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Forum Cinema em Cena

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Tensor
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Segredos e Mentiras. Um grande filme de Mike Leigh principalmente pela simplicidade e objetividade com que  usa sua câmera e faz sua montagem. O painel das relações humanas e familiares é construído desde a primeira cena do filme e a tensão que resultará no explosivo final, se faz quadro a quadro por meio de uma cenografia absurdamente verdadeira e original. Observar os detalhes da casa de cada personagem te mostra a personalidade deles, revela como têm vivido até então e demonstra o quão esfaceladas foram suas vidas pelos tais segredos e mentiras do título!

A trilha sonora instrumental é quase um coadjuvante de luxo que acompanha os personagens o tempo todo, acentuando o clima de desconforto e, por vezes, de desespero que domina a grande maioria das cenas.

As coisas simplesmente acontecem e se desenvolvem a partir de um evento divisor de águas na vida de um dos personagens. E os conflitos vão surgindo conforme as três histórias paralelas se cruzam ao longo das mais de duas horas de projeção. Essa calma do diretor pra contar sua estória é uma das melhores coisas do filme, uma vez que apresenta os problemas, os justifica, expõe aos personagens uma tentativa de redenção e ainda deixa uma reflexão pós-filme. De certa forma, aquilo não acaba ali: foi só uma etapa na vida daquelas pessoas. Como acontece conosco, afinal!

 

Todos os atores estão formidáveis e a Brenda Blethyn deveria ter ganho todos os prêmios aos quais concorreu pelo desempenho extraordinário que tem aqui. Mas o maior show de atuação, pra mim, é de Marianne Jean-Baptiste. O equilíbrio emocional que dedica á personagem é impressionante. Contida, controlada e com uma expressão extremamente limpa, a atriz dá voz á segurança e firmeza de sua Hortense desde a cena do funeral. O choro discreto e com as lágrimas simplesmente escorrendo de sua face, são o retrato de alguém que se preparou para as consequências da difícil decisão que tomou (como é dito à certa altura).

 

Abertos, francos e absolutamente sem concessões, os diálogos primam pela acidez e funcionalidade com que são colocados para seus intérpretes. 

 

Não dá pra dizer que o filme não é perfeito, especialmente pela fabulosa e incendiária cena do aniversário de Roxanne que evidencia e comprova esse fato, finalizando com primor essa OP do britânico! Virou um dos filmes da minha vida! 11/10

 

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"As dores devem ser compartilhadas"

bs11ns2011-10-03 13:01:48
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O BAILE

 

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50 anos de história do século passado concentrados num único cenário e protagonizados pelos mesmos personagens: um salão de dança francês e os pés-de-valsa que o frequentam.

 

O humor abunda, seja quando um parceiro pisa no pé do outro, quando uma donzela apela para manobras evasivas para rechaçar um potencial companheiro, seja pelo simples feitio de algumas figuraças a deslizar pelo local. O clima de romance também aparece com frequência - e tudo é evocado através de olhares, trejeitos, poses, pois não há uma linha sequer de diálogo proferida pelos atores. 

 

Um programa agradável para o público, e um exercício técnico e artístico que deve ter sido desafiador para o diretor Ettore Scola.

 

***/*****

 

 

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Attack the Block

Imagine "Warrios - Selvagens da Noite" misturado com "Independence Day" e "Goonies" . Pronto, tem esta razoavel  e curiosa produção britanica sci-fi q dá pro gasto como matinê indie.  Gangue teen de delinquentes pé-de-chinelo de Cohab da perifa londrina se vê subitamente tendo q encarar nova galera invadindo seu quarteirao... aliens, q aqui sao um misto de pacman, Critter e gorilas! Ou seja, é uma mistureba de estilos q a semelhanca de "Cowboys & Aliens" , bem q poderia se chamar "Manos & Aliens" !! Contudo, dos filmes de invasao alienigena recentes ao menos é bem mais divertido q "Invasão do Mundo: Batalha LA" e "Skyline"..mas inferior a "Super 8" . O elenco jovem ta razoavel, dos quais Nick Frost parece deslocado, sendo q é mto mais carismatico ao lado do Simon Pegg. Comedia de ação, filme de terror B com sangue e rap sob medida.... vai encarar aeee, mano? Firmeza, é nois! Fungees na veia! 8,5/10

 

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Deuses e Monstros. Adaptado do livro que relata os últimos dia da vida do diretor James Whale (pai do Frankenstein), o filme aborda vários aspectos da personalidade de Jimmy (como era carinhosamente chamado por sua fiel empregada, a excelente Lynn Redgrave) se apegando mais a esse período específico de sua vida do que investigando os monstros que assolavam sua alma ou a dificuldade de sua relação com seus pais ou ainda de onde vinha toda aquela genialidade que imortalizou seus filmes.

 

Algumas imagens de seu passado são mostradas conforme Whale - homossexual assumido - aprofunda as relações com o novo jardineiro hétero(Brendan Fraser, funcionalmente canastrão), trazendo lembranças á sua mente já confusa pela idade avançada.  Mas isso só dá certo ao retratar o sentimento de ostracismo e solidão que permeava o fim da vida do diretor. O filme não se importa muito com o antes e deixa claro que não haverá o depois, o que não é necessariamente um acerto, embora essa seja a pretensão inicial do roteiro (vencedor do Oscar da categoria).

 

O êxito da opção de olhar pra alguém num período tão restrito da vida depende totalmente da composição de quem o interpreta pois há uma série de características adquiridas ao longo de tanto tempo que só seriam integralmente retratadas por um ator tão bom capaz de exprimi-las como se ele as tivesse vivido. E é exatamente por contar com a atuação simplesmente magnífica de Ian McKellen que o longa é tão bom de ser visto.  Da dramaticidade á nostalgia em um piscar de olhos, o britânico representa Whale com um domínio e maestria absurdos, transitando entre as várias nuances de um personagem ás portas da morte, revisitando sua juventude através da entrada do Fraser (garotão) em sua vida. Vigoroso, contido, econômico, cativante e comovente, McKellen estende sua atuação aos mais altos níveis de técnica e emoção, dando literalmente um show até o desfecho do filme.

 

É principalmente por ele que esse longa belo, mas com alguns parênteses, vale ser visto. 9,0/10
bs11ns2011-10-03 14:44:59
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L'arnacoeur

 

 

 

Achei esta comédia romântica francesa bem agradável e boa, no elenco Romain Duris (famoso na França por determinado tipo de filmes) e Vanessa Paradis, sim a Lolita dos anos 80 que a Angelica copiou seu grande hits da mesma década “Vou de Taxi” - Joe le taxi (que na verdade não tem vergonha de cantar-la nos seus shows já que ela também é cantora de inicio) , grande celebridade francesa hoje não é casada mas mora a anos e tem filhos com o Johnny Depp, só por curiosidade...

 

 

 

O filme conta a historia de um sujeito profissional contratado por familiares e amigos para destruir certos relacionamentos, usando seu charme e investigando suas vitimas femininas da cabeça aos pés, junto com a sua equipe, um casal (irmã e cunhado), que controlam tudo de longe, fazem uma ponta em todas as armações e usam uma tecnologia quase 007, tudo acontece nas mais variadas e hilárias situações, até que ele tem que lidar com uma vitima difícil, conseguir desfazer uma relação a 10 dias de casamento com um homem perfeito em tudo feito pelo ator inglês Andrew Lincoln, aquele que é protagonista da série de terror The Walking Dead.

 

 

 

Tudo isso em Mônaco, entre hotéis de luxo, carros caros e cenários paradisíacos, o filme mantém o eixo com as cenas boas de comedia e com essa visão rica a ponto de termos um bom entretenimento e sonhar um pouco com uma Ferrari, desenterra até Dirty Dancing filme do Patrick Swayze como sendo o filme favorito da vitima protagonista, com direito a passos daquele filme, só para conquistar a dama.

 

 

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ABRAÇOS PARTIDOS

 

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Por meio de um enredo elaborado como de praxe, num registro dramático-misterioso com vaivéns na cronologia dos fatos, Almodóvar trata, basicamente, de relações familiares e amorosas desfeitas ou ocultas, com um pano de fundo autorreferente: escritores, atrizes, cinema.

 

As digitais do cineasta, sejam elas estilísticas ou temáticas, se fazem presentes. A maestria na coordenação das cores nos cenários, a sexualidade ativa dos personagens, ao menos uma figura masculina insensível e abusiva, o homossexual penalizado.

 

É tudo conduzido com tamanha elegância que o único revés a quase diminuir o interesse é a frieza do relato, algo inesperado partindo de Almodóvar, via de regra apaixonado e exuberante.  

 

****/*****

 

 

Cremildo2011-10-05 19:52:54

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O PROFETA

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Ao contrário dos emocionantes dramas-de-prisão de Frank Darabont, esta produção francesa de Jacques Audiard consegue o improvável feito de fazer o espectador criar empatia para com o protagonista (criminoso assassino) não por meio da suavização idealizada da índole do personagem ou da manipulação de certos acordes sentimentais, mas antes pela crueza impiedosa das situações-limite na qual ele é obrigado a se virar para sobreviver, e também pelo desempenho de Tahar Rahim, cujo condenado passa longe de ser um monstro sanguinário ou uma alma pura injustiçada: é apenas um jovem comum, franco-árabe, encrenqueiro, iletrado, sem família nem perspectivas, que pisou na bola, dançou e terá de pular fininho para sair da sua jaula ileso após seis anos de confinamento.

 

Audiard mantém sua câmera inquieta, nervosa, captando os momentos íntimos de desespero de Rahim e sua gradual tomada de consciência sobre como terá de fazer parte ativa de um sistema e de uma hierarquia prisionais rígidos e corruptos. O resultado é forte, e prende a atenção.

 

****/*****

 

 

 

Cremildo2011-10-07 10:34:51

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Patagonia

Belissimo drama femenino britânico em formato de “road-movie indie” q, à diferença de “Thelma & Louise” , narra o paralelo da jornada de duas mulheres em diferentes estágios de suas vidas: enqto uma (idosa) sai da Patagônia rumo ao Pais de Gales atrás de suas origens européias, a outra (jovem) faz o caminho inverso na tentativa de resgatar o relacionamento com o namorado fotógrafo. Produção simples, sem gdes estrelas e de baixo orçamento q se vale não apenas nas ótimas e delicadas interpretações das duas protagonistas principais, mas principalmente por explorar ao máximo a iluminação natural das deslumbrantes panorâmicas da patagônia argentina meridional. Paisagens q somente quem já pernou pela Peninsula Valdés e rasgou de cabo a rabo a “Ruta 3” de caranga saberá reconhecer. 9/10

 

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Jorge Soto2011-10-06 08:31:12
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THOR

 

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150 milhões de dólares de orçamento bem gastos - não só com cenários gigantes (deslumbrantes) ou efeitos visuais de ponta (espetaculares), mas também com cabeças criativas por trás e à frente das câmeras.

 

Thor (encarnado pelo carismático Chris Hemsworth) é um herdeiro ao trono impulsivo e arrogante. Banido pelo pai do reino de Asgard, é enviado à Terra sem sua armadura e seu poderoso martelo Mjolnir como castigo por sua insolência. O caminho seguido pela estória, a partir daí, poderia ter sido forçado ou piegas, com o herói aprendendo a ser humilde, se apaixonando, revendo sua postura belicosa, dando valor a coisas que antes desprezava.

 

Branagh e seus atores, porém, com altas doses de senso de humor desarmante acompanhadas de atos e dramas internos de personagens com motivações críveis, com as quais não é impossível se identificar, torna a evolução dos eventos empolgante e quase lógica.

 

"Desligar o cérebro", "suspender a descrença" - mecanismos evasivos para apreciar bobagens descerebradas que não fazem a menor falta em Thor, pois trata-se de um arrasa-quarteirões que faz proveito justamente da nossa capacidade de compreensão para funcionar.

 

E até faz a gente pensar: por exemplo, qual o motivo de tantos planos em dutch angle? 02

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Cremildo2011-10-06 11:21:45

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Sem Retorno

Filmaço argentino q, sob formato de thriller dramático, faz um estudo realista ao provocar um debate ético-moral sobre a impunidade, algo q os brasileiros irão facilmente se identificar. Mix de “Amores Perros”, “O Profeta” e “Conviction” , apresenta a estória de 3 vidas se cruzam num trágico acidente: moleque foge ao atropelar e matar outro, e se omite qdo a policia (e a mídia) culpam um inocente pelo crime, q paga o pato no xilindró. A transferência da responsa é levada as últimas conseqüências e, qdo a mentira é adotada como estilo de vida, acompanhamos o desenrolar desta trágica bola de neve até um desfecho surpreendente. Atuacoes estupendas e personagens bem elaboradas, com destaque pro moleque, o falso culpado e o pai da vitima, q é tão desafortunada a pto de ser atropelada duas vezes. Ah, e os pais coniventes do moleque, q conseguem ser tão detestáveis qto merecedores de compaixão. 10/10

 

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Attack the Block

Imagine "Warrios - Selvagens da Noite" misturado com "Independence Day" e "Goonies" . Pronto' date=' tem esta razoavel  e curiosa produção britanica sci-fi q dá pro gasto como matinê indie.  Gangue teen de delinquentes pé-de-chinelo de Cohab da perifa londrina se vê subitamente tendo q encarar nova galera invadindo seu quarteirao... aliens, q aqui sao um misto de pacman, Critter e gorilas! Ou seja, é uma mistureba de estilos q a semelhanca de "Cowboys & Aliens" , bem q poderia se chamar "Manos & Aliens" !! Contudo, dos filmes de invasao alienigena recentes ao menos é bem mais divertido q "Invasão do Mundo: Batalha LA" e "Skyline"..mas inferior a "Super 8" . O elenco jovem ta razoavel, dos quais Nick Frost parece deslocado, sendo q é mto mais carismatico ao lado do Simon Pegg. Comedia de ação, filme de terror B com sangue e rap sob medida.... vai encarar aeee, mano? Firmeza, é nois! Fungees na veia! 8,5/10

 

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Pois é, eu nem sei se foi só a questão do Frost tar um pouco deslocado mas acho que também o fato dele ter sido meio que mal aproveitado dentro da história. Acho que a inclusão do cara no filme foi mais pra dizer "olha, escalamos o cara de shaun of the dead, hot fuzz e etc" do que por qualquer outro motivo. Mas o filme é legalzinho sim, embora não passe muito disso tem um clima bem legal até em certos pontos. É bem ingênuo na sua execução mas divertido justamente por isso, provavelmente.

 

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PIRATAS DO CARIBE 4 -

NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS

 

 

 

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Ainda excessivamente longo, ainda atrapalhado por um plot às vezes por demais

rocambolesco, menos espetacular do que o antecessor nos seus elementos

fantásticos - mas elevado ao status de entretenimento espetaculoso apreciável

graças a atores comprometidos e despidos de vaidade como Geoffrey Rush, Ian McShane, Richard Griffiths e Johnny

Depp, que exercitam sua veia cômica, soprando vida, humor e personalidade

aos personagens caricatos que o roteiro lhes oferece.

Era de se esperar ação mais ritmada e coreografada com maior elegância, já que o operário a cargo da direção é Rob Marshall, de Chicago e Memórias de uma Gueixa. Nesse quesito, esta terceira continuação fica aquém das anteriores, exceto do sonolento O Baú da Morte, ponto baixo da quadrilogia. A melhor contribuição de Marshall foi trazer seu desenhista de produção favorito, John Myhre, que criou cenários dignos de uma indicação ao Oscar.

B

Cremildo2011-10-09 11:41:23
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MELANCOLIA - 6/10 - Assisti e honestamente fiquei desapontado, especialmente pelo segundo ato que se deixa levar pelos seus simbolismos, funcionando apenas como uma óbvia, frágil, previsível, rasa e massante preparação para seu clímax. O 1º ato, no entanto, releva-se cercada de predicados, especilamente por funcionar como antí-climax, apresentando Justine (Dunst, na melhor atuação da sua carreira que é um elogio e também não é) como uma personagem que aparentemente feliz, gradativamente vai se deixando levar pelas dúvidas e anseios já que ela não consegue se sentir plenamente satisfeita diante daquilo que os outros tendem a julgar como a receita da felicidade. E ao explorar a cerimônia do casamento, algo instituído e socializado como um ritual de felicidade, Lars Von Trier explora com crueldade e cinismo certas convenções familiares, inclusive com os personagens que orbitam ao redor de Justine: seu pai incapaz de valorizar a figura feminina, a mãe contrária a instituição do casamento, a irmã (Gainsbourg, em boa atuação) extremamente controladora, o cunhado (Sutherland, bem também) que parece mais preocupado com o dinheiro investido no casamento, enfim, um retrato complexto que não se costuma ver nas novelas da vida. Agora, o 2º ato se perde em seus simbolismos aliado à narrativa que se prende a conceitos astrológicos que remetem ao fim do mundo numa clara pretensão de explorar que a tristeza, a melancolia e a depressão, quando não bem assimiladas, podem fazer com que a pessoa seja engulida pelo "mundo" e aqui Trier investe pesadamente no suspense e na expectativa do que pode vir a acontecer fisicamente apenas pra sustentar uma idéia que por tudo o que foi visto não precisava de tamanha atenção e dedicação, ainda mais que os eventos são desinteressantes, apesar dos simbolismos. E de simbolismo em simbolismo, Trier cava sua própria sepultura e se deixa engolir não apenas pela melancolia, mas pela sua própria arrongancia e presunção. Thiago Lucio2011-10-09 14:56:20
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Contos do Dia das Bruxas (Trick 'r Treat, 2007) - pelo que eu entendi, esse é de 2007 só oficialmente, pq foi lançado comercialmente mesmo em 2009, e direto em DVD. Mas essas decisões não têm a ver com a qualidade do filme, que é acima da média. Durante a noite de Halloween, as vidas (e mortes) de vários habitantes de uma cidadezinha se interligam. A estória é bem contada, e há algumas boas surpresas reservadas, embora o filme não fique se esforçando pra ser imprevisível (ou talvez exatamente porque o filme não fica tentando ser imprevisível). O que mais chama a atenção, entretanto, é a qualidade da fotografia e da direção de cena. Tem um monte de boas imagens ao longo do filme, centradas em casas sombrias, a floresta e uma espécie de pântano. Bem interessante.

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Dois filmes lokões, bem fantasiosos mesmo. A diferença é que um é ótimo e o outro meia boca.

 

Sucker Punch é o meia boca dirigido pelo Zack Snyder que tenta contar uma história de vingança e de volta por cima calcado numa montagem absolutamente desnecessária. Até fiquei tocado com os primeiros cinco minutos do filme pela história triste da Baby Doll (Emily Browning, com uma cara de boneca Susy que me irritou). Mas depois ele inventa um mundo paralelo onde ela tenta superar os obstáculos pra fugir do que lhe foi imposto com a ajuda de outras quatro garotas (todas semi vestidas e com histórias mal desenvolvidas; a única que presta em termos de atuação é a Jena Malone) instigadas a abandonar a realidade torpe que as cerca. Um monte de efeitos especiais, cenas barulhentas e atropeladas e uma trilha pavorosa vão deixando o filme com cara de video game, culminando num final que vai de encontro a toda a luta da personagem de Browning. Totalmente sem necessidade de fazer um filme desse. 3,0/10

 

O outro viajado mas muito melhor pela coerência da montagem com relação á proposta inicial é O Mundo Imaginário do dr. Parnassus, onde Terry Gilliam (do Brothers Grimm, que eu também amei) constroi todo um ambiente próprio, fantasioso e visionário que reflete diretamente (ou é refletido) na ação dos personagens. O imaginário das pessoas é posto á prova, fazendo a gente se questionar até que ponto nos limitamos pela imaginação ou nos deixamos levar pela interminável criatividade presente nela. A fotografia é encantadora e por vezes brilhante por ser um componente indispensável do roteiro, complexo, beirando o surreal e desafiador por sinal. Mas o que mais me encantou aqui foi a escolha de Gilliam de colocar Depp, Law e Farell para fazer o mesmo personagem de Ledger. Deu tão certo que você demora a perceber a diferença em algumas tomadas. Só achei que tem uns recursos dramáticos do roteiro que podiam ter sido dispensados porque fizeram o ritmo decair um pouco. Mas nem a presença do insosso do Garfield comprometeu a qualidade do longa! Uma viagem pra quem gostar e entrar no clima. 8,5/10
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O DISCURSO DO REI

 

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Fácil entender por que este drama cativou crítica, público e a Academia. Contos de superação pessoal e formação de amizades improváveis são talhados para atingir o coração das pessoas. É um assunto ao alcance do entendimento de qualquer um disposto a assistir, independentemente de gosto ou cultura, que não demanda uma abordagem vanguardista, revolucionária ou experimental para render um filme interessante.

 

Pode-se não se emocionar com a relação entre o rei inglês gago e seu terapeuta de discurso australiano, nem se sentir inspirado com a determinação do monarca em dar a volta por cima de suas limitações em prol da nação em tempo de guerra, mas é difícil que alguém termine a sessão coçando a cabeça, indagando-se sobre significados subjacentes ou simbologias ocultas.

 

O Discurso do Rei é direto, convencional porém elegantemente conduzido e produzido com requinte, interpretado com afinco pelo trio Firth-Rush-Carter, ora engraçado, por vezes tocante, ainda que nunca especial.

 

B

 

 

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Uma Noite Mais Que Louca
Quem curte filmes oitentistas, isto é, q tenham a década de oitenta como pano de fundo assista a deliciosa comédia romantica “Take Me Home Tonight”.. Produção recente q foi mal nas bilheterias ianques e foi direto pras locadoras. Ainda bem. Com um pezinho na trama de Alta Fideldade (so q passada numa locadora) está matinezinha é tão inofensiva como agradável, do mesmo naipe de "The Wedding Singer", "Romy & Michelle" e do recente "Hot Tub Machine".. A trilha sonora então, maravilhosamente nostalgica: Duran Duran, The Buggles, Yazoo, Kim Carnes, Men Without Hats, Whang Chung, The Cure e Human League, entre outros.. Baixando imediatamente! 9/10

 

PS:  Veja o clipe da trilha sonora e repare nas trocentas referencias a varios classicos dos 80.. Rambo, Ghostbusters, Harry & Sally, Iluminado, entre trocentos outros.. Atente pro Michael Bieh durante a parodia do Terminator..06

 

 

 

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Jorge Soto2011-10-10 17:18:15
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ABC DO AMOR

 

 

 

Sério, eu amo esse filme. Sou louco por ele, está no meu TOP20 DE TODOS OS TEMPOS.

 

 

 

È simples, tem seus clichês, é cutecute, mas poucas vezes vi o amor ser retratado de forma tão verdadeira. E em alguns momentos lembra Woody Allen principalmente pelo o amor do protagonista por Nova York e seus monólogos.

 

 

 

E Charlie ray, que faz Rosemary, é maravilhosa na sua atuação.

 

 

 

AMO DE PAIXÃO.

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O ASSASSINO EM MIM

 

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Há filmes que você não entende. Tem os que não te entediam, mas tampouco mantêm seu interesse. Existem aqueles que te repugnam, passam a impressão de perda de tempo ou, pior, te fazem nunca querer revê-lo.

 

O Assassino em Mim acompanha um homem da lei com aparência inofensiva e de fala mansa (Casey Affleck). No fundo, ele é um psicótico homicida, esperto, safo, traíra, cujo alvo favorito são as mulheres com as quais relaciona (Kate Hudson, Jessica Alba).

 

Inexiste tensão, aprofundamento psicológico, guinadas narrativas. Winterbottom grava tudo com certa displicência profissional, se é que isso faz sentido. É um feijão-com-arroz carente de alma, incapaz de envolver, desbalanceado por escolhas estranhas na trilha musical e no instantes de humor esquisito e, no final das contas, para mim, insignificante.

 

Suspeito que algum preparado defensor irá contra-argumentar apontando méritos passados despercebidos na condução de Winterbottom, talvez destacando o empenho dos atores ou, quem sabe, destrinchando matizes psicológicos invisíveis aos meus olhos. Escutarei com atenção e abertura, mas, francamente, seria tarde demais: não estou nem aí para este exercício de sadismo inconsequente, e torço para que ele saia da minha memória o mais rápido possível.

 

C-

 

 

 

 

Cremildo2011-10-15 15:34:46

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Capitães da Areia (2011) - 4/5


Melhor filme brasileiro que assisti no cinema este ano. O que não quer dizer grande coisa, pois estamos em um ano com filmes nacionais relativamente fracos. Mesmo assim, é um longa com uma alma, bom ritmo e personalidade própria. Não li ainda a obra de Jorge Amado, mas me arrisco a dizer que é uma bela adaptação, com emoção na dose certa, embora tenha um certo exagero na edição de algumas cenas. A atuação do jovem elenco também é irregular, embora não chegue a comprometer a história. De qualquer forma, fui surpreendido.
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127 HORAS

 

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Por que costumamos nos dar conta de nossas faltas para com terceiros em momentos de desespero? Por que nossa percepção da realidade parece aumentada quando estamos em situações-limite, fazendo com que repensemos atitudes quiçá reprováveis com outros olhos? Ou damos mais valor a alegrias fugidias, tomadas por certas no cotidiano?

 

Danny Boyle e Simon Beaufoy, que escreveram este filme enérgico, inspirador e tremendamente poderoso (ainda estou a tremer enquanto digito estas palavras), concluem que vale a pena continuar vivendo, pois nada há de mais gratificante do que reconhecer as dádivas da existência de qualquer um: a família, os amores, os arrependimentos, o aprendizado, o amadurecimento.

 

Uma pessoa desencantada, desapegada, desapaixonada, sozinha, teria se rendido - não teria sacrificado o próprio braço para se livrar da morte certa naquele despenhadeiro. 127 Horas, pulsante em suas edição e fotografia multifacetadas, cuja credibilidade dramática se deve em especial à extenuante performance de James Franco, é um hino despertador a favor da valorização do que temos à nossa volta e do ímpeto de ser, mas ser com consciência.

 

B+ 

 

 

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