhores de Gus Van Sant. 

A intenção era apreciar a alternância das lentes de Super-8, digital, e em 35 mm, na Fotografia do australiano Christopher Doyler, fotógrafo do Wong Kar-wai. Mas acabei refletindo sobre a inexpressividade do ator Gabe Nevin. Geralmente odiamos a inexpressividade em um ator. Mas aqui a dele casou perfeitamente com a atmosfera do filme. 

Até mesmo o local de skate, o tal "Paranoid Park", geralmente seria usado por outros diretores como um point para altas discussões entre eles. Mas aqui não. Os jovens nem se falam. Ou trocam só um "coé". É o máximo da conversa adolescente. Sem nada pra dizer, dizendo tudo. Dizendo tudo, pois tudo está acontecendo no corpo. Como a namorada dele, que ele detesta, louca para perder a virgindade e assim ter assunto com as amigas... Ou na cabeça do garoto, sofrendo com a separação e depois com o sentimento de culpa.

 

Paranoid Park - 24 de Outubro de 2007 | Filmow

 

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Amor Sublime Amor é um remake gostosinho do filme original, datado da década de sessenta e que vi somente uma vez, faz muito tempo e recordo que gostei com ressalvas pois nao sou muito chegado em musicais. A trama, letras de musicas, etc é tudo a mesma coisa do anterior e a direcao leve do Spilba fez diferenca nesta nova adaptacao. Visualmente é um deslumbre e muito bem feito, lembrando até uma cópia melhorada do recente Em um Bairro de Nova York. Mas nem tudo sao flores, o filme podia ser mais enxuto, deletando muita enchecao de linguica e ter caprichado melhor os poucos erros do original, como dar mais espaco pra desenvolver melhor a relacao do casal principal. Inclusive quem rouba as cenas sao os coadjuvantes, os lideres das gangues. Enfim, é uma copia do original so que bem mais espetaculoso nas maos do Spilba. É divertido e emocionante sim, mas com uma ou outra ressalva. Pra variar, a patroa curtiu bem mais do que eu.  8.5-10

IPIC Theaters - Movies

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394)

Um filme maravilhoso que caiu no esquecimento dos cinéfilos? "Meu Pai, um Estranho"/ "I Never Sang for My Father", do diretor Gilbert Cates. Foi o "Meu Pai" dos anos 1970 (ainda que tenha sido gravado em 1969). Um belo roteiro sobre um filho que cuida de seus pais idosos, mas que precisa - por ele mesmo - alçar voo, mudar-se para a Califórnia e engatar uma nova relação amorosa.

No início, nos preparamos para uma coisa melodramática, mas o filme surpreende pelo quanto é realista, ácido, triste, e verdadeiro. Um assunto muito difícil, que ninguém gosta de falar: a necessidade dos filhos "abandonarem" os pais, quando não em termos práticos, mas quando sempre em termos psicológicos. Amei! 

Os atores Estelle Parsons, mas, principalmente, os indicados ao Oscar em 1971, Melvin Douglas e Gene Hackman, arrebentam! Não tem outra palavra. Gene Hackman, em uma feição doce e submissa, está particularmente incrível. A melhor cena, em minha opinião, é entre o personagem dele e o da irmã que discutem muito realisticamente o que fazer com o futuro do pai. Uma conversa tão difícil quanto necessária, que fica impossível não se identificar pelo grau de verdade da cena. Há vários detalhes de composição dos personagens que chamaram muito a minha atenção, como o protagonista estar apaixonado por uma mulher, que, no final do filme, descobrimos ter o mesmo nome da mãe dele.

Muito bem escrito.

I Never Sang for My Father (1970) - Photo Gallery - IMDb

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On 12/11/2021 at 4:44 PM, Jorge Soto said:

Amor Sublime Amor é um remake gostosinho do filme original, datado da década de sessenta e que vi somente uma vez, faz muito tempo e recordo que gostei com ressalvas pois nao sou muito chegado em musicais. A trama, letras de musicas, etc é tudo a mesma coisa do anterior e a direcao leve do Spilba fez diferenca nesta nova adaptacao. Visualmente é um deslumbre e muito bem feito, lembrando até uma cópia melhorada do recente Em um Bairro de Nova York. Mas nem tudo sao flores, o filme podia ser mais enxuto, deletando muita enchecao de linguica e ter caprichado melhor os poucos erros do original, como dar mais espaco pra desenvolver melhor a relacao do casal principal. Inclusive quem rouba as cenas sao os coadjuvantes, os lideres das gangues. Enfim, é uma copia do original so que bem mais espetaculoso nas maos do Spilba. É divertido e emocionante sim, mas com uma ou outra ressalva. Pra variar, a patroa curtiu bem mais do que eu.  8.5-10

 

Diferente de você, perdi as contas de quantas vezes vi o original. Certamente, está entre os meus dez filmes preferidos da vida. Só a cena de "América", com a Rita Moreno, justifica todas aquelas dez estatuetas do Oscar. É fantástico aquele número! Tenho certeza que a Ariana deBose deve ter arrebentado também nesta cena, o que já a catapultaria fácil para o Oscar de Coadjuvante.

Vou ter que ver o filme em inglês, mesmo, pois parece que a tradução das canções para o português ficaram ridículas, e ver dublado nem pensar.... Outro dos meus medos é a fotografia d Kaminski, pois acho que ele "rebusca" demais as cenas, tipo, com pontos de luz no fundo, quando trabalha no colorido.

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395)

Não tenho muito a escrever sobre "Belfast", filme semi-autobiográfico de Kenneth Branagh, e que pode ser o papa-títulos da temporada de prêmios, já que passou no primeiro teste, ao vencer o Prêmio do Público em Toronto - sempre um bom indicador.

É um filme bem-feito. Sem muitos erros. Curto. 98 minutos. Já li por aí que seria o terceiro filme mais curto a vencer o Oscar de Best Picture. É de agrado universal. Mas...Pega um  contexto histórico difícil, áspero, e o infantiliza um pouco. Infantiliza não por que o protagonista seja uma criança, mas por causa do tratamento mesmo. Parece esvaziado de algo.

Falando do protagonista, o menino Jude Hill é um espetáculo, supercarismático. Então a direção usa e abusa de closes no rosto expressivo dele, aliás, dando até relativamente pouco espaço para os adultos. Ciarán Hinds, que vive o avô, também se beneficia do destaque do menino, pois divide com eles cenas deliciosas de conselhos amorosos. Judi Dench pouco tem a fazer no filme. Caitriona Balfe e Jamie Dornan estão muito bem, lindos em preto e branco, mas não lhes indicaria a prêmios. São boas interpretações em papeis meramente funcionais. 

A Fotografia é do cipriota Haris Zambarloukos, que tem seus bons momentos, mas nada de mais. Não há um gradiente interessante nas duas cores, a meu ver. 

É gostosinho de ver. Mas não me diz nada. Vencer Melhor Filme é insano. Ou seja, tem chance.

Kenneth Branagh nega que tenha feito o filme inspirado em "Roma". Acredite quem quiser. 

Belfast - Malverne Cinema & Art Center

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396)

A Sandra Bullock e o Ben Affleck têm dois dos melhores Relações Públicas de Hollywood, tanto que os profissionais tentam de todo jeito emplacar seus nomes na corrida ao Oscar 2022, mesmo com filmes menores, sendo que, por enquanto, só ele conseguiu mais resultados. "Imperdoável" é a tentativa de Bullock, por esse filme da alemã Nora Fingscheidt, que já está em primeiro lugar dos mais vistos na Netflix. Uma história de ex-detenta tentando reconstruir sua vida.

Cada cena é concebida para uma mini explosão de emoção. Tem a cena do preconceito aleatório. Tem a cena do descontrole emocional quebrando o cenário. Tem a cena da tentativa amorosa. Até o título do filme é rotineiro. E assim ele vai, marcando vários clichês do gênero, para ao fim, tentar uma reviravolta - que, notem, também é um clichê - e satisfazer o público.

Meu maior problema com o filme nem foi essa demarcação do já visto. Não gostei da atuação da Sandra. Simples assim. Não senti a tristeza da personagem, só constatei o cenho franzido (até onde o Botox permite) da personagem.

Viola Davis tem um papel menor, mas consegue passar emoção em tudo que faz.

Imperdoável poster - Foto 10 - AdoroCinema

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397)

Pablo Larraín parece desenvolver seu cinema ao redor de uma figura atormentada, seja este um maestro enlouquecido, seja um dançarino assassino, seja um sacerdote perto do pecado máximo, seja uma primeira-dama posta sob a mira, seja uma princesa não amada.

"Spencer" tem o objetivo de transformar uma fábula real em conto de terror psicológico, e acho que consegue isso em vários momentos. Goza portanto de uma intenção salutar, pois no mundo de "The Crown" e outros, penso que a maioria da audiência está em dia com biografias históricas sobre a família real britânica. 

Porém, estava achando estranho a nota baixa do filme, sua pouca indicação a prêmios, e o pouco respaldo de gente que eu admiro, e agora eu sei o por quê. O terceiro ato do filme é PATÉTICO! Não tem outra palavra. São 3 ou 4 cenas que eu fiquei PASMO. Gosto de audácia, mas o filme ultrapassou o limite do crível. Há uma expressão popular em Minas Gerais assim: "Tem uma barra, e você está forçando ela". Falam isso aí nos estados de vocês? Eu ri alto de uma dessas cenas. Ri do ridículo da situação.

Com os últimos 20 minutos indo ladeira abaixo, "Spencer" vem perdendo força na corrida de prêmios em várias categorias as quais poderia ser indicado, como Fotografia, Design, ou até o impecável Figurino.

Kristen Stewart é boa atriz, sim. Mas até a minha percepção do trabalho dela ficou prejudicada pelo desenvolvimento do filme. 

Vestido usado por Kristen Stewart no poster do filme "Spencer" é assinado  pela Chanel e demorou mais de 1.000 horas para ser feito - Revista Glamour  | Moda

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19 hours ago, SergioB. said:

Kristen Stewart é boa atriz, sim. Mas até a minha percepção do trabalho dela ficou prejudicada pelo desenvolvimento do filme. 

Eu achei que ela é a melhor coisa do filme. A cara sem expressividade alguma é igualzinha a da retratada. Pena que o filme nao acompanhe todo esse potencial😂

Bizarrice do dia: Dez pessoas que saem SEMPRE do mesmo jeito em fotos |  VEJA SÃO PAULO

 

Dois é um bacanudo thriller de horror espanhol que bebe da fonte de Jogo Perigoso, Centopéia Humana e Saw, e pelo menos consegue te prender na cadeira até o desfecho. Vai vendo o plot: duas pessoas acordam grudadas cirurgicamente e precisam descobrir que m.. ocorreu com elas!? O filme é bem simples, se passa num único cenário e consegue ser agoniante a cada passo dado pelos infelizes. Ta tudo muito bem arquitetado, principalmente as atuacoes convincentes do casal principal. A duracao enxuta é ponto a favor pra na--o ter enchecao de linguica desnecessária. Os créditos finais sao igualmente de arrepiar. O único porém é a explicacao final, bem meia boca. 8.5-10

Unidos. Pegados. Aterrorizados. Tráiler y cartel de 'Dos' - El Séptimo Arte

 

 

Encounter é um bom thriller road movie que se vende como scy-fy mas de scy-f nao te nada pois isso é apenas sugestivo. Na verdade ta mais pra um mix do noventista Perfect World, do Clint Eastwood, com o recente e bacanudo Bug, do William Friedkin. Road movies onde pai tretado com filho se reconcilia tem de monte, mas aqui a interpretacao do Riz Ahmed e do elenco mirim faz a diferenca. Octavia Espencer aqui desperdicada, tadinha..Na verdade é bem previsível e genérico em sua estrutura, mas ficou faltando mais alguma coisa pra virar top. Ainda assim, dá pra ver sem esperar aquele filmaaao. 8-10 

Encounter poster - Foto 2 - AdoroCinema

 

 

Senior Moment é uma comédia romântica bem agua-com-acúcar que parece ter sido feita com roteiro de Carrosel ou Os Trapalhoes de tao infantil e ingênuo que é. Matinezinha apenas razoavel alavancada pelo carisma e canastrice do eterno Capitao Kirk e o sempre Doctor Emmett Brown, fora alguns coadjuvantes que fazia tempo nao via, oriundos de La Bamba, American Pie, Um Sonho de Liberdade, etc. Entenda-se razoável porque o roteiro é bem frouxo e as tiradas de humor parecem ter sido feitas pra criancas. Nao tem muito o que falar desta producao.. 7-10 

senior_moment-810563695-large.jpg

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398)

Atrasadão para conferir "Free Guy: Assumindo o Controle", novo filme do canadense Shawn Levy, mas finalmente o fiz. Cumpre bem a proposta de ser um leve entretenimento em vez de querer ser "ficção científica". Não tem essa pretensão. Bem como não tem a pretensão de ser drama, pois o maravilhoso "O Show de Truman", sua óbvia inspiração, já a faz. É comédia, pura comédia, e, escalado para ela, Ryan Reynolds. Eu adoro o humor dele. Eu gosto desse humor nonsense, lógico-verbal, dessa bobeira expressada até com doçura...Como sempre, dei risada de muitas falas.

Todavia, tenho a impressão que o roteiro do filme funciona melhor até metade do segundo ato, depois se descontrola.

Agora o grande show fica por conta da equipe de Efeitos Visuais, que provavelmente concorrerá ao Oscar. Será a décima primeira indicação de Daniel Sudick, um dos responsáveis pelos filmes da Marvel, e que nunca ganhou a estatueta. O outro responsável é Bryan Grill, dono de duas indicações na categoria. No ano de "Duna", penso que eles vão esperar mais um ano...

 

Free Guy - Assumindo o Controle ganha novo pôster - Arroba Nerd

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Spider-Man: No Way Home é o espetáculo que todo blockbuster deveria ser: diversão do inicio ao fim! Com uma vibe Ultimato de ponta a ponta é puro fan service pra quem acompanha o Teioso desde sua estreia nas telonas. Emotivo, dramático e envolvente, as mais duas horas e tanto passam voando diante de tanta nostalgia sendo escancarada na tela! É verdade que o excesso de informação e referências as vezes se torna maçante e pode deixar o espectador leigo até meio desnorteado. As "surpresas" praticamente todas foram confirmadas, com exceção de uma ou outra. Ah, destaque disparado pro Dafoe e Molina, que roubam cenas onde aparecem. Longe de ser perfeito tem seus erros aqui e ali (principalmente os cacoetes típicos do MCU) é o longa mais maduro do herói e uma espécie de transição, de deixar o legado Stark pra trás e começar assumir as próprias cagadas com responsabilidade. A melhor referência (pra mim) é aquela das sombras na casa do Estranhoso, onde sobra até pro Kraven e Gata Negra😍. E a cena final é linda (o cinema tremeu dos berros da galera, juro!), carregue seu lenço junto!😭 Resumindo, não é o melhor filme do Aranha mas com certeza é o melhor disparado do Holland. 9-10

Novo pôster de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa confirma visual do Duende  Verde - NerdBunker

 
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399)

Do nada, "Estrada Para Perdição". Acho muito legal o filme não ser sobre a máfia propriamente, mas sobre relacionamento entre pais e filhos. Dito isso, porém, a história nem é tão legal assim... Mas talvez um dia leia a HQ em que foi baseado. 

O melhor sem dúvida é o combo visual: Fotografia (Conrad L. Hall , pelo qual ganhou um Oscar póstumo. Seu terceiro no total. Teria votado em Edward Lachman por "Far From Heaven"); Figurino (Albert Woslky); e Design de Produção (Dennis Gassner. Continuo afirmando que uma estatueta para ele é pouco. Fera demais). 

Nessa revisita, percebi o quanto o filme é silencioso. Não há um morticínio gratuito, explosivo. Nos últimos 15 minutos, inclusive, quase não há falas. É só a bela trilha do Thomas Newman. 

Conclusão: Não é tããão legal, mas é muito bem-feito.

Estrada Para Perdição | Amazon.com.br

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15 hours ago, SergioB. said:

399)

Do nada, "Estrada Para Perdição".

Esse filme quando eu assisti custou a identificar o 007 Daniel Craig pois o cara tava bem diferente do foderoso agente James Bond...magro e raquitico, um chassi de grilo só🤣... essa ai foi uma das primeiras producoes dele fora da Gra Bretanha, que abriu os zoio da industria pra anos depois interpretar o agente com licensa pra matar. Em tempo, a HQ desse filme é bem legal..

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400)

Uma analogia com a música...Quero falar sobre o mal que Elis Regina, Marisa Monte, e Cássia Eller causaram à música brasileira. O mal, entendam bem, suas centenas de filhotes indesejados. Há uma garota em minha cidade, por exemplo, que canta todo o repertório da Elis...exatamente como a Elis faria... vestindo-se exatamente com aquele look 1970`s...e todo mundo acha o máximo! "Ôôô Madalena!" Não tenho paciência! São dezenas de imitadores de vozes, Brasil a fora. Por quê? Em certa fase da vida, é preciso queimar os ídolos, se não você não sai da sombra. 

No cinema existe outra descendência maldita, a que bebe em Fellini. "The Hand of God"/ "A Mão de Deus" é o candidado da Itália ao Oscar, dirigido por Paolo Sorrentino. Um filme autobiográfico, que costura memórias e intimidades, dores e alegrias, da juventude dele em Nápoles, na época em que o jogador Diego Armando Maradona foi jogar no time local. O craque argentino acabou se tornando o máximo ídolo do diretor, a quem, eu me lembro, ele agradeceu no palco do Oscar, ao receber a estatueta por "A Grande Beleza".

Tudo é muito pessoal, mas faltou uma "ponte" com o espectador. Algo que tenha um significado transcendente, para além da confissão. A primeira parte é comédia; FORÇADA e sem graça, aquele jeito de encarar as pessoas como cartuns. A segunda parte tem tintas mais dramáticas. E uma cena patética, de enorme mal gosto. A rivalizar com "Spencer" qual tem a pior cena do ano. 

Mas o maior defeito pra mim é querer ser Fellini. Eu comprei a ideia do cinema de Sorrentino há alguns anos, mas já me cansei dela. Amo alguns filmes de Fellini; como "Amarcord" ou"Satyricon"; mas ele nunca foi meu diretor italiano preferido. Não teria por que eu gostar das cópias. Dito isso, tecnicamente, reconheço, o filme é muito bem-feito.

Lost In Film on Twitter: "A new poster for Paolo Sorrentino's long-awaited 'The  Hand of God'. https://t.co/HpBUIhCLaS" / Twitter

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Num determinado momento deste ano eu fiz uma maratona dos filmes de Kelly Reichardt. Faltava ver seu último, "First Cow".

Os filmes de Kelly Reichardt não precisam ser grandiosos para serem imensos. É um cinema de detalhe e introspectivo.
Esta simplicidade também é atrelada a sua capacidade de questionar e criticar o capitalismo norte-americana sem precisar de alto-falantes ou bandeiras. 

PS: gostei que o docinho que Cookie prepara é uma versão do nosso bolinho-de-chuva
 

0372833.jpg

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Meu comentário, @Muviola:

 

"

Muito possivelmente, o melhor filme do ano!!!!

Desde Berlim, "First Cow" tem ganhado elogios entusiasmados mundo afora. Fui conferir a crítica do Pablo e ele chamou de "obra-prima". Este novo filme de Kelly Reichardt (assinando também roteiro e montagem) continua em seu estilo minimalista, de poucas palavras, lento, mas tem uma história muito melhor do que os outros filmes dela, na minha opinião, muito mais interessante, ainda que seja um fiapo de história: a amizade entre dois homens, que roubam leite, da primeira vaca trazida à região, para fazer e vender bolinhos na feira, no Oregon de 1820. O filme, no entanto, não começa naquela época de colonização. Começa 200 anos depois. E, de cara, saberemos o destino deles.

Os dois atores protagonistas, John Magaro e Orion Lee, estão muito ternos e cativantes. No meio da brutalidade dos coletores de pele, no meio da brutalidade existencial dos primeiros habitantes da região, eles se destacam pelo contrário: falam manso, agem delicadamente, se tratam bem, o que ganha o público de cara; embora, na rigidez da palavra, eles possam ser enquadrados efetivamente como dois ladrões.

A mim me pareceu um filme bastante político, que discute "como se ganha dinheiro". Os dois protagonistas roubam o leite para produzir, para criarem algo novo, visando a construirem futuramente um sonho. Completamente diferente dos outros homens locais, esses sim, efetivamente violentos, que enriquecem diretamente da "matéria-prima": estupram a terra, matam os animais, cortam as árvores, subjugam os índios num capitalismo de exploração. Os protagonistas não; eles sabem fazer alguma coisa. Só não têm os meios básicos para começar. 

Fotografia esplêndida, e desenvolvida em razão de aspecto de 1:31, da chamada "janela clássica", como uma foto antiga. Um design excelente, que reproduz não só um vilarejo de caçadores, mas também o interior das choupanas, e os precários instrumentos de uma cozinha rústica (adorei ver o "fouet").

Vai ganhar todos os prêmios Indie, se se lembrarem desse filme, lançado tão precocemente.

Um adendo: O título me remete não só à primeira vaca que chega à região, mas também o "First" pronome de tratamento, como Primeiro-ministro, Primeira-dama, etc, pois é comentado que a vaca do filme tem uma linhagem "nobre". A qual o chinês diz valer mais do que ele.

Amei."

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