Members Jorge Soto Posted November 3, 2021 Members Report Share Posted November 3, 2021 Last Night of Soho é um simpático thriller psicológico que é um deslumbre visualmente falando, e se apoia muito no carisma e talento de sobra de suas duas protagonistas principais, o que é ponto positivo. Bebendo da fonte do Hitchcook, do giallo de Argento e principalmente da psicodelia do Lynch (Cidade dos Sonhos!!) o diretor constroi uma boa película de mistério, que pode confundir pelo excesso de informacao. E certas paragens até da pra lembrar De Volta pro Futuro.. Mas o filme parece derrapar de leve no terceiro ato, onde se apressa (e coloca rápido nisso!) em amarrar pontas deixadas. Ainda assim vale a bizoiada, principalmente pela gostosa trilha sonora sessentista e linda sequencia de danca, onde as duas protagonistas se intercalam com o Matt Smith. Ah, e na performance da baladinha Downtown. É daqueles filmes que quanto menos se souber, melhor...que foi meu caso. 8,5-10 O Ultimo Duelo é um razoável filme histórico onde tenta enfiar discurso progressista lacrador a forca. Sao três olhares sobre o mesmo assunto que envolvem misoginia, violencia contra mulher, etc. Lembrou de Rashomon? Pois é! Muito bem feito, é aula de historia pra quem curte este tipo de filme, mas embora tenha boas atuacoes do seu elenco estelar a producao peca por certo desequilibrio narrativo e até na montagem. Sei la, Ridley Scott ultimamente ta no automático e depende muito da montage pro seu cinema vingar. Mas eu acho muito pretensioso ao tentar fazer analogias dos excessos medievais com os atuais, ainda mais nesta época mimimi onde qualquer coisa dói a alguem. É bom, mas poderia ser melhor sem enfiar sermao goela abaixo. Outra, sua duracao é excessiva sem necessidade. 8-10 SergioB. 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 3, 2021 Members Report Share Posted November 3, 2021 348) Bom, chegou a hora do defenestrado "Em Carne Viva", de 2003, filme da Jane Campion que ganhou mais a atenção por ter a outrora namoradinha da América, Meg Ryan, num papel muito sexy e com vários nudes. Aliás, não só ela, mas como é tradição em seus filmes, seu par amoroso - Com Mark Ruffalo mostrando por quer foi escolhido para ser o Hulk. É um filme Policial, com direito a serial Killer, mas a questão dos assassinatos é posta de lado, para mostrar mais um enfoque amoroso conturbado entre policial e vítima/testemunha. Então, quem espera algo tradicional do gênero, se decepciona muito, pois o mistério sobre a identidade do assassino é muito fácil de ser percebido. Tudo é extremamente previsível. No que interessa a essa minha maratona, fiquei mais uma vez atento às similitudes de seu cinema. Por exemplo, Meg Ryan e Jennifer Jason Leigh vivem "irmãs" (na verdade, meias-irmãs), sendo a segunda uma mulher com alguma problemática mental e muita disposição sexual (Como no filme de ontem, "Sweetie"). A protagonista, por sua vez, é uma mulher instrospectiva, e que sofrerá alguns tipos de abuso masculino, como em "O Piano", e "Fogo Sagrado!". Sempre essa questão das cumplicidades entre irmãs...Fui checar, e "The Power of the Dog" também é uma história de irmãos (agora homens). A direção é boa, para uma história muito rasa. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 3, 2021 Members Report Share Posted November 3, 2021 349) Mais uma curta-metragem de Jane Campion, do início de sua carreira, "After Hours", de 1985, é um excelente curta, muito à frente de seu tempo, que trata do abuso sexual ( usava-se falar mais "assédio") no ambiente de trabalho. Uma jovem "secretária" ou estagiária - fiquei na dúvida quanto ao cargo - é assediada pelo seu chefe no escritório (que insiste que ela faça horas extras à noite) não se faz de rogada, e procura ajuda da detetive de polícia, mas vê-se desacreditada no geral. A detetive não consegue reunir muitas evidências, pois os amigos da vítima a consideram uma jovem com mente fantasiosa, a mãe não gosta de suas roupas curtas, o namorado não se compadece dela, suas colegas de trabalho acham que o patrão é inocente, pois tem uma vida familiar exemplar, como foto de cachorro e da família emoldurada no escritório... O filme não é uma "causa". Suas cenas são muito bem construídas, e seu conteúdo é passado de forma delicada e sutil. Mesmo que a genda feminista grite. A sanidade mental e a credibilidade da vítima são postas em suspensão nesses casos. Em 1999, o notório Harvey Weinstein iria ser o Produtor Executivo de "Fogo Sagrado!". O mundo não dá voltas, dá cambalhotas. 26 minutos. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 3, 2021 Members Report Share Posted November 3, 2021 350) Outro curta-metragem, de 2006, "The Water Diary", que por sua vez compôs o filme "8", de 2008, um filme de múltiplos diretores selecionados para discutir temas a respeito do futuro da Terra. A preocupação de Jane Campion é a falta d`água, a falta de chuvas, em virtude do aquecimento global. Passa-se no deserto da Austrália, em uma uma comunidade rural (assim, como em outros filmes da diretora), cuja barragem secou. Não há gramíneas, e os cavalos de estimação precisam ser sacrificados. Protagonizam duas meninas, em vez de "irmãs", primas, que, com seus amigos, tentarão fazer um ritual para convocar nuvens de chuva para a região. Um ritual que precisará das lágrimas das crianças. Pela minha má descrição parece propaganda, mas é um filme muito evocativo, bastante cinematográfico, e nada didático. É estrelado pela filha da diretora, a atriz Alice Englert. 18 minutos. Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 4, 2021 Members Report Share Posted November 4, 2021 On 10/29/2021 at 7:06 PM, SergioB. said: 341) Alguns dos meus melhores amigos têm Duna aí Serjao... foi assistir na telona ou foi na telinha mesmo? quem sabe me anime a rever na telona pra ver se minha nota melhora... mas o preco do cinema é fator a se considerar...😂 Slumber Party Massacre foi u filme que assisti unicamente porque era curtinho (80min) e me surpreendeu... é muito divertido!🤣 Se o original (que fez uma trilogia nos anos 80) era um escracho feminista ao slasher, este remake aqui nao deixa por menos mas que deve ser encarado como paródia mesmo! Aqui a diretora sexualiza os homens e nao as mulheres, como é praxe neste subgênero, entao prepare-se pra muita bunda masculina e closes de músculos.. Ja na primeira meia hora tem uma reviravolta que dá um frescor ao filme original, e nos finalmentes tem outra que se avista de longe mas nao prejudica o todo. As atuacoes e aparato tecnico sao aquilo que se espera do Syfy, o gore corre solto e a lacracao oitentista do original é repaginada aos tempos atuais de forma bem divertida. Olha, curti bastante as sabendo de suas limitacoes de filme on demand. O duelo da broca com a guitarra é hilário..😂 8-10 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 4, 2021 Members Report Share Posted November 4, 2021 5 hours ago, Jorge Soto said: aí Serjao... foi assistir na telona ou foi na telinha mesmo? quem sabe me anime a rever na telona pra ver se minha nota melhora... mas o preco do cinema é fator a se considerar...😂 Telinha, mas numa cópia excelente. Só tinha dublado na telona. Estou sentindo uma coisa muito ruim, nessa fase da pandemia, que, apesar de vacinado, de ter meus pais vacinados com terceira dose, de não ter - ainda bem! - perdido ninguém, de ser o único ao meu redor a não ter ficado doente...Não sinto vontade de ir a um shopping. Não sinto vontade de ir a um restaurante. Nem mesmo de retornar ao cinema! Cria que, nessa fase da pandemia, eu estaria louco para retomar o antigo nomal, mas não. Não tenho mais vontade de frequentar nada. É tipo uma cautela mórbida, que se introjetou. Será só eu? Jorge Soto 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 4, 2021 Members Report Share Posted November 4, 2021 351) "Retratos de uma Mulher", de 1996, era o aguardado filme pós "O Piano" de Jane Campion, arregimentando um grande elenco, e com grande investimento. Mas foi uma decepção geral. Eu lembro de ter esse filme em VHS, de coleção de banca de revista, e acho que o vi quando adolescente, mas não tenho certeza. Como esperado de uma adaptação de um classico de Henry James, temos um filme de Época. Porém, a melhor coisa do filme é ele começar com imagens em preto e branco de várias jovens nos anos 1990, com roupas contemporâneas, em um jardim, perto de uma árvore. Essa abertura, para mim, é o melhor do filme! São as mulheres - várias, unidas - olhando para a tela, para o passado, para a personagem solitária de Nicole Kidman. É dizer, as jovens pós-contempôraneas saudando/reverenciando/olhando para a personagem que, conforme sinopose, é inteligente, liberal, corajosa, e que recusará o casamento de interesse para viver um tempo na Europa. Infelizmente, tenho que dizer que a trama envelheceu mal. Pois na verdade a protagonista não se mostra nem muito inteligente, nem muito liberal, nem muito corajosa, aos olhos de hoje. Não dá pra entender as decisões dela! Chegou a me dar raiva! Ela, na verdade, caiará em uma cilada romântica, orquestrada pelo personagem de John Malkovicth. Ele se tornará seu marido infiel, usufuirá de suas posses, e a tratará com violência psicológica, de traço abusivo. Nos filmes da Jane, acontecem de as mulheres serem vítimas de um amor masculino abusivo. Menos em "Sweetie", na verdade. Porém se as cineastas de hoje fariam um filme sublinhando essa característica, nos filmes da Jame não soa como vitimismo fácil. Há mais sutileza e elegância. Há de se ressaltar também outro aspecto que venho reparando...Em todos os filmes dela que vi nesta semana, há um corte para um plano de "sonho", ou "lembrança", ou de "visão", algo que escapa à maquinaria racional e cronológica do roteiro. Aqui, é, como dito, o voo ao futuro para as mulheres do presente. Indicação ao Oscar de Coadjuvante para Barbara Hershey, e de Figurino para Janet Patterson - ela, que morreu cedo, sem ser premiada. Naquela cerimônia de 1997, acho que nenhuma das duas mereceriam a estatueta por este trabalho. Mas gostei da trilha sonora do polonês Wojciech Kilar , compositor de "O Pianista" e "O Show de Truman". Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 4, 2021 Members Report Share Posted November 4, 2021 Eternos foi um filme que assisti mesmo com todo hype negativo no cinema e pasmem.... gostei bastante! Na boa, não consigo entender todos esses reviews negativos que tão bombando por aí! De jeito nenhum esse filme ta entre os piores do MCU e não acho que fui só eu que me senti assim, na sala de cinema eu senti que as pessoas gostaram bastante também, até bateram palmas 2 vezes. Diferente do que dizem, não senti o filme arrastado, muito pelo contrario, em nenhum momento perdi o interesse pela trama e fiquei grudado à telona. No geral curti os personagens, achei as motivações deles muito bem construídas e as relações entre eles otimas. Visualmente é muito bonito mas a trilha sonora não é muito marcante. Tem bem mais ação do que eu esperava, muito bem distribuída durante o filme e ainda tem bastante humor, mas em quantidades menores. E ai que ta, acho que esse filme não se presta pra ter o “humorzinho Marvel” pois quebra o tesao que se constrói ate então. As cenas de ação são boas, mas nada de outro mundo que chegue a ser super memorável, uma vez que o ponto alto ta na relação dos personagens. Outro ponto negativo que é recorrente no MCU: os vilões, genéricos demais! Tem até uma cena de sexo normalissima, nao dura nem 15seg, que a galera ta causando sei la porque.. Resumindo: é um filme Marvel diferente e so por isso vale a pena. Não é aquele lixo que tão falando.. longe disso! É claramente um filme da Marvel, mas quem é safo reconhece o estilo da diretora aqui e ali.. 8.5-10 PS: assisti no cinema apenas com convite promocional na faixa de uma amiga que trampa com promocao e marketing de distribuidoras e nao pode utilizar o mesmo🤣. SergioB., Big One and Gust84 3 Quote Link to comment
Members Gust84 Posted November 5, 2021 Members Report Share Posted November 5, 2021 5 hours ago, SergioB. said: Cria que, nessa fase da pandemia, eu estaria louco para retomar o antigo nomal, mas não. Não tenho mais vontade de frequentar nada. É tipo uma cautela mórbida, que se introjetou. Será só eu? Minha esposa está exatamente assim. SergioB. and Jorge Soto 2 Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 5, 2021 Members Report Share Posted November 5, 2021 17 hours ago, SergioB. said: Estou sentindo uma coisa muito ruim, nessa fase da pandemia, que, apesar de vacinado, de ter meus pais vacinados com terceira dose, de não ter - ainda bem! - perdido ninguém, de ser o único ao meu redor a não ter ficado doente...Não sinto vontade de ir a um shopping. Não sinto vontade de ir a um restaurante. Nem mesmo de retornar ao cinema! Cria que, nessa fase da pandemia, eu estaria louco para retomar o antigo nomal, mas não. Não tenho mais vontade de frequentar nada. É tipo uma cautela mórbida, que se introjetou. Será só eu? Cara, acho que tava mais ou menos assim so ate final do ano passado. Em janeiro já comecei a voltar aos poucos pros bares e a passear mais pela cidade, shopping, eventos, etc... até porque nunca deixei de pegar transporte público, lotado inclusive. Não dá pra se anular por completo no dia-dia, e agora com a tao esperada vacinação avançando pode se dizer que já tá tudo "normal" pra mim. Só não vou com mais frequência pro cinema por causa do valor abusivo do ingresso mesmo. Porra, com trinta reais tomo não sei quantos chopes acompanhado duma sagrada e generosa porção de calabresa no boteco aqui do bairro.. Na boa, se eu fiz um mês de confinamento desde inicio desse trem ja foi muito! 😂 Ficar em casa ninguem merece! 🤬 Big One 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 5, 2021 Members Report Share Posted November 5, 2021 15 hours ago, Jorge Soto said: Cara, acho que tava mais ou menos assim so ate final do ano passado. Em janeiro já comecei a voltar aos poucos pros bares e a passear mais pela cidade, shopping, eventos, etc... até porque nunca deixei de pegar transporte público, lotado inclusive. Não dá pra se anular por completo no dia-dia, e agora com a tao esperada vacinação avançando pode se dizer que já tá tudo "normal" pra mim. Só não vou com mais frequência pro cinema por causa do valor abusivo do ingresso mesmo. Porra, com trinta reais tomo não sei quantos chopes acompanhado duma sagrada e generosa porção de calabresa no boteco aqui do bairro.. Na boa, se eu fiz um mês de confinamento desde inicio desse trem ja foi muito! 😂 Ficar em casa ninguem merece! 🤬 Você falou em anular-se e é isso que estou fazendo mesmo. Até pensei estar com depressão, mas é mais uma cautela neurótica própria desse hábito forçado. Que passe rápido! Jorge Soto 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 5, 2021 Members Report Share Posted November 5, 2021 352) É pena, mas não encontrei dois dos curta-metragens de Jane Campion, feitos entre 1984 e 1985, então revi o lindo "Bright Star"/ "O Brilho de uma Paixão", de 2009, e foi muito bom vê-lo com a filmografia dela toda na cabeça, já que se trata do último longa dela. Conta a breve história de amor entre o poeta inglês John Keats - um ícone do Romantismo - e sua vizinha, antes de ele morrer de tuberculose. Em quase todos os filmes dela, os homens abusam das mulheres. Mas aqui o sofrimento da protagonista aparece em outro diapasão: involuntariamente. É que, como todos sabemos, "love hurts", baby! O filme é competente para sair da simples história de amor para algo maior, ilustrar como o Movimento Romântico se aproveitou da oportunidade histórica em que os movimentos do coração puderam ganhar importância, para se incorporarem definitivamente na Literatura, e outras artes, como um estilo. A jovem, vivida com graça por Abbie Cornish, era também nitidamente mais forte do que o poeta. Mais forte fisicamente, mas também mais determinada, confiante, direta. É ela quem toma a iniciativa amorosa, quem o procura. O que mostra mais uma vez um traço do feminismo de Campion, mas, como assinalei, com sutileza, com elegância, não é nada sublinhado, lacrador. A Fotografia é lindíssima, superromântica, de autoria do australiano Greig Fraser, que ganhará o Oscar por "Duna". Não dá pra acreditar como esse filme tão delicado foi esnobado em 2009, a troco de "Precious", "A Última Estação", e outros filmes vulgares. Sua única indicação a prêmios e ao Oscar foi para o lindo Figurino de Janet Patterson, que consegue lentamento mudar o estilo da protagonista, uma estudante de moda, tornando-a mais simples em suas vestes, ao se apaixonar pelo pobre poeta. É trabalho de quem sabe das coisas: Imitamos quem amamos. Então é isso, tendo visto tudo o que é disponível, meu ranking Jane Campion fica assim: 1) "O Piano"; 2) "Um Anjo em Minha Mesa"; 3) "Bright Star"; 4) "2 Friends"; 5) "Retratos de uma Mulher" Muviola 1 Quote Link to comment
Members Muviola Posted November 6, 2021 Members Report Share Posted November 6, 2021 4 hours ago, SergioB. said: 352) É pena, mas não encontrei dois dos curta-metragens de Jane Campion, feitos entre 1984 e 1985, então revi o lindo "Bright Star"/ "O Brilho de uma Paixão", de 2009, e foi muito bom vê-lo com a filmografia dela toda na cabeça, já que se trata do último longa dela. Conta a breve história de amor entre o poeta inglês John Keats - um ícone do Romantismo - e sua vizinha, antes de ele morrer de tuberculose. Em quase todos os filmes dela, os homens abusam das mulheres. Mas aqui o sofrimento da protagonista aparece em outro diapasão: involuntariamente. É que, como todos sabemos, "love hurts", baby! O filme é competente para sair da simples história de amor para algo maior, ilustrar como o Movimento Romântico se aproveitou da oportunidade histórica em que os movimentos do coração puderam ganhar importância, para se incorporarem definitivamente na Literatura, e outras artes, como um estilo. A jovem, vivida com graça por Abbie Cornish, era também nitidamente mais forte do que o poeta. Mais forte fisicamente, mas também mais determinada, confiante, direta. É ela quem toma a iniciativa amorosa, quem o procura. O que mostra mais uma vez um traço do feminismo de Campion, mas, como assinalei, com sutileza, com elegância, não é nada sublinhado, lacrador. A Fotografia é lindíssima, superromântica, de autoria do australiano Greig Fraser, que ganhará o Oscar por "Duna". Não dá pra acreditar como esse filme tão delicado foi esnobado em 2009, a troco de "Precious", "A Última Estação", e outros filmes vulgares. Sua única indicação a prêmios e ao Oscar foi para o lindo Figurino de Janet Patterson, que consegue lentamento mudar o estilo da protagonista, uma estudante de moda, tornando-a mais simples em suas vestes, ao se apaixonar pelo pobre poeta. É trabalho de quem sabe das coisas: Imitamos quem amamos. Então é isso, tendo visto tudo o que é disponível, meu ranking Jane Campion fica assim: 1) "O Piano"; 2) "Um Anjo em Minha Mesa"; 3) "Bright Star"; 4) "2 Friends"; 5) "Retratos de uma Mulher" Eu achei que a Abbie Cornish fosse se tornar alguém que frequentemente apareceria em filmes deste quilate, mas ela sumiu SergioB. 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 6, 2021 Members Report Share Posted November 6, 2021 353) A religião é uma forma de política que não se pode criticar. Por isso, vou ter que limitar tudo o que eu penso, com todos os nomes, a respeito dos personagens desse filme, e seus equivalentes, em todos os quadrantes do globo; bem como sobre os seguidores de todas as crenças. Mas sempre rola um agradecimento meu, internamente, aos Pais da Descrença: Darwin, Nietzsche, e Freud. Obrigado, obrigado, obrigado! Gostei de "Os Olhos de Tammy Faye", filme do diretor Michael Showalter. Uma biografia, com todos os problemas do gênero - tipo, aquela vontade de ir à infância, à adolescência...etc. Mas mesmo assim um filme muito bem produzido, com muito carisma, e com performances excelentes, de Andrew Garfield, e principalmente, uma performance incrível da Jessica Chastain. A cena final dela é espetacular, a vemos tomada pela personagem mesmo. Ela vai ao Oscar, com certeza, mesmo com o insucesso de bilheteria do filme. Outro que vai ao Oscar de novo é o papa da Maquiagem, talvez o maior de todos, Greg Cannom, já vencedor de 4 estatuetas. Como valor de direção, gostei muito do paralelo entre os olhos excêntricos da protagonista, com seus hipercílios, e os monitores das tvs. Acusam o filme de tentar poupar demais a protagonista, ou simplificar a história, mas se até a Justiça americana a poupou...Talvez ela tenha sido protegida, realmente, pela sua cegueira interna. Quote Link to comment
Members Muviola Posted November 6, 2021 Members Report Share Posted November 6, 2021 Parte da prolífica parceria entre Lina Wertmuller e Giancarlo Gianini, "Mimi Metalúrgico" é um filme que me surpreendeu. Digo surpresa porque confesso que não sou familiarizado com esta filmografia, portanto não esperava o tom satírico e jocoso quando li a sinopse. Mimi é um operário na Sicília que durante eleição local resolve votar no candidato do Partido Comunista em detrimento do candidato da Máfia. Ele é descoberto e resolve fugir para Turim. No entanto, ele também não escapa aos olhos dos capos no norte. Ele deixou sua mulher para trás e em Turim se apaixona por uma ativista meio trotskista, meio perdida e virgem. Esta sequência muito poderia ser parte de um drama, mas a condução é feita de maneira cômica, talvez porque a linha entre a comédia e a tragédia é genuinamente tênue. Inclusive, Gianini tem feições que me lembram muito o Carlitos de Chaplin, aquela cara meio cão-sem-dono, mas aqui sendo vivido pelo típico macho italiano. Algumas ideias e sequências são muito boas, como a maneira de marcar como são as mesmas pessoas que controlam a política, a polícia e a religião; a troca de gestos entre os dois enamorados em Turim no meio da rua; e a briga no sul, em que fica claro que não há convicções políticas ou morais quando se ganha um par de chifres. SergioB. 1 Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 7, 2021 Members Report Share Posted November 7, 2021 Finch é só mais um filme do Tom Hanks na sua tradicional zona de conforto, que parece uma versao apocalíptica de Naufrago (com elementos de Perdido em Marte), sem tirar nem pôr. tanto que aqui tem um "Wilson" cibernético. É legalzinho e bem redondinho, com producao impecável e bem previsível. Mas certamente que diante da atuacao no automático do Hanks quem se destaca mesmo é o robô, interpretado na captura de movimentos pelo Caleb Jones (o ruivo Banshee dos X-Men). Tem até um caozinho simpático que o filme poderia ter sido feito pela Disney e nao a Apple. É filme água com acucar que cumpre o que propoe, mas poderia ousar mais. Destaque pra trilha sonora top! Ainda sonho em ver o Tom Hanks interpretar um vilao, mas sei nao... 8-10 Antlers é um bacanudo terror gótico realista que muitos vao detestar por achá-lo um thriller psicologico mais cabeca porque no fundo tudo o que vemos uma boa alegoria sobre abuso infantil. Visualmente é lindo (Del Toro na producao) e as atuacoes estao ok, destaque pra sumida Keri Russel e principalmente pro pirralho, que leva filme nas costas. Quem espera terrorzao convencional pode tirar cavalinho da chuva pois aqui a coisa é mais séria e refinada. Os elementos de Guilhermo Del Toro tao tudo la, floresta gótica, seres antropomórficos, etc..tudo pra passar sermao sutil pra galera. O desfecho é bem agil, dinamico e legal, dando um gancho pra eventual sequencia...que espero que saia do papel. 8.5-10 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 7, 2021 Members Report Share Posted November 7, 2021 354) "N`aum vou nem falar nada!!" Que filme lindo do Sean Baker!! Estou encantado com esse "Starlet"/"Uma Estranha Amizade", de 2012. Um roteiro que a toda hora se desvia do padrão, do esperado, para nos entregar um filme muito comovente e inteligente, sobre um laço de amizade entre dois universos antagônicos. Um conto moral mas à la Sean Baker, com muita vida de rua, muita pureza no "impuro", câmera na mão, e Fotografia captando a beleza do subúrbio. A sinopse do filme fala em amizade entre uma jovem de 21 anos e uma senhora de 85 anos. Sim, mas nunca ninguém vai imaginar que dentro do filme há uma enorme cena de sexo explícito, com direito a foco na penetração. Mas é assim. Incrível! O filme nos desconcerta o tempo todo. Quando achamos que o conflito será "x", ele se desvia para algo muito mais importante, e menos óbvio. Amei! A Atriz jovem Dree Hemingway, bisneta do famoso escritor, é um sol na tela. Uma atuação sensacional, ao lado da idosa Besedka Johnson, em seu primeiro filme, e que morreria no ano posterior...Esse detalhe da morte da atriz torna tudo ainda mais especial. As duas são um show na tela, acompanhadas de um cachorrinho fofo, com nome de fêmea, "Starlet". Um dos finais mais lindos que vi recentemente. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 8, 2021 Members Report Share Posted November 8, 2021 355) Terminei de ler a estupenda novela de Tolstói "A Sonata a Kreutzer" e fui correndo ver a adaptação de Éric Rohmer, de 1956, em forma de média-metragem, 16mm, com o próprio diretor como protagonista, e um elenco com participação de Claude Chabrol, André Bazin, Godard, e Truffaut. Melhor falar em "inspiração" do que adaptação. Porque o média-metragem tem muito pouco a ver com o livro. Compartilham do tema, o ciúme de um marido, e a música de Beethovem como pano de fundo. Mas é só isso, basicamente. Do cenário da Russa czarista, muda-se para uma Paris chuvosa de meados do século XX. O nobre enciumado agora é um arquiteto. No texto de Tolstói, o marido narra sua história pessoal para um conhecido em uma viagem de trem. Aqui, há apenas um voice-over. E, ademais, todo o texto é diferente. Não é Tolstói. Em conclusão, quem vê o filme não sabe direito o que é o livro. São diferentes. Tirando isso, é curioso ver Rohmer, jovem, à frente da câmera. Não era um galã; longe disso. Uma carona... Como curiosidade, gostaria de saber se Machado de Assis leu o texto russo, antes de escrever seu "Dom Casmurro". "A Sonata..." é de 1891; "Dom Casmurro" de 1899. Ambos sobre a ambiguidade de um marido ciumento. Dois Bentinhos, duas Capitu. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 8, 2021 Members Report Share Posted November 8, 2021 356) Vi "O Jarro", de Ebrahim Forouzesh, na adolescência, surfando naquela onda do cinema do país naquela década, mas não me lembrava de nada. Um filme sobre um jarro d`água quebrado. Apenas isso. E uma discussão moral envolvente em torno dele. Estamos no deserto de Lut, mais conhecido como a região mais quente da Terra, e no meio dele, uma escola miserável, mas com um professor dedicado. O jarro de água (o nosso bebedouro!) da escola racha, e o professor precisa consertá-lo com a ajuda da criançada e da comunidade. Qualquer pessoa que estude Sociologia da Educação precisa ver esse filme. Fala, sem saber, sobre comunidade escolar, sobre recursos físicos na escola, sobre os limites éticos do professor, sobre dedicação dos docentes, sobre abandono estatal... Bonito demais. Mas não tem o sentido de cinema, aquela racionalização sobre o ver, das outras grandes obras do período. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 9, 2021 Members Report Share Posted November 9, 2021 357) Na madruga, vi a produção da Netflix "Vingança & Castigo"/"The Harder They Fall", primeiro filme importante do britânico Jeymes Samuel. Um pós-Western, de 91 milhões de dólares. Pós, por que os signos do gênero são reatualizados, modernizados, para atingir o novo público que não cai muito de amores pela história da conquista do Oeste. Os figurinos e os sets são mais coloridos, mais excêntricos; há mais humor e diversidade. O Pop recai sobre o gênero. O filme cumpre o que promete, ajudado pelo elenco formidável, majoritariamente de negros, e que acredito tem muita chance de chegar ao SAG, e menos de chegar no Oscar. Fica difícil apontar uma melhor atuação, mas iria - por todos - com LaKeith Stanfield, dizendo suas falas de modo muito cômico, ao ironizar os diálogos e clichês dos velhos caubóis. O filme começa com 20 minutos excelentes, e os minutos finais também são ótimos. Mas o meio...Confesso que fui me cansando de tanto que ele emula Tarantino. Tudo bem ser "influencidado", mas chega a ponto de ser uma cópia do estilo. Aquele contra-plongée clássico de "Bastardos Inglórios", por exemplo, é repetido, na cara dura. Bem como certos planos-detalhe irônicos, tipo a mastigação de alguém, um objeto x... A Fotografia é o melhor aspecto técnico do filme, de assinatura do romeno Mihai Malaimare Jr. (De "O Mestre"). Não curti o CGI, entretanto. A ótima canção introdutória, "Guns Go Bang", acho que é do Jay-Z, está entre as possíveis candidatas ao Oscar. É um encontro divertido entre o Pop e o Western. Mas faltou uma cara própria. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 10, 2021 Members Report Share Posted November 10, 2021 358) Vi o carismático documentário "Daguerreótipos", de 1975, de Agnès Varda. A diretora belga, radicada em Paris, filma o cotidiano de sua vizinhança; a rua Daguerre, onde morava, no 14º arrondissement. A região não é tão abarrotada de turistas, tem muita cor local, e, naquela época, a diretora pôde se dedicar a filmar a "vida comum", de pessoas comuns. Filmou o padeiro, o encanador, o açougueiro, um mágico, o alfaiate, um boticário... Sou fascinado por qualquer filme sobre o mundo do trabalho. Então os primeiros 25 minutos, mostrando simplesmente as pessoas trabalharem, me encheram os olhos. Tanta coisa apareceu em minha mente, "encheu o meu cérebro" (meu critério amoroso)...Virou lugar comum elogiarmos as pequenas empresas (como as mostradas no doc), ressaltar-se que elas são as maiores empregadores de nosso Brasil...É verdade, mas é um sinal de economia fraca, um dos sinais de por que somos pobres! É dizer, cem pequenos comércios de bairro não conseguem gerar capital equivalente na roda da economia ao montante de uma grande empresa, bem como estão mais sujeitas à quebra. Um comentário muito antipático de se fazer, mas é a verdade antidemagógica. Criamos muitas leis tributárias para favorecer a criação das pequenas empresas, mas, no entanto, impedimos tributariamente que elas cresçam. Não lhes é nem vantajoso o sucesso. Que circo econômico vivemos! Neste doc, constatamos a vida do pequeno comerciante francês, e, de quebra, o registro do cotidiano parisiense, os hábitos locais: as pessoas comprando a baguette e levando-a na mão, sem nem uma sacola; o velho boticário despejando a colônia diretamente no frasco para uma delicada cliente (Eu, que tenho uma coleção enorme de perfumes, fiquei contente de ver a naturalidade do hábito...), que me fez ratificar minha crença particular de como o perfume é o exagero do amor. Porém, da metade para o final, o doc se desvia um pouco dessa tônica do mundo do trabalho, e vira um pouco mais de coletiva biografia. Colhe os testemunhos de como os casais empreendedores se conheceram, e quais são os sonhos deles...É muito bom, mas queria que tivesse continuado impessoal. Rue Daguerre. Vale dizer, uma homenagem ao francês criador do antigo mecanismo fotográfico. Um primitivo criador do cinema, portanto. Lindo demais! Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 11, 2021 Members Report Share Posted November 11, 2021 The Deep House é um thriller de terror francês bastante razoável mas eu esperava mesmo bem mais dos diretores que trouxeram o ótimo A Invasora. Fora iso, o longa é um filme de casa assombrada genérico cujo único diferencial é que se passa embaixo dágua e bebe da fonte do found footage, câmeras em primeira pessoa, etc! Só isso... Sim, é competente nesse quesito e o fato de ser sob a água consegue texturas e alguns momentos originais, mas nada além disso! Mas como disse, da griffe dos diretores eu esperava bem mais mesmo.. 8-10 The Black Book é uma antologia de terror indie bem fraquinha, pra variar... a espinha dorsal dela é interessante mas os curtas que a integram sao amadores demais e pior, nem tao de terror sao.. alguns sao inferiores até que tcc de estudante de cinema! Interpretacoes patéticas e producao a toque de caixa (nenhuma!) so se salva uma ou outra cena de gore. Dos curtas, quicá os que teriam muito potencial pra dar filmao sao o da dark web e o do espelho, que tem boa premissa. Mas nao dá o conjunto. Passe longe! 5-10 The Special é um terror indie de baixíssimo orcamento que me lembrou outro do mesmo naipe e premissa bem similar, The Hole. Misto de Atracao Fatal e A Mosca, aqui acompanhamos (vai vendo!) um cara que se apaixona por uma caixa onde ele coloca o "pingulim e encontra prazer total". A metáfora da degradacao do personagem pela compulsao e vicio é bem representada no body horror, mas a precariedade técnica e interpretativa depoe contra. Tambem achei muita enchecao de linguica toda metragem do filme, creio que esse plot se sairia melhor num curta. 7.5-10 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 11, 2021 Members Report Share Posted November 11, 2021 359) Nunca tinha assistido a "Ball of Fire"/"Bola de Fogo", comédia screwball, do versátil Howard Hawks, versátil a ponto de no mesmo ano lançar o antibélico "Sargento York", pelo qual concorreu ao Oscar em 1942. Entetanto, meu preferido dele, "Rio Vermelho" - akela coisa! Gary Cooper (vale lembrar, Oscar por "Sargento York") interpreta aqui um gramático, que, junto a outros sete brilhantes estudiosos solteirões, encarrega-se de entregar uma nova enciclopédia, quando, em busca do saber popular, expressado nas gírias, encontra uma cantora de cabaret, vivida pela excelente Barbara Stanwyck - que concorreu ao Oscar de Atriz. O roteiro de Billy Wilder é divertido, e coloca bem o falso confronto saber popular vs erudição. Os dois se completam. O curioso é que a peça de onde se origina foi pensada como uma versão maluca de "Branca de Neve e os Sete Anões". Tem a ver. Comédia sensual sem sexo, já disseram. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 12, 2021 Members Report Share Posted November 12, 2021 360) Vocês sabem que eu sou um fã inveterado do cinema de Christophe Honoré, mesmo esse "Ma Mère"/"Minha Mãe", de 2004, seu filme mais mal criticado, para mim, foi uma experiência instigante. Fui ver os comentários, e a maioria odiou, considerando apelativo, ou excessivas tantas cenas de lascívia. O que essas pobres almas imaginavam de um filme baseado em uma novela (póstuma, inacabada) de Georges Bataille? Todas essas críticas negativas rodeiam o moralismo, e atingem em cheio o desconhecimento. Toda a sua obra liga o erotismo à transgressão, e a um sentido de morte. Quando li "A História do Olho", fiquei chocado/maravilhado com seu clímax, quando um olho arrancado era enfiado em uma vagina. Neste filme, o desejo intenso leva às pessoas à liberdade e a uma consequente queda. Não é moralizada essa queda, é uma questão física. O limite é surreal, embora Bataille não tenha sido bem aceito pelo Movimento de tal nome. Era ele ex-católico também. Em sua biografia, diz que ele se converteu ao catolicismo aos 17 anos, curiosamente, a idade do personagem do filho. E teremos cenas dele rezando, sofrendo com a sexualidade. O tema principal é o incesto. Uma mãe educando sexualmente o filho, após a morte do pai. Isabelle Huppert e Louis Garrell entendem o caráter literário da coisa. Há uma frieza na literatura de Bataille que está no filme. Nada é comercialmente sexy, embora haja muitas cenas de sexo. Tudo é doído psicologicamente. A nudez é natural, e também um flagelo mórbido. Só tenho que parabenizar o elenco por se entregar fisicamente, de maneira intimorata. Para mim, todos os outros filmes do Honoré são melhores. Mas esse é muito bom também. Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 13, 2021 Members Report Share Posted November 13, 2021 Esqueceram de Mim no Lar Doce Lar é a fraquíssima sequencia (e nao remake) de baixo orcamento que se passa no mesmo universo do filme original, que só assisti ontem a noite por ser intimado pela patroa, fã do original. Eu já nao sou muito chegado mas reconheco seu encanto, coisa que nao ocorre neste aqui pois dá mais protagonismo aos ladroes (pessimamente interpretados). O moleque até manda bem, mas não tem o carisma perverso do Macaulay Culkin, sem falar no roteiro tosco que nao o favorece, na tentativa da Disney deixar sua marca. Até as armadilhas sao fracas e sem criatividade alguma. Os melhores momentos (poucos) sao quando emula o filme original, principalmente aquele que envolve o primo policial do Kevin..e só! Bobo, forcado, decididamente não vai agradar a galera das antigas e muito menos essa nova geracão.. Nem a patroa gostou.. Espero que a sequência de Caça-Fantasmas se saia melhor... 5-10 Under the Helmet: The Legacy of Boba Fett é um interessante documentário que analisa o sucesso do famoso cacador de recompensa de Star Wars, personagem que mesmo com menos de 6min de tela em toda franquia perdura no imaginário popular. Com imagens de arquivo, depoimentos e trechos de bastidores é interessante acompanhar muitos fatos que desconhecia: como seu personagem foi vetado no primeiro filme por falta de orcamento, do babado dos action figures do personagem proibidos no mercado e dos depoimentos dos três atores que interpretaram o dito cujo. Claramente material pra promover o vindouro seriado do personagem, pelo menos trouxe mais luz aos motivos que tornaram sucesso um personagem de várzea duma franquia que ja tem quase nove filmes, sem contar animacoes, jogos, etc.. 8.5-10 Quote Link to comment
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