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Forum Cinema em Cena

Insidious (Sobrenatural, 2010)


Mr. Scofield
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SOBRENATURAL - 7.5/10 - O grande barato deste suspense é simplesmente reverter as expectativas do espectador. Inicialmente a condução da narrativa é bastante convencional aos filmes de casa mal assombrada com alguns bons toques de suspense, outros nem tanto, mas eis que os personagens resolvem mudar de casa (quem nunca se perguntou o porquê dos personagens não fazerem isso em outros filmes do gênero?) e nem por isso o "sobrenatural" deixa de se manifestar. E embora o filme não deixe se ater às explicações teóricas do que está acontecendo a partir do momento que uma personagem mediúnica (ou seja lá o que for) surge em cena, só posso reconhecer os méritos do diretor James Wan na condução de todo o clímax que com uma visível limitação técnica, mas uma íncrivel capacidade técnica conseguiu fazer com que eu me arrepiasse de medo como há muito tempo não acontecia comigo assistindo a um filme do gênero. E trazendo à tona um segredo de determinado personagem, o desfecho acaba sendo até previsível, mas muito mais do que a história em si, o mistério em si, a grande atração de "Sobrenatural" é a forma como esta história é contada, onde se faz muita coisa com muito pouco, gradativamente, culminando em um se não ótimo, mas extremamente eficiente clímax. E o desfecho consegue ser arrepiante, mesmo previsível. O elenco está muito bem, Patrick Wilson segura bem o seu personagem, mas gostei especialmente da Rose Byrne. Taí, um filme de suspense que sabe funcionar como tal. Merece destaque a trilha sonora que remete a filmes antigos do gênero. Até mesmo os créditos iniciais dão uma conotação nostálgica à produção... Thiago Lucio2011-05-02 21:14:39
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... mas eis que os personagens resolvem mudar de casa (quem nunca se perguntou o porquê dos personagens não fazerem isso em outros filmes do gênero?)  [/quote']

Sim, esse é um dos grandes trunfos do filme. 16

Outro é não esconder os fantasmas e espíritos maus de nenhuma das pessoas que vão até a casa e adentram seus domínios.

 

A limitação técnica de efeitos especiais acabou originando a ótima maquiagem e resgatando os valores dos filmes da década de 70/80 (em meados de 90 o gênero começou a decair decorrente do uso excessivo da tecnologia, o que, devido a sua rápida evolução, fora usada de forma indiscriminada quando ainda estava no começo do grande salto). Hoje ele já se recuperou bastante, na medida em que os próprios diretores começaram a encontrar pela experiência e limitar os excessos, mas é sempre muito agradável ver um retorno às décadas de ouro do gênero.

 

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Pois é. Essa sacada de mostrar os espíritos, de deixar exposto, o que normalmente é apenas sugerido, que é um elogio sempre recorrente, aqui ocorre de maneira inversa. Quando se sugere dá um ar muito convencional, agora quando mostra, quando coloca os espíritos no mesmo ambiente físico que os personagens aí é que o medo pega.

 

Estava lendo as teorias de vocês e sou do time que acredita que o cara só foi possuído no final. Por maiores que sejam as explicações que defendessem a versão da possessão desde a infância, ela não se sustenta. Eu acho que a presença do Josh-mirim lá no além pode ser muito bem interpretada como uma metáfora, afinal naquele momento ele não estava apenas indo salvar seu filho do limbo, mas também estava enfrentando um trauma que até então estava "apagado" na sua memória. E quando ele se dirige à velha, ele se dirige a uma janela que logo dá uma sensação que se trata de um espelho apenas para ilustrar as 2 idéias: a de que ele está enfrentando-a finalmente e a de que ela quer ser ele.

 

Quando Josh aceitou a hipinose, eu já tinha sacado que o desfecho seria com ele retornando possuído. Em nenhum momento achei que o filho voltaria possuído, mas sabia que iria ter aquele final surpresa. Agora, eu tiro o chapéu para o James Wan porque ele fez muita coisa com muito pouco, a maquiagem, os objetos de cena, aquelas sequências em que ele mostra os personagens paralisados, como se fossem manequins, e de repente, eles surgindo do nada. A economia que se vê, mas a maneira que a criatividade é exposta, faz o filme crescer alguns pontos. E a forma como o clímax é mostrado, inclusive o próprio desfecho faz com que a previsibilidade vá pro espaço, pois não deixou de ser surpreendente mesmo assim.

 

Cara, eu quero ver essa cena do menino de novo... eu não consegui ver. Mas essa questão do enquadramento de lado direito para o que se quer mostrar, lado esquerdo o que se quer esconder é uma questão fisiológica do cérebro (não sei se esse termo pode ser aplicado ao cérebro), enfim... os psiquiatras explicam que a leitura que fazemos das coisas, a nossa mente lê as coisas sempre da direita para a esquerda, por isso que o que chama mais a atenção é o que está na direita já que o vemos inicialmente está lá... só pra depois o resto compor a imagem total... imagem essa que muitas vezes é completada pela lembrança que temos daquilo e não necessariamente pela imagem real de fato. O Pablo, no curso dele, comenta sobre isso também. Ele cita o exemplo do Brett Ratner que na cena de abertura de "Dragão Vermelho" ele apresenta o Hannibal a direita do quadro (ou será que era a esquerda, sei lá, não me lembro. Mas, mesmo dizendo tudo isso, eu como diretor faria questão de fazer justamente o oposto ao que seria sugerido, o que torna tudo isso muito relativo...
Thiago Lucio2011-05-02 21:48:14
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Na cena da mulher pegando o saco de lixo é sinistra' date=' o garto estava de frente para a parede agaixado, também assustei. 
[/quote']

Isso mesmo!!! Cena mais punk do filme. De longe. Lele, ele aparece muito perto da tela e eu nem tinha visto.

 

Eu revi essa sequência mais 2 vezes e não consegui ver o menino, caraca... será que tô tão cegueta assim.... rs
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Estava lendo as teorias de vocês e sou do time que acredita que o cara só foi possuído no final. Por maiores que sejam as explicações que defendessem a versão da possessão desde a infância, ela não se sustenta. Eu acho que a presença do Josh-mirim lá no além pode ser muito bem interpretada como uma metáfora, afinal naquele momento ele não estava apenas indo salvar seu filho do limbo, mas também estava enfrentando um trauma que até então estava "apagado" na sua memória. E quando ele se dirige à velha, ele se dirige a uma janela que logo dá uma sensação que se trata de um espelho apenas para ilustrar as 2 idéias: a de que ele está enfrentando-a finalmente e a de que ela quer ser ele.[/quote']

Eu concordo. Cada vez mais tendo a pensar que ele só esteve possuído no final. Acho que a ideia dele estar possuído o filme inteiro é mais o que "gostaríamos de ver", por ser menos lógico e mais assustador.

Quanto à sua teoria sobre o garoto aparecer, faz algum sentido se adicionarmos que ele quando criança já estivera lá e, portanto, sustenta-se a ideia dele mesmo estar ajudando através de um processo de memória. Mesmo assim, a ideia dele saber ONDE o filho está ainda enfraquece a teoria. Fora que esse processo não tem nenhum eco no filme inteiro (seria um evento único?).

Por outro lado, podemos considerar que o tempo no Further não funciona da mesma forma que na realidade (a família é "assassinada" de novo e não há plano de memória referente a ela, já que Josh não sabia nada sobre ela - os acontecimentos se repetem lá) e portanto, pode haver uma sobreposição de memória/tempo com a orientação da vidente (a imagem dela orientando ele se faz através do Josh Mirim). Aliás, isso pode ser a chave para a compreensão de porque o relógio aparece tanto.

Ainda acho muito vago, mas acho mais coerente tentar explicar essa cena do que aventurar-se pelo mundo de outros erros decorrentes de explicar se Josh está possuído desde o início (justifica essa cena, mas muitas outras perdem o sentido).

 

Quando Josh aceitou a hipinose' date=' eu já tinha sacado que o desfecho seria com ele retornando possuído. Em nenhum momento achei que o filho voltaria possuído, mas sabia que iria ter aquele final surpresa. Agora, eu tiro o chapéu para o James Wan porque ele fez muita coisa com muito pouco, a maquiagem, os objetos de cena, aquelas sequências em que ele mostra os personagens paralisados, como se fossem manequins, e de repente, eles surgindo do nada. A economia que se vê, mas a maneira que a criatividade é exposta, faz o filme crescer alguns pontos. E a forma como o clímax é mostrado, inclusive o próprio desfecho faz com que a previsibilidade vá pro espaço, pois não deixou de ser surpreendente mesmo assim.[/quote']

Eu procuro meio que me desligar de previsões, hahah. Gosto de deixar o filme me surpreender a cada minuto e não fico tentando imaginar o final. Desliguei o botão investigativo e acabei por ter uma surpresinha (não foi um surpresão porque não era algo inimaginável ou impensável).

 

Cara' date=' eu quero ver essa cena do menino de novo... eu não consegui ver. Mas essa questão do enquadramento de lado direito para o que se quer mostrar, lado esquerdo o que se quer esconder é uma questão fisiológica do cérebro (não sei se esse termo pode ser aplicado ao cérebro), enfim... os psiquiatras explicam que a leitura que fazemos das coisas, a nossa mente lê as coisas sempre da direita para a esquerda, por isso que o que chama mais a atenção é o que está na direita já que o vemos inicialmente está lá... só pra depois o resto compor a imagem total... imagem essa que muitas vezes é completada pela lembrança que temos daquilo e não necessariamente pela imagem real de fato. O Pablo, no curso dele, comenta sobre isso também. Ele cita o exemplo do Brett Ratner que na cena de abertura de "Dragão Vermelho" ele apresenta o Hannibal a direita do quadro (ou será que era a esquerda, sei lá, não me lembro. Mas, mesmo dizendo tudo isso, eu como diretor faria questão de fazer justamente o oposto ao que seria sugerido, o que torna tudo isso muito relativo...
[/quote']

Que interessante, não sabia disto. Talvez tenha a ver com decodificação proveniente dos atributos dos hemisférios cerebrais.

Quanto à cena, já te mandei um link. 05

 

Mr. Scofield2011-05-02 22:41:58

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Sobrenatural

Assisti este terrorzinho chinfrim mais movido pelo fuzuê em torno dele q pelo chamariz dos produtores no cartaz, os mesmos do meia-boca “Saw” . A batida historia de casa mal-assombrada nunca foi tão mal-clichêzada nesta produção q se resume a colcha de retalhos de tantas outras do gênero, o q dispensa comentários da “trama”. O filme se apresenta inicialmente como mix de “Poltergeist” com “Atividade Paranormal” , dado o virtuosismo de câmera “amadora” em torno dos personagens e até consegue criar um clima de suspense bacana, quinem “Os Outros” . So faltou um gato preto pulando na frente do personagem. Mas joga td essa tensão construida pro alto qdo a partir da metade surgem uns engraçadinhos “Caça-fantasmas” como alivio cômico, tornando a narrativa a partir dali bem convencional, ainda mais qdo precisa desenhar explicações pro q ocorre. O final quer ser inovador ao reverter as expectativas do espectador, mas apenas o toma como ignorante pois (SPOILER) é igualzinho ao da arrepiante (e mto melhor) produção tailandesa “Espiritos, a Morte está a seu Lado” . Muito barulho por nada e até risivel qdo surge o coisa-ruim em questão, um refugo tosco do Darth Maul. Curioso é rever a Oscarizada Barbara Hershey ( “Hanna & suas irmãs” e “Cisne Negro” ) tão deformada pelo Botox q poderia ser tomada facilmente pela assombração da película. Enfim, recomendável apenas pra fãs incondicionais do gênero. PS: Apesar de não acrescentar nada, existe uma cena pós-créditos. 6/10

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putz.... por favor... descreve aí o que rola nessa cena pós creditos..

 

 

por nao acrescentar nada narrativamente, vou contar:

 

apos os creditos subirem por completo, aparece a velha (aquela do véu de noiva) segurando uma vela tal como no inicio, daí ela sopra a vela e td fica escuro. Pronto. Fim do filme.

 

Insidious+Old+Woman.jpg
Jorge Soto2011-05-06 15:54:24
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Sobrenatural

Assisti este terrorzinho chinfrim mais movido pelo fuzuê em torno dele q pelo chamariz dos produtores no cartaz' date=' os mesmos do meia-boca “Saw” . A batida historia de casa mal-assombrada nunca foi tão mal-clichêzada nesta produção q se resume a colcha de retalhos de tantas outras do gênero, o q dispensa comentários da “trama”. O filme se apresenta inicialmente como mix de “Poltergeist” com “Atividade Paranormal” , dado o virtuosismo de câmera “amadora” em torno dos personagens e até consegue criar um clima de suspense bacana, quinem “Os Outros” . So faltou um gato preto pulando na frente do personagem. Mas joga td essa tensão construida pro alto qdo a partir da metade surgem uns engraçadinhos “Caça-fantasmas” como alivio cômico, tornando a narrativa a partir dali bem convencional, ainda mais qdo precisa desenhar explicações pro q ocorre. O final quer ser inovador ao reverter as expectativas do espectador, mas apenas o toma como ignorante pois (SPOILER) é igualzinho ao da arrepiante (e mto melhor) produção tailandesa “Espiritos, a Morte está a seu Lado” . Muito barulho por nada e até risivel qdo surge o coisa-ruim em questão, um refugo tosco do Darth Maul. Curioso é rever a Oscarizada Barbara Hershey ( “Hanna & suas irmãs” e “Cisne Negro” ) tão deformada pelo Botox q poderia ser tomada facilmente pela assombração da película. Enfim, recomendável apenas pra fãs incondicionais do gênero. PS: Apesar de não acrescentar nada, existe uma cena pós-créditos. 6/10 [/quote']

 

 

 

Concordo com seu post, me fez poupar "tecladas"... Filme com um enredo saturado e sem sal onde em nem um momento me assustei e sempre previ todas as cenas, assim fica dificil...

 

Nota: 2/10

 

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Eu justamente vejo o filme da maneira inversa ao Soto e você. Enquanto o filme permanece no casarão, ele se mostra bastante convencional com apenas algumas boas sacadas. Agora a partir do momento em que existe a mudança de residência, o roteiro passa a gradativamente a "reinventar" as convenções do gênero, surpreendendo as expectativas do espectador, culminando em um ótimo clímax. E convenhamos que a presença dos 2 "caça-fantasmas" funcionam como alívio cômico, até entendo que há uma certa ruptura do clima de tensão visto até então, mas logo o filme retoma esse "feelling" com a presença da senhora. 7.5/10 Thiago Lucio2011-05-07 21:26:27
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a mudança da casa apenas é uma maneira de justificar que o problema não estava com ela mesma e sim com a família, acho que seria interessante ficarem na casa e nela chegar os novos elementos e desenvolver, nela, todo o contexto de que, o problema não estava com ela e sim com as pessoas. O final ficaria realmente interessante, do primeiro ao ultimo minuto suspeitando da casa e no final, o problema é as pessoas,  isso me faria ficar surpreso....

 

Eu não consegui me assustar com um filme que se propõem a assustar as pessoas...

 

 

 

 

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Eu justamente vejo o filme da maneira inversa ao Soto e você. Enquanto o filme permanece no casarão, ele se mostra bastante convencional com apenas algumas boas sacadas. Agora a partir do momento em que existe a mudança de residência, o roteiro passa a gradativamente a "reinventar" as convenções do gênero, surpreendendo as expectativas do espectador, culminando em um ótimo clímax. E convenhamos que a presença dos 2 "caça-fantasmas" funcionam como alívio cômico, até entendo que há uma certa ruptura do clima de tensão visto até então, mas logo o filme retoma esse "feelling" com a presença da senhora. 7.5/10 [/quote']

 

 

O suspense sempre foi algo subjetivo.. o q da cagaco a uns pode nao dar noutros. Por isso pra mim num filme q se pretende ser de suspense vir com esses Caca-Fantasmas ja caga td q fez ate entao, alem do mais q estao somente pra desenhar as coisas pro espectador. O filme funciona como suspensao e como tal na mediad q vc se sente na pele dos protagonistas e nao sabe q porra ta acontecendo na casa. Mas a partir q vem essas trocentas explicacoes mastigadas a graca acaba, ao menos pra mim... Nao da pra ter mais medo daquilo q se sabe o q vem a ser.. ou supoe ser.
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  • 2 weeks later...
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Gostei bastante. O que me chamou mais a atenção nesse filme foi o fato de que ele parece ter sido feito deliberadamente à moda antiga. Quase não há sangue, os truques visuais são mínimos. Ele é todo atmosfera, ambiente, sugestão. Comigo, funcionou.

 

E como o Scofa lembrou, tem muito de Poltergeist - O Fenômeno nele, muito mesmo. Mote, estrutura etc. Até a equipe paranormal - com a velhinha médium, cuja atriz está excelente, aliás - é muito semelhante. Mas é mais uma homenagem do que mera chupação. E o final é muito legal.

 

Enfim, curti. Bola dentro da dobradinha James Wan/Leigh Whannell.

 
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