Members SergioB. Posted November 13, 2021 Members Report Share Posted November 13, 2021 361) Deu vontade de pegar o roteiro de "Passing"/ "Identidade", lançamento Netflix, que é baseado em um livro, e reescrever algumas coisas. O conflito principal, uma negra se passar por branca, é estabelecido desde o início, e - parabéns - de forma sutilmente dúplice. Na minha interpretação, a personagem de Tessa Thompson também age assim, embora não escancaradamente como a personagem de Ruth Negga. Eu gostei demais disso. Mas o filme ganharia uma outra dimensão, se o "passing", na verdade, fosse de alguma outra característica em segredo, uma aí sim "segunda pele", tipo, as duas serem irmãs, as duas serem lésbicas...Alguma outra coisa que se disfarçasse. Mas não. É "só" a cor da pele. Então tudo está muito "on the nose", com as conhecidas implicações históricas sobre o que é ser negro nos Estados Unidos. Dito isso, o filme vale a pena pela performance excelente de Thompson, e pela performance maravilhosa de Ruth Negga. Não achei que ela mereceu ser indicada ao Oscar em 2017 por "Loving", ainda mais deixando de fora a Amy Adams, mas se ela for indicada no ano que vem como Atriz Coadjuvante será muito merecido. A Fotografia do espanhol Eduard Grau mer deixou sensações mistas. Um preto e branco que se interrelaciona, quase como o mote do filme, mas o desfocado de algumas lentes, ou uma explosão da luz em outros, ficaram a mais. Parabéns, Rebecca Hall! Um bom trabalho atrás das câmeras. (Mais um filme para minha coleção mental em que os personagens querem se mudar/visitar o Brasil. Coitados!) Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 14, 2021 Members Report Share Posted November 14, 2021 362) A maioria das pessoas está malhando "Alerta Vermelho", o mais caro lançamento já feito na Netflix; um filme de ação de Rawson Marshall Thurber, com as estrelas Dwayne Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds. Eu, ao contrário, vi o filme sem qualquer expectativa, e gostei. Me divertiu. Não esperava nada diferente. Os filmes de ação atuais seguem uma fórmula batida de roteiro: perseguições, explosões, ambiente transnacional, mar, ar, terra...Neste filme também é assim. O diferencial dele é que é tatuado pelas personas dos 3 grandes astros: Força; charme; humor bobo... Um filme que é feito pelo seu pressuposto. Pela biografia dos três protagonistas. Um filme que se assenta num histórico conhecido e o expande. Ou o repete. Big One 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 15, 2021 Members Report Share Posted November 15, 2021 363) No início do século, a classe média brasileira correu ao cinema para ver a adaptação de "Lavoura Arcaica", pelas mãos de Luiz Fernando Carvalho - máximo diretor de projetos cult da Rde Globo - estrelando o ator daquele momento, Selton Mello, e o grande Raul Cortez. Era tanto talento reunido, que conseguiríamos vencer suas quase 3 horas de duração, algo bem estranho na filmografia nacional, e aproveitar para conhecer as palavras de Raduan Nassar, um autor mais celebrado do que lido (Eu mesmo, que sou um leitor vaidoso, só neste ano conheci de fato a obra). Confesso que me lembro de ter quase dormido no cinema. Já que terminei o livro, revi o filme, neste feriado. O que eu amei em 2001 e agora vinte anos depois? Os planos de dança, destacando Simone Spaladore. Ela não diz uma palavra no filme, nem no livro sua personagem tem voz. Mas sentimos tudo o que ela evoca. As cenas são lindas, extremamente bem concebidas, bem ensaidas, com uma música fantástica, que é um misto de cultura cigana, cultura árabe e do mediterrâneo, do jeito exato como a família é caracterizada no livro. É um Brasil vindo de fora, estrangeiro, indefinido, rural, e fortemente religioso. A direção tem muitos momentos inspirados de câmera. Muitos. A iluminação dos cenários, e a casa achada no interior de Minas Gerais, contribuem muito para o clima do filme ser o dos retratados nas páginas. Ponto favorável também à iluminação maravilhosa de Walter Carvalho. Os atores todos estão muito bem, fato. Amo a Juliana Carneiro da Cunha como a mãe. Contudo, a atuação do Selton Mello me desapontou em alguns momentos, sobretudo pela sua característica de falar muito baixo, como se estivesse arrasando por isso... O filme é fidelíssimo, embora tenha inovado ao trazer o encontro dos irmãos para o início do filme, o que não é exatamente assim no livro. Foi muito inteligente isso. Porém, o grande senão do filme, e que me pareceu terrível, foi a teatralização exagerada. É cinema. Não é um palco. Os enormes e difíceis diálogos são ditos custosamente, sem conseguirem escapar de certo antinaturalismo. Prefiro lê-lo a escutá-lo. Pois, em literatura, posso voltar. Posso repetir. No cinema, não dá. Tudo tem de ser compreendido de uma vez só. Com esse texto, não dá. Ficou chato. Essa é a verdade. Chato. Vejo que no pôster que encontrei o crítico fala em "obra-prima". É engraçado, ao longo dos anos, o filme se esvaiu da memória coletiva. Ninguém se lembra dele como um marco do cinema. Não sem razão. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 16, 2021 Members Report Share Posted November 16, 2021 364) Não resisti a rever "A Hora do Espanto", de 1985, que a Netflix pôs em cartaz recentemente. Curioso que esse filme pode ser analisado como uma reação aos slashers em alta naquele momento, muito pela série "Halloween". Tanto que há uma frase específica sobre isso, uma crítica do apresentador de tevê ao interesse dos jovens pelos "assassinos com máscara de esqui". Ou seja, havia um objetivo de reabilitar os "monstros" clássicos do Terror, aqui, a figura do vampiro. Na minha história pessoal, tenho que dizer que, eu, criança, sem internet, sem muitos amigos fãs de cinema, confundia os títulos. Pois todos os representantes do gênero receberam o nome "Hora" de alguma coisa. Por anos, achei que "A Hora do Pesadelo" era uma continuação desse, e todos tivessem a ver um com o outro. Voltando ao filme, me surpreendem as insinuações ousadas dele. A insinuação homossexual, com a presença daquele mordomo idiota, mais que satisfeito em proteger o chefe; bem como a insinuação da perda da virgindade, com a menina dando um gritinho e escorrendo sangue ao ser mordida sexualmente... Mas o melhor de tudo são os efeitos visuais, competentes até hoje. Muito bacanas para a época, e feitos de uma maneira humorada. Primeiro filme de Tom Holland, um sucessão; para três anos depois vir com "Brinquedo Assassino". Ótimo. Jailcante, Jorge Soto and Big One 3 Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 16, 2021 Members Report Share Posted November 16, 2021 3 hours ago, SergioB. said: Não resisti a rever "A Hora do Espanto", de 1985, Esse ai é muito bom! Assisti pirateado no cursinho no século passado, numa sala onde a galera tava matando aula assistindo no videocassete... depois revi e assisti a sequencia de 1989, tao boa quanto! O resto esquece por completo...🤣 Mas claro, depois eles nao tinham o grande trunfo, o grande Roddy McDowall como Peter Vincent..😭 Tanto que no remake nem as estrelas Collin Farrel e Tony Colette salvaram aquela m.. de filme genérico! Stop and Go é uma dramédia indie bem simpática se nao reparar nos exageros tipicos da Globo Filmes.. O seu grande diferencial é que é um road movie bem divertido em tempos de pandemia😷! Ou seja, a gente se identifica muito com o perrengue das duas irmas em viagem atras da tia, com maior cuidado com o que tocam no caminho.. O legal é a metáfora do uso de máscaras na pandemia e na sociedade, no geral.. As interpretacoes estao ok, embora meio forcadas.. e é aí que achei seu defeito.. pra um filme indie esperava algo mais inteligente e nao tao pastelao como apresentado.. By the way, deu pra passar legal o tempo 8-10 Grave Intentions é mais uma antologia de curtas de terror que até tem um bom caldo pra dar, embora deixe a desejar no conjunto. Sua espinha dorsal até promete: uma "macumbeira de internet" contando os causos dos clientes! E é isso.. dos "causos" destaco o do condenado, do gato, o filipino da casa assombrada e o das jogadoras de truco (o melhor disparado por ser tenso e tudo na base da sugestao!). Só! Por ser indie até o sabugo da unha os caras até se esforcaram na producao, mas isso foi so na pós porque o filme é descaradamente um apanhado de curtas premiados em festivais e juntaram com alguma coerência. Só achei que faltou um cuidado melhor no desfecho, pra torná-lo tao memorável quanto a franquia "V/H/S" ou até o ótimo recente "Mortuary Collection". 7.5-10 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 17, 2021 Members Report Share Posted November 17, 2021 365) O gênero mais difícil, a biografia. Mas nas mãos do genial Ken Russell, a arte é certa. "Mahler, uma Paixão Violenta", de 1974, é sua visão sobre a vida do compositor tcheco-austríaco Gustav Mahler, com Robert Powell, no papel principal. Quando vejo filmes cujo o retratado não conheço bem, dou uma pesquisada antes, para ter meus olhos mais abertos à maquinaria da adaptação. Aqui foi fundamental, pois, ainda bem, não se cai no principal erro dos filmes biográficos, a ordem cronológica - influência herdada do romance realista do século XIX. Começa-se por Malher perto da casa dos 50 anos, já doente, já consagrado, já popular, cheio de não-me-toques, concebendo sua última sinfonia na cabeça, para então a narrativa ir para alguns momentos do passado. Parece fácil, mas é Ken Russell, tudo é muito inventivo, e há muitas intervenções de estilo. Tipo, quando ele imagina sua morte, aparece vivo no caixão, e, depois, com somente dois olhos vivazes sobre o pó de sua cremação, vendo sua esposa nua com outras homens! Ironia fina. É na infância que vemos ele sofrer os primeiros danos do antissemitismo, a ele e a sua grande família. E assim foi até o final, quando, para ganhar o destaque que merecia, precisa se converter ao cristianismo. Outra abordagem é a sua relação com sua esposa, 20 anos mais jovem, que lhe provoca muito ciúmes - e com razão, pois ela se envolverá com Walter Gropius, o fundador da Bauhaus! - mas que também era uma jovem que lhe dava muita inspiração musical, e bons toques nessa área. Estou sendo didático, mas o filme nunca é. Tem várias pegadinhas. Tipo, em dado momento Mahler vê os personagens de "A Morte em Veneza", em uma estação de trem, mas sabemos que Thomas Mann só escreverá a novela anos depois da morte dele. É que o filme de Visconti é de 1971, e usa fantasticamente a música do compositor. O filme tem indas e vindas, visões da doença, memória, estilhaça, enfim, a ideia da narrativa linear de uma vida. Gostei bastante. Mas é difícil. Não precisa nem elogiar a música, né? Sublime. Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 17, 2021 Members Report Share Posted November 17, 2021 Benedetta é a última razoável incursao do diretor de Robocop depois do bacanudo Elle. Aqui ele satiriza dogmas da igreja com sua protagonista principal, uma freira sapata e rebelde, mas eu acho que faltou dosar melhor o sarcasmo típico do diretor com a seriedade que o tema requer. Antes tivesse optado algo do naipe de Vida de Brian, do Monty Python. Fora isso o filme é muito bem produzido e sua atriz principal manda bem, pois é muito boa (em todos os sentidos) e tem cenas bacanas de putaria clerical.. Se olhar por outro ângulo o filme critica a onda mimimi que toma conta das midias, mas eu prefiro ficar com a bela homenagem ao exploitation setentista de freiras lésbicas assassinas.. É legal sim, mas eu esperava mais do diretor. 8-10 Babysitter Must Die é um divertido filme B que consegue o que o último Esqueceram de Mim sequer chegou perto... divertir! É praticamente a mesma trama só que ao invés do Kevin é uma babá no exercicio do ofício defendendo um lar dum trio de invasores dispostos liberar o gramunhao pra dominar a Terra (!?)... sim é isso mesmo! E tome violência, sangue espirrando e muita inverossimilidade em tela! Feito com baixíssimo orcamento, este indie mistura clichês do home invasion, slasher e filmes demoníacos e os entorna aqui! Fora a precariedade da producao outro ponto baixo é a fraca protagonista principal, apesar de gostosinha e empoderada, faltou mais presenca em tela como badass.. atente pra cena pós-crédito que dá deixa pra sequencia. 8-10 Big One, SergioB. and Jailcante 3 Quote Link to comment
Administrators Big One Posted November 18, 2021 Administrators Report Share Posted November 18, 2021 On 11/16/2021 at 4:59 PM, SergioB. said: 364) Não resisti a rever "A Hora do Espanto", de 1985, que a Netflix pôs em cartaz recentemente. Curioso que esse filme pode ser analisado como uma reação aos slashers em alta naquele momento, muito pela série "Halloween". Tanto que há uma frase específica sobre isso, uma crítica do apresentador de tevê ao interesse dos jovens pelos "assassinos com máscara de esqui". Ou seja, havia um objetivo de reabilitar os "monstros" clássicos do Terror, aqui, a figura do vampiro. Na minha história pessoal, tenho que dizer que, eu, criança, sem internet, sem muitos amigos fãs de cinema, confundia os títulos. Pois todos os representantes do gênero receberam o nome "Hora" de alguma coisa. Por anos, achei que "A Hora do Pesadelo" era uma continuação desse, e todos tivessem a ver um com o outro. Voltando ao filme, me surpreendem as insinuações ousadas dele. A insinuação homossexual, com a presença daquele mordomo idiota, mais que satisfeito em proteger o chefe; bem como a insinuação da perda da virgindade, com a menina dando um gritinho e escorrendo sangue ao ser mordida sexualmente... Mas o melhor de tudo são os efeitos visuais, competentes até hoje. Muito bacanas para a época, e feitos de uma maneira humorada. Primeiro filme de Tom Holland, um sucessão; para três anos depois vir com "Brinquedo Assassino". Ótimo. Adoro esse filme, vi na telona, agora que está em cartaz na Netflix, posso revê-los, não que eu não tenha visto algumas dezenas de vezes. De fato os efeitos são muito bem feitos, as insinuações, bem como o vampiro bonitão e sedutor. Gosto da trilha bem anos 80 tbm e o poster é show bola. Jailcante and SergioB. 2 Quote Link to comment
Administrators Big One Posted November 18, 2021 Administrators Report Share Posted November 18, 2021 On 11/13/2021 at 12:28 PM, Jorge Soto said: Esqueceram de Mim no Lar Doce Lar é a fraquíssima sequencia (e nao remake) de baixo orcamento que se passa no mesmo universo do filme original, que só assisti ontem a noite por ser intimado pela patroa, fã do original. Eu já nao sou muito chegado mas reconheco seu encanto, coisa que nao ocorre neste aqui pois dá mais protagonismo aos ladroes (pessimamente interpretados). O moleque até manda bem, mas não tem o carisma perverso do Macaulay Culkin, sem falar no roteiro tosco que nao o favorece, na tentativa da Disney deixar sua marca. Até as armadilhas sao fracas e sem criatividade alguma. Os melhores momentos (poucos) sao quando emula o filme original, principalmente aquele que envolve o primo policial do Kevin..e só! Bobo, forcado, decididamente não vai agradar a galera das antigas e muito menos essa nova geracão.. Nem a patroa gostou.. Espero que a sequência de Caça-Fantasmas se saia melhor... 5-10 Under the Helmet: The Legacy of Boba Fett é um interessante documentário que analisa o sucesso do famoso cacador de recompensa de Star Wars, personagem que mesmo com menos de 6min de tela em toda franquia perdura no imaginário popular. Com imagens de arquivo, depoimentos e trechos de bastidores é interessante acompanhar muitos fatos que desconhecia: como seu personagem foi vetado no primeiro filme por falta de orcamento, do babado dos action figures do personagem proibidos no mercado e dos depoimentos dos três atores que interpretaram o dito cujo. Claramente material pra promover o vindouro seriado do personagem, pelo menos trouxe mais luz aos motivos que tornaram sucesso um personagem de várzea duma franquia que ja tem quase nove filmes, sem contar animacoes, jogos, etc.. 8.5-10 O hype em torno do Boba Fett deve ser estudado. Um personagem que só tinha aparecido no Retorno de Jedi, numa cena curta e morreu se forma besta, galhofa mesmo, de legal, era seu visual. Depois ele apareceu na Nova(agora nem tão nova ) trilogia. Mas até então era um rascunho. Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 18, 2021 Members Report Share Posted November 18, 2021 10 hours ago, Big One said: O hype em torno do Boba Fett deve ser estudado. Um personagem que só tinha aparecido no Retorno de Jedi, numa cena curta e morreu se forma besta, galhofa mesmo, de legal, era seu visual. Depois ele apareceu na Nova(agora nem tão nova ) trilogia. Mas até então era um rascunho. na verdade ele estreou oficialmente no filme anterior, O Imperio Contra Ataca, levando Solo em carbonita pro Jabba no final... Big One 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 18, 2021 Members Report Share Posted November 18, 2021 366) Espremido entre alguns filmes de gângster de Takeshi Kitano, surpreendentemente está esse filme de 1991 "O Mar Mais Silencioso Daquele Verão"/ "A Scene at the Sea". Um drama muito delicado, sobre um lixeiro surdo, namorado de uma garota muda, que encontra uma prancha quebrada, a conserta, e vai tentar aprender a surfar. O hobby vira sua principal paixão na vida, uma forma de se sentir especial. As deficiências dos personagens se somam à contemplação ambiental para um filme quase sem falas. O pouco que sabemos deles virá de pessoas ao redor, que nos informarão uma ou outra coisa. Mas o silêncio diz muita coisa também. Tipo, a exclusão deles ao encontrarem outros surfistas. Serão ridicularizados no começo, depois serão vistos com curiosidade, até se dar uma lenta aproximação com a comunidade, a ponto do cara resolver se inscrever e viajar com eles para um campeonatinho, durante o qual ele obviamente não ouve o chamado para entrar na água. É a exclusão social até nas regras do esporte. O filme é acompanhado por uma belíssima trilha sonora de Joe Hisaishi, parceiro habitual de Kitano e Miyazaki, dotando o filme de melancolia, inocência e beleza. A direção tem muitos planos "laterais", de mostrar a caminhada do cara com sua prancha, por exemplo, que rimam com o horizonte do mar, na constante observação das ondas. Ao final, dá-se o único grande acontecimento do filme propriamente. É bonito, mas está longe de entrar para os meus favoritos do diretor. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 19, 2021 Members Report Share Posted November 19, 2021 367) O diretor Alexandre Moratto recebeu o importante prêmio "Someone to Watch" no Spirit Awards há poucos anos com o seu primeiro filme "Sócrates", que eu não gostei muito por estar infestado de um "pobrismo" fácil. Mas "7 Prisioneiros", lançado recentemente pela Netflix, evita habilmente a ser rotulado como um "filme do PT". Trata de tráfico humano e trabalho escravo, mas com muitas nuances (que faltaram em "Sócrates"). Não cai no vitimismo social, podem ver tranquilamente! Eu até me surpreendi. Tem ação, tem debate, tem ambiguidade, e tem duas atuações excelentes, do Christian Malheiros (num bis com o diretor) e especialmente do Rodrigo Santoro (ele descobriu uma voz rascante e um jeito brega de posicionar o pescoço para a frente que me chamaram a atenção). Há uma surpresa no roteiro que elevou o filme a meu ver. Seria muito fácil trabalhá-lo como uma "jornada do herói" (odeio essa expressão!, mas vou usar), mas aqui a sociologia das relações foi mais prestigiada. Pois é mostrado o problema da escravidão trabalhista como um ciclo, uma perpetuação, pois incorporada no cotidiano das relaçoes. E também como um enfoque urbano contemporâneo. Gostei bastante. E creio que se fosse o representante brasileiro ao Oscar teria mais chance pela sua universalidade temática. Big One 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 19, 2021 Members Report Share Posted November 19, 2021 368) Pegando carona na obra-prima de dois anos antes "Uma Homem, Uma Mulher" de Claude Lelouch, "Um Lugar para os Amantes", de 1968, parece uma resposta italiana ao filme francês ganhador de dois Oscars. Marcello Mastroianni e uma belíssima Faye Dunaway são o casal vivido da vez, que se apaixonam perdidamente. Ele - Vejam só o paralelo com o personagem de Trintignant - é um engenheiro automobilístico, vivendo sempre nos testes de pistas de corrida; ela, uma americana divorciada; vão gozar a companhia um do outro nos alpes italianos, em Cortina D`Ampezzo, junto àquelas dolomitas maravilhosas. Quem não fica apaixonado num lugar desses? E se o filme francês tinha aquela trilha estupenda de Francis Lai, com direito ainda a um segmento enorme com Vinicius de Moraes, aqui a música-tema guia o filme a todos os momentos, na voz da maior de todas, Ella Fitzgerald, com a música-título "A Place for Lovers". Um fillme de Romance de Vittorio de Sica, sem aquelas trapalhadas cômicas de, sei lá, "Matrimônio à Italiana". Porém, como ponto negativo, é um filme sem história nenhuma. Só aos 30 minutos finais, o conflito do filme se estabelece. Muito prosaico e pouco cinematográfico. Porém, os dois atores são tão talentosos que conseguem, na base do charme, segurar este filme. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 20, 2021 Members Report Share Posted November 20, 2021 369) "Tick, Tick...Boom!", primeiro filme dirigido pelo multitalentoso Lin-Manuel Miranda, estreou na Netflix há poucos dias, e elevou o nome de Andrew Garfield a uma das vagas da categoria do Oscar de Melhor Ator no ano que vem. Ele está ótimo, realmente, completamente à vontade para explorar sua simpatia peculiar, de perfil doce (embora eu particularmente deseje vê-lo em um personagem mais soturno no futuro). Os primeiros trinta minutos do filme funcionam às mil maravilhas, ajudado por duas das melhores canções do filme inteiro. Do meio para o final, porém, acredito que "Tick, Tick...Boom!" se beneficiaria muito se se dessem uma boa "limpada". Há várias musiquinhas menos boas, que não acrescentam tanto à narrativa, que poderiam ter ficado de fora, bem como creio que a maioria dos momentos de - vou chamar assim - "narração", que se dão em um auditório, apartadas da dramaturgia mesma, poderiam ter sido cortados. Ou eliminados de todos. Fora isso, a história do compositor da Broadway Jonathan Larson é maravilhosa, muito inspiradora para quem trabalha com arte. E que ironia triste do destino foi o seu fim. O título, eu pensei depois, ganha até matizes sombrias, mórbidas, se pensarmos que ele morrreu por um "boom!", um aneurisma da aorta. A Montagem de Andrew Weisblum é muito boa, ele que foi indicado ao Oscar apenas uma vez por "Cisne Negro". Um trabalhão juntar tantas linhas de desenvolvimento. Como eu escrevi, achei esse um aspecto "sujo" do filme, mas não é culpa dele. Pelo contrário, ele que resolveu. Também chama a atenção o trabalho da Mixagem de Som, nas mãos do veterano Tod A. Maitland, tantas vezes indicado (a última por "Joker"), mas nunca ganhou seu Oscar. Ressalvados os problemas, gostei muito. Big One 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 21, 2021 Members Report Share Posted November 21, 2021 370) Mais um domingo enfurnado em casa; o que faço para completar a sensação de morte em vida? Vejo a versão extensa de "Portal do Paraíso", com suas 3horas37min. Que filme detestável! Quilometricamente destestável! Na versão curta, de 2 horas e pouco, a interminável cena da graduação na faculdade, é cortada. Aqui, ela está no seu tamanho colossal, desnecessária, pois entendemos rápido sua crítica à elite sempre elogiar a si mesma como construtora do país. É assim em todas as cerimônias de faculdade brasileira também! Um autolisonjeamento infundado; pois, penso, na verdade, estamos é coletivamente afundando o país nos últimos 30 anos, sem crescimento. Mas divago... Tudo neste filme é bem bonito: Fotografia do Vilmos Zsigmond, Trilha, Design de Produção (e seus relatos de destruição à toa dos cenários, atrasando a filmagem), Figurino, centenas e centenas de figurantes... Tudo bem de acordo ao desejo megalomaníaco do diretor Michael Cimino - um "Nolan" daquela época, que levou à falência do estúdio, e deu, em termos históricos, um fim à Nova Hollywood e sua busca por um cinema de autor. O problema é que nada dessa grandiloquência funciona. Há vários personagens sem função (John Hurt, Jeff Bridges), o cerne do filme - o confronto histórico pela terra do estado do Wyoming - é mal dissecado, mal explicado. O confronto amoroso se sai melhor, graças a Isabelle Huppert e ao Christoffer Walken, porque o Kris Kristofferson quase acabou com o filme. Quase não. Acabou. O filme é tão enfadonho quanto a cara dele nesse filme. Claramente ele não entendeu o personagem: Um homem que só é melhor amorosamente quando vê um rival ser melhor do que ele. É uma experiência épica e detestável. Jailcante and Big One 1 1 Quote Link to comment
Administrators Big One Posted November 22, 2021 Administrators Report Share Posted November 22, 2021 Last night in Soho. Posso começar pelo final ? Spoiler ahead! Eu preferiria que o filme ficasse viajando se eram visões e eu problemas nas mentais mas depois, quase, virou um filme policial com caça ao assassino. O incio é muito bacana, a Taylor Joy atrasa, as músicas são ótimas, as luzes a lá Daria Argento são bem bacanas, o filme dá uma viajadas a a lá David Lynch, foi o que mais gostei. Ainda sim é um bom filme. Para ficar no clima do filme deixei minha lâmpada Led piscando em várias cores durante o filme. SergioB. and Jorge Soto 1 1 Quote Link to comment
Administrators Big One Posted November 22, 2021 Administrators Report Share Posted November 22, 2021 Finch O filme tem começa como um situação apocalíptica, e depois vai a umm MadMax, mas o charme do filme é inegavelmente o robô, ele é muito carismático, as vezes parece uma criança tentando aprender, se comporta como num humano e a relação dele com o cachorro rende ótimas cenas. Ótima produção. Jorge Soto 1 Quote Link to comment
Administrators Big One Posted November 22, 2021 Administrators Report Share Posted November 22, 2021 On 11/13/2021 at 12:28 PM, Jorge Soto said: Esqueceram de Mim no Lar Doce Lar é a fraquíssima sequencia (e nao remake) de baixo orcamento que se passa no mesmo universo do filme original, que só assisti ontem a noite por ser intimado pela patroa, fã do original. Eu já nao sou muito chegado mas reconheco seu encanto, coisa que nao ocorre neste aqui pois dá mais protagonismo aos ladroes (pessimamente interpretados). O moleque até manda bem, mas não tem o carisma perverso do Macaulay Culkin, sem falar no roteiro tosco que nao o favorece, na tentativa da Disney deixar sua marca. Até as armadilhas sao fracas e sem criatividade alguma. Os melhores momentos (poucos) sao quando emula o filme original, principalmente aquele que envolve o primo policial do Kevin..e só! Bobo, forcado, decididamente não vai agradar a galera das antigas e muito menos essa nova geracão.. Nem a patroa gostou.. Espero que a sequência de Caça-Fantasmas se saia melhor... 5-10 Que pena, eu botava fé nesse projeto. Jorge Soto 1 Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 22, 2021 Members Report Share Posted November 22, 2021 Ghostbusters - Mais Além é a deliciosa sequencia do filme de 89 que parece ter sido feita no século passado pois tem todos os elementos mais memoráveis da franquia. O plot é basicamente o mesmo do original (salvar o mundo de um deus sumério!) com uma passada de manto pra nova geracao. Só achei que a atriz-mirim que faz a protagonista principal, a neta do Egon, bem fraquinha que parece nao se dar conta que tudo gira em torno dela. O resto do elenco ta apenas ok. Mas claro que foi a nostalgia falou mais alto diante das poucas deficiências: desde os acordes do tema principal do Elmer Bernstein (e nao a musica do Ray Parker Jr) até um momento bem Vingadores: Ultimato que faz gritar de alegria, fora o retorno de um certo personagem que leva as lágrimas. Só faltou mesmo a presenca do Rick Moranis pro fan service (muito bem feito) se tornar completo! Atentar ás duas cenas pós-créditos: a primeira onde o Murray e a Ripley atualizam uma cena do original e a segunda, que aponta direcao da sequencia.. PS: este filme enterra de vez aquela m.. de 2016🤮😂 9-10 Falling for Figaro é uma simpática comédia romântica inglesa que é tao previsivel quanto divertida, cujo diferencial é se situar no mundo das ópera.. portanto, pra quem curte música classica (eu!) a trilha sonora é top! As interpretacoes estao dentro daquilo que se espera deste tipo de filmes, aceitáveis e dando conta do recado! Assisti ais por insistência da patroa e acabei curtindo pela pouca expectativa e por nao saber sequer da existência desse filme. É um filme genérico com a sutileza inglesa que deve agradar os fans pouco exigentes de comedias românticas e os de ópera. 8-10 Big One and Jailcante 2 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 22, 2021 Members Report Share Posted November 22, 2021 371) Tido muitas vezes como uma das obras-primas do cinema coreano, "Hanyo, a Empregada", ou, no inglês, "The Housemaid", é um filme de 1960, do diretor Kim Ki-young, que é influência clara e direta ao cinema de Chan-wook Park e Bong Joon-ho. Uma empregada sexy irá atanazar a vida dos patrões até não poder mais, levando-os à uma insana tragédia. É um thriller que mistura sexualidade, pensatas sociais, e reviravoltas de tom. Exatamente o que os mencionados diretores mais novos fazem com muito sucesso. São muitos momentos WTF?!? ao longo da história. Mas o finalzinho do filme os redime de sua aparente incongruência. É também um retrato machista de sua época, de sua sociedade oriental, pois o personagem do marido é tratado cheio de panos... À parte de toda a ousadia da trama - com direito a assassinato infantil - gostei de ver o retrato do aspecto social: a família de clásse média adquirindo seus eletrodomésticos, e ficando feliz com a chegada da televisão, assim como em "Bom Dia", de Ozu. Vi em cópia restaurada pela Fundação The Film Foudation, de Martin Scorsese, que preserva grandes filmes mundo afora, como por exemplo o já resenhado "Um Dia Quente de Verão". Muviola 1 Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 23, 2021 Members Report Share Posted November 23, 2021 372) Vejo tanto filme antigo, que alguns recentes, que também me interessam, acabam passando batido. Foi assim com esse "A Sombra de Stalin", de 2019, da polonesa Agnieszka Holland. Assistido finalmente agora na Netflix (quem diria?) mas confesso que estou meio decepcionado. Esperava algo semelhante ao indicado ao Oscar "Na Escuridão". Não o é. Mas é bonzinho. No final melhora. Baseado em uma história real, a qual eu desconhecia totalmente, o filme segue os passos de um jornalista CDF, que trabalha como assessor internacional do governo inglês na década de 1930, e está muito assustado com uma possível guerra contra Hitler, ao mesmo tempo que está atento ao que se passa na Rússia de Stálin - que parece viver um boom econômico, mas aparentemente sem dinheiro para isso. Ele então decide ir até Moscou para investigar como está o país realmente, quando se depara com uma realidade desesperadora, de grande fome, no interior da Ucrânia. O regime comunista encobria o momento social trágico, bem como a matança civil. Conforme mostra o filme, suas descobertas serão fonte para o escritor George Orwell escrever seu "A Revolução dos Bichos", ou, no novo e ao pé da letra nome brazuca, "A Fazenda dos Animais". Mostra bem a loucura dos tais "planos quinquenais" - que uma professora que eu tive passava como uma ideia econômica muito boa e inovadora. Durante cinco anos, explorou-se o máximo da fértil terra negra, e da energia dos camponeses, que não ficavam com nada, não tinham o quê comer. Milhões de ucranianos foram mortos. Um filme que é um tapa na cara de todos os militantes do PCB, PSOL, PT, filhotes políticos do Socialismo e suas ideias empobrecedoras. Com tamanho potencial, infelizmente o filme não é muito bom. É meio truncado, sei lá. Quando o jornalista chega na Ucrânia, eu pensei, "agora o filme vai chutarbundas"...e....nada. Cenas muito pouco emocionais, ou drásticas. Tudo muito controlado. Elegante, mas frio. Faltou emoção. Parece que o filme evitou a todo custa ser um filme de trágédia de guerra para ser um filme sobre a importância do Jornalismo. Esperava um pouco mais. Mas foi bom conhecer essa história. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 24, 2021 Members Report Share Posted November 24, 2021 373) Primeiro longa-metragem do diretor Werner Herzog, "Sinais de Vida", de 1968, é, grosso modo, um "O Deserto dos Tártaros", ao modo alemão. O maravilhoso livro do italiano Dino Buzzati é de 1940, então creio que o paralelo com o filme não é indevido. Durante um cessar-fogo na Segunda-Guerra, um grupo composto por um três soldados feridos e a mulher de um deles, uma enfermeira grega, ficará responsável pela guarda de um forte em ruínas na Grécia. Não têm eles nada para fazer, então inventam ações como vasculhar o terreno, pintar portas, hipnotizar galinhas, e capturar baratas (numa cena bem metafórica, sobre o instinto de atacar os mais frágeis que lhes suscitam nojo). A letargia aos poucos enlouquece um deles, que - numa cena- vislumbra quixotescamente uma planíce de moinhos de vento - e passa a ameaçar explodir o depósito de pólvora, o que levaria destruição a uma pequena vila portuária ao lado da guarnição. Ou seja, não é propriamente a guerra que enloquece o cara, mas a paz. Num jogo de opostos, a tranquilidade que o leva à loucura. Vi o filme por curiosidade, tentando, claro, perceber os elementos dominantes da carreira do diretor que já se apresentavam. Tem narração aqui, por exemplo. O soldado protagonista se chama "Stroszek", como na peça homônima que gerou o filme de 1977, por exemplo. Mas o principal é essa questão da mente do homem entrando em parafusos em face da natureza, explorada em vários filmes do alemão, por todos, "Aguirre, a Coléra dos Deuses". Não gostei muito. Mas valeu a pena conhecer. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 25, 2021 Members Report Share Posted November 25, 2021 374) Na madrugada, "A Última Floresta", documentário de Luiz Bolognesi deste 2021. Urgentíssimo enquanto tema; absolutamente necessário no país em que um ex-Ministro do Meio Ambiente (pasmem!) desejava aproveitar o momento de pandemia para "passar a boiada", e com dirigentes que criticam a apreensão e destruição do material de garimpeiros ilegais - coitados! Quanto a importância, não de discute. Tenho é um problema como o rítmo dos filmes do Bolognesi; um tempo interno que privilegia uns momentos tediosos, e descarta rápido demais os bons. É meio chato. A verdade é essa. Creio que a maioria reclamará de outro aspecto: Trata-se de um documentário com momentos ficcionalizados; é dizer, com os índios atuando (mal), para contar, por exemplo, o mito da criação dos Yanomami. Nada contra borrar os limites entre Ficção e Documentário, mas "Ex-Pajé", que também é meio assim, funciona melhor. As imagens da Floresta são belíssimas. Desconhecemos totalmente o nosso país, o nosso povo. Quote Link to comment
Members SergioB. Posted November 25, 2021 Members Report Share Posted November 25, 2021 On 10/3/2021 at 9:08 AM, Jorge Soto said: Venom - Tempo de Carnificina é a sequência frouxa de um filme que já nao era lá essas coisas, ou seja, perderam a chance de melhorá-lo! Pensei que fosse ser menos pior mas me enganei: principalmente pelo humor totalmente desnecessário, sem graça e colocado em péssimos momentos da trama. O Carnificina ta muito em feito em cgi mas nao dá, tinha momentos que parecia um palhaço de circo e aquela batalha final, totalmente anticlimática e rápida!? Na minha opinião esses 2 filmes do Venom são um crime para quem é fã do personagem. O Tom Hardy e Woody Harrelson fazem o que podem mas o roteiro nao ajuda nada.. Parece que o melhor mesmo (e mais interessante) é a cena pós-credito, com gancho pro filme do Aranha. 7-10 Expand 375) Qualé, vou sair de moto à toda erguendo o dedo do meio pra você! Risos As piadas, como essa, funcionaram bem comigo. Muito, acredito, pela ótima dublagem da criatura alienígena. Adorei de verdade os primeiros trinta minutos, com aquela discussão de relacionamento, já que o filme é um caso extremo de "viver junto". Achei que o Tom Hardy mandou muito bem, pois se você for pensar bem, ele atua na verdade como "escada". Por outro lado, tem que se tomar cuidado com o excesso de piadas, em todo e qualquer momento, pois isso tem um quê infantilizador. Dito isso, a trama é muito pobre, de um caderno de rascunho, podia ter mais ambição... O final é que é dose, concordo totalmente com você. Mas por outra razão. Não aguento mais essas batalhas apoteóticas, hiperbarulhentas, de 15 minutos. Era de se esperar em um filme da Marvel, mas meu cérebro desliga nessas horas. Estou velho. Nem acho mais legal. A cená pós-crédito é excelente. Vem aí o encontro tão esperado, a razão original do personagem existir. Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted November 25, 2021 Members Report Share Posted November 25, 2021 Rocky vs.Drago The Ultimate Director’s Cut é a versao do Rocky 4 feita pelo Stallone que achei só razoável pois sou fanzaco do original, que nao é la aquelas coisas e vingou justamente por ser totalmente anos 80 e cafona numa epoca de guerra fria nervosa. Aqui o Stallone acrescentou quase meia hora de cenas avulsas que nao alteram em nada o conteúdo, mas sao cenas que passam ate imperceptíveis, seja de dialogos, treinos e luta mesmo. Os resultados podem ser bons, mas sao totalmente desnecessários! Vai vendo.. tem uma troca significativa de músicas na trilha sonora, tem mais diálogos do Drago e Apollo, etc. Já a Ludmilla da Brigitte Nielsen praticamente some, mas quem paga o pato mesmo foi o robozinho besta do Paulie, que foi totalmente limado do longa 🤣! Bem diferente do Snydercut, Stallone fez o mesmo filme mas de forma diferente. Só isso! É aquela coisa, se você viu o filme original como perfeito passe longe deste.. mas se espera algo mais dark e menos legal este filme vai sacudir seu mundo.. Este SlyCut pode ser até melhor, mas o original é muuuuito mais divertido.. Outra, o trailer é melhor que o filme! Pronto falei! 8-10 Quote Link to comment
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