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Beautiful Boy
Drama familiar pesadão q é uma espécie de “Tiros em Columbine” ou “Elefante” centrado nos pais do jovem atirador. A trama se foca na dolorosa e sofrida estória de um casal q tem sua vida revirada ao saber q seu filho cometeu chacina no colégio e depois se matou. O bacana é q o filme não se propõe debater as origens da violência e sim foca a dura sobrevivência do casal após o trágico acontecimento, explorando suas conseqüências e não a causa. E são os pequenos detalhes espalhados ao longo do filme q provavelmente dão as respostas às “causas”, de forma velada e indireta, na educação do moleque. A montagem é seca e a câmera na mão imprime um ritmo crível, sóbrio e ao mesmo tempo duro e impactante. Mas o melhor é ver q os pais são iguais em qq lugar, com seu amor incondicional aos filhos irretocável, mesmo q estes entrem em parafuso e saiam metendo chumbo por ai. Ou seja, é preciso (re)discutir a relação. Claro q pra isto a ótima e intensa interpretação da Maria Bello e Michael Sheen ajudam bastante. A cena da discussão deles é de longe a melhor do filme, pois consegue ser explosiva e impactante sem necessidade de nenhum corte. Boa opção pra ficar deprê. 9/10
 

 

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Sem Fim - Bez konca, Krzysztof Kieslowski, Polônia, 1985 - 7/10

 

O filme é dividido em duas histórias, entre as quais há uma fraca ligação. Uma delas mostra o sofrimento de uma mulher que acabou de perder o marido. A atriz que interpreta a viúva não é ruim, mas podia ser um pouco mais expressiva. E existe o filho dos dois, que não parece sentir a morte do pai e é um personagem negligenciado. O outra história é sobre um homem que é tratado como criminoso por ter se envolvido numa greve. Aborda a questão social do cidadão como vítima do Estado, mas seu desenvolvimento é insuficiente e deixa uma sensação de "quero mais". A impressão que fica é de frieza, desolação e falta de esperança, enfatizadas pelas cores frias e mortas, que combinam tão bem com a situação dos personagens. Longe de ser uma obra-prima, mas o resultado é mais positivo do que negativo.

 

 

Beautiful Boy

Drama familiar pesadão q é uma espécie de “Tiros em Columbine” ou “Elefante” centrado nos pais do jovem atirador. A trama se foca na dolorosa e sofrida estória de um casal q tem sua vida revirada ao saber q seu filho cometeu chacina no colégio e depois se matou. O bacana é q o filme não se propõe debater as origens da violência e sim foca a dura sobrevivência do casal após o trágico acontecimento' date=' explorando suas conseqüências e não a causa. E são os pequenos detalhes espalhados ao longo do filme q provavelmente dão as respostas às “causas”, de forma velada e indireta, na educação do moleque. A montagem é seca e a câmera na mão imprime um ritmo crível, sóbrio e ao mesmo tempo duro e impactante. Mas o melhor é ver q os pais são iguais em qq lugar, com seu amor incondicional aos filhos irretocável, mesmo q estes entrem em parafuso e saiam metendo chumbo por ai. Ou seja, é preciso (re)discutir a relação. Claro q pra isto a ótima e intensa interpretação da Maria Bello e Michael Sheen ajudam bastante. A cena da discussão deles é de longe a melhor do filme, pois consegue ser explosiva e impactante sem necessidade de nenhum corte. Boa opção pra ficar deprê. 9/10[/quote']

Com certeza eu vou assistir. Pode demorar um pouco, mas eu vou. Pais que perderam seus filhos é um dos meus temas preferidos. Além do recente Rabbit Hole, também gosto muito de O Filho, O Quarto do Filho e O Doce Amanhã, apesar de que este último não se concentra no luto dos pais. E o que me interessa no diluído Cemitério Maldito é apenas a morte do menino.

 

Lucyfer2011-11-04 16:44:19

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O Castelo Animado - Hauru no ugoku shiro, Hayao Miyazaki, Japão, 2004 - 10/10

 

 

 

Mais uma vez cenários impressionantes, e vale destacar o castelo,

engenhoso em seu design e animação. No início, não parece que Sofî vai

se destacar muito, mas ao ser alvo de um feitiço ela é obrigada a sair

da mesmice, e algo que parecia adormecido é despertado nela. O filme

tira bastante proveito das possibilidades que a animação e a mágica

oferecem. É uma aventura louca e surpreendente onde nada parece

impossível, quem aparenta ser vítima demonstra o contrário e não há uma

separação exata entre o bem e o mal. E graças aos sentimentos que unem

os personagens uns aos outros e que nos fazem gostar deles, o filme é

mais do que a magia dando um belo espetáculo.

 

 

 

 

 

 

 

Los olvidados - Luis Buñuel, México, 1950 - 7/10

 

 

 

Pessoas moldadas pela pobreza, entre elas o garoto que tenta se

comportar melhor, enquanto o meio não facilita, e o rapaz vagabundo que

anda pelas ruas cometendo crimes, inclusive assassinato, sem peso na

consciência. Cada uma delas desperta compaixão ou raiva ou ambos os

sentimentos. O desamparo em que vivem é feio e desagradável como no

mundo real, e feiúra é uma boa palavra para se referir ao conjunto

formado por fotografia e cenários, mas é um tipo de feiúra que atrai o

olhar. Buñuel fez uma eficiente crítica social, que chama a atenção para

as consequências arrasadoras da pobreza. 

 

Lucyfer2011-11-05 14:59:02

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Medo. Minha primeira experiência com o cinema sul-coreano foi ótima e eu quero repetí-la. A história de duas adolescentes que voltam pra casa do pai depois da internação de uma delas por causa da morte da mãe é desenvolvida com contornos aterrorizantes eficazes pela montagem bastante simples e que explora o conteúdo do roteiro pra causar o espanto. Tudo tem um motivo, uma razão, um argumento, ainda que fiquem bastante explícitos á certa altura, o que não seria necessário pois a montagem seria bem mais profunda caso deixasse resolvesse a história de forma subentendida. De qualquer forma, a cenografia é um personagem (e muito atuante), a trilha é bem utilizada (a sinfonia de Mozart é lindíssima) e todas as atuações são espontâneas e fortes ao mesmo tempo e na mesma proporção. Um suspense muito bem dirigido e construído. 8,0/10

 

 
bs11ns2011-11-05 15:36:33
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O Silêncio do Lago - Spoorloos, George Sluizer, Holanda, 1988 - 9/10

 

Infelizmente eu já conhecia o destino da moça desaparecida, mas um bom suspense não se apóia apenas na surpresa causada pela revelação final. O caminho percorrido precisa ser capaz de sustentá-lo, e é justamente o que acontece. O elemento fascinante do filme é o personagem responsável pelo desaparecimento. Um homem comum, que trabalha como professor, sabe ser simpático, vive muito bem com a esposa e as duas filhas e tem até um aspecto ligeiramente cômico. É perturbador perceber que, escondidos atrás do bom caráter e da normalidade aparentes, estão a frieza e o prazer em praticar o mal. Faz a gente pensar nos maníacos perigosos que existem por aí, imperceptíveis... Mas o personagem não seria nada sem um ator capaz de lidar com as características conflitantes, deixando transparecer de maneira quase imperceptível uma estranheza que denuncia a podridão. Depois de toda a preparação, favorecida pela ótima montagem, e do breve joguinho de esconde-esconde, vem um final cruel que me deixou com um sorriso. 

 

 

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Meu País. Esse drama nacional que marca a estreia de André Ristum na direção de longas ficcionais tem justamente nele seu maior mérito. A estória de dois irmãos (Reymond e Santoro) distantes fisica e sentimalmente que tem uma reaproximação forçada pela morte do pai (Paulo José, que aparece por minutos mas é responsável por uma das cenas mais tocantes) e descobrem a existência de uma irmã com problemas mentais (Débora Falabella, de quem sempre espero uma grande atuação e aqui está ótima) possui uma condução de ritmo espantosa de tão consciente e eficaz pro roteiro. Os problemas se mostram na hora certa, as atitudes que demonstram as fragilidades dos irmãos aparecem nos conflitos sem nenhum excesso, o texto é utilizado em poucos porém adequados e não verborrágicos diálogos, assim como os instantes de silêncio são paulatinos e necessários. O roteiro tem lá o seu quinhão não-original, á medida que o heroi da história recebe o chamado pra tentar voltar á família e reparar anos de ausência. Ao mesmo tempo em que a personagem de Falabella é essencial pra esse reencontro de Marcos (Santoro, na primeira atuação decente e excepcional da carreira) consigo mesmo, sua ida para Itália e o mergulho de Tiago (Reymond, apenas eficiente) no vício da jogatina não têm as origens explicadas: você não sabe os motivos deles, não conhece suas angústias, não entende o porquê daquilo tudo. Talvez tenha sido montado assim justamente para fugir de fórmulas pre-estabelecidas, de resoluções fáceis ou explicações óbvias e consegue ser lindo e comovente em umas três ou quatro cenas, sem qualquer pretensão de ser algo maior do que o que é entregue no fim. Ristum promete. 8,0/10 bs11ns2011-11-05 17:26:20
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mulheres-a-beira-de-um-ataque05.jpg

 

 

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos - Mujeres al borde de un ataque de nervios, Pedro Almodóvar, Espanha, 1988 - 7/10

 

 

 

Com bons diálogos, acontecimentos inusitados, mulheres desesperadas e o

estilo brega-no-bom-sentido de Almodóvar, parece que vai ser mais

engraçado do que realmente é. Nunca vi um filme ruim dele, mas também

nunca vi um filme excelente. Ele está sempre na

média. 

 

Lucyfer2011-11-05 21:09:36

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Almodóvar

nunca vi um filme excelente.

 

Nem Fale com Ela? 04

Não.

 

Labirinto de Paixões

A Lei do Desejo

Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos

Ata-me

Kika

A Flor do Meu Segredo

Carne Trêmula

Tudo Sobre Minha Mãe

Fale com Ela

Má Educação

Volver

 

Eu sempre espero um bom filme dele, e nada mais.

 

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AMIZADE COLORIDA - 8/10 - Por ser uma comédia romântica, esta é mais uma daquelas produções que você já sabe como irá acabar, mas o que faz desta um pouco superior as demais do gênero, além do senso de humor, dos personagens e atores carismáticos, é a abordagem um tanto quanto picante sobre os relacionamentos, no caso, aqueles estabelecidos pelo sexo casual. Jamie (Mila Kunis) é uma jovem headhounter arrojada e desbocada que consegue convencer Dylan (Justin Timberlake), um jovem editor tímido e pacato, a aceitar uma oferta de emprego em Nova Iorque. A partir daí, ambos iniciam uma amizade e após as últimas experiências românticas e frustradas, eles decidem acrescentar o sexo na relação com o compromisso que não iriam se envolver emocionalmente. Os 3 roteiristas de "Amizade Colorida", dentre eles o diretor Will Gluck, conseguem trazer ao projeto um frescor e uma vitalidade na abordagem que fazem toda a diferença, especialmente quando cria estes 2 personagens tão antagônicos, mas cuja mentalidade e postura diante do assunto não revela preconceito algum. E quando reconhecemos que se tratam de jovens inteligentes, competentes no que fazem, mas que não tiveram sorte no amor, a decisão pelo sexo casual não é apenas excitante para ambos, mas torna-se aceitável, uma compensação justa na qual eles se identificam. A química em cena entre Mila Kunis e Justin Timberlake é maravilhosa, mas nota-se que os esforços individuais de ambos são muito bem recompensados, favorecendo a identificação com os personagens, logo as tiradas cômicas se tornam atraentes e divertidas e até mesmo aquelas que são voltadas mais ao teor sexual da relação se tornam muito bem defendidas pelos atores, algo que roteiro e direção também souberam aproveitar para não torná-las de péssimo gosto, pelo contrário. E outro ponto a favor de "Amizade Colorida" é que em uma espécie de exercício muito bem ensaiado de metalinguagem, os personagens demonstram noção da existência das comédias românticas, o que permite que por diversas vezes eles questionem os clichês românticos e se coloquem acima dos mesmos, o que é de uma perfeita coerência, além de permitir que se brinque com isso. A premissa é bem estabelecida, o desenvolvimento é muito bom, mas eis que o roteiro se sente na obrigação de criar um conflito genérico na relação do casal a partir do momento em que ela conhece a família dele. É nesse terceiro ato que "Amizade Colorida" joga o seu discurso no lixo e se assume como uma comédia romântica qualquer apenas para que os personagens briguem e voltem antes dos créditos finais. Richard Jenkins oferece mais uma boa participação mesmo com pouco tempo de cena como o pai de Dylan, no entanto o núcleo familiar permite apenas algumas boas piadas. Ainda assim, "Amizade Colorida" é uma comédia romântica bastante divertida, especialmente quando se mostra pouco convencional e/ou quando brinca com os clichês do gênero. O casal Mila Kunis e Justin Timberlake manda muito bem.Thiago Lucio2011-11-06 00:12:08
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AMIZADE COLORIDA - 8/10[/quote']

Parece ser uma comédia romântica melhor do que a maioria. Mas não tenho vontade de assistir. Romance deve ser o tema mais sem graça de todos pra mim... Não sei como meu filme preferido consegue ser um romance inocente com final "felizes para sempre". Contradições...

 

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As Vinhas da Ira. Tão visceral quanto o livro, o drama de John Ford retrata com maestria a odisseia de uma família de trabalhadores rurais que atravessa os Estados Unidos em busca de emprego na época da Grande Depressão. O mais bonito é observar como a instituição familiar busca ser preservada sob todas as dificuldades. A matriarca tenta preservar todos, mantê-los unidos mesmo quando alguns deles fraquejam e querem abandonar o barco. Um profundo retrato sobre como o caos econômico de uma nação afeta diretamente todo seu povo. 10/10

 

O Louco Amor de Yves Sain Laurent. Documentário narrado por Pierre Bergé que conta detalhes sobre a vida conturbada do genial estilista francês. Os melhores momentos acontecem quando a câmera fica focada em Bergé e este relata tudo que viveu nos anos em que esteve ao lado de Yves. A paixão de Pierre pelo estilista está no mesmo nível da paixão deste pela vida e esta intensidade de sentimentos é o que mais comove no filme, que peca ao optar por uma linha inquisitiva e julgadora quando a câmera está longe de Bergé. 7,0/10

 

Uma Manhã Gloriosa. Comédia que faz piada com os programas matutinos da televisão americana e com o excesso de vaidade de suas estrelas nos bastidores, mostrando o empenho de uma jovem editora (Rachel McAdams) em tirar da lama um antigo programa de variedades como pano de fundo. Tem umas duas subtramas que tentam ser dramáticas (uma delas conta com o carisma e a canastrice do Harrison Ford) mas que não tem o menor aprofundamento, não fazendo nenhuma diferença pro resultado final do filme. Ainda traz Diane Keaton como uma âncora vaidosa, cheia de crises de estrelismo e irritante. Deixa bem claro que, assim como no Brasil, algumas redes de TV americanas são capazes de tudo pela audiência. 6,0/10 

 

Edit.: Eu amo de paixão ensandecida o Almodovar! Tudo Sobre Minha Mãe e Volver entraram pra galeria de filmes da minha vida. Ele, Allen e Eastwood são meus diretores vivos preferidos.
bs11ns2011-11-06 11:13:26
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UM OLHAR DO PARAÍSO

 

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Ao contrário do que logrou no dolorido e imaginativo Almas Gêmeas, Peter Jackson esquece de soprar vida ao drama familiar, se perde em paisagens digitais cafonas, torna-se relapso ao orientar seus atores (Mark Wahlberg e Rachel Weisz parecem estar em filmes diferentes) e erra na dose ao tentar mesclar tragédia com humor (Susan Sarandon dá um show, mas contrasta com o resto).

 

Garotas de 14 anos, como a protagonista, talvez sejam o público-alvo, e não façam essas objeções. Elas podem suspirar com o romancezinho entre a garota assassinada e o galã inglês admirador de poesia e teatro, ou se embasbacar diante das vistas coloridas do "limbo". Para quem espera do diretor emoções intensas, achados visuais inovadores, narrativa coesa ou uma exploração decente de como pais e irmãos lidam com uma perda avassaladora, o sentimento de indiferença, seguido de decepção, é incontornável.

 

Salva-se do esquecimento imediato o monstro anormal de Stanley Tucci, de dar calafrios.

 

C

 

 

 

Cremildo2011-11-07 09:26:36

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AMIZADE COLORIDA - 8/10[/quote']
Parece ser uma comédia romântica melhor do que a maioria. Mas não tenho vontade de assistir. Romance deve ser o tema mais sem graça de todos pra mim... Não sei como meu filme preferido consegue ser um romance inocente com final "felizes para sempre". Contradições...

 

Bom te convido a olhar a vida sob uma ótica mais positiva. Começa com você. 03
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AMIZADE COLORIDA - 8/10[/quote']

Parece ser uma comédia romântica melhor do que a maioria. Mas não tenho vontade de assistir. Romance deve ser o tema mais sem graça de todos pra mim... Não sei como meu filme preferido consegue ser um romance inocente com final "felizes para sempre". Contradições...

 

Bom te convido a olhar a vida sob uma ótica mais positiva. Começa com você. 03

Não faço questão de mudar minha visão sobre o tema romance. E não vejo por que eu deveria...

 

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Nova York, Eu Te Amo. Onze curta-metragens de onze diretores diferentes estão reunidos neste longa metragem que tem por propósito mostrar a cidade do título sob variados ângulos e perspectivas. Mais ou menos como o que foi feito com Paris, Eu Te Amo, neste aqui os cineastas(alguns famosos como Shekhar Kapur, Fatih Akin e Mira Nair) desenvolvem suas histórias se utilizando de algum ponto específico da megalópole. E estes se tornam personagens de cada uma das montagens por serem substanciais para o sucesso dos curtas. O saldo do projeto (que tem alguns momentos tocantes, um deles protagonizado pelo LaBeouf) é bem positivo pois encanta em grande parte do tempo. 8,0/10

 

Toy Story 3. Não tenho muito distanciamento racional pra falar desta animação por causa da relação antiga que tenho com toda a trilogia (faz parte da minha infância). Só posso dizer que o filme fala sobre amizade, honestidade, valorização dos sentimentos, altruísmo, solidariedade, dificuldades em aceitar mudanças e como elas são necessárias e, sobretudo, fala sobre o amor de um modo geral. Chorei horrores no final e isso pode representar um certo lado meloso do roteiro. Mas não tenho como não ser emocional com uma obra que me remete ás raízes mais profundas do meu passado. 10/10

 

O Escritor Fantasma. Mais um filme acima da média do Polanski que atinge o objetivo esperado principalmente porque ele é muito hábil em construir uma atmosfera de tensão e suspense, bem como em humanizar seus personagens a ponto de não serem julgados por suas atitudes. O melhor do filme é isso: nem a responsável pela bagunça que vira a vida do Ghost Writer do título (embora eu ache que ele não tem nada além de um rostinho bonito, McGregor está eficiente aqui) quando ele aceita escrever a biografia do personagem de Brosnan (também não gosto dele, mas funciona bem aqui), é retratada como uma vilã. Todos os personagens tiveram de fazer uma escolha em determinado momento da vida e acabaram por arcar com as consequências daquilo, como ocorre no mundo real na maioria das vezes. O roteiro excepcional expõe isso de forma pungente, acentuada pelo final surpreendente e majestoso. Baita filme! 9,5/10 
bs11ns2011-11-06 14:18:55
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outro-lado-da-rua05.jpg

 

O outro Lado da Rua - Marcos Bernstein, Brasil, 2004 - 9/10

 

A personagem de Fernanda Montenegro trabalha num serviço voluntário, que consiste em avisar a polícia quando percebe a prática de crimes. Na terceira idade e solitária, a ocupação para ela é muito mais uma questão de preencher o tempo e se sentir útil, do que um dever cívico. Em mais uma noite dedicada a espiar com um binóculo as pessoas que moram no prédio em frente a seu apartamento, ela presencia um homem aplicando uma injeção fatal na esposa, e inicia uma investigação que leva a um relacionamento desconfortável. É uma espécie de Janela Indiscreta, mas bem diferente do filme de Hitchcock. Não é um suspense centrado na resolução do assassinato, é um drama sobre uma vida vazia. Sem panfletagem, trata da inadequação dos idosos, que têm dificuldade para encontrar um lugar na sociedade, e inclui o tabu envolvendo a sexualidade deles. A música monótona e o ritmo lento dão o tom do tédio em que a protagonista vive.

 

 

 

 

Lucyfer2011-11-06 19:00:36

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AMIZADE COLORIDA - 8/10 - Por ser uma comédia romântica, esta é mais uma daquelas produções que você já sabe como irá acabar, mas o que faz desta um pouco superior as demais do gênero, além do senso de humor, dos personagens e atores carismáticos, é a abordagem um tanto quanto picante sobre os relacionamentos, no caso, aqueles estabelecidos pelo sexo casual. Jamie (Mila Kunis) é uma jovem headhounter arrojada e desbocada que consegue convencer Dylan (Justin Timberlake), um jovem editor tímido e pacato, a aceitar uma oferta de emprego em Nova Iorque. A partir daí, ambos iniciam uma amizade e após as últimas experiências românticas e frustradas, eles decidem acrescentar o sexo na relação com o compromisso que não iriam se envolver emocionalmente. Os 3 roteiristas de "Amizade Colorida", dentre eles o diretor Will Gluck, conseguem trazer ao projeto um frescor e uma vitalidade na abordagem que fazem toda a diferença, especialmente quando cria estes 2 personagens tão antagônicos, mas cuja mentalidade e postura diante do assunto não revela preconceito algum. E quando reconhecemos que se tratam de jovens inteligentes, competentes no que fazem, mas que não tiveram sorte no amor, a decisão pelo sexo casual não é apenas excitante para ambos, mas torna-se aceitável, uma compensação justa na qual eles se identificam. A química em cena entre Mila Kunis e Justin Timberlake é maravilhosa, mas nota-se que os esforços individuais de ambos são muito bem recompensados, favorecendo a identificação com os personagens, logo as tiradas cômicas se tornam atraentes e divertidas e até mesmo aquelas que são voltadas mais ao teor sexual da relação se tornam muito bem defendidas pelos atores, algo que roteiro e direção também souberam aproveitar para não torná-las de péssimo gosto, pelo contrário. E outro ponto a favor de "Amizade Colorida" é que em uma espécie de exercício muito bem ensaiado de metalinguagem, os personagens demonstram noção da existência das comédias românticas, o que permite que por diversas vezes eles questionem os clichês românticos e se coloquem acima dos mesmos, o que é de uma perfeita coerência, além de permitir que se brinque com isso. A premissa é bem estabelecida, o desenvolvimento é muito bom, mas eis que o roteiro se sente na obrigação de criar um conflito genérico na relação do casal a partir do momento em que ela conhece a família dele. É nesse terceiro ato que "Amizade Colorida" joga o seu discurso no lixo e se assume como uma comédia romântica qualquer apenas para que os personagens briguem e voltem antes dos créditos finais. Richard Jenkins oferece mais uma boa participação mesmo com pouco tempo de cena como o pai de Dylan, no entanto o núcleo familiar permite apenas algumas boas piadas. Ainda assim, "Amizade Colorida" é uma comédia romântica bastante divertida, especialmente quando se mostra pouco convencional e/ou quando brinca com os clichês do gênero. O casal Mila Kunis e Justin Timberlake manda muito bem.[/quote']

Ótimo comentário Thiago. Amizade colorida é realmente um filme que se sobressai no gênero, e, na minha opinião, isso se deve mais do que tudo ao carisma do casal principal que te faz realmente acreditar naquela amizade e torcer pelo relacionamento. Depois da dupla Easy A e Amizade colorida, Gluck está com um saldo definitivamente positivo em transformar projetos aparentemente batidos em filmes criativos e divertidos.

 

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EU QUERIA TER SUA VIDA - 3.5/10 - De tempos em tempos' date=' a indústria cinematográfica produz comédias que investem na premissa do adulto que volta a ser criança ou o inverso assim como a troca de corpos quase sempre sem a mesma criatividade ou carisma, como é o caso deste "Eu Queria Ter Sua Vida". Aliás, por que revisar este clichê sendo que nada de novo será utilizado? Dois amigos, um responsável e careta vivido por Jason Bateman, e outro irresponsável e extrovertido, vivido por Ryan Reynolds, trocam de vida após uma rápida mijada em uma fonte mágica. Sim, tudo bem que essa "desculpa" é um mero artifício, mas convenhamos que foram extremamente preguiçosos ao pensar neste. O único objetivo deste filme é explorar uma faceta cinematográfica descolada de Bateman e explorar uma outra faceta cômica de Reynolds, mas roteiro e direção não ajudam em nada. Uma situação mais constrangedora que outra, sempre apelando para as piadas mais sujas e ordinárias, não necessariamente engraçadas e quase sempre com as conclusões mais estúpidas, como ao mostrar bebês defecando no rosto, mulheres grávidas explorando sexo animal, depilação de pelos pubianos, bola extra no saco escrotal, diarréia de comida tailandesa e outras gags extremamente divertidas, inspiradas e adoráveis. Os dois atores são até talentosos e salvam alguns momentos, mas conseguem se tornar insuportáveis em outros quase colocando o filme no lixo, se bem que porcaria por porcaria até Daniel Filho se saiu melhor aqui no Brasil, se bem que ele tinha ao seu lado Tony Ramos e Gloria Pires... ou seja, este aqui é um filme quase que praticamente descartável.[/quote']

O melhor é o Freaky Friday de 1976.

 

 

 

Nunca vi o de 76, mas acho a refilmagem bem divertida. Jamie Lee Curtis está impagável no filme.

 

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O melhor é o Freaky Friday de 1976.

 

 

 

Nunca vi o de 76' date=' mas acho a refilmagem bem divertida. Jamie Lee Curtis está impagável no filme.

[/quote']

E eu nunca vi a refilmagem. Outro filme assim que eu assisti foi Wish Upon a Star, com Katherine Heigl, em que a troca acontece entre duas irmãs. Eu penso em ver It's a Boy Girl Thing, em que dois adolescentes do sexo oposto que se odeiam... Vocês sabem o resto. Se eu assistir vai ser só pela beleza de Kevin Zegers (aquele que interpretou o filho do transexual em Transamérica).

 

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primo+basilio+2007+c+fabio+assuncao+dvd+filme+frete+gratis+itumbiara+go+brasil__32A7A8_3.jpg

 

Primo Basílio - Daniel Filho, Brasil, 2007 - 6/10

 

A história chama a atenção para duas questões sociais: o poder econômico que permite maltratar os inferiores, e as convenções ditando os relacionamentos amorosos e sexuais. A empregada doméstica mal vestida, feia, séria, triste e se arrastando pela casa quase muda e forçosamente submissa parece um trapo, contrastando com o ambiente polido onde trabalha. Ela não é vista como gente pela patroa, que, sem ser caricata, age com uma típica falta de consideração, até a situação se inverter. O conflito entre as duas mulheres, no qual não existe simplesmente uma vilã e uma mocinha, e os temas sociais podiam ter rendido uma reflexão relevante, mas o filme se segura razoavelmente bem como um suspense raso, sobre uma mulher casada que não pode deixar o marido descobrir seu caso com o primo. O melhor são as atuações de Glória Pires e principalmente de Débora Falabella, que demonstra talento passando pelo deslumbre romântico e indo parar na angústia extrema. Para atrapalhar, tem uns deslizes constrangedores da direção.

 

 

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Akira - Katsuhiro Ohtomo, Japão, 1988 - 9/10

 

O importante é apreciar a animação, o visual futurista e decadente, a ação, a violência, os exageros e a bizarrices.  E tem seus elementos e cenas marcantes, como as crianças velhas, os brinquedos aterrorizantes e o monstro absurdo que um dos personagens se torna. A história não importa. É o poder das imagens que torna Akira um filme raro.
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