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Forum Cinema em Cena

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Certamente a crítica brasileira não receberá este filme muito bem. Se fosse um estrangeiro dirigindo, diriam que é pq se trata de uma visão estrangeira, agora como se trata de um brasileiro, usam a desculpa de que ele já não mora mais no Brasil e está tendo uma visão de turista. Me parece óbvio que para fazer uma animação que se passa no Rio, mas que tem que ter apelo universal, uma série de estereótipos seriam explorados. Quer coisa mais patética do que colocar macacos como ladrões? Ainda assim acho que a crítica brasileira receberá o filme de maneira aborrecida. Ou "Ratatouille" pinta uma Paris com cores realistas???

Thiago Lucio2011-04-10 12:57:43
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Não. Ratatoullie não enfoca Paris, mas a tridimensionalidade de seus encantadores personagens que tem Paris como seu magnífico palco. A cidade é homenageada como consequência da estória. Em Rio as cores vibrantes e a delicadeza dos traços dos animais enfatizam o aspecto estético e não o da estória, que é clichê até o talo sem mais atrativos. É por isso que naturalmente a falta de realismo na retratação do Rio parece muito mais um comercial da Riotur que Ratatoullie faz com Paris. 

Mr. Scofield2011-04-10 13:02:37

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Não, não dá na mesma. É óbvio que a elementos secundários se dá uma importância secundária. Você também não deve ter visto ninguém falar que o visual de Paris é estonteante em Ratatouille (ou ruim) simplesmente porque não tem tanta importância assim. É o mesmo que criticar Saw pelo número de palitos de fósforos no chão no primeiro filme.

Mr. Scofield2011-04-10 20:00:01

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Ou "Ratatouille" pinta uma Paris com cores realistas???

 

 

 

Ratatouille não "pinta uma Paris" de maneira alguma. A cidade é secundária na trama. Paris ou Londres ou Roma... não faria diferença. Já Rio...

 

 

 

 

 

 

 

Bem... eu não gostei muito do filme. Acho que o Pablo foi até bonzinho com as 3 estrelas. Eu daria só duas. Achei muito forçado e muito clichê. Além da representação da cidade ser muito fake. Pelo menos para mim que vivo no RJ atualmente e sei que a cidade e seus habitantes não são nem um centésimo da "maravilha" que pintaram no filme.Nostromo2011-04-11 01:28:29

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Não se engane. Rio está pagando por não ser uma boa produção. Porque tem personagens fracos e estória clichê.  Porque tenta seduzir os brasileiros simplesmente por estar ambientado em uma cidade brasileira. Se apoia demais no que tem de bom: as cores e texturas e os belíssimos detalhes estéticos.

E justamente por isso a ambientação chama tanto a atenção. Uma grande homenagem à cidade não é capaz de tapar as grandes deficiências e ainda enfatiza o cunho excessivamente romântico e cheio de clichês relativos à nossa nação. E principalmente: porque o próprio filme dá destaque a esses fatores.

Mr. Scofield2011-04-11 22:13:51

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Enfim, vou tirar a prova dos 9 quando assistir ao filme. Deixe estar... [/quote']

Pqp.

 

Você está defendendo o filme e nem assistiu? 0909

09

E este "deixe estar" como se fosse uma promessa de defesa mais fundamentada (o que, obviamente representa uma predisposição quanto ao filme). 09

 

Não acredito que estava discutindo. Ah, fala sério.

Mr. Scofield2011-04-12 06:46:05

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Enfim, vou tirar a prova dos 9 quando assistir ao filme. Deixe estar... [/quote']
Pqp.

Você está defendendo o filme e nem assistiu? 0909
09
E este "deixe estar" como se fosse uma promessa de defesa mais fundamentada (o que, obviamente representa uma predisposição quanto ao filme). 09

Não acredito que estava discutindo.
Ah, fala sério.

 

Eu não estava defendendo o filme. Eu apenas comentei que estava reconhecendo uma certa indisposição da crítica com relação ao filme pelos comentários que li. Os meus comentários estavam voltados ao que li. Rejeição a uma visão estereotipada de personagens e da cidade, como se isso nunca tivesse acontecido em nenhuma outra animação e/ou feito diferença neste ou naquele outro desenho. Este aspecto relacionado à cidade nunca mereceu menção em nenhuma outra animação, especialmente em "Ratatouille" como citado, mas em todos os textos que li foi algo recorrente, especialmente da crítica nacional.

 

O "deixe estar" foi apenas uma constatação que independente de qualquer coisa só poderei ratificar ou retificar estas impressões do que li depois de ter visto o filme. Pelo que li, senti uma certa indisposição da crítica. Estava comentando sobre a crítica do filme. E não existe predisposição alguma. Até porque se eu gostar do filme, será porque gostei, e se eu não gostar, será porque não gostei. Simples assim.
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[

 

Aqui tem alguns pontos:

1) A colocação sobre a visão estereotipada tem várias falhas:

a) O fato de isso ter acontecido em outros filmes isenta esta característica de ser ruim?

B) É necessário ser original para ser ruim?

c) Que outras animações consideramos boas/ótimas pautadas nesse argumento (e que tenham o mesmo destaque para a ambientação como Rio tem para a cidade? Ah, me desculpe, você não viu o filme ainda, né?)

 

2) A comparação com Ratatouille é muito ruim. Ela não tem cabimento para qualquer um que viu o filme e a importância para as cidades nos dois filmes. Aliás, eu e Nostromo já falamos acima porque. Não tem jeito de discutir esse aspecto se você não ver o filme.

 

O "deixe estar" foi apenas uma constatação que independente de qualquer coisa só poderei ratificar ou retificar estas impressões do que li depois de ter visto o filme.

Ué, e qual seria a outra opção? Você só pode ratificar ou retificar algo, o "deixe estar" não tem nada a ver com isso. Independentemente de usá-lo ou não ratificar ou retificar é uma decorrência lógica da situação. 06

Obviamente, o"deixe estar" dá a impressão de "eu vou voltar com mais argumentos" - obviamente para fortalecer uma impressão.

Pelo que li, senti uma certa indisposição da crítica. Estava comentando sobre a crítica do filme. E não existe predisposição alguma. Até porque se eu gostar do filme, será porque gostei, e se eu não gostar, será porque não gostei. Simples assim.

Não sei o que quis dizer com indisposição. No sentido de incômodo com os estereótipos? Sim, nesse caso, há. De muitas pessoas, eu inclusive (só gosto de estereótipos quando provocam humor).

E quanto a gostar ou não gostar, não entendi o que quis dizer.

Lamento, Thiago, não dá para discutir um filme com alguém que não viu o filme a não ser que ambos não tenham visto. Você está em um campo especulativo, eu já tenho uma impressão formada por muito mais elementos, que você só terá acesso se assistir à produção. Veja primeiro, depois a gente discute.

Mr. Scofield2011-04-12 21:32:10

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Puts, tinha escrito um monte de coisa, e deu erro... enfim...

 

Scofa, você não entendeu o objetivo do meu comentário. Eu não quis comentar sobre o filme, apenas sobre a crítica nacional que rejeitou a visão estereotipada da cidade enquanto que existem outras visões de outros lugares estereotipadas que não recebem a mesma rejeição. Por isso, o exemplo de "Ratatouille". Na minha segunda postagem já havia deixado claro que se tratava de uma suposição. Ainda assim fico com a sensação dos "Simpsons" em que todo mundo é zoado, mas quando foi a vez do Brasil, muita gente se irritou e não gostou. Não estou com pressa de ver o filme, mas quando o ver, comentarei sobre o filme. Mas não pude deixar de vir comentar aqui as impressões que tive com as críticas que li. Mas enfim, deixe estar... rssrsrs
Thiago Lucio2011-04-12 22:11:19
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Entendi, mas em geral, o brasileiro tem um sentimento assim mesmo. Entrando em outros exemplos, creio que é porque somos um país multi-étnico. A presença de estereótipos é meio esquisita por aqui, especialmente quando vem de fora (mesmo que saibamos ser nos outros países também). Outra coisa é que é muito comum vermos pessoas radicalmente contra os norte americanos como se cada um deles representasse o imperialismo estrangeiro e qualquer coisa faz o pavio estourar.

 

Lembra de Turistas? O filme é uma bosta, um dos piores que já vi na vida (não tem nada a ver com a retratação do Brasil, é que é um lixo mesmo, haha) mas só de ir aos fóruns do imdb você ficava impressionado em como este "ódio" está arraigado nos brasileiros, chega a ser preocupante. E a reação dos norte americanos que não tinham nem ideia de como responder tamanhas as grosserias sem fundamento. Vi pessoas agressivas até com eles se chamarem de americanos (como se isso fosse exclusivo) enquanto eles ficavam "boquiabertos" explicando que American era uma construção proveniente do nome United States of America.

 

E o fórum tá dando erro demais mesmo. 07

 

Mr. Scofield2011-04-12 22:27:31

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A mesma impressão eu tive a ler os comentários sobre o novo "Velozes e Furiosos". A polícia do RJ está sendo retratada como uma instituição extremamente corrupta, ou seja, ver isso num "Tropa de Elite", tudo bem, mas ver que os americanos vão ridicularizar exatamente isso talvez mexa um pouco com o brio do espectador e da crítica nacional. Apesar que só de terem chamado o Joaquim de Almeida, ator português, pra ser o chefão do crime organizado no Rio já é involuntariamente engraçado. E isso não tem nada a ver com ser bom ou ruim até porque visões distorcidas e estereotipadas existem aos montes, vide os próprios americanos quando vão retratar os franceses em seus filmes e por aí vai... Thiago Lucio2011-04-13 05:26:43
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Assisti o filme hoje e tive a mesma visão do Pablo. O filme tá bem clichê mesmo e forçado.

 

 

 

O Pablo falou que as tomadas lembravam o Rio de 1970, mas assistindo fui mais longe. Toda hora vinha a minha cabeça aquele filme da Disney com o Zé Carioca, Pato Donald e a Carmem Miranda. As vezes achava que a qualquer momentos eles iriam surgir. Mas aí surgia uma lixeira laranja da Comlurb ou um policial de boné e aí eu lembrava que o filme tentava se passar nos dias de hoje.

 

 

 

Outra coisa incrível é que quando temos em filmes personagens que tentam se passar por cariocas falando arrastado ou com gírias temos a nítida sensação que aquilo não é natural (assisti o dublado). Se o dublador não é carioca, não adianta que não consegue falar igual. Se for carioca, acaba forçando algo que deveria ser natural.

 

 

 

Pra quem tem filhos, o filme é ótima diversão. A sala estava lotada de crianças e só elas (e aqueles pais bobinhos) riram no filme o tempo todo.

 

 

 

Pra quem é mais exigente, o filme não e ruim, é digamos "legalzinho", mas pelo estardalhaço que fizeram pelo filme ficou aquele gostinho de poderia ter sido muito mais.

 

 

 

Se estivesse nas mãos da Pixar (tirando aquela porcaria de "Carros")...

 

 

 

obs. Assistam o 3D. Legal tomar um tapa na cara do Cristo. rsrs

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  • 3 weeks later...
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Assisti. Deixando a parte técnica de lado que é ótima, a animação está mais para o nível de "Madagascar", "Kung Fu Panda" do que o nível de excelência da Pixar que é praticamente imbatível. É uma animação bastante divertida, as soluções de Carlos Saldanha para criar sequências movimentadas e ágeis são muito criativas, aproveitando sim os cartões postais da cidade, além de contar com personagens carismáticos. Logicamente que não são extraídos de algum livo do Shakespeare, mas ainda assim simpáticos e agradáveis, especialmente o casal de araras principal. O grande pecado do filme e o que impede que ele seja acima da média é a sua história mesmo. Até o momento que as araras escapam do cativeiro, a narrativa tem um bom ritmo, mas a história a partir daí deixa de ser criativa e o filme se arrasta até o clímax forçado, funcionando apenas em momentos isolados. E não tenho nada, mas absolutamente nada para falar da visão estereotipada e clichê que se faz do povo carioca e, consequentemente, dos brasileiros, principalmente envolvendo o samba. É apenas uma forma de brincar com o estereótipo.

RIO - 7/10 - Uma animação bem divertida e bem movimentada que consegue compensar a fragilidade da sua narrativa, além de contar com personagens suficientemente carismáticos. O início é lúdico e bastante promissor apresentando a interação entre Linda e sua arara de estimação Blu que fora capturada no Rio de Janeiro e perdida em Minesota, nos EUA. A partir do momento que a ação transcorre no Rio para que Blu encontre Jade, a única arara fêmea da sua espécie, os personagens humanos e animais se separam. Os destaques ficam por conta da capacidade dos roteiristas em explorar os cenários para criar divertidas sequências de ação, como a que ocorre em uma favela durante a transmissão de um jogo de futebol ou durante um vôo de asa delta. O núcleo humano nunca se estabelece interessante ou divertido assim como os vilões que são fracas caricaturas, logo cabe a Nigel, um gavião, representar a figura mais ameaçadora para os planos de liberdade de Blu e Jade (os macacos capangas não cumprem o que comprometem e são figuras dispensáveis). O filme não consegue manter um ritmo ágil e contínuo já que a narrativa acaba se enfraquecendo pela falta de idéias mais criativas a serem desenvolvidas, sendo assim os personagens acabam dedicando muito tempo apenas para quebrar uma corrente e são reunidos em um desfile de carnaval já no clímax de forma desajeitada e pouco inspirada. Ainda assim, Blu e Jade mostram-se 2 personagens agradáveis, ele como um típico nerd desajustado, ela como uma garota desbocada (ótimos trabalhos de dublagem de Eissenberg e Hatthaway), além do tucano Rafael e dos companheiros Nico e Pedro (boa parceria da dupla Jamie Foxx e Will I Am). Contando com poucos, mas eficientes momentos musicais, "Rio" nunca alcança o nível de excelência estabelecido pelas produções da Pixar, mas consegue ter um resultado simpático e bastante carismático. E quanto a visão da cidade e das pessoas do Rio de Janeiro, considero um exagero as reclamações já que aqui o estereótipo do carioca e do povo brasileiro acaba sendo resumido ao efeito que o samba causa nas pessoas que é pra lá de inofensivo. 
Thiago Lucio2011-04-30 20:40:56
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